Ensinando alunos de design a desenvolver interfaces interativas em NCL para a Televisão Digital do Brasil

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1 Ensinando alunos de design a desenvolver interfaces interativas em NCL para a Televisão Digital do Brasil GOUVÊA, Graciana Simoní Fischer de RESUMO O conceito de televisão digital (TVD) ainda não é muito claro para a maioria das pessoas. São comuns as confusões na definição da televisão digital, especialmente o sistema de televisão digital que estreou no dia 2 de dezembro de 2007 no Brasil, mais precisamente na cidade de São Paulo. Muitos a confundem com o sistema de TV paga, outros associam a televisão digital diretamente com HDTV (HD = High Definition, alta definição) e muitos ainda a comparam com Web TV ou um computador ligado à TV. E por fim, além do próprio conceito de televisão digital, a maioria dos profissionais das áreas envolvidas não vislumbra como poderá se inserir no mercado de trabalho voltado para a mesma, especialmente com a inserção da interatividade, tornando-se Televisão Digital Interativa (TVDI). A televisão digital do Brasil apresenta características específicas, únicas no mundo, até pelo próprio significado da televisão como meio de comunicação de massa predominante no país, sendo a mídia de maior penetração em todas as camadas sociais. Desta forma, a criação de programas interativos para esta mídia é uma área de atuação com excelentes oportunidades para designers, pois os programas deverão apresentar interfaces criativas e com eficiente comunicação interativa e visual. E para isso, compreender a natureza do meio, conhecer as características específicas de interface, usabilidade e design de interação, torna-se essencial para o profissional de design digital interativo. Do ponto de vista do público, a evolução da tecnologia da televisão está na melhor qualidade de imagem e som, sendo aguardada com ansiedade a possibilidade de interagir com o conteúdo que será exibido. Mas como a televisão tem uma linguagem consolidada, os aplicativos interativos deverão respeitar essa linguagem como ela é conhecida hoje pelos telespectadores. A TVDI não poderá exigir do público conhecimentos complexos. O sucesso dessa relação 448

2 dependerá do conteúdo interativo a ser exibido e da forma como a exibição e a interação acontecerão. Assim, este artigo apresenta a experiência no ensino de alunos de Design da Escola Superior de Design Digital do Infnet (Instituto de Formação Internet) a planejarem e desenvolverem projetos e interfaces interativas em Ginga-NCL para a TVDI do Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Educação. Design de Interação. Interface. Usabilidade. Interatividade. 1. Introdução A televisão é um dos eletroeletrônicos mais populares do Brasil. Segundo a PNAD 2008 (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 95,1% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um aparelho de TV. Desde que chegou ao país, em 1950, a televisão passou por diversas etapas até se tornar popular. Começou tímida, como artigo de luxo e presente apenas em alguns lares. Ganhou cores e tornou-se, novamente, objeto de desejo, graças aos modelos de plasma e LCD, que, de tão finos, até parecem quadros para pendurar na parede. Recentemente, com o lançamento da televisão digital no Brasil, no dia 2 de dezembro de 2007, na cidade de São Paulo, iniciou-se uma nova era, com novas possibilidades e expectativas, especialmente no que se refere à questão da interatividade. A TVDI muda completamente o que se conhece de produção para a televisão, passando do conceito de linearidade para a não-linearidade. Ela vem surgindo com o propósito de integrar o instrumento de comunicação de massa, a televisão, com os conceitos do que existe de mais interativo: a Web. É preciso lembrar, no entanto, que a TVDI não se trata de televisão nem Web, pois os conceitos aplicados diferem em diversos pontos: passa-se a uma mídia capaz de construir novas idéias e conhecimentos, possibilitando ao 449

