Instituto Educacional Santa Catarina. Faculdade Jangada. Atenas Cursos
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- Rosa Weber Miranda
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1 Instituto Educacional Santa Catarina Faculdade Jangada Atenas Cursos Curso de Capacitação em AEE Aluna: Analice Poleto Passo Fundo, 21 de maio de 2015
2 1-Tema: O deficiente eo mercado de trabalho 2- Problema: A inclusão do deficiente no mercado de trabalho. 3- OBJETIVOGERAL Verificar a dificuldade da inserção dos deficientes nas empresas e a falta de qualificação dos candidatos a essa vaga. 4 - OBJETIVOESPECÍFICO Analisar as dificuldades impostas aos deficientes no mercado de trabalho. Buscar alternativas que facilitam a inserção do deficiente no mercado de trabalho. 5- JUSTIFICATIVA Analisando o panorama atual, se as pessoas ditas normais tendem a apresentar dificuldades a preencher todos os requisitos solicitados pelas empresas em suas vagas de trabalho, como será para os deficientes? Os deficientes enfrentam várias dificuldades em relação à qualificação, na locomoção, na acessibilidade, socioeconômicas, políticas públicas e no fator humanitário. 6- HIPÓTESE DA PESQUISA A questão cultural influência na contratação de pessoas com deficiência? A obrigatoriedade de reserva de cotas previstas nas empresas a portadores de deficiência está sendo respeitada? A qualificação das pessoas com deficiências segue basicamente o mesmo padrão da população sem deficiência?
3 Há falta de qualificação das pessoas com deficiência? 7-METODOLOGIA O trabalho será desenvolvido com uma pesquisa bibliográfica que busca respostas às questões propostas, com análise de livros, revistas, artigos e publicações em internet. 8-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Ninguém está isento de se tornar uma pessoa com deficiência. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que existam no mundo cerca de 650 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, enquanto a Organização Mundial da Saúde(OMS), em 2011, afirmou que mais de um bilhão de pessoas vivem com alguma forma de deficiência, dentre as quais 200 milhões experimentam dificuldades funcionais consideráveis. Por sua vez, o Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística(IBGE) divulgou que em 2010, 23,9% da população, cerca de 38,5 milhões de brasileiros, tinham pelo menos uma deficiência. Além disso, todos os anos, milhares de outras pessoas somam-se às estatísticas ao se envolverem em acidentes domésticos, de trabalho, de trânsito, ao sofrerem alguma violência, ou ainda, ao não receberem o devido tratamento médico ou ambulatorial. Portanto, inegavelmente, a realidade desse outro que existe na preferia da cotidiana normalidade encontra-se muito mais próxima de todos nós do que se imagina. Deficiência é o nome dado a toda perda parcial ou permanente ou anormalidade de uma estrutura ou funções psicológicas, fisiológicas ou anatômicas que gere incapacidade para o desenvolvimento de atividades, dentro do padrão considerado normal para o ser humano. Deficiência permanente é aquela que ocorre ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos. Incapacidade é uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidades de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem estar e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida. Desde o início da civilização, o homem descobriu que era necessária a produção de seu próprio alimento. O trabalho também possibilita o homem concretizar seus sonhos, atingir suas metas e objetivos de vida, além de ser
4 uma forma de expressão. O trabalho faz com que o homem aprenda conviver com outras pessoas, com as diferenças, a não ser egoísta e pensar na empresa, não apenas em si. Há muito preconceito enraizado na sociedade que impedem ou dificultam a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Essaspessoas são vítimas de uma história de exclusão social, pois são equivocadamente compreendidas como pessoas lentas, incapazes, menos produtivas, ficando em função desses rótulos e estigmas à margem do processo de exclusão... É que, somente na medida em que os homens criam o seu mundo, que é mundo humano, e o criam com seu trabalho transformador, eles se realizam. A realização dos homens, enquanto homensestá, pois, na realização deste mundo. (FREIRE,1987, pg 142). Nos dias de hoje, ainda que insuficiente, é possível perceber uma abertura no mercado de trabalho para pessoas com deficiência. Elas estão adquirindo mais espaço na sociedade, estão conscientes de seus direitos, estão lutando para serem vistos como membros integrais e participativos de todos os setores de convivência com suas diferentes capacidades, modificando paulatinamente a visão simplória da sociedade os verem apenas como seres dotados de pena e caridade. O direito à profissionalização assume aqui, papel imprescindível de socialização do portador de deficiência, eis que suas limitações para o trabalho se constituem em barreiras, tão somente, instrumentais, mesmo que seja ele portador de deficiência física, mental, ou sensorial. Todas elas são superáveis desde que se rompam os preconceitos atávicos, herdados, talvez, das concepções antigas dos povos primitivos, de que o portador de deficiência é um pecador punido por Deus, que deve ser segregado.(fonseca, 2000,pg 9). Para a contratação de pessoas com deficiência, a empresa deve fazer uma adequação do meio ambiente de trabalho, os locais onde PcD exercerão suas atividades deverão ser adaptadas às suas necessidades, contando as mesmas, com todos os meios e procedimentos que se fizerem necessários ao desempenho de suas funções. Percebem-se as várias dificuldades para a inclusão da PcD no mercado de trabalho. Mas o problema advém dos dois lados, tanto das empresas, quanto dos próprios deficientes. As empresas precisam de uma estrutura para recebê-los e estes, de capacitação e interesse em desenvolver seu lado intelectual para ocuparem tais vagas. Cabe aos órgãos governamentais, capacitá-los e as empresas, disponibilizar espaço físico para que todos consigam alcançar o interesse comum: formar e integrar cidadãos dignos ao trabalho diário.
