UBS global outlook Um mundo fragmentado

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1 UBS global outlook Wealth Management Research Dezembro Um mundo fragmentado Economia global dividida em 211 Ações são nosso investimento preferido Nenhuma grande moeda deve ser considerada segura Reavaliação de «livre de risco» em renda fixa Busque além dos investimentos tradicionais ab

2 Índice UBS global outlook 211 Este relatório foi preparado pelo UBS AG Observe o importante aviso de isenção de responsabilidade no final do documento. O desempenho passado não é indicação para retornos futuros. Os preços de mercado aqui informados são preços de fechamento na respectiva bolsa de valores. Economista chefe e Head Wealth Management Research Dr. Andreas Höfert Head Investment Strategy Mark Andersen Principais temas de investimento 5 Perspectivas de investimento 6 Ações: A melhor opção em Moedas: Em busca de segurança 14 Renda fixa: Regras tradicionais não valem mais 17 Classes de ativos não-tradicionais 19 Desempenho do mercado financeiro 21 Seleção de publicações de estudos 23 Editora UBS AG, Wealth Management Research, caixa postal, CH-898 Zurique Diretor de redação Mark Andersen mark.andersen@ubs.com Encerramento da redação 19 de novembro de 21 Gerência de projeto Valérie Iserland Composição WMR Desktop Tradução 24 Translate, St. Gal, Suiça Foto Impressor Druckerei Flawil AG, Flawil, Suiça Idiomas Publicado em português, inglês, alemão, francês, italiano, espanhol, chinês tradicional, chinês simplificado e russo Contato ubs-research@ubs.com UBS homepage: Pedidos ou assinaturas Os clientes do UBS podem solicitar exemplares adicionais desta publicação ou fazer assinaturas do UBS global outlook através de seu consultor de clientes ou pela caixa de correio eletrônico da Printed & Branded Products: sh-iz-ubs-publikationen@ubs.com A assinatura eletrônica também está disponível pelo portal WMR. SAP-No P 12 2

3 Editorial Nossos temas de investimento em 21 nos deixaram orgulhosos. Pregamos o aumento dos preços de títulos privados e ações, um necessário foco de investimento em mercados emergentes e no crescente consumo asiático e uma postura cautelosa em investimentos na periferia da Europa. O que não esperávamos e que deverá manter os investidores em alerta em 211 foi o extraordinário expansionismo dos principais bancos centrais, que aprovaram taxas de juros insustentavelmente baixas. Andreas Höfert Mark Andersen As emissões e compras de dívida pública pelos próprios Estados não têm precedentes em tempos de paz e seu ritmo deverá manter-se em 211. A ideia é estimular o investimento e os gastos com baixas taxas de juros mas os efeitos de longo prazo são incertos. Foi Alan Greenspan quem teria lançado as bases da bolha imobiliária dos EUA com as baixas históricas das taxas de juros após a recessão de 21. Resta saber se esse erro está sendo repetido pelos atuais dirigentes dos bancos centrais. Hoje, o crédito barato está sendo canalizado para regiões de crescimento em economias emergentes, ampliando o potencial de nova bolha. Mas ainda não chegamos lá. Os preços ainda não passaram do limite, apesar do aumento no interesse dos investidores e em fluxos de capital. Os mercados emergentes oferecem boas oportunidades de investimento em 211. Os efeitos da crise econômica revelaram debilidades estruturais em alguns países antes considerados bastante fortes, enquanto outras economias têm mostrado surpreendente adaptabilidade. Os países e os dirigentes dos bancos centrais em todo o mundo deverão enfrentar difíceis escolhas políticas e econômicas, cada um tendendo a entrar no território do outro, resultando em mais tensões comerciais e monetárias. Neste UBS global outlook 211, defendemos que nenhum investimento deve ser considerado seguro enquanto a inflação e debilidades monetárias de países endividados forem iminentes. Os investidores precisam reavaliar seu conceito de investimentos «seguros» em renda fixa, já que muitos destes são tudo menos seguros. Enfim, quando os fatos mudam, os investimentos também devem mudar. O que mais se deve fazer? Nossos melhores votos para 211 Andreas Höfert Global Head Wealth Management Research Mark Andersen Head of Investment Strategy Wealth Management Research UBS global outlook 211 3

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5 Principais temas de investimento «Recomendamos aos investidores não dar simplesmente continuidade a suas estratégias em 211. Uma nova conjuntura econômica pede uma nova rota de investimentos.» Economia global dividida em 211 A economia global está ficando mais fragmentada não no sentido das tradicionais divisões «Ocidente x Oriente» ou «países desenvolvidos x em desenvolvimento», mas em termos de países fortes x fracos. Déficits recorde, medidas de estímulo nunca vistas e níveis irregulares de crescimento econômico forçarão muitos países a fazer escolhas políticas para definir a conjuntura de investimento em 211. Ações são nosso investimento preferido As ações estão preparadas para um ano de comportamento acomodatício dos bancos centrais, podem suportar riscos de inflação melhor que a maioria dos investimentos e oferecem boa valorização em 211. As empresas que vendem produtos ou serviços, geram dinheiro e têm margens de lucro dificilmente sairão de moda tão cedo. Favorecemos as ações de grandes mercados emergentes (BRICs) e Europa Central. Novas regras: nenhuma grande moeda deve ser considerada segura «É a economia, idiota!» slogan popular durante a eleição presidencial dos EUA, esta é a realidade econômica para quem investe em moedas. As tradicionais moedas do grupo Big Four (dólar, euro, libra esterlina e iene) terão dificuldades em 211. Recomendamos diversificação; muitos investidores talvez prefiram investir em moedas dos produtores de commodities e de mercados emergentes. Novas regras: reavaliação de «livre de risco» em renda fixa As regras mudaram no segmento de renda fixa: os títulos públicos dificilmente são considerados livres de risco. Possivelmente, a fragmentação da economia global pode ser melhor atestada nos históricos de títulos emitidos por economias europeias periféricas. Por isso, preferimos investir na dívida de países com baixo déficit e balança externa saudável independente da localização ou classificação de desenvolvimento e com vencimento de curto a médio. Busque além dos investimentos tradicionais Com os desequilíbrios da economia global e a inflação no horizonte, os investidores deveriam buscar oportunidades situadas além dos segmentos de ações e títulos. Os investimentos em commodities, hedge funds e imóveis poderiam ser boas opções. Eles têm riscos diversos, mas também diversas fontes de retorno. Clique aqui para assistir ao webcast UBS global outlook (inglês) Este webcast deve ser visto em conjunto com a publicação UBS global outlook. Em caso de dúvidas, entre em contato com seu consultor de cliente. UBS global outlook 211 5

