DELIBERAÇÃO. Relatório

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1 Pº RP 291/2007 DSJ-CT: Registo provisório de aquisição, antes de titulado o contrato de venda de imóvel destinada ao cumprimento de legados. Atribuições do testamenteiro. DELIBERAÇÃO Relatório 1. Em 6 de Setembro de 2007 foi requerido na Conservatória do Registo Predial de um registo de aquisição, antes de titulado o contrato, do prédio descrito sob o nº25 076, do livro B-80 (actualmente informatizado sob o nº2060/ , da freguesia de ) com base em declaração de Luís, testamenteiro nomeado pela titular inscrita em testamento no qual dispõe que após a sua morte, a sua casa de habitação, ou seja a moradia que lhe pertence, sita na dita Rua, número quarenta e sete em, e todo o seu recheio serão vendidos ; que O produto dessa venda, depois de descontadas as despesas, comissões e honorários será atribuído em partes iguais à Paróquia de e ao seu primo Raul e na falta deste aos seus herdeiros sendo que A Paróquia deverá investir esse dinheiro em obras de caridade, assistência a idosos, crianças e pessoas doentes. 2. O pedido de registo, instruído com prova matricial e fotocópias certificadas da escritura pública de habilitação do Estado Português como único herdeiro da titular inscrita, do referido testamento, do comprovativo de participação de transmissões gratuitas (modelo 1) para efeitos de imposto de selo, da aceitação do legado por Raul e de certidão emitida pelo notário da Cúria Patriarcal de, veio a ser recusado com fundamento em que a declaração prestada pelo testamenteiro não constitui título bastante para o registo dado não decorrer do testamento que a testadora tenha incumbido este de cumprir o legado ou o tenha autorizado a vender o imóvel em causa. 3. Da decisão de recusa veio interposto o presente recurso hierárquico no qual se alega, em síntese, que a falecida incumbiu o declarante, ora 1

2 recorrente, da execução do testamento e da venda do bem, ainda que verbalmente, para após a mesma repartir esse produto entre a Paróquia de. e Raul ; que, todavia, não se ignora a falta de qualquer referência expressa para o efeito no mencionado testamento mas que, atento o teor do parecer do Conselho Técnico de 5 de Maio de 1967, proferido no Pº390, retira-se que o elemento essencial para subtrair o bem à herança não é a qualidade do vendedor mas a forma como o legado é instituído, daí que, inexistindo no caso vertente, qualquer herdeiro, visto que o único bem existente na herança é o dito e identificado imóvel, não é admissível que o registo deva ser requerido por um suposto, mas inexistente, herdeiro legítimo, a saber, o Estado Português, sendo mais aceitável que a legitimidade para pedir o registo fosse, então, atribuída aos legatários, dado a herança ser composta apenas por legados. 4. No despacho a que se refere o artigo 142º, nº3, do Código do Registo Predial (CRP) foi sustentada a decisão de recusa por simples remissão para os fundamentos invocados no despacho de recusa, remetendo-se o processo à entidade competente. 5. O processo é o próprio, o recurso é tempestivo, o recorrente tem legitimidade e inexistem questões prévias que obstem à apreciação do mérito, que se expressa na seguinte DELIBERAÇÃO I Em face do disposto no artigo 2032º do Código Civil, com a abertura da sucessão, dá-se o chamamento daqueles que tenham a necessária capacidade e que gozem de prioridade na hierarquia dos sucessíveis 1 à titularidade das relações jurídicas patrimoniais da pessoa falecida e à consequente devolução dos bens que a esta pertenciam artigo 2024º do Código Civil 2 -, porém, se os 1 Como refere Capelo de Sousa, Lições de Direito das Sucessões, págs. 239/240, é no momento da morte do de cuius que se imobiliza e consolida a hierarquia das designações sucessórias, que o escalonamento dos designados, até então instável e em permanente evolução, se fixa e se apuram as pessoas que em concreto vão ser chamadas à titularidade das relações jurídicas do falecido, desde que reúnam ainda os restantes pressupostos da vocação sucessória, ou sejam, a existência jurídica e a capacidade. 2 Sobre o carácter perfunctório do disposto no artigo 2024º do Código Civil, cfr. Capelo de Sousa, ob. cit., págs. 279/304, que, procurando desfazer o equivoco sobre o âmbito 2