3 usuário-telespectador interagir diretamente com o conteúdo, enquanto assiste a seu programa favorito. E com isso, cresce a necessidade de profissionais capacitados, para que estas expectativas se tornem realidade, compreendendo não somente como isso afeta a sociedade, mas como poderão participar ativamente deste processo. Neste sentido, os designers são fundamentais, pois há necessidade de interfaces criativas e com eficiente comunicação interativa e visual. Para isso, compreender a natureza do meio, conhecer as características específicas de interface, usabilidade e design de interação, torna-se essencial para o profissional de design digital interativo. E como a televisão tem uma linguagem consolidada, os aplicativos interativos deverão respeitar essa linguagem, como ela é conhecida hoje pelos telespectadores. A TVDI não poderá exigir do público conhecimentos complexos. O sucesso dessa relação dependerá do conteúdo interativo a ser exibido e da forma como a exibição e a interação acontecerão. Os alunos da Escola Superior de Design Digital do Infnet aprendem a criar interfaces interativas para a TVDI e desenvolver seus projetos em Ginga- NCL no curso de graduação em Design Gráfico, no módulo de Mídias Digitais II e no curso de Pós-Graduação em Mídias Digitais Interativas, no módulo de TV Digital (NCL). E a partir disso, tornam-se aptos a atuar nesta nova mídia, nas diversas frentes de trabalho que vêm surgindo na área. Assim, o presente artigo apresenta a experiência no ensino destes alunos a planejarem e desenvolverem projetos de interfaces interativas em Ginga-NCL para a TVDI do Brasil. O artigo está organizado na seqüência de conteúdo em que as aulas são ministradas. Em um primeiro momento, é apresentada aos alunos a evolução da televisão no Brasil até a chegada da televisão digital. A seguir, são detalhadas as especificidades da televisão digital implantada no Brasil. Posteriormente, é realizada a diferenciação da televisão digital no Brasil dos os sistemas de TV paga e WebTV, relação que é comumente estabelecida pelos alunos. E então, são relacionadas as diferenças 450

4 entre as interfaces dos sistemas para Web e para TVDI, culminando na especificação de uma nova mídia, com características específicas, especialmente no que se refere a interatividade. E por fim, são apresentadas algumas interfaces criadas pelos alunos, cujos projetos são desenvolvidos em Ginga-NCL voltados especificamente para a TVDI no Brasil. 2. A evolução da TV no Brasil A TV no Brasil iniciou oficialmente no dia 18 de setembro de 1950, baseada no modelo americano National Television System(s) Committee (NTSC), com a primeira transmissão realizada pela TV Tupi em São Paulo. Foi trazida por Assis Chateaubriand (Chatô), sendo que logo a seguir surgiram outras emissoras no país (Paulista, Record, TV Rio e Excelsior). Na década de 50 os programas eram ao vivo, marcados pelo improviso, transmitidos no fim da tarde e imitavam o rádio. Somente no final da década de 50, o surgimento do videotape tornou possível a prévia gravação dos programas. A década de 60 foi marcada pelo Golpe Militar de 1964, pela censura dos conteúdos dos programas, falências de emissoras e os primeiros testes de TV colorida, ainda no modelo americano. Foi nesta década também que ocorreram grandes incêndios em várias emissoras, destruindo muitos dos arquivos da época. Caparelli (1986) divide o desenvolvimento da televisão brasileira em duas fases. A primeira compreende o período de 1950 a 1964, onde havia uma maior concentração de produção de programas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o autor, foi também neste período que houve uma grande importação de programas estrangeiros. Vale ressaltar que a televisão surgiu como um eletroeletrônico de elite, pois devido ao alto preço dos televisores, poucas pessoas tinham condição de adquiri-los. 451

5 A segunda fase foi iniciada após 1964 e permanece até os dias atuais. É um período marcado pela ascensão da TV Globo, que após assinatura de contrato com o grupo americano Time-Life entrou num acentuado modo racional e capitalista de produção, com técnicas administrativas das mais modernas (Caparelli, 1986 p. 12). Consolidam-se as novelas, com grande audiência, e tem início o modelo novela-telejornal-novela-telejornal-novela, que continua até hoje. Destaca-se o início da relação direta entre a política e a mídia televisão: uma das emissoras mais importantes da época, a TV Excelsior, foi levada a falência por não apoiar o governo militar. Outro fato a destacar foi a transmissão ao vivo, pela televisão do mundo todo, da chegada do homem à lua no dia 20 de julho de Com isso, transmissões por satélite tornaram-se cada vez mais freqüentes, sendo que em 1970, o Brasil assistiu ao Tricampeonato Mundial de Futebol ao vivo e a cores, diretamente do México. Em 1972, o país adotou o sistema colorido PAL-M e iniciaram-se as transmissões em cores neste sistema, por meio da cobertura da Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS). E visando a integração nacional, durante a década de 70 a TV Globo expandiu-se por todo o país, com incentivos do governo. A década de 80 foi marcada pela decadência da TV Tupi, pelo início do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), de Silvio Santos, e pela decadência da ditadura. Com o abrandamento da censura, o jornalismo voltou a conscientizar, marcando o período com as Diretas Já. Destacam-se neste período a morte do famoso apresentador Chacrinha e a estréia dos ícones da televisão atual: Xuxa, Faustão e Gugu Liberato. Foram também lançadas as primeiras televisões portáteis, ocorreu a popularização do controle remoto, e chegaram os primeiros videocassetes e modelos de TV estéreo. Nos anos 90 foram implantados os sistemas de TV a cabo e inauguradas diversas emissoras independentes em VHF ou UHF, principalmente pelo interior do Brasil, dirigindo-se a públicos mais específicos. Foi também neste período que ocorreu o lançamento da primeira tela de plasma no mundo, pela 452