6 Perspectivas de investimento Mundo fragmentado exige estratégias cautelosas em 211 O ano de 21 foi dominado por uma recuperação geral do mercado, pelo menos superficialmente (ver gráf. 1). Em 211, por outro lado, os investidores terão que cavar fundo para encontrar investimentos em um mundo fragmentado que estará entrando no quarto ano da crise financeira. Será um ano em que os políticos enfrentarão uma série de decisões difíceis sobre questões definidoras da conjuntura econômica e de investimentos. Recomenda-se que os investidores busquem um mix de ações com valorização atraente em áreas específicas e uma exposição «mais segura» a títulos, para que seus investimentos em 211 tenham desempenho positivo. Os países e seus bancos centrais passaram o ano de 29 lutando contra os efeitos da pior crise financeira global desde a década de 193. Este ano deveria ter sido um ano de recuperação e normalização. Porém, o crescimento manteve-se anêmico em muitas economias desenvolvidas e apenas os países em desenvolvimento conseguiram dar novo salto para a frente. Se 21 foi um ano de retornos razoáveis para a maioria dos investidores, em 211 a conjuntura de investimentos provavelmente será definida por difíceis escolhas políticas. Assim, identificamos três grandes «trilemas» isto é, escolhas entre três opções, na qual somente duas podem ter resultados favoráveis simultaneamente e alguma delas fatalmente terá de ficar para trás. É isso que vemos como fator determinante da conjuntura de investimentos em 211. Embora haja incertezas na política, restam ainda algumas certezas na economia, enquanto o abismo entre economias mais fracas e mais fortes e suas rotas de crescimento divergentes ficará mais evidente em 211 (ver gráf. 2). Os EUA, que durante tanto tempo foram o motor do crescimento econômico mundial, estão no grupo das economias fracas, enquanto a China e seus vizinhos do Sudeste Asiático estão no grupo das economias fortes, assim como exportadores de commodities como o Canadá, a Austrália e o Brasil. Enquanto isso, a linha de divisão entre economias fracas e economias fortes passa também pela Europa enquanto o Reino Unido, a França e os países do Mediterrâneo estão em apuros, a Alemanha, a Suíça, os países da Benelux e a Escandinávia ganham vantagem. Isso gera consequências para a seleção de investimentos em renda fixa e investimentos cambiais, que deveriam ser destinados a economias mais fortes, enquanto a exposição a ações deveria continuar sendo direcionada às regiões de crescimento mais sólido. Andreas Höfert Economista chefe, UBS AG Mark Andersen Estrategista, UBS AG Gráf. 1: Desempenho das principais classes de ativos Retorno total anual em moeda local e % Ativo disponível Renda fixa Ações Classes de ativos não-trad. Ativo disponível Atrelados à infl. (global) Títulos públicos globais Títulos privados globais Alta rentabilidade Títulos de merc. emerg. Ações de merc. emerg. Ações globais Setor imobiliário Commodities Hedge funds 4 4 Nota: Dados até 3/11/21 Fontes: Bloomberg, Thomson Reuters, BoA Merrill Lynch, UBS WMR Jan Nov (anualizado) Gráf. 2: Crescimento mundial movido por economias emergentes Crescimento real do PIB anual e previsões em % Mundo Economias desenvolvidas Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: FMI, UBS WMR Economias emergentes Previsão 6 UBS global outlook 211

7 Perspectivas de investimento EUA estão em posição difícil Apesar de medidas monetárias e fiscais nunca vistas em tempos de paz, a recuperação dos EUA tem sido bastante fraca até agora. A crise financeira gerou uma contínua desalavancagem dos orçamentos familiares do país, maior rigidez na regulação de intermediários financeiros e inchaço da dívida pública; todos esses fatores provavelmente farão as taxas de crescimento da economia americana cair expressivamente. Na tentativa de solucionar o problema da queda das taxas de crescimento e do desemprego obstinadamente alto, o Federal Reserve, banco central dos EUA, anunciou nova rodada de compras de sua própria dívida (ver gráf. 4). Esse programa visa a reduzir «artificialmente» as taxas de juros para parcelas da dívida de longo prazo, fomentando, dessa forma, a atividade de crédito e as exportações por meio da queda do dólar. Embora duvidemos que essas injeções de afrouxamento quantitativo possam dar um arranque na economia dos EUA, uma coisa é certa: a crença no dólar americano está diminuindo. Ao mesmo tempo, os riscos de inflação estão aumentando e, por isso, os preços do ouro provavelmente subirão. Em vista disso, acreditamos que os EUA estejam tentando resolver seu atual trilema tentando conseguir simultaneamente um equilíbrio orçamentário, estabilidade na atividade de consumo e um superávit comercial com uma desvalorização do dólar. Isso, contudo, provavelmente atingirá o próprio consumidor através do aumento dos preços de commodities, de modo que os investidores deverão tomar cuidado e proteger os valores de sua carteira contra o aumento da inflação e a queda do dólar. Recomenda-se investir nos chamados «ativos reais» Economia: divergência entre fracos e fortes Linha divisória entre países fracos e países fortes deverá dominar os investimentos em 211 Os efeitos da crise econômica revelaram debilidades estruturais em alguns países que anteriormente eram considerados bastante fortes, enquanto outras economias têm mostrado surpreendente adaptabilidade. Nos últimos doze meses, duas áreas principais de receios foram os desequilíbrios no comércio internacional e os altos déficits fiscais, que expuseram uma grande divergência global. A fim de separar as economias mais fracas das mais fortes, agrupamos alguns países de acordo com sua previsão de balanços de conta corrente e balanços fiscais para 211. O gráfico 3 mostra o resultado dessa análise; nele, o tamanho das bolhas representa o tamanho da economia em questão. As economias situadas na parte superior direita do gráfico podem ser consideradas fortes, enquanto as que estão no canto inferior esquerdo fazem parte do grupo fraco. Como se esperava, Portugal e Grécia, dois países europeus periféricos, estão no extremo inferior. Contudo, como suas economias são pequenas, o impacto global da situação desses países deverá ser um tanto limitado. Mais preocupante que isso é o fato de algumas das grandes economias sobretudo os EUA, mas também a França, o Japão e o Reino Unido estarem em más condições. No outro extremo da escala, a Suécia, a Suíça, a Alemanha e diversas economias emergentes parecem bem preparadas para enfrentar a difícil conjuntura econômica que virá pela frente. Gráf. 3: Divergência entre países fracos e países fortes Países agrupados por prev. de saldo fiscal e conta corrente em 211 em % do PIB Déficit orçamentário de Fortes 1 Canadá Coreia Rússia Suíça Brasil México China 3 Suécia Austrália Índia Alemanha 5 Espanha Países Baixos França 7 EUA Japão Reino 9 Portugal Unido 11 Fracos Grécia Conta corrente de 211 Mercados desenvolvidos Mercados emerg. Nota: O tamanho da bolha reflete o PIB em USD. Fontes: FMI, Bloomberg, UBS UBS global outlook 211 7