3 primeiros sucessíveis não quiserem ou não puderem aceitar, serão chamados os subsequentes, e assim sucessivamente 3, retroagindo a devolução a favor dos últimos ao momento da abertura da sucessão. da transmissibilidade sucessória das relações jurídicas do autor da sucessão, salienta o facto de serem objecto de vocação ou devolução sucessória todas as relações jurídicas ou todas as coisas não exceptuadas por lei, nomeadamente, para além dos bens patrimoniais, certos direitos pessoais e, no lado passivo das relações jurídicas, as obrigações e as dívidas. 3 Com efeito, no caso de falecido que não tenha herdeiros legitimários e não tenha disposto válida e eficazmente, no todo ou em parte, dos bens de que podia dispor para depois da morte, são chamados os sucessíveis indicados nas alíneas c) e d) do artigo 2133º do Código Civil, e à falta destes, judicialmente reconhecida, será chamado o Estado que, dado o disposto nos artigos 2152º a 2155º do Código Civil, sucederá com os mesmos direitos e obrigações de qualquer outro herdeiro mas sem necessidade de aceitação ou impossibilidade de repúdio. Como referem Pires de Lima e Antunes Varela, Código Civil anotado, volume VI, págs. 249/251, a aquisição da herança pelo Estado, como sucessor legítimo, opera ipsa vi iuris, justificando-se aqui a impossibilidade de renúncia e a desnecessidade de aceitação não porque ao Estado não compita o estatuto jurídico de herdeiro mas porque a lei não quer que os bens da herança fiquem ao abandono, expostos à ocupação de terceiros, em manifesto risco de prejuízo grave para os credores da herança. Mas, como atrás se disse, se o testador tiver deixado testamento no qual tenha disposto válida e eficazmente de todos os seus bens, é a favor dos sujeitos por esta via designados que se dará a devolução sucessória, podendo mesmo ocorrer o afastamento da figura do herdeiro enquanto adquirente do património na sua unidade bastando para tanto que não haja herdeiros legitimários e que a herança seja, toda ela, distribuída em legados. Como elucida Galvão Teles, Direito das Sucessões, noções fundamentais, págs. 200/203, pode, na verdade, acontecer que o testador faça deixas referentes a objectos determinados, ainda que sob a forma de complexos mais ou menos vastos, mas de tal maneira que do próprio testamento resulta que está necessariamente a dispor de todo o activo, mas situações ocorrem em que o testador dispõe de bens determinados a favor de várias pessoas ou de uma só, mas não se pode saber antecipadamente se com isso esgota ou não o acervo de bens de que será dono ao falecer. Em qualquer caso, ou se saiba a priori ou se averigue a posteriori que todos os bens do de cuius são absorvidos por legados (ou legado), o certo é que por definição não fica lugar para herdeiros. Se o testador os instituiu, a instituição não produz efeito; e em nenhum caso serão chamados os herdeiros legítimos. Ora, compulsado o caso dos autos, temos que, apesar da falecida ter declarado que não tinha herdeiros legitimários e ter disposto no sentido de ser vendida a casa onde residia e repartido o produto da venda dinheiro pelas pessoas indicadas, não se afigura 3