6 Pioneer. Um dos fatos mais marcantes da história da televisão brasileira ocorreu em 1994, com a transmissão ao vivo da morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. Em 1996 o mundo chegou à marca de um bilhão de aparelhos televisivos e em 1999 foi inaugurada a Rede TV, já totalmente digital. Em 2000 as TVs de plasma começaram a ser vendidas no mercado brasileiro e em 2005, já eram oferecidas telas com tecnologia LCD de 40 e 45 polegadas. Em 2006 o custo das TVs de plasma e LCD cai muito, e neste ano é definido o padrão de TV Digital no Brasil. 3. A TV Digital no Brasil Durante a década de 90, alguns sistemas de TV digital entraram em funcionamento em outros países do mundo. Entre esses sistemas, destacamse: Advanced Television Systems Committee (ATSC) Sistema norteamericano que utiliza modulação 8-VSB, ideal para recepção com antenas externas e em ambientes de pouco ruído impulsivo como, por exemplo, a interferência gerada pelo barulho de um liquidificador. O ATCS é adotado pelos EUA, Canadá, Coréia do Sul e Taiwan. Este sistema opera com mais de 500 emissoras e possui cerca de 4% do mercado norte-americano. Digital Vídeo Broadcasting (DVB) é o sistema padrão utilizado na Europa que tem como uma das maiores prioridades a recepção do sinal com miniparabólica, cabo ou antenas internas, que no padrão americano não possui boa qualidade. No DVB a modulação 8-VSB foi substituída pela modulação COFDM, que possui uma maior robustez. As escolhas feitas na Europa privilegiaram a multi-programação, através da transmissão de múltiplos 453

7 programas em detrimento da alta definição. Além dos países europeus, este padrão foi adotado pela Austrália e por Singapura. Integrated Services Digital Broadcasting (ISDB) este é o modelo japonês, que foi homologado em Este sistema foi demandado para a recepção móvel, podendo, desta forma, ser utilizado nas TVs em veículos e também nas telas de telefones celulares. Inicialmente, o governo brasileiro, por meio do Decreto nº 4.901, de 26 de novembro de 2003, optou em não adotar nenhum dos sistemas de TV digital vigentes no mundo. Desta forma financiou pesquisas de um grupo de universidades e pesquisadores do país para o desenvolvimento de um Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-t), voltado às necessidades brasileiras, assim como a análise dos três sistemas já vigentes no mundo. Este decreto apontou entre outros objetivos da TV digital: promover a inclusão social, a diversidade cultural e a democratização da informação bem como propiciar a criação de rede universal de educação à distância. Em 29 de junho de 2006, o governo federal publicou o Decreto n , de Implantação da TV Digital Terrestre no Brasil, estabelecendo diretrizes para transição do sistema analógico para o digital. Foi definida a adoção do padrão japonês na codificação, modulação e transmissão dos dados, o uso de MPGEG-4 na compressão e o sistema Ginga, desenvolvido no Brasil, como middleware padrão da televisão digital, passando a ser chamado de Sistema Nipo-Brasileiro de Televisão Digital Terrestre, conforme a Figura

8 Figura 10 - Sistema nipo-brasileiro de televisão digital terrestre Neste decreto, foram atendidas as reivindicações das redes atuais de TV aberta, que receberam cada uma um canal de 6 MHz, impossibilitando a entrada de outras emissoras no sistema, por falta de espaço no espectro de sinal. As emissoras foram autorizadas a transmitir em HD (alta definição), SD (definição standard) e LD (baixa definição), atendendo aos diferentes aparelhos de televisão e celulares. Foi definido ainda um cronograma de implantação da televisão digital terrestre no Brasil. Seu sinal chega aos aparelhos de televisão, celulares e sistemas de recepção de computadores através do ar, de forma gratuita e aberta, da mesma forma que a TV analógica. Assim, não é preciso pagar para receber o sinal, diferente de um sistema de TV a cabo ou TV via satélite. Para receber as transmissões da televisão digital, é necessário que o sinal de televisão digital já esteja sendo transmitido pelas emissoras na cidade em que se está e que se tenha um conversor instalado no aparelho de 455