8 Perspectivas de investimento Consumo asiático em alta. (tais como ações, commodities e imóveis). Outra consequência é que os títulos do tesouro dos EUA a esta altura não deveriam mais ser vistos como investimento seguro; assim, os investidores com grande exposição a esses papéis dos EUA deveriam procurar alternativas mais seguras, como, por exemplo, no Canadá. Concentre-se na Europa Central A crise do endividamento na Europa ainda não acabou e por isso os mercados financeiros estão cada vez mais dividindo, e com razão, as dívidas nacionais em dívidas seguras e dívidas inseguras (ver gráf. 5). Na Alemanha e em outros países europeus bem-sucedidos, o crescimento alimentado pelas exportações agora contamina a demanda doméstica e gera verdadeiros ciclos virtuosos de crescimento. Na Suécia e na Noruega, assim como na Austrália e no Canadá, isso inaugurou um novo ciclo de elevação de taxas de juros pelos bancos centrais. Essas economias talvez usem o aumento dos níveis das taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) para arrefecer o crescimento em nítido contraste com a ainda enfraquecida Europa Meridional, onde mesmo uma taxa de Gráf. 4: Banco central dos EUA continua em curso expansionista Base monetária em bilhões de dólares americanos (estimativas da UBS WMR para 211) Gráf. 5: Endividamento de países periféricos europeus ainda é grande fonte de receios Títulos públicos alemães com mais rentabilidade 3 25 Previsão fev 8 jun 8 out 8 fev 9 jun 9 out 9 fev 1 jun 1 out 1 EUA Zona do euro Japão Grécia Portugal Espanha Irlanda Nota: Dados até 15 de novembro de 21. Fontes: Thomson Reuters, UBS WMR Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: Thomson Reuters, UBS WMR 8 UBS global outlook 211

9 Perspectivas de investimento juros de curto prazo de 1% aprovada pelo BCE seria alta demais. O BCE terá que administrar essa situação com cautela, visto que qualquer elevação poderia desencadear mais tensões dentro da zona do euro. Recomenda-se aos investidores estabelecidos na Europa buscar, enquanto isso, investimentos estrategicamente mais seguros em títulos e ações da Alemanha e Norte da Europa, onde os balanços e o consumo doméstico têm maior solidez. A Suíça continua sendo um investimento seguro e as taxas de juros nesse país provavelmente subirão durante 211. A trindade impossível na Ásia e outros mercados emergentes A China continua ganhando vantagem depois de ter conseguido arrefecer sua economia na primavera de 21; o crescimento da Ásia provavelmente continuará sólido no futuro próximo. Contudo, as pressões inflacionárias poderiam continuar crescendo, ainda que o Banco Popular da China tenha surpreendentemente elevado suas taxas de juros. Em algum momento, a política monetária chinesa terá de enfrentar a impossibilidade de ter, ao mesmo tempo, ausência de controles de capital, um câmbio fixo e um banco central independente (e, portanto, com força para combater a inflação). Um dos grandes temas de 211 será qual desses três objetivos acabará se concretizando inevitavelmente. O Brasil já introduziu controles de capital, e alguns países asiáticos estão iniciando medidas semelhantes. A nosso ver, dado o objetivo do 12 o Plano Quinquenal de reorientar a economia chinesa, fazendo com que seu crescimento deixe de ser movido pelas exportações e estimulando a demanda domés- Estratégia de investimento: qual a melhor para mim? Perspectivas de retorno para 211: desta vez, ações superam crédito Este foi um ano de avaliação dos investimentos visando a responder à questão: onde posso obter retornos acima dos rendimentos sem atrativos dos títulos públicos? No segmento de renda fixa, a resposta foi acrescentar risco de crédito à carteira, o que acabou gerando retornos de até dois dígitos entre os títulos privados de maior rentabilidade e de mercados emergentes. Para 211, ainda há potencial de valorização e prevemos retornos razoáveis de um dígito. Os investidores em ações colheram retornos em 21, mas seu interesse permaneceu fraco o fluxo de ativos líquidos para as ações foi, na melhor das hipóteses, modesto. A nosso ver, isso deverá mudar em 211, quando a interessante valorização das ações e seu inerente potencial minimizador da inflação deverão gerar influxos vindos dos segmentos de ativo disponível e títulos. Uma difícil conjuntura política deixa muitos riscos para 211. Por isso, fazemos questão de destacar a incerteza que sempre cerca as previsões de retorno. Gráf. 6: Expectativa de bom ano para ações; perspectiva negativa para títulos públicos Retornos esperados do UBS em 211 e faixas de retorno históricas Títulos públicos Ativo disponível Títulos privados Títulos de merc. emerg. Títulos de alta rent. Commodities Setor imobiliário Ações de merc. desenvolv. Ações de merc. emerg Nota: As faixas de retorno históricas apresentam um desvio padrão anualizado para +/ em relação ao retorno esperado de 211, com base nos retornos mensais dos últimos 1 anos. Fontes: Bloomberg, BoA Merrill Lynch, Thomson Reuters, UBS WMR Faixas de retorno históricas Retornos esperados do UBS em 211 UBS global outlook 211 9