4 II- Devem, todavia, considerar-se excluídos da massa patrimonial transmitida para os herdeiros os bens que de acordo com a vontade do autor da sucessão devam ser vendidos e repartido o produto da venda pelas pessoas designadas em testamento 4 ; possível retirar do testamento que o prédio urbano nele mencionado e o seu recheio constituem todo o acervo de bens ou todo o activo patrimonial da herança e concretamente, que inexistem outros bens que possam integrar um resíduo a que sucedam os seus herdeiros legítimos, donde, só partir da abertura da sucessão, quando, em princípio, se cristalizou ou se imobilizou o património da falecida, se conceberia a confirmação de que todos os bens deixados se compreendem no âmbito do testamento e, como tal, porque nada resta, não subsiste já o universum ius. 4 Do património unitariamente considerado a que sucedem os herdeiros do falecido podem, efectivamente, ser excluídos bens determinados que, por vontade do autor da sucessão, devam ser encaminhados para os legatários, reduzindo-se, assim, pela saída de elementos, o conteúdo da universalidade pese embora se mantenha a sua essência jurídica (Cfr. Galvão Teles, ob. cit., págs. 186 a 192). Do mesmo modo, pode o testador fazer deixas que não representem uma diminuição do activo da herança mas que, todavia, determinem um aumento do seu passivo, como acontece nos casos em que o legatário adquire um direito de crédito constituído originariamente, como seja um legado em dinheiro. Neste caso, ao legatário assiste apenas o direito de exigir o cumprimento da obrigação à custa dos bens da herança indivisa, que respondem colectivamente pela satisfação dos respectivos encargos pois, considerando o disposto nos artigos 2068º e 2097º do Código Civil temos que, pela satisfação dos encargos da herança, nos quais se incluem os legados obrigacionais, respondem todos e cada um dos bens da herança, como universalidade, desde que susceptíveis de penhora, sem prejuízo de poderem existir bens determinados que respondam imediata e prioritariamente por certas dívidas face à universalidade da herança ( cfr. os arts. 666º, nº1, e 686º, nº1, do CC)e conquanto possam ser remidos os direitos de terceiro sobre eles existentes, nos termos do disposto no art. 2099º do CC (Cfr. Galvão Teles, ob. cit. págs. 197/200, e Capelo de Sousa, ob. cit., págs.109/120). Com efeito, o legado, mesmo o dispositivo, constitui sempre um encargo da herança, na medida em que representa uma atribuição patrimonial a favor de terceiro, todavia, enquanto no legado dispositivo o seu cumprimento se coloca no plano da entrega da coisa legada, independentemente do caminho que se tenha de percorrer para o efeito, no legado obrigacional releva o lado passivo da herança pelo qual é directamente responsável, nos termos dos artigos 2068º e 2069º do Código Civil, a massa patrimonial que constitui a herança, intervindo, em princípio, todos os herdeiros como co-titulares desse património. Na situação dos autos, apesar da testadora ter pretendido atribuir a um conjunto de pessoas não um bem determinado mas o preço que resultasse da sua alienação, após serem deduzidas as despesas respectivas, afigura-se, ainda assim, existir um quadro 4

5 III- Se no referido testamento tiver sido nomeado testamenteiro sem especificação das suas atribuições, consideram-se a cargo deste as atribuições previstas no artigo 2326º do Código Civil, das quais relevam a vigilância da execução das disposições testamentárias e o exercício das funções de cabeçade-casal na falta de cônjuge sobrevivo que seja herdeiro ou meeiro dos bens do casal 5 fáctico diverso do legado em dinheiro a cumprir pelos herdeiros à custa do acervo hereditário e por via da responsabilidade colectiva de todos os bens da herança. A nosso ver, tratar-se-á antes de uma manifestação de vontade no sentido de desviar certos bens da universalidade, reduzindo o seu conteúdo ao remanescente ou, na hipótese de inexistirem outros bens, eliminando, por assim dizer, a unidade patrimonial, mediante a atribuição de legados de determinação incompleta no momento da sua morte e a obter à custa de bens preexistentes e expressamente designados que passam recta via do falecido para o legatário não em espécie mas em valor. Sendo certo que a deixa testamentária se refere ao valor a obter após a venda dos bens indicados, não cremos, na realidade, que aos legados dos autos assente a classificação de meros legados obrigacionais, a ocupar um lugar no passivo da herança, antes se nos afigura que, apesar do seu aspecto obrigacional, a determinar ao herdeiro ou herdeiros uma obrigação instrumental: fazer o necessário para que o legatário possa gozar efectivamente o benefício concedido, não deixa de se dar aqui prevalentemente o fenómeno da amputação do activo pela saída ou extinção de bens normalmente associado aos legados dispositivos (Cfr. Galvão Teles, ob. cit. págs. 197/200). Doutra forma, a vingar o entendimento de que este bem, apesar de afecto ao cumprimento de legado em função o seu valor, integra a massa hereditária transmitida para os herdeiros, não vemos como poderia o mesmo ser excluído do núcleo de bens que respondem colectivamente pela satisfação de outros encargos da herança artigo 2097º do Código Civil o que, fora da hipótese prevista no artigo 2277º do Código Civil e sem prejuízo do disposto no artigo 2278º do Código Civil, parece contrariar, pelo menos, a vontade da testadora. 5 Em face do disposto no artigo 2320º do Código Civil o testador pode nomear uma ou mais pessoas que fiquem encarregadas de vigiar o cumprimento do seu testamento ou de o executar, no todo ou em parte. Daqui resulta, por um lado, que a nomeação do testamenteiro é prerrogativa do testador e não da lei, dos herdeiros ou do juiz, como podia acontecer no direito pretérito, e por outro, que, fora alguns limites legais, impera a autonomia do testador no que concerne à definição dos poderes do testamenteiro. Como referem Pires de Lima e Antunes Varela, ob. cit., pág. 508, a lei opta por não traçar um modelo ou padrão rígido das atribuições do testamenteiro e por remeter expressivamente para a vontade do de cuius a definição do seu estatuto, assinalando assim o seu carácter casuístico ou concreto. Ele será talhado por cada testador à medida 5