9 televisão, chamado set-top-box, ou então um aparelho de televisão que já possua o conversor embutido, possibilitando assim a recepção do sinal. Esse conversor é necessário, porque o sinal de televisão digital é diferente do sinal da TV analógica, e assim os aparelhos atuais não conseguem entender o sinal da televisão digital. Além disso, é preciso uma antena UHF, pois os canais da televisão digital funcionam no sistema UHF (13 a 69), enquanto que os canais da TV analógica funcionam em VHF (2 a 12). Para transmitir os sinais da televisão digital, as emissoras estão instalando novas antenas e retransmissores digitais, e este processo é caro e demorado, pois demanda o uso de tecnologias novas e profissionais capacitados. Assim, aos poucos isso vem se tornando realidade e até a presente data (novembro 2009), as transmissões já iniciaram em todas as capitais do país e em várias cidades do interior de São Paulo. A vantagem de receber o sinal da televisão digital é que este é um sinal limpo, sem chuviscos ou ruídos, com maior qualidade na imagem e som. Além disso, caso o programa transmitido seja produzido em alta definição e se possua um aparelho HDTV, a qualidade da imagem é insuperável. No entanto, a produção de programas em alta definição é cara e demanda mudanças em todos os sentidos nas emissoras (desde os cenários, iluminação, maquiagens, processamento das imagens, efeitos especiais, etc.), fazendo com que a sua produção se torne mais cara e conseqüentemente, isso também vem ocorrendo gradualmente. Uma das dúvidas mais constantes dos alunos é a necessidade de se possuir um aparelho HDTV para receber o sinal de televisão digital. Mas é importante lembrar que isso não é necessário. Qualquer aparelho analógico pode ser ligado em um set-top-box e com isso receber um sinal de maior qualidade que a TV analógica. A digitalização da transmissão do sinal de TV entre a radiodifusora e os usuários finais tornou possível a utilização de uma pequena parte do sinal para 456

10 a transmissão de dados. Esse recurso conhecido como datacasting permite potencializar o uso da interatividade na TV. Dessa forma, além de apresentar áudio e vídeo, a TV também dispõe de uma camada de software que viabiliza o oferecimento de aplicações. Segundo Montez & Becker (2005), o módulo de execução das aplicações interativas no set-top-box possui uma arquitetura muito semelhante à arquitetura de um computador pessoal, composta por: processador, memórias RAM e um sistema operacional mais simples que o de um computador pessoal. Na maioria dos casos, o set-top-box possui um middleware, que é uma camada de software que permite que uma mesma aplicação seja executada em diversas marcas e modelos desse equipamento. Opcionalmente o set-top-box possui disco rígido ou memória flash, o que o transforma em um PVR (Personal Video Recorder), permitindo a gravação e visualização de programas televisivos com pausas, retrocessos e avanços. Se o set-top-box possuir uma conexão com outras redes de telecomunicações como telefonia fixa, ADSL ou telefonia celular, por exemplo, pode-se fazer uso do canal retorno, que é o meio por onde as informações do usuário são enviadas à emissora. De acordo com a taxa de transmissão do canal de retorno, o usuário poderá, por exemplo, participar de uma de votação on-line ou até mesmo enviar o seu próprio vídeo para uma emissora. Claro que tudo isso dependerá da infra-estrutura disponível da emissora para receber estas informações. TV Digital x TV paga x WebTV Uma das comparações mais comuns realizadas pelos alunos é da televisão digital com sistemas como Apple TV ou com um computador ligado à TV, ou até mesmo o celular ligado à TV. Nestes casos, as comparações são 457