10 Perspectivas de investimento tica, as reais e contínuas pressões de valorização do yuan serão apaziguadas em parte com o aumento da inflação e em parte permitindo uma valorização da moeda. Por isso, recomenda-se aos investidores buscar exposição ao crescimento de mercados emergentes de forma diversificada e, em certa medida, também de forma indireta, através de empresas de mercados desenvolvidos com forte ênfase na Ásia e América Latina, em especial. 211, um bom ano para as ações Durante 21, os fluxos de ativos foram deslocados sobretudo do segmento de ativo disponível para os fundos de títulos em especial, com títulos privados e de mercados emergentes. Para 211, porém, o jogo é outro. O potencial de valorização de títulos privados e de mercados emergentes ficou mais limitado, pois os cupons de juros não subirão em caso de aumento das taxas de inflação e os títulos estão sendo negociados agora com valor mais próximo de seu valor justo. O oposto disso aplica-se às ações que ainda não liberaram seu pleno potencial de valorização. Além disso, muitos setores deverão conseguir aumentar seus dividendos junto com os níveis de preços de potencial crescimento. Portanto, deve-se ver as empresas com estabilidade na geração de lucros e atraentes dividendos como alternativa a alguns investimentos em títulos privados e títulos públicos Ainda assim, em 211 o desempenho superior provavelmente estará na região dos mercados emergentes, mas há riscos, conforme destacado por iniciativas recentes de combate aos altos influxos e à valorização de moedas em alguns países. Nunca se deve negligenciar uma estratégia de investimento diversificada em um mundo de desafios em constante evolução. A exposição a commodities, seja através dos fundos de commodities ou por investimentos em empresas produtoras de commodities, deveria ser uma das fontes de diversificação, assim como os investimentos em private equity, imóveis e hedge funds, que têm em comum uma perspectiva positiva para 211. Gráf. 7: Previsões macroeconômicas UBS Crescimento real do PIB, em % Inflação, em % 21P 211P 212P 21P 211P 212P Américas EUA 2,8 2,7 2,8 1,6 1,6 2,1 Canadá 3,1 2,8 2,6 1,8 2,1 2, Brasil 7,9 5,4 5,1 5,8 5,4 4,8 Ásia/Pacífico Japão 3,5 1,4 2,,7,3,4 Austrália 3,4 3,8 3,4 2,9 3, 3, China 1, 9, 9, 3,3 4,3 4, Índia 9, 8, 8,6 9,2 6, 6,8 Resto da Ásia 5,3 4,3 4,3 2,7 3,2 3,2 Europa Zona do euro 1,8 1,9 1,9 1,9 1,8 2,1 Alemanha 3,3 2,2 2, 1,4 1,6 1,7 França 1,7 2, 1,9 1,6 1,8 1,7 Itália 1,2 1,6 1,4 2, 2, 2,2 Espanha,,5,8 2,1 1,5 1,8 Reino Unido 1,6 2,3 2,2 3,3 2,7 1,9 Suíça 2,7 2,3 2,1,7,9 1,7 Rússia 4,1 4,8 4,5 6,9 8,5 7,7 Mundo 4,1 3,7 3,8 3, 3, 3,4 Nota: P = Previsões em 3 de novembro de 21 1 Taxa interbancária de 7 dias em vez de taxa LIBOR de 3 meses; 2 Paridade do poder de compra Fonte: UBS Taxas de Taxas LIBOR de 3 meses ít. públicos de 1 anos juros, em % 6 meses 12 meses 6 meses 12 meses EUA,3,5 3, 3,25 Zona do euro 1, 1,5 2,75 3,25 Japão,2,3 1,2 1,4 Reino Unido,75 1, 3,5 3,75 Suíça,5 1, 2, 2,25 Austrália 5,25 5,5 5,5 5,75 Canadá 1,5 2, 3,5 3,75 Suécia 2, 2,75 3, 3,5 China 1 2,9 3,3 3,8 4, Taxas de câmbio 6 meses 12 meses equilíbrio 2 EURUSD 1,35 1,39 1,24 USDJPY GBPUSD 1,6 1,66 1,66 USDCHF,96,96 1,18 USDCAD,97,95 1,3 AUDUSD,96,96,7 NZDUSD,73,71,58 USDSEK 6,59 6,33 7,57 USDNOK 5,63 5,47 7,6 USDCNY 6,45 6,25 n.a. 1 UBS global outlook 211

11 Ações A melhor opção em 211 Em 21, as ações globais tiveram sólido desempenho, sobretudo em mercados emergentes; em 211, a tendência deverá continuar, acompanhando o aumento dos lucros corporativos e o comportamento acomodatício dos bancos centrais. Continuamos favorecendo a Alemanha e mercados emergentes. Em 21, surgiram três grandes temas que os investidores deverão continuar levando em conta em 211. Em primeiro lugar, a crise da dívida pública na zona do euro lembrou aos investidores que a Europa não é uma região homogênea. Há uma linha divisória entre o núcleo economicamente forte da Europa e a Europa Meridional, que enfrenta medidas de austeridade. Em segundo lugar, o recente abrandamento da política monetária pelos bancos centrais dos EUA e Japão sugere baixa das taxas de juros em 211. Finalmente, as empresas especialmente as com grande exposição de vendas à Ásia e Europa Central relataram forte crescimento de lucros em 21. No futuro, será importante que os investidores focalizem áreas de crescimento sustentável de lucros que não se encareceram demais em 21 (ver gráf. 8). Inversamente, também é importante continuar com cautela em relação às ações baratas que não oferecem crescimento de lucros as chamadas «armadilhas de valor». Europa Central: em 211, movida não só pela demanda de exportações Como a maioria das medidas de austeridade mostrará seu maior impacto em 211, a linha divisória do crescimento entre os países da Europa deverá persistir em 211. Recomendamos um foco nos principais países da zona do euro que são economicamente fortes, tal como a Alemanha, onde os gastos das empresas continuam enchendo os livros de encomendas e os lucros deverão progredir (ver gráf. 9). Além disso, a taxa de desemprego alemã está no nível mais baixo desde a unificação e o crescimento da renda pessoal é saudável, devendo favorecer os mercados de ações. Outro segmento interessante é o das empresas de médio porte muitas são do setor de Indústrias com estratégias de vendas para a Ásia mais fortes que as de grandes empresas. A Suíça também enquadra-se na categoria de países com economia forte. O índice suíço, porém, tem forte inclinação para empresas do segmento de Serviços de Saúde, que oferecem baixo crescimento de lucros. O setor de Consumo Básico beneficia-se da demanda de consumo asiática, mas não é mais barato. Assim, nossa expectativa é que o desempenho do mercado de ações da Suíça esteja em sincronia com as ações globais. Markus Irngartinger Estrategista, UBS AG Lena Lee Andresen Estrategista, UBS AG Kilian Reber Analista, UBS AG Gráf. 8: Mercados de ações com interessante valorização Preço/lucro com base em prev. consensual de analistas; barras = médias/2 anos Gráf. 9: Expectativa de mais lucros em 211 na Alemanha e mercados emergentes Previsões consensuais de lucros por ação em 211; normaliz. para 1 em fev/ Austrália Canadá Zona do euro Hong Kong Japão Cingapura Suécia Suíça EUA Reino Unido Merc. emerg. Mundo fev 9 maio 9 set 9 jan 1 maio 1 set 1 Mundo EUA Zona do euro Mercados emerg. Alemanha Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: Thomson Reuters, UBS WMR Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: Thomson Reuters, UBS WMR UBS global outlook