6 da colaboração de cada um carece para a satisfação real das suas intenções materiais, morais e espirituais post mortem. Cabendo apenas como conteúdo natural da testamentaria as atribuições previstas no artigo 2326º do Código Civil, a regra ínsita no nosso sistema jurídico de que os executores da vontade do de cuius são os herdeiros (artigo 2265º do Código Civil) só poderá, pois, ceder quando o testador impuser outra regra de legitimidade, nomeadamente, encarregando o testamenteiro do cumprimento dos legados e dos restantes encargos da herança, quando este seja cabeça-de-casal e não haja lugar a inventário obrigatório (artigo 2327º do Código Civil), sendo que aqui os poderes do testamenteiro acabarão obviamente por exceder aqueles que são reconhecidos ao cabeçade-casal sempre que, para a execução do testamento lhe seja também autorizada a venda de quaisquer bens da herança.(cfr. Oliveira Ascensão, Sucessões, págs. 503/506). Posto isto, perante o testamento dos autos, verificamos que o testador nomeou, efectivamente, o apresentante, ora recorrente como testamenteiro, porém, sem lhe assinalar quaisquer atribuições ou autorizações especiais, logo, à falta de especificação das funções do testamenteiro, não estará, quanto a nós, em causa a interpretação da vontade do testador no sentido de apurar a amplitude das disposições testamentárias executandas, antes caberá observar o que parecer mais ajustado com a vontade do testador, conforme o contexto do testamento (artigo 2187º do Código Civil) no que respeita à própria legitimidade de execução pois é no testamento, e não nas conversas ou comentários com os familiares ou amigos, acerca dele, que o testador exprime, ou pelo menos tenta em regra exprimir a sua verdadeira vontade. (Cfr. Pires de Lima e Antunes Varela, ob. cit., pág. 304). Ora, do contexto do testamento não vemos como retirar com clareza que a vontade da testadora tivesse sido a de conferir ao testamenteiro a qualidade de executor do testamento, pois, para além de nada se poder apurar sobre a existência de outro acervo patrimonial e, como tal, da intenção de distribuir toda a herança em legados, nada se menciona sobre a falta de quaisquer familiares sucessíveis, antes se indica ser um dos legatários primo da falecida, ainda que daí não resulte a qualidade de sucessível face do disposto no artigo 2133º do Código Civil, e nenhuma referência se faz em matéria de legitimidade ou de autorização para venda dos bens que permita cruzar a disposição testamentária com a nomeação de testamenteiro ínsita no mesmo documento. Ademais, tratando-se de um testamento público, não deixa de impressionar que tendo a testadora vontade de tornar o testamenteiro executor das disposições testamentárias e de lhe conceder poderes para vender os bens indicados se tivesse o notário atido à mera expressão do facto da nomeação do testamenteiro, deixando por patentear a definição do seu estatuto que, como vimos, não inclui no modelo supletivo legal quaisquer poderes de execução. Pelo exposto, apesar da testadora não se ter limitado a efectuar as deixas testamentárias, determinado, ao invés, os termos em que as mesmas se hão-de tornar efectivas e modelando, assim, o aspecto obrigacional do legados e, desta forma, a 6

