Projecto de Regulamento de cedência e utilização dos Veículos municipais de transporte de passageiros. Nota Justificativa
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- Marina Sacramento Espírito Santo
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1 Projecto de Regulamento de cedência e utilização dos Veículos municipais de transporte de passageiros Nota Justificativa Considerando - Que compete à Câmara Municipal, nos termos do disposto n.º 4, alínea b) do art. 64º do Decreto - Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, apoiar ou comparticipar, pelos meios adequados, no apoio a actividades de interesse municipal, de natureza social, cultural, desportiva, recreativa ou outras ; - Que desde a entrada em vigor do actual Regulamento de Aluguer de autocarros do Município de Oliveira de Azeméis, foram entretanto publicados: a) O Código da Estrada (aprovado pelo Decreto - Lei n.º 114/94, de 3 de Maio e alterado designadamente pelo Decreto - Lei n.º 113/2008, de 1 de Julho); b) O Código do Trabalho, pela Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto; c) A Regulamentação do Código do Trabalho, pela Lei n.º 35/3004, de 29 de Julho; d) O Regime Jurídico do Contrato Individual de Trabalho na Administração Pública, pela Lei n.º 23/2004, de 22 de Junho; d) O Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, pela Lei n.º59/2008, de 11 de Setembro; e) A Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (Regimes de carreiras, vínculos e remunerações dos trabalhadores em funções públicas); f) A Lei de Bases do Desporto - Lei n.º5/2007, de 16 de Janeiro; g) A Lei n.º 24/2007, de 18 de Julho (Disciplina o direito dos utentes nas vias rodoviárias); h) Lei n.º13/ 2006, de 17 de Abril alterada pela Lei n.º 17-A/06 de 26 de Maio (Regime jurídico do transporte colectivo de crianças e transporte escolar) e Decreto-Lei n.º 255/2007, de 13 de Julho; i) Portaria n.º1350/2006, de 27 de Novembro; j) Lei n.º 28/06, de 4 de Julho. Nesta conformidade, justifica-se a aprovação do presente Regulamento de cedência e utilização dos veículos municipais de transporte de passageiros, não só para definir as regras, condições, prioridades de utilização e cedência destes veículos, os deveres dos utilizadores, os encargos daí decorrentes, como também, a utilização destes veículos, nos fins aqui consignados, consubstancia uma forma de este Município, no âmbito das competências atrás citadas, apoiar actividades de interesse municipal, de natureza social, cultural, desportiva recreativa ou outra, bem como, proceder à sua divulgação. Assim, ao abrigo do disposto nos artigos 112º, n.º 8, e 241º ambos da Constituição da República Portuguesa, conjugados com o preceituado na alínea a) do n.º 2 do art. 53º e alínea a) do n.º 6 do art. 64º, da Lei n.º169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, é submetido para aprovação do órgão executivo o presente Projecto de Regulamento, bem como a sua sujeição a apreciação pública, após publicação, nos termos do art. 118º do Código do Procedimento Administrativo. 1
2 Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1º Lei habilitante Constituem leis habilitantes deste Regulamento, o art. 53º, n.º 2, alínea a) e art. 64º, n.º 6, alínea a) e b) do n.º 4 ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro; art. 13º da Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro e artigos 114º e seguintes do Código do Procedimento Administrativo. Artigo 2º Princípios gerais de autorização A autorização rege-se designadamente pelos princípios da igualdade, imparcialidade, proporcionalidade, transparência, participação, eficiência, bem como pelos critérios aqui consagrados. Artigo 3º Âmbito O presente Regulamento estabelece as condições de cedência e utilização das viaturas municipais de transporte de passageiros. Artigo 4º Objecto 1. As viaturas atrás referidas podem ser cedidas e utilizadas nas condições referidas no presente regulamento, sem prejuízo das actividades organizadas pelo próprio Município, às Escolas, grupos ou associações desportivas, culturais e recreativas, instituições de solidariedade social, às entidades colectivas sem fins lucrativos, bem como, quaisquer outras autorizadas pelo Presidente da Câmara Municipal ou Vereador com competência delegada, desde que, corresponda a interesse público municipal. 2. Mediante pedido fundamentado, poderá o Presidente da Câmara da Câmara Municipal ou Vereador com competência delegada autorizar a cedência e utilização de viaturas municipais de transporte de passageiros, a quaisquer instituições, associações, grupos e clubes, para a concretização de actividades que se considerem de importância promocional e de divulgação do concelho. 2