12 Ações Um caso especial é o mercado de ações do Reino Unido, que continuamos recomendando. Embora a economia vá sofrer com as medidas de austeridade, 7% da receita de vendas das «large caps» são gerados fora do Reino Unido. Além disso, o mercado tem uma forte ênfase em setores ligados a commodities, oferecendo boa cobertura contra inflação no futuro. Ações americanas: busque empresas que se beneficiam de gastos corporativos As ações dos Estados Unidos, como um todo, deverão ter desempenho em sincronia com as ações globais. Recomendamos, portanto, focalizar as empresas com exposição internacional que se beneficiam de maiores gastos corporativos (ver gráf. 1). Isso aplica-se sobretudo ao setor de TI, também interessante do ponto de vista da valorização. Ações de mercados emergentes: retornos atraentes em 211, mas nem tudo é compra certa Com a manutenção das baixas taxas de juros pelos bancos centrais de países desenvolvidos e com a continuação das altas taxas de crescimento nos mercados emergentes, em 211 o «dinheiro barato» continuará fluindo para retornos superiores nos mercados emergentes. Embora vejamos as ações desses países como uma oportunidade atraente de um modo geral, nem tudo é compra certa. Ainda assim, em 211 a Ásia deverá ter o crescimento mais sólido, com potencial de lucros. Alguns mercados, não obstante, têm tido desempenho tão bom recentemente que os investidores talvez queiram esperar por pontos de entrada mais baratos. Recomendamos exposição aos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que têm interessante valorização. Alguns mercados em que temos postura menos positiva são Indonésia, Malásia e Hungria. A América Latina deve ser acompanhada de perto em termos de crescimento e potencial de lucro, enquanto a necessidade de desalavancagem dos países emergentes da Europa deverá deixar a região em último lugar entre os mercados emergentes por mais um ano. Ainda assim, em 211 o crescimento e os lucros deverão avançar na Europa emergente. Embora esta seja uma notícia em grande parte boa, 211 também pode trazer novos impostos sobre o influxo de capital em países emergentes muito provavelmente em países da Ásia e da América Latina, que têm potencial de aumentar a volatilidade e reduzir os retornos no curto prazo. Recomendamos, portanto, uma boa diversificação com várias ações de vários mercados emergentes. Setores de ações: crescimento é essencial, mas não a qualquer preço O que se diz de certos mercados emergentes também aplica-se a alguns setores com boas oportunidades de crescimento de lucros. Certos setores tiveram sólido desempenho em 21 e Gráf. 1: Potencial de aumento de gastos de empresas Investimento fixo privado não-doméstico dos EUA como percentual do PIB Gráf. 11: Setor de Materiais Básicos oferece potencial de avanço Comparação de preço/lucro dos próximos 12 meses em alguns setores globais nov 9 fev 1 maio 1 ago 1 nov 1 Equipamentos e so ware Total Consumo básico Materiais básicos Consumo cíclico Indústrias Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: Thomson Reuters, UBS WMR Fontes: Thomson Reuters, UBS WMR 12 UBS global outlook 211

13 Ações não são mais baratos. Esse é o caso sobretudo dos setores de Consumo Cíclico, Consumo Básico e Indústrias. Embora tenham expectativas de lucros que parecem intactas, suas valorizações são um tanto elevadas. Contudo, o setor de Materiais Básicos ainda tem forte potencial de crescimento de lucros e interessante valorização (ver gráf. 11). O setor deverá beneficiar-se das novas obras de infraestrutura na China. Além disso, as baixas taxas de juros nos EUA incentivam o fluxo de capital para os mercados emergentes em busca de rentabilidade gerando maior atividade de investimento, devendo beneficiar os preços de commodities e, consequentemente, o setor de materiais. Setores de ações: alguns têm motivo para serem baratos Embora a valorização seja importante, as valorizações baratas nem sempre indicam um bom negócio às vezes, elas implicam que a empresa tem baixo crescimento de lucros. Do ponto de vista setorial, o setor de Serviços Públicos europeu pode ser uma dessas «armadilhas de valor». O suprimento de água e eletricidade é um negócio bastante estável, mas os lucros excedentes podem ser tributados pelo Estado conforme já planejado pela Alemanha e Espanha. As perspectivas de crescimento também parecem adversas para o setor de Serviços de Saúde pelo menos, enquanto não houver notícias positivas sobre a produção de medicamentos. No segmento bancário, o impacto de alterações no quadro regulatório e o Basileia III deverão pesar sobre o setor, com os bancos retendo lucros, cortando dividendos e levantando fundos para cumprir os novos requisitos de capital. Ações Recompras de ações, dividendos e fusões e aquisições no cardápio Quando explodiu a crise financeira, as empresas iniciaram pesados programas de cortes de gastos, conseguindo reduzir bastante a dívida. Agora, com a recuperação dos lucros, elas acumulam quantidades cada vez maiores de capital. Com os custos de crédito quase insignificantes e as ações com baixa valorização, a recompra de ações e as aquisições estão se tornando particularmente interessantes. A nosso ver, essa tendência será favorável aos preços das ações de um modo geral em 211. Além de investir o excesso de dinheiro em capital fixo, uma empresa pode também recomprar suas próprias ações (aumentando o lucro e o preço por ação). Outra alternativa é aumentar os dividendos, seja criando um dividendo especial ou aumentando permanentemente os pagamentos de dividendos, mas as empresas têm de ter certeza de que esses aumentos estarão plenamente cobertos, pois os mercados geralmente punem os cortes de dividendos. Finalmente, os altos níveis de dinheiro e baixos custos de crédito poderiam gerar maior atividade de fusões e aquisições. Notícias sobre uma transação de fusão ou aquisição geralmente fazem disparar os preços das ações de uma empresa candidata a aquisição. Gráf. 12: Abundância de dinheiro em circulação e sólidos balanços Fluxos de caixa livres de empresas europeias x relação dívida líquida/ebitda Fluxo de caixa livre (em milhões de USD escala esquerda) Relação dívida líquida/ebitda (escala direita) Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: Thomson Reuters, UBS WMR UBS global outlook