7 IV- Assiste, por isso, aos herdeiros a obrigação de cumprir os legados, nos termos das disposições combinadas dos artigos 2265º e 2275º do Código Civil, no tempo e no lugar previstos no artigo 2270º do Código Civil, a menos que não existam herdeiros legitimários e a herança tenha sido toda valida e eficazmente distribuída em legados, caso em que, não se abrindo a sucessão legítima, se admite que o cumprimento dos mesmos deva ser feito pelos legatários 6. actuação do executor do testamento, a nomeação de testamenteiro desacompanhada de qualquer outra indicação, não pode, a nosso ver, sustentar a legitimidade para vender porquanto no confronto ponderado das cláusulas do testamento nada nos diz que a testadora não tenha querido apenas conferir ao testamenteiro, pessoa por si seleccionada e da sua confiança, a importante tarefa de vigiar o cabal cumprimento da sua última vontade, podendo, inclusive, sustentar em juízo a validade das disposições testamentárias (artigo 2326º, al. b), do Código Civil). De resto, a finalidade assinalada ao legado feito a favor da Paróquia não deixa de sugerir também uma intenção de escolha da pessoa que, na convicção da testadora, melhor pode vigiar o cumprimento da sua vontade e designadamente a concreta aplicação pia da liberalidade. 6 Como justamente observa Oliveira Ascenção, ob. cit., pág. 501, nota 2), a lei, ao pretender levar até ao fim a ideia de que o herdeiro é por natureza o executor da vontade do testador, acaba por deixar uma lacuna no caso da herança ter sido toda distribuída em legados. Como se sabe, os legatários não são, por regra, continuadores da posição do de cuius relativamente ao património e, portanto, estão perante ele como terceiros, como adquirentes de bens singulares ou credores, cabendo aos herdeiros a continuidade patrimonial do defunto e, por essa via, assumir o papel de devedores. Porém, na hipótese prevista no artigo 2277º do Código Civil, ou seja, quando não há herdeiros, por o património ser todo distribuído em legados, a figura do legatário acaba por mudar de carácter em certos aspectos pois, como acentua Galvão Teles, apesar da lei considerar desfeito o universum ius formar-se-ão, ainda assim, novas universalidades menores, tantas quantos os legatários e o esquema da herança como que se repete, em miniatura, relativamente a cada legatário que sucede numa parte proporcional do passivo, considerando-se os bens atribuídos a cada um deles afectos preferencial e limitadamente a uma correspondente quota nas responsabilidades totais. O que vale por dizer que na hipótese da herança ter sido toda distribuída em legados, quer tal facto resulte imediatamente do testamento, quer venha a ser apurado após a abertura da sucessão, a unidade do património desfaz-se, pulverizando-se em tantos patrimónios menores quantos os legados que passam a ser, cada um deles, uma universalidade mais reduzida, com o seu activo e o seu passivo, tornando-se o legatário num sucedâneo do herdeiro, ou seja, num devedor à semelhança do herdeiro e deixando, por isso, de ser um credor (credor de quem se não há herdeiro?) (cfr. Galvão Teles, ob. cit. págs. 200/235) 7