11 totalmente equivocadas. O fato do aparelho de televisão estar apresentando uma informação digital não se refere ao conceito de televisão digital conforme esta foi especificada no Brasil e no mundo. Trata-se apenas de um aparelho de televisão que deixou de ser TELEVISÃO e passou a ser um MONITOR. Além disso, costuma-se relacionar a televisão digital com IPTV (TV paga via satélite) ou com TV a cabo. Estas últimas são concorrentes entre si, pois constam de TVs pagas, enquanto a televisão digital terrestre no Brasil é aberta, gratuita, com canais regulamentados pelo governo, através de concessões públicas. Além disso, na TV paga, o usuário pode ser identificado pela operadora, e assim, comprar canais, programas, produtos, e pagar por isso em sua fatura. E o gerenciamento disso na TV aberta, em que os receptores não podem ser identificados diretamente ainda apresenta-se como um desafio para a TVDI. No caso da WebTV, também é preciso pagar pelo acesso, que é realizado através de um provedor. Assim, sua comparação com a televisão digital também é inapropriada. Muitos alunos ainda crêem que é a TV que irá migrar para a Internet e não o contrário. Mas quando se analisa a convergência, uma coisa não elimina a outra. É justamente essa mistura, em que não se sabe mais como chamar um aparelho que, por exemplo, até pouco tempo atrás servia apenas para fazer ligações e era chamado celular, que torna a especificação tão confusa. A convergência digital torna possível a integração de serviços que antes faziam parte somente de filmes de ficção, mas que agora vêm se tornando realidade. Segundo Lu (2005), a fronteira entre essas duas tecnologias tende a se dissolver com o tempo e, alguns arriscam a previsão de que no futuro não haverá distinção entre TV e computador. Atualmente, já é comum encontrar TVs e computadores na mesma sala e, muitas vezes, para uso simultâneo. Essa tendência pode ser percebida com o aumento de programas de televisão que contam com a participação do público pela Internet. 458

12 Mas para Kernal (1999), que estudou o efeito da convergência na percepção do usuário, o simples fato de rotular uma tecnologia como computador ou como TV pode afetar drasticamente a maneira como o usuário sente, memoriza ou interpreta o conteúdo e o próprio equipamento utilizado, ou seja, a sua expectativa é fortemente influenciada. Desta forma, a discussão é mais ampla, envolvendo conceitos e mudanças de paradigmas. A seguir é apresentada uma analogia realizada em sala de aula entre as especificidades da Web e da TVDI. TVDI x Web Conforme Montez & Becker (2005), a Web é essencialmente uma mídia interativa, ela não existe sem interatividade. Pode ser acessada por desktops, notebooks, netbooks, smartphones, enfim, qualquer aparelho conectado em provedor, e inclusive pode ser apresentada pela televisão (atuando como monitor e não como um sistema de transmissão). Dessa forma, a Web apresenta algumas características muito específicas, como por exemplo: A interatividade ocorre por mouse, teclado e mais recentemente, touchscreen em aparelhos específicos; O uso é realizado de forma individual, pois não é agradável compartilhar o uso de um computador, telefone (ou qualquer mídia com acesso a Web), a não ser por alguns momentos; A distância da tela é pequena (em torno de 30 cm); Brasil; O acesso banda larga ainda é caro e inacessível em muitos locais do 459

13 A TV na Web já existe há um certo tempo, mas as pessoas desejam usar o computador e não ficar muito tempo paradas somente assistindo, pois o conceito de navegação e interação é muito forte. No caso da televisão, esta apresenta as seguintes características: A interatividade ocorre por controle remoto; As pessoas assistem TV de forma coletiva (obviamente nas Classes A e B a maioria já tem sua própria TV no quarto, TV a cabo, mas neste caso refere-se à maioria); A distância da tela é de 2m em diante; É gratuita e a mídia com maior penetração no Brasil; Quando assistem TV, as pessoas querem relaxar, e dessa forma elas terão a mão informações que teriam que buscar na Web pelo computador. A interatividade será opcional, não obrigatória. Internet. O Quadro 1 apresenta uma relação entre as mídias TVDI e PC com Tipo de mídia Expectativa Uso Hábitos Necessidade Conexão / custo TV Audiovisual, Coletivo, Tela a 2-3m Entretenimento Pública, rapidez no não distância, relaxamento, custo zero modelo, privativo ângulo 30 diversão, para canais videoclip, graus, em eventualmente abertos vários canais estado de cursos. (excluem- ao mesmo relaxamento se TV por tempo cerebral. assinatura) PC Textos e Individual/pa Tela a 30cm, Trabalho, Privada, (com conexão Internet) imagens, rapidez, eficiência busca na da ssivo 90 graus, estado de alerta e aprendizado. estudo, informação, entretenimento e comunicação custo elevado (excluemse 460

