OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR PROF. Esp. Carlos Henrique Przybysz 1
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- Lucca Bugalho Cesário
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1 OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR PROF. Esp. Carlos Henrique Przybysz 1 1 OSSOS DO CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR Também chamada de cintura escapular, forma a raiz de implantação dos ossos do membro superior. Formada por dois ossos: escápula (omoplata) e clavícula. A clavícula é anterior e superior ao tórax e a escápula é posterior. A clavícula articula-se com o esterno e escápula, e somente a escápula que articula o úmero, osso do braço. Fig. 01. Cintura escapular. Fonte: Clavícula Para o estudo, a clavícula deve ser colocada na posição horizontal, a parte mais volumosa é medial e articula-se com o esterno e a extremidade mais achatada é lateral e articula-se com a clavícula. A face superior é convexa e lisa e a inferior apresenta sulcos. Possui forma de S e para dar-se o lado pertencente deve-se colocar a metade medial convexa para frente e o restante lateral convexo para trás. Osso longo, com cavidade pouco desenvolvida onde se aloja a medula óssea e par, apresentando um corpo e duas extremidades: uma esternal e outra acromial. 1 Professor graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas pela FAP (Faculdade de Apucarana); especialista em Anatomia e Histologia humana: métodos de ensino e pesquisa pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Professor titular da Disciplina de Anatomia Humana e Neuroanatomia na FAP.
2 Fig. 02. Acidentes ósseos da clavícula em vista inferior. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, Escápula Escápula (omoplata), é um osso par e plano e muitas vezes muito fino em alguns pontos podendo ser translúcido, está posteriormente ao tórax, com forma triangular com duas faces e três bordas. A face costal (anterior) é escavada em concavidade chamada de fossa subscapular onde está o músculo do mesmo nome. A face dorsal (posterior) apresenta uma saliência que a corta na direção transversal da borda medial até o ângulo lateral chamada de espinha da escápula. Esta espinha termina lateralmente em uma expansão achatada e livre chamada de acrômio, onde se articula a clavícula. Acima da espinha encontra-se a fossa supra espinhal, onde aloja o músculo do mesmo nome, e abaixo da espinha está a fossa infra espinhal, onde aloja também um músculo do mesmo nome. As bordas são superior, medial e lateral; e os ângulos são superior, lateral e inferior. Os mais importantes são a borda superior e o ângulo lateral. Na borda superior esta uma chanfradura profunda e estreita chamada de incisura da escápula (chanfradura coracóide). Ao lado desta incisura esta uma saliência com aspecto de bico de corvo, que é o processo coracóide, para inserir vários músculos. O ângulo lateral é bem dilatado e possui uma superfície articular oval que é a cavidade glenóide para articular a cabeça do úmero.
3 Acima e a baixo desta cavidade existem pequenas saliências onde se inserem os músculos do braço. A saliência superior é o tubérculo supra glenoidal para a porção longa do bíceps braquial, e a saliência inferior é o tubérculo infra glenoidal para a porção longa do tríceps braquial. Fig. 03. Escápula vista anterior. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Fig. 04. Escápula vista posterior. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
4 Fig. 05. Escápula vista lateral. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, ESQUELETO DA PORÇÃO LIVRE DO BRAÇO Os ossos do membro superior são todos pares. São ossos longos com exceção os ossos do carpo que são ossos curtos. Os ossos longos do braço e antebraço são divididos em um corpo e duas extremidades. O corpo é chamado de diáfise e as extremidades chamadas de epífises: proximal (a superior) e distal (a inferior). O corpo dos ossos longos tem forma de prisma com três faces e três bordas. Só as falanges tem forma de cilindro seccionado longitudinalmente. Os ossos apresentam face medial e lateral e bordas medial e lateral. As bordas anteriores e posteriores bem como as bordas anteriores e posteriores são mais difíceis de se localizar. O úmero está no braço que vai até o cotovelo, no antebraço estão o radio que é lateral e a ulna que é medial.
5 2.1 Úmero O corpo do úmero apresenta uma borda anterior e uma face anterior, as outras duas são: Antero lateral e Antero medial. Na diáfise ou corpo, dois acidentes são importantes: acima do meio da face Antero lateral, esta uma rugosidade em forma de V chamada de tuberosidade deltóidea (impressão deltóidea) que serve para inserção do músculo deltóide. A face posterior possui uma goteira obliqua para baixo e ao lado, que é o sulco do nervo radial (canal de torção) por onde transita o nervo radial. Na epífise proximal está uma superfície articular esférica chamada de cabeça do úmero que se articula com a cavidade glenóidea da escápula. A cabeça é delimitada por um sulco não profundo chamado de colo anatômico. Ao lado da cabeça está duas saliências ósseas arredondadas, uma maior e outra menor separada por um sulco longitudinal, e estas saliências servem de inserção de músculos. A saliência maior é chamada de tubérculo maior (troquinter), e a menor de tubérculo menor (troquim) e o sulco chamado de intertubercular (corrediça bicipital). A epífise proximal se liga ao corpo pelo colo cirúrgico. A epífise distal é achatada apresentando duas superfícies articulares, duas saliências e três depressões. As superfícies articulares são: tróclea (medial) que se articula com a ulna, capítulo (lateral) que se articula com o rádio. A tróclea tem formato de carretel de linha. As saliências ósseas são expansões medial e lateral às superfícies articulares e são chamadas de epicôndilo medial e epicôndilo lateral servindo para inserção de músculos. As depressões são as fossas do olecrano, radial e coronóidea. A fossa do olecrano está posterior, sendo mais profunda para alojar o bico do olecrano, quando o braço esta em extensão. A fossa radial e coronóide são anteriores. A fossa coronóidea esta acima da tróclea e aloja o processo coronóide da ulna; e a fossa radial esta acima do capitulo, e articula-se com a face articular da cabeça do radio, quando o braço em flexão.