5 Poucos desses deficientes conseguem entrar no mercado de trabalho.sendo assim, o governo criou um mecanismo para tentar solucionar o problema. Estipulou cotas de deficientes nas empresas com mais de cem funcionários. Embora essas leis tenham surgido para ampliar as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho para a pessoa com deficiência, na prática, o processo não é tão simples. Esse dispositivo foi implementado à legislação em 2004,no Decreto Essa legislação impõe às empresas a contratação de deficientes, em cotas que vão de 2% até 200 empregados, 3% de 200 à 500 empregados, 4% de 500 à empregados e 5% para mais de empregado. São 11 anos de vigência e muitas empresas não conseguiram adaptar o seu espaço físico para melhorar o acesso aos deficientes. A eliminação de barreiras e obstáculos físicos e arquitetônicos e de comunicação que afetam o local de treinamento e de emprego de pessoas com deficiência, bem como a livre circulação nos ditos locais; padrões apropriados devem ser levados em consideração na construção de novos edifícios e instalações públicas. (BRASIL, CORDE, 1997, p.41) O problema maior é o preenchimento das cotas. Existem vagas a serem ocupadas, mas as empresas encontram muitas dificuldades na hora da contratação. Uma delas é devido à pensão mensalpagos, por direito, a todos os deficientes e que é concedida. As pessoas que recebem o benefício preferem complementar a renda com atividades informais a procurar um trabalho com registro em carteira, já que assim, perdem o direito àpensão. O preconceito é uma das dificuldades encontradas por uma pessoa com deficiência para poder ingressar no mercado de trabalho. Muitas vezes por mais capacitada que seja a pessoa se depara com a discriminação isso se da de forma direta e indiretamente, através de um simples olhar e de forma verbal. Um dos aspectos de discriminação é a ignorância, a falta de conhecimento do assunto, e esse fator não é parte apenas dos pobres e dos menos favorecidos, mas sim da população em geral, segundo RIBAS. Ignorância não é atribuo apenas dos mais pobres ou dos que têm menos estudo. È algo que está presente em todas as camadas sociais, em muitas famílias, grupos de empresários, funcionários do governo e até mesmo, em muitos médicos que não se especializaram em reabilitar pessoas portadoras de deficiência ou que não tem pratica no tratamento de algumas restrições do corpo (RIBAS, 1996, p.63). CONCLUSÃO: O processo de exclusão historicamente imposto as pessoas com deficiência deve ser superado por intermédio de leis constitucionais e pela conscientização da sociedade sobre as potencialidades desses indivíduos. Tenta-se neste projeto, colocar em pauta questionamentos e dúvidas mais freqüentes,sem a pretensão de esgotá-las. Ao contrario, espera-se que os
6 aspectos abordados sirvam também para incentivar outras analises e indagações. Portanto, a cota para pessoas com deficiência, nada mais é do que mecanismo de rompimento de estigmas e possibilidades de levar a sociedade a aceitação das diferentes diferenças, através da educação e convivência com essas pessoas. A diferença entre as pessoas existe, mas não é um determinante da competência, e sim ter cuidado em adaptar as funções e fazer com que estas pessoas tenham um rendimento produtivo as suas atividades. Assim, a pessoa com deficiência é totalmente capaz de exercer uma atividade dentro de uma organização, podendo obter sucesso profissional como qualquer outra pessoa, independente da sua deficiência.
7 9- BIBIOGRAFIA DOMINGUES, Celma dos Anjos. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Os alunos com deficiência visual: Baixa visão e cegueira. Brasília. Ministério da Educação, Secretaria da EducaçãoEspecial, FONSECA, Ricardo Tadeu. O Trabalho da Pessoa com Deficiência e a Lapidação dos Direitos Humanos. 1 Ed FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ºEd. Rio de Janeiro, Paz e Terra, MELO, Amanda Meincke. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Livro acessível e informática acessível. Brasília. Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial, SILVA, Diego Nassif da.a Inclusão das pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.Curitiba, Juruá Editora 2013
discriminação e o preconceito que recai sobre o deficiente, garantindo a este sua integração ao meio social.
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