8 Em conformidade, somos de parecer que o recurso não merece provimento. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 30 de Janeiro de Maria Madalena Rodrigues Teixeira, relatora. João Guimarães Gomes de Bastos, vencido, com declaração de voto em anexo. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em Nesta perspectiva, se com a distribuição de toda a herança em legados o testador como que faz dos legatários os seus continuadores pessoais e únicos adquirentes do seu património, ainda que sob a forma de sucessão em elementos singulares e não sob o prisma de universalidade em que sucedem os herdeiros, parece de admitir que também àqueles seja de atribuir a actividade solutória normalmente associada aos herdeiros, sempre que o autor da sucessão não tenha disposto de forma diversa, desde logo, porque lhes compete a eles assumir então a qualidade de devedores de todo o passivo (artigo 2277º do Código Civil), pese embora não se encontrem sujeitos a uma responsabilidade colectiva. Consideramos, por isso, que, na situação em tabela, o apuramento da legitimidade para cumprir os legados passará, em primeiro lugar, por assentar sobre a massa de bens efectivamente deixada pela falecida, pois, tendo em conta as declarações ínsitas na petição de recurso de que a herança foi toda distribuída em legados, não deixa, para este efeito, de causar perplexidade a habilitação de herdeiros junta ao processo de registo que, apesar do duvidoso acerto e utilidade em face do disposto nos artigos 2152º a 2155º do Código Civil e 1132º a 1134º do Código do Processo Civil, indica o Estado Português como único herdeiro da falecida a coberto das declarações do cabeça-de-casal, ora recorrente. Dependendo, então, do resultado a que se chegue na averiguação dos bens efectivamente deixados pela falecida; verificando-se, em face do acervo apurado, se o activo se esgota ou não na moradia e recheio indicados em testamento para satisfação dos legados, cumprirá aos herdeiros ou, na falta destes, aos legatários, devidamente habilitados (artigo 88º do Código do Notariado), assumir o cumprimento das disposições testamentárias e sujeitar-se ao passivo, pelo qual respondem dentro das forças dos bens deixados (artigo 2068º, 2097º e 2277º do Código Civil) posto que do contexto do testamento não se afigura, a nosso ver, ser possível extrair uma vontade real da testadora de atribuir a outrem específicos poderes para executar as disposições testamentárias e para alienar os bens que lhe estão afectos. 8

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10 Pº R.P. 291/2007 DSJ-CT. Declaração de Voto Vencido. Reconhecendo embora o melindre da matéria, inclino-me para o provimento parcial do recurso, com feitura do registo provisoriamente por natureza e por dúvidas. Fundamentação sucinta: Aceito, com o douto parecer, que do contexto do testamento não é possível retirar com clareza a outorga pela testadora ao testamenteiro de uma espécie de procuração post mortem para vender o prédio e o recheio (não está em causa, como ali bem se acentua, a vontade da testadora em vender, mas apenas a legitimação da execução). Porém, não é menos verdade que a vontade da testadora em legitimar a execução, se apurada por prova complementar, teria no contexto do testamento o mínimo de correspondência. O testamenteiro arroga-se com legitimidade para vender. Quem serão os verdadeiros e exclusivos titulares do interesse em que a vontade da testadora seja executada pela forma mais eficaz e economicamente vantajosa? A meu ver, serão os legatários nomeados no testamento, para quem o prédio e o recheio passam recta via do falecido ( ) não em espécie mas em valor (cfr. douto parecer). Julgo que o Estado (único herdeiro, se o for) não é portador de qualquer interesse nesta matéria. E não são conhecidos credores da herança. Ora, como defende João Menezes Leitão, in A Interpretação do Testamento, 1993, pág. 102 (e que nós já citámos e invocámos no Pº R.P. 72/2002 DSJ-CT), «a actividade judicial de interpretação negocial depende, não da obscuridade da declaração, mas apenas do aparecimento de um litígio de interpretação». Admito, assim, que os legatários nomeados venham declarar que estão de acordo com a interpretação que o testamenteiro faz do testamento. Em consonância, entendo que o recurso merecia provimento parcial e que o registo deveria ser feito provisoriamente por natureza e por dúvidas. 10

11 Sem embargo, e para a hipótese de não restar universum ius (poderá comprovar-se a situação com a rectificação da habilitação pelo testamenteiro?), poderá conceber-se a execução da vontade da testadora pelos próprios legatários (como parece decorrer do parecer)? Creio que não. Nesta hipótese (prova complementar) inclinar-me-ia para a interpretação do testamento de acordo com o testamenteiro, ainda que nisso não acordassem os legatários. João Guimarães Gomes Bastos 11

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