14 Moedas Em busca de segurança Em 21 todas as quatro principais moedas tiveram desafios: o dólar americano, o euro, a libra esterlina e o iene japonês sofreram forte pressão, cada um a seu tempo. Essa tendência, a nosso ver, deverá continuar em 211. O grave efeito da profunda debilidade das principais moedas de reserva foi que os investidores começaram a se deslocar para as moedas de países produtores de commodities e de mercados emergentes. Os motivos diferem da simples caça aos rendimentos e das operações de carregamento que dominavam as operações antes da crise financeira. Atualmente, a corrida para os mercados emergentes e produtores de commodities é movida por uma busca de segurança e exposição a regiões de crescimento econômico. O desafio para 211 e para os mercados cambiais é que os alvos óbvios de diversificação acabaram ficando muito caros. Moedas como o dólar australiano, o franco suíço e o real brasileiro atingiram níveis extremos. QE2 não favorece dólar americano A implementação de uma segunda rodada de medidas de afrouxamento quantitativo (QE2) pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, tem aumentado a necessidade de encontrar uma alternativa segura ao dólar americano. Antes do QE2, o dólar tendia a cair em relação ao euro com a melhora das condições econômicas, quando a aversão a riscos caía e as ações ganhavam (ver gráf. 13). Agora, com o QE2, o Fed indicou que aumentará a circulação de moeda em tempos adversos. O resultado disso é que quando a economia global se aquecer, o dólar provavelmente se enfraquecerá, pois outros países oferecerão uma melhor conjuntura de crescimento; e quando a economia estiver vacilando, os investidores fugirão do dólar, pois o Fed provavelmente aumentará o ritmo de impressão de moeda. Portanto, o Fed deixou o dólar americano em maus bocados e apenas uma alteração inesperada na política econômica no sentido de corte de taxas será capaz, a nosso ver, de mudar esse processo. Contudo, é improvável que haja aumentos das taxas de juros em 211 e, por isso, o dólar americano dificilmente continuará em trajetória de queda. Euro também não é favorito O euro não é a melhor alternativa ao dólar americano. A Europa está enfrentando desafios com a luta de alguns países-membros para pagar os juros de suas dívidas. Em 211, o ritmo de emissão de títulos da Espanha, Irlanda Thomas Flury Estrategista, UBS AG Michael Bolliger Analista, UBS AG Gráf. 13: Euro tende a se beneficiar dos ganhos das ações Índice de ações S&P 5 X taxa de câmbio EURUSD 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1, EURUSD (escala esquerda) S&P 5 (escala direita) Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: Bloomberg, UBS WMR Gráf. 14: Moedas de países produtores de commodities (AUD e NZD) mostram fôlego Valorização de acordo com a PPP X taxa de juros nos últimos 3 meses Valorização de acordo com a PPP CHF Caro Fontes: Fitch, Bloomberg, UBS WMR NZD AUD 1 JPY EUR SEK NOK CAD GBP Taxa de juros nos últimos 3 meses 1 2 USD 3 Barato UBS global outlook 211

15 Moedas e outros países deverá, conforme esperamos, dificultar os investimentos no euro. Por outro lado, a conjuntura econômica está extremamente amigável para os fortes exportadores que são a Alemanha, os Países Baixos e até a Áustria. Por essa razão, acreditamos que o Banco Central Europeu (BCE) não tem interesse em fortalecer excessivamente o euro. Se a escolha estiver a cargo do Banco Central, ele preferiria manter as taxas de juros baixas para ajudar os países em apuros, em vez de assumir uma postura mais restritiva para os outros países através do euro forte. Diversifique em épocas de queda Continuamos aconselhando os investidores a buscar alternativas ao dólar americano e ao euro. Em vista do fôlego de moedas alternativas (ver gráf. 14) como o dólar australiano e o franco suíço, recomendamos aos investidores acrescentar essas moedas à carteira em épocas de queda. Embora as compras em épocas de fraqueza traga consigo um risco de perda financeira, essas moedas deverão valorizar-se no longo prazo. Além disso, pode ser prudente diversificar investimentos em moedas de países desenvolvidos menores (tais como a coroa sueca e a coroa norueguesa) e de mercados emergentes (ver abaixo). Quanto ao câmbio EURUSD, esperamos que a taxa flutue em uma faixa ampla de 1,5 a 1,2. Os problemas de endividamento da Europa deverão limitar uma alta do euro acima de 1,5. Por outro lado, caso o câmbio EURUSD for contrário a nossas expectativas e caia para abaixo de 1,2, os investidores em dólar americano na Ásia e Oriente Médio deverão relaxar sua exposição ao dólar e limitar a subida. Moedas de mercados emergentes Ainda com atrativos apesar da intervenção O forte crescimento econômico e as maiores taxas de juros nos mercados emergentes previstos para o próximo ano, aliados às taxas de muitos países desenvolvidos que há tempos estão em patamares baixos, deverão continuar fazendo o capital fluir rumo aos mercados emergentes em 211. A nosso ver, as moedas da Ásia e da América Latina, em especial, deverão continuar sendo favorecidas. Além disso, para algumas moedas, o aumento das reservas cambiais e as crescentes taxas de juros sugerem um potencial de valorização no longo prazo. Contudo, com o fortalecimento das moedas de mercados emergentes, especialmente diante das medidas de afrouxamento quantitativo em mercados desenvolvidos, contamos com uma intervenção cada vez maior dos bancos centrais e introdução de controles de capital em mercados emergentes em 211. Esses receios concentram-se, em grande parte, na Ásia e na América Latina e, em menor escala, na Europa emergente. As medidas provavelmente gerarão maior volatilidade das taxas de câmbio no futuro próximo, mas não deverão afetar fundamentalmente a atratividade de longo prazo das moedas de mercados emergentes. Gráf. 15: Grandes res. cambiais e altas taxas de juros sugerem potencial de valorização Variações de reservas cambiais nos últimos 6 meses e taxas de juros reais Taxas de juros reais (títulos públicos de 1 anos) Hungria Pouco atrativo Malásia Fontes: Bloomberg, UBS WMR Brasil África do Sul Polônia Chile México Turquia Índia Coreia Filipinas Rep. Tcheca Rússia China Indonésia Atrativo Variações de reservas cambiais (últimos 6 meses) UBS global outlook

16 «Os investidores precisam ter estratégias cautelosas em 211.»