6 Fig. 06. Úmero vista anterior. Fonte: Fig. 07. Úmero vista posterior. Fonte: Ossos Do Antebraço ulna medial. São em numero de dois: rádio e ulna, estando paralelos, sendo o radio lateral e a
7 A ulna é mais volumosa em cima e fina em baixo, já o rádio é o contrário, mais fino em cima e volumoso em baixo. A borda medial do rádio e lateral da ulna se ligam de cima a baixo pela membrana interóssea do antebraço, sendo estas bordas chamadas de interósseas Ulna A epífise proximal apresenta uma expansão posterior chamada de olecrano, anterior a este se encontra uma escavação óssea articular chamada de incisura troclear (grande cavidade sigmóidea) com formato parecido de uma chave inglesa, que vai se articular com a tróclea do úmero. A incisura limita-se superiormente pelo bico do olécrano e inferiormente por uma saliência parecida um bico chamada de processo coronóide, onde se insere o músculo braquial. Na lateral da incisura troclear está uma escavação articular chamada de incisura radial que se articula com a cabeça do radio. A epífise distal apresenta uma pequena expansão articular chamada de cabeça da ulna, localizada na lateral de outra saliência não articular com formato de estilete chamado de processo estilóide da ulna. Fig. 08. Úmero vista posterior. Fonte:
8 Fig. 09. Úmero vista posterior. Fonte: Rádio Na epífise proximal está a cabeça do radio, verdadeiro disco ocupando toda a extremidade superior do osso, que se articula na incisura radial da ulna. Na parte superior da cabeça, está uma superfície articular chamada de cavidade glenóide, articulando-se com o capítulo do úmero. Abaixo da cabeça está o colo, e logo após está o corpo do rádio. Logo abaixo do colo na face anterior do corpo está uma expansão rugosa chamada de tuberosidade do rádio, onde se insere o músculo bíceps do braço. A epífise distal é mais volumosa e medialmente tem uma escavação articular, a incisura ulnar para a cabeça da ulna; inferiormente tem outra escavação articular, a face articular cárpica para os dois primeiros ossos do carpo: escafóide e semilunar e lateralmente uma expansão em forma de estilete, chamado de processo estilóide do rádio.
9 Fig. 10. Rádio vista anterior e posterior. Fonte: Osso Da Mão A mão é dividida em carpo, metacarpo e dedos, sendo o polegar lateral Carpo Possui 8 ossos curtos com 6 faces cada um. A face anterior de cada um se relaciona com a palma da mão e a face posterior com o dorso da mão. As outras faces são articulares para os ossos vizinhos. Os ossos do carpo se distribuem em fileiras de 4 ossos cada. Para se lembrar da posição e os nomes, pode-se usar uma frase como: Estudante Superior Pode Passar Tendo Trabalhado Com Honestidade. Escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme na primeira fileira sempre de lateral para medial; trapézio, trapezóide, capitato e hamato na segunda fileira também da lateral para medial.
10 Como os nomes sugerem, o escafóide parece um barquinho com o casco pra cima; o semilunar em forma de meia lua; piramidal em forma de pirâmide com ápice voltado medialmente e o pisiforme parecido com grão de ervilha a frente do piramidal se articulando somente com este osso. O trapézio e trapezóide com formas correspondentes. O capitato é o mais volumoso de todos antigamente chamado de grande osso e com cabeça para cima e finalmente o hamato (ganchoso) com um gancho sobressaindo na face anterior Metacarpo Formado por 5 ossos numerados de lateral para medial em I,II,III,IV,V metacárpicos. Ossos longos apresentam corpo em forma de prisma com borda anterior, face posterior, medial e lateral. A epífise proximal e formada por uma base com três superfícies articulares: a superior para os ossos da segunda fileira dos ossos cárpicos, e de cada lado faces articulares para o metacarpo vizinho. A epífise distal é constituída por uma saliência arredondada pouco achatada chamada de cabeça do metacarpo que se articula com a extremidade superior da falange proximal correspondente Ossos Dos Dedos Da Mão Os dedos da mão são denominados como: polegar, índex, médio, mínimo, e anular. Cada dedo é formado por três falanges, exceto o polegar que só tem duas. São classificadas em proximal (falanges), média (falanginhas) e distal (falangetas). Apesar de serem pequenas, são classificadas como ossos longos possuindo corpo, base e cabeça. O corpo tem forma de meio cilindro com face dorsal convexa e outra plana que é a palmar, limitada por bordas laterais. A superfície superior da base da falange proximal possui uma cavidade glenóidea para articular-se com a cabeça do metacárpico correspondente, já a base das falanges médias e distais possuem superfícies articulares com cristas rombas para se encaixarem nas cabeças das falanges proximais e médias, que tem superfície parecida com tróclea.
11 As cabeças das falanges distais apresentam anteriormente expansões semilunares ásperas que são as tuberosidades das falanges distais, sendo a polpa dos dedos. Fig. 11. Ossos da Mão. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, REFERÊNCIAS AULA DE ANATOMIA. Osteologia. Disponível em: < CASTRO, Sabastião Vicente de. Anatomia fundamental.. 2.ed. SÃO PAULO: McGraw- Hill do Brasil, p.;il.p. CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR. Disponível em: < DIDIO, J.A.L. Sinopse de anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, GARDNER, W.D; OSBURN, W.A. Anatomia do corpo humano. 2 ed. São Paulo: Atheneu, NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
12 SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, SOGAB. Ossos de membro superior. Disponível em:<
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