Mundos Descobertos pela Ponta dos Dedos
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- Natália Graça Bennert
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1 Mundos Descobertos pela Ponta dos Dedos Inês Marques IV Jornadas Deficiência Visual & Intervenção Precoce Coimbra, 9 de Maio de 2014
2 Sabia que as histórias se vivem? Quem nunca fez uma viagem de sensações pela mão de uma história?
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4 Quem nunca explorou outros mundos através de uma de uma história?
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6 Aceite o convite Entre nesta viagem!
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8 Regresse à sua Infância
9 Como seria se um dia chegasse ao jardim-deinfância e, na zona da leitura, todos os livros se tivessem transformado num amontoado de folhas em branco?
10 Numa infância que se caracteriza pela constante descoberta de mundos, livros não adaptados são como um deserto para crianças com deficiência visual severa.
11 As crianças desde muito cedo têm acesso ao mundo da escrita letreiros, livros, folhetos, revistas, possibilitam a imersão nesse mundo. Começam a associar as palavras que falam e ouvem a representações gráficas, através da observação dos comportamentos dos pares e adultos nos seus contextos diários. E para as crianças com deficiência visual severa? O que fazer?
12 Imprimir significados
13 Literacia Emergente Conhecimentos, capacidades e atitudes que se constituem como precursores desenvolvimentais da linguagem escrita e que têm lugar antes do seu ensino formal. (Gillen e Hall, 2003; Roskos et al., 2003).
14 Literacia Emergente A literacia é um processo que inicia desde o nascimento. (Wright, 1991, p. xi) A oportunidade de construir uma base forte para a literacia é um direito de todas as crianças. (Wright, 1991, p. xiii)
15 Literacia Emergente na Criança com DV (Wright, 1991, p. xiii) Desenvolver competências motoras globais Explorar o ambiente através do tato Desenvolver competências linguísticas relevantes Manusear livros tatilmente interessantes Ouvir histórias independentes de imagens e experiências visuais Adquirir diversão e conhecimentos acrescidos através da interação com histórias
16 Promover a Literacia Emergente na Criança com DV Possibilita a aprendizagem de competências específicas de pré-braille como: - seguimento; - discriminação tátil; - conceitos posicionais básicos; - familiarização com o processo de leitura e escrita braille. (Swenson,1999, p. 23).
17 Uma atmosfera propícia ao processo de literacia envolve um ambiente relaxado, trocas informais entre adulto e criança e o uso de materiais motivadores. (Swenson,1999, p. 24).
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19 Materiais Motivadores e Significativos
20 Ilustrações Táteis A maioria dos livros para crianças de idades precoces tem ilustrações. "Ilustrações desempenham um papel importante no enriquecimento da linha da história, acrescentando humor e intriga, dando pistas instantâneas do que a história é e permitindo que o leitor reconstrua a linha da história (muitas vezes sem referência ao texto). (Lamb, 1995, p. 5).
21 Com Actividades Pré-Braille a história é outra! Actividades estruturadas para exploração de competências físicas e sensoriais: - Percepção táctil; - Motricidade fina; - Reconhecimento de caracteres braille. (
22 Construindo Experiências
23 Seguindo com o Sr. Esticadinho Esta é uma pequena história que tem como principal objetivo que a criança faça o seguimento das linhas que constituem a parte tátil/ilustrativa da história. À medida que o adulto lê a história, procura-se que a criança faça o seguimento da mesma, através do toque nas linhas que compõem as "imagens, como fará mais tarde com a leitura do braille.
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25 O Sr. Esticadinho procura amigos É um livro que procura que a criança integre alguns conceitos de orientação espacial, essenciais para a iniciação do Braille. A história começa com a vontade de o Sr. Esticadinho encontrar amigos para brincar e desenrola-se em torno de orientações dadas por uma vozinha, que ajuda este simpático personagem a encontrar aquilo que desejava amigos para brincar. A criança é desafiada, também ela, a seguir as orientações dadas pela vozinha para ter acesso à componente gráfica/ ilustrativa da história, e aos tão esperados amigos do Sr. Esticadinho.
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27 Uma viagem atribulada no autocarro do Sr. Zé Uma variedade de atividades de seguimento podem ser desenvolvidas, utilizando caracteres braille para representar pessoas, locais, animais e outros objetos do interesse da criança (Lambe, 1996). Neste livro, a criança faz uma viagem no autocarro do Sr. Zé com destino à escola. Pelo caminho, a criança vai-se confrontando com os desafios descritos pela narrativas: nº de crianças que iam no autocarro (representadas pela célula braille), semáforos vermelhos (representados pelo ponto 1,2,3,6, seguido de um espaço), etc.
28 Considerações Finais Livros de experiência tátil como uma possibilidade de apoio à aprendizagem da leitura e da escrita; Necessidade de providenciar materiais devidamente adaptados como garantia da igualdade de oportunidades e do crescendo de possibilidades de aprendizagem das crianças com DV; Necessidade de aumentar a produção de materiais nesta área, de forma a apoiar famílias, educadores e outros técnicos;
29 Considerações Finais Valorização do livro dignificação do leitor.
30 Deixe-se maravilhar, pela mão de uma história e boas descobertas!
31 Bibliografia: Gillen, J. E Hall, N. (2003). The emergence of early literacy. In: Hall, N.; Larson, J. e Marsh, J. (eds.). Handbook of Early Childhood Literacy. London: Sage. Lamb, G. (1995). Fingerprints: A whole language approach to Braille literacy. Manurewa, Auckland, NZ: Homal Vision Education Centre. Stratton, J. M., & Wright, S. (1991). On the way to literacy: Early experiences for visually impaired children. Louisville, KY: American Printing House for the Blind. Swenson, A. M. (1999). Beginning with Braille: Firsthand experiences with a balanced approach to literacy. New York: AFB Press.
32 Obrigada!
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