17 Renda fixa Regras tradicionais não valem mais Ao selecionar mercados de títulos, os investidores devem enxergar além da classificação tradicional de «arriscados» X «livres de risco». Preferimos títulos da dívida de alta rentabilidade, dívida pública de mercados emergentes, privados e títulos seletivos da dívida pública com curto vencimento. Tradicionalmente, os títulos públicos de países desenvolvidos eram vistos como investimentos «livres de risco», enquanto os de mercados emergentes, entre outros, eram classificados como arriscados. Hoje, essa diferença aparentemente cristalina é questionável, pois a recente crise financeira deteriorou as finanças públicas em alguns mercados desenvolvidos. Além da velha classificação Muitos países emergentes foram afetados ligeiramente pela crise. Com o maior crescimento econômico e menor exposição a ativos bancários tóxicos, vários mercados emergentes ficaram mais sólidos, em termos relativos, em comparação com diversas economias desenvolvidas. A China, a Rússia e a Indonésia apresentam baixos déficits orçamentários e superávits da conta corrente que dão a esses países a melhor posição entre os mercados emergentes. O Brasil e a Turquia também não parecem estar em situação de risco excessivo. Contudo, vários países na região da Europa, Oriente Médio e África tendem a ter posição menos favorável a África do Sul é um exemplo, mas também a Hungria, devido à alta relação dívida/pib desse país (ver gráf. 16). Quanto à zona do euro, os mercados financeiros reconheceram que diversos Estados-membros estão em posições particularmente vulneráveis. Reiteramos nossa recomendação de vender títulos da dívida soberana grega, pois acreditamos que durante os próximos anos haverá uma grande probabilidade de reestruturação de dívida. Da mesma forma, temos recomendações de venda de títulos emitidos ou garantidos por Portugal e pela Espanha e de títulos de médio a longo prazo da Irlanda, apesar dos rendimentos aparentemente interessantes. Riscos decorrentes da dívida elevada e desequilíbrios globais Em 211, vários países terão de implementar mais medidas de austeridade e sofrer mais tensão social e política. Em países onde as medidas de austeridade podem precisar ser adiadas por razões políticas, os rendimentos tendem a subir à medida que os investidores presumirem uma maior probabilidade de inadimplência e/ ou inflação. As crescentes tensões internacionais provavelmente permanecerão em destaque em 211. Achim Peijan Estrategista, UBS AG Philipp Schöttler Estrategista, UBS AG Gráf. 16: Mapa de risco de alguns mercados de títulos de países desenvolvidos e emergentes O tamanho da bolha reflete o nível das taxas de juros reais Déficit orçamentário de Menor risco Canadá Rússia Brasil Suíça Indonésia China Suécia Turquia Austrália Hungria Alemanha África do Sul Espanha Polônia Malásia Portugal EUA Reino Unido 11 Grécia Maior risco Conta corrente de 211 Mercados desenvolvidos Mercados emergentes Fonte: UBS, FMI, Bloomberg Gráf. 17: Títulos privados, de alta rentabilidade e de mercados emergentes ainda atrativos Rendimento até o vencimento de alguns setores do mercado de títulos em USD Rendimento até o vencimento jan 6 jan 7 jan 8 jan 9 jan 1 jan 11 Letras do tesouro, 3 meses Títulos públicos dos EUA Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: BoA Merrill Lynch, JP Morgan, UBS WMR Títulos privados Títulos de alta rentab. Mercados emerg. UBS global outlook

18 Renda fixa Atritos nos fluxos de comércio ou de capital seriam particularmente desfavoráveis para os países com grandes déficits da conta corrente (como os EUA), que terão de continuar dependendo do capital estrangeiro. Para substituir a poupança externa e incentivar a poupança interna, as taxas de juros precisariam subir se as tensões internacionais resultarem em restrições ao comércio e ao fluxo de capital. Por outro lado, países com superávits comerciais e da conta corrente (tais como a Suíça, Suécia, Alemanha e Japão) descobrirão que a poupança precisaria ser investida mais intensamente no mercado interno e isso, por sua vez, poderia favorecer os preços dos títulos em certa medida. Foco em vencimentos curtos e médios De um modo geral, preferimos países com baixos déficits públicos e saldos externos saudáveis em mercados emergentes e desenvolvidos. Contudo, mesmo nesses mercados os preços poderiam ficar sob pressão, pois seu rendimento até o vencimento caiu a níveis desinteressantes. Outro entrave para os títulos poderia ser a inflação, que pode exceder as atuais expectativas do mercado no médio a longo prazos, ainda que alguns bancos centrais tendam a começar a recuar (tal como o Banco Nacional Suíço) ou continuar recuando (tais como a Suécia, Austrália e Canadá) da política monetária ultraflexível de 21. Assim, recomendamos um foco em títulos com vencimentos de curto e médio prazos. Além disso, alguns títulos de mercados emergentes e títulos privados (ver quadro), em geral, deverão ter desempenho superior em relação à maioria dos mercados de títulos públicos de países desenvolvidos (ver gráf. 17) Títulos privados A valorização acabou, mas espera-se um ano de solidez Em 21, os títulos privados com grau de investimento e de alta rentabilidade tiveram desempenho excepcional. A vantagem em relação aos títulos públicos em termos de rendimento até o vencimento caiu depois da alta histórica de 28 e voltou a ocupar patamares mais próximos das médias de longo prazo. Acreditamos que essa busca de rendimentos continuará em 211. Contudo, o risco de subida das taxas de juros e inflação aumentou em relação a um ano atrás, e isso poderia começar a pesar sobre os títulos privados, pois o amortecimento oferecido pela maior rentabilidade será limitado no futuro. Recomendamos títulos privados com grau de investimento de durations mais curtas em razão do aumento do risco de taxa de juros. De um modo geral, a vantagem dos títulos privados em relação aos títulos públicos em termos de rentabilidade continua interessante, mas o potencial de valorização agora é limitado. Em termos específicos, os sólidos balanços e o aumento dos fluxos de caixa continuam favorecendo os títulos de alta rentabilidade e deverão ajudar a manter baixa a taxa de inadimplência corporativa. Em geral, prevemos retornos totais em níveis decentes, mas mais «normais» para o próximo ano. Gráf. 18: Poucas moratórias deverão manter os rendimentos baixos em 211 Inadimpl. de tít. de alta rent. (EUA) X spread de tít. globais de alta rent Taxa de inadimplência, previsão da WMR (escala esquerda) Taxa de inadimplência de títulos de alta rentabilidade (escala esquerda) Rend. de títulos de alta rent. acima dos títulos públicos (escala direita) Nota: Dados até 15 de novembro de 21 Fontes: Moody's, BoA Merrill Lynch, UBS WMR UBS global outlook 211