3 Artigo 5º Condições de cedência 1. O pedido de cedência e utilização de viatura é apresentado sob a forma de requerimento, em impresso próprio a disponibilizar pelo Município, dirigido ao Presidente da Câmara, entre 15 e 45 dias seguidos, em relação à data pretendida para a sua utilização e nele deve constar: a) Nome, morada/sede do(a) interessado (a), número contribuinte, contactos/endereço electrónico; b) Local de destino e objectivo da deslocação; c) O número de pessoas a transportar; d) Identificação do responsável pela utilização, contactos/endereço electrónico; e) Data e hora da partida/hora provável de chegada - período de utilização pretendido; f) O itinerário do percurso, distância total; g) Declaração expressa de aceitação das condições de cedência e utilização, previstas neste Regulamento. 2. Poderá o interessado(a) fazer constar do pedido, outros factos que sejam importantes para se poderem avaliar quaisquer das prioridades ou preferências consignadas no presente regulamento. 3. O Serviço do Parque de Máquinas e Viaturas, abreviadamente designado por S.P.M.V. comunicará da possibilidade ou impossibilidade de cedência e utilização, até ao 10º dia que antecede a data pretendida para utilização. 4. Em caso de desistência, a entidade requisitante deverá informar, imediatamente, o Município. 5. Exceptuam-se do disposto no número um deste artigo, as situações urgentes e devidamente justificadas, colocando-se à consideração do Presidente da Câmara ou Vereador com competência delegada, o seu deferimento, desde que haja disponibilidade de transporte municipal. 6. Em regra, não são considerados os pedidos para deslocação fora do território nacional, excepto em casos devidamente justificados, desde que requeridos com a antecedência mínima de 30 dias e autorizados pelo Presidente da Câmara Municipal ou Vereador com competência delegada. Artigo 6º Prioridades e critérios especiais de cedência em caso de acumulação 1. Os pedidos serão considerados por ordem de entrada no Município. 2. Em caso de acumulação de pedidos para a mesma data e viatura, será considerada a respectiva ordem de entrada. Se mesmo assim persistir a acumulação, estabelece-se a seguinte ordem decrescente de prioridades: a) Iniciativas que manifestarem interesse fundado na participação em provas de calendário federativo e provas internacionais; b) Iniciativas que tenham maior número de participantes a transportar; c) Menor frequência de utilização anterior; 3. A cedência de viaturas poderá ser anulada, mesmo depois de confirmada, em caso de avaria ou circunstância imprevista, não assumindo a Câmara Municipal qualquer responsabilidade por tal facto, desde que: a) A cedência tenha sido isenta de pagamento; 3
4 b) Ocorra até 3 dias antes da data pretendida, informando-se sempre a entidade requisitante com a urgência possível. Artigo 7º Rejeição liminar do pedido Serão liminarmente rejeitados, os pedidos apresentados: a) Por quem se encontrar em dívida para com o Município; b) Com desrespeito do previsto no número 1, do artigo 5º deste Regulamento. Artigo 8º Deveres dos utilizadores 1. Os utilizadores dos autocarros municipais devem respeitar as normas legais em vigor, bem como as indicações que lhes forem fornecidas pelo motorista. 2. É exigido aos utilizadores dos autocarros, comportamentos consentâneos com as regras de segurança e prudência rodoviária, civismo, urbanidade e higiene. 3. No caso de se verificar a existência de danos na viatura, provocados pela actuação dos seus passageiros, os mesmos serão suportados pela entidade a quem foi autorizada a utilização, incumbindo a esta, o ónus da prova de que os mesmos não foram provocados pelos seus utilizadores. Artigo 9º Encargos com a utilização 1. Constituem encargos a suportar pelas entidades utilizadoras as taxas constantes do Anexo a este Regulamento, as quais integrarão a Tabela constante do Regulamento e Tabela Geral de Taxas e Licenças do Município de Oliveira de Azeméis. 2. Quaisquer outras despesas eventualmente devidas, serão suportadas directamente pelas entidades utilizadoras. 3. As entidades utilizadoras satisfarão o pagamento das taxas devidas, no Gabinete de Atendimento ao Munícipe nos 5 dias úteis posteriores à recepção do aviso de pagamento. 4. Na falta de pagamento no prazo atrás estipulado, reserva-se esta Autarquia o direito de descontar as importâncias em débito, no valor do(s) subsídio(s) que às referidas Entidades, tenham ou possam ser atribuídos. Artigo 10º Isenções e limites anuais De forma a garantir um apoio equitativo e desde que devidamente fundamentadas, poderá ser concedido por Despacho do Presidente da Câmara ou Vereador com competência delegada, a: - Instituições e Associações de carácter desportivo duas isenções por ano (desde que não sejam enquadráveis nas atribuições próprias das mesmas e não constituam encargo corrente/ordinário); 4
5 - Instituições de carácter cultural, recreativo, humanitário, social ou outro, bem como, estabelecimentos de ensino (para além dos constantes do mapa anual da Divisão de Educação) uma isenção por ano; desde que em ambas as circunstâncias, sejam devidamente fundamentadas. Artigo 11º Dúvidas e omissões As dúvidas e omissões que se suscitarem na aplicação deste Regulamento serão resolvidas pela Câmara Municipal, tendo sempre em consideração a legislação aplicável. Artigo 12º Entrada em vigor O presente regulamento entra em vigor 15 dias úteis após a sua publicação no Boletim Municipal. 5
Publicado em h:59m N.º 234
de cedência e utilização dos veículos municipais de transporte de passageiros. Nota Justificativa Considerando: Que no âmbito do apoio às atividades de interesse municipal, compete às câmaras municipais
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