19 Classes de ativos não-tradicionais Hedge funds Novas estruturas facilitam acesso a hedge funds Uma tendência em evolução no universo dos hedge funds é o crescimento dos OICVM (Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários), estrutura jurídica da União Europeia que exige dos fundos o cumprimento de três requisitos fundamentais: transparência, liquidez e diversificação. Seu objetivo é permitir aos investidores certa segurança e melhor gestão de risco. A nosso ver, o cenário para os hedge funds continua positivo (ver gráf. 19), com ênfase em estratégias «Global Macro» e baseada em eventos. Continuamos contando com um mundo bipolar isto é, sólido crescimento econômico em mercados emergentes e desempenho abaixo da média em economias desenvolvidas, que oferece oportunidades para gestores de estratégias Global Macro. As estratégias baseadas em eventos, por outro lado, atualmente podem aproveitar-se da retomada das atividades de transações (tais como aquisições) ou de reestruturações de balanços (refinanciamento de dívida, vendas de ativos e emissão de ações). O setor de hedge funds tem menor concorrência com menos hedge funds e menos mesas de operações em bancos e por isso continuamos favorecendo-o. Mercado imobiliário Ações imobiliárias em vias de obter desempenho mais sólido Boas condições monetárias, alívio nos padrões de crédito e fundamentos do mercado em condições melhores que o esperado favoreceram o mercado imobiliário global. A nova rodada de afrouxamento quantitativo do banco central dos EUA está abastecendo o mercado e exerce pressão de queda sobre as taxas de juros de longo prazo. Além disso, os investidores elevaram suas expectativas de inflação e ampliaram a exposição ao setor imobiliário, tido como cobertura natural contra a inflação. Em vista disso, as ações imobiliárias dos EUA contabilizaram seu melhor desempenho em comparação com a concorrência no acumulado anual (ver gráf. 2). Na Europa, a conjuntura também ficou mais favorável, com uma série de ações batendo novos recordes. Contudo, agora precisa-se de aumento das locações em termos mundiais para haver novos avanços. Favorecemos, portanto, as ações imobiliárias com dividendos acima da média, especialmente da Alemanha, Suécia, França e EUA, enquanto a valorização atrativa do Reino Unido reflete riscos. Os imóveis comerciais deverão ter desempenho superior em Hong Kong, Cingapura e Austrália, com base em sólidos níveis de emprego e refreamento de oferta. Cesare Valeggia Analista, UBS AG Thomas Veraguth Economista, UBS AG Gráf. 19: Hedge funds continuaram tendo êxito em 21 Desempenho acumulado anual em % Multi-Estratégia Long & Short Global Macro Baseada em eventos Neutra com rel. ao merc. de ações Gráf. 2: Setor imobiliário fortemente favorecido por maior alívio monetário Desempenho de ações globais e setor imobiliário global Dedicated Short Bias Dow Jones Credit Suisse Hedge Fund Index Europa Ásia Américas Oceania Ações globais Nota: Informações obtidas até 15/11/21. Fontes: CS Tremont Nota: Indexado: 1/1/25 = 1; Nota: Dados até 15 de novembro de 21. Fontes: Bloomberg, GPR, UBS WMR Os investimentos em classes de ativos não-tradicionais podem não ser adequados para todos os clientes. Entre em contato com seu consultor de cliente para mais informações. UBS global outlook

20 Classes de ativos não-tradicionais Commodities Bem posicionadas para 211 A posição confortável das commodities no último trimestre de 21 ainda deixa espaço para preços maiores durante 211. A frouxa política monetária e a abundante liquidez deverão permitir uma nova aceleração na demanda por commodities, especialmente vinda de mercados emergentes. Embora seja provável que o crescimento do mundo desenvolvido se mantenha moderado e turbulento, a demanda geral deverá sustentar-se. Além disso, os investidores financeiros em busca de proteção contra riscos monetários e inflacionários provavelmente favorecerão as commodities. Dessa forma, os preços de commodities em todos os setores deverão subir ainda mais (ver gráf. 21). Favorecemos as commodities em setores em que o crescimento da oferta é limitado, tais como ouro, cobre e milho, e os preços não sofreram aumentos exponenciais, tais como algodão e prata. A redução da capacidade ociosa da OPEP, acompanhando a sólida demanda do petróleo asiático, deverá facilitar subidas de preços para USD 1/bbl nos próximos 12 meses. Em razão da falta de confiança nas grandes moedas e de receios inflacionários, provavelmente haverá mais aumentos de preços e o ouro, em nossa avaliação, deverá atingir picos em torno de USD 1.65/oz. Private equity Novamente em voga, talvez com exagero A nosso ver, 211 será um ano agitado para as saídas de empresas de participações graças à melhora das condições de mercado. Para o investidor, isso significa que a janela de oportunidade possivelmente começa a fechar. A lucratividade das transações tradicionais de private equity aumenta com o baixo custo do financiamento por endividamento, conjuntura econômica positiva e atratividade de preços. Enquanto estes são aspectos favoráveis, o preço de aquisição é mais questionável. As empresas de participações já têm à disposição reservas consideráveis de capital a investir, em razão dos grandes influxos de fundos antes da retração econômica. Em compasso com o maior interesse dos gestores de ativos (ver gráf. 22), as valorizações em private equity podem atingir picos (e o ponto de entrada potencial para investidores pode encarecer). Em termos setoriais, os investidores voltam-se para empresas em consolidação, enquanto o setor de tecnologia da informação, em geral, tem sido responsável pela maioria das transações de risco. Além disso, há atividade em serviços médicos e prevemos potencial de crescimento em aquisições com financiamento com a facilitação do acesso ao financiamento. Dominic Schnider Estrategista, UBS AG Cesare Valeggia Analista, UBS AG Gráf. 21: Ano de grande valorização de metais preciosos e so commodities Desempenho de commodities por setor jan 8 jul 8 jan 9 jul 9 jan 1 jul 1 jan 11 Gráf. 22: Em 211 deverá haver influxos em private equity Capital a investir em fundos de private equity em 211 X investido em 21 49% 12% 39% Mais capital em 211 que em 21 Mesmo capital em 211 e 21 Menos capital em 211 que em 21 Energia Metais preciosos Metais industriais Grãos So commodities Gado Nota: Indexado: 1/1/28 = 1; Nota: Dados até 15 de novembro de 21. Fontes: DJ UBS, Bloomberg, UBS WMR Fonte: Preqin Os investimentos em classes de ativos não-tradicionais podem não ser adequados para todos os clientes. Entre em contato com seu consultor de cliente para mais informações. 2 UBS global outlook 211

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