14 informação telecentros infocentros ) Quadro 1: Comparação entre a TV e um PC com conexão à Internet Fonte: Piccolo & Baranuskas, Assim, não há uma concorrência entre estas mídias, mas uma complementariedade: passa-se a ter uma real convergência digital, envolvendo TI (Tecnologia da informação), Telecomunicações e Mídias, com especificidades que devem ser consideradas, pela natureza do meio e a forma de percepção dos usuários, que depende de como se chama a mídia. E essa percepção deve ser de conhecimento de designers, que projetam as interfaces destas mídias. Piccolo & Baranuskas (2006) afirmam que trazer a interatividade para a TV significa transformar um telespectador, que até então apresenta um comportamento passivo em relação ao que é exibido na TV, em um usuário ativo, que pode realizar escolhas navegando pelo programa, pela programação e enviando informações. As autoras afirmam ainda que dessa forma, a TVDI é uma experiência multimídia: uma poderosa forma de comunicar idéias, procurar informações e vivenciar conceitos. É melhor do que qualquer outro meio de comunicação já inventado, pois incorpora as possibilidades de todos os tipos de mídias existentes. Seu potencial está na possibilidade de oferecer uma experiência individual superior à de outros meios, além de oferecer a interatividade, que é a capacidade dada ao usuário de interagir com o meio. Desde a origem da televisão, o conceito de interatividade foi passando por um processo de evolução. Lemos (1997) classifica a interatividade em 461

15 níveis de interação, que vai desde ligar e desligar a TV; fazer a troca de canais pelo controle remoto; usar videocassete e videogame; opinar a respeito de um conteúdo televisivo por telefone ou correio; até entrar em um primeiro estágio de TV interativa, que permite escolher ângulos de câmeras e navegar pelas informações. Montez & Becker (2005) estendem essa definição, propondo novos níveis de interatividade nos quais o usuário pode enviar seu próprio conteúdo, chegando a um estágio similar ao que ocorre na Internet hoje, onde qualquer pessoa pode ter seu próprio website e até fazer a difusão de seu próprio conteúdo audiovisual. Gawlinski (2003) define o que se chama de TV interativa como algo que permite o estabelecimento de um diálogo entre o usuário (ou telespectador) com um canal de TV, programa ou serviço. Esse algo pode ser atribuído à tecnologia. Dessa forma, o telespectador que até então assistia à TV predominantemente de forma passiva, passa a ter um comportamento mais ativo, realizando escolhas que vão muito além da troca de canais e executando ações que o levam a interagir com a nova mídia. A tecnologia começou a ser usada para prover interatividade na TV há cerca de 30 anos por meio do serviço Teletexto, ilustrado na Figura 2. Figura 11 - Serviço de TV interativa analógica 462

16 Este serviço, oferecido na TV analógica a todos que possuam uma TV com essa capacidade, é utilizado até os dias de hoje principalmente em países europeus. São apresentadas notícias, informações de trânsito e previsão do tempo usando textos e gráficos simples. O usuário pode escolher a informação que vai acessar e navegar pelo sistema usando números de páginas ou as teclas coloridas do controle remoto. Tipos de aplicações interativas Piccolo & Baranuskas (2006) definem que aplicações interativas são os sistemas de software usados para a interação do usuário com a TV e podem ou não estar vinculadas a um programa de TV. As possibilidades para oferecimento de aplicações interativas são infinitas e dependem, além dos recursos disponíveis no set-top-box, da capacidade de uma emissora ou um provedor de serviço de identificar as necessidades e desejos dos usuários para o oferecimento de novas funcionalidades. Segundo Gawlinski (2003), não existe um consenso em termos da taxonomia usada sobre os tipos de aplicações interativas. Dessa forma, baseado no estudo realizado pelo CPqD (2002), que definiu um elenco de serviços e aplicações interativas, propõe-se que as aplicações sejam categorizadas basicamente em quatro tipos de serviços: Comunicação: compreende as aplicações caracterizadas pela troca de informações entre usuários ou entre usuários e emissora/provedor de serviços. Exemplo: e Chat. Exige mecanismos de endereçamento e identificação do set-top box e do usuário, de forma que uma mensagem individual possa ser acessada somente pelo seu destinatário. 463

17 Informação: compreende as aplicações que realizam busca e consulta a bancos de informações. Por serem baseadas na apresentação de texto e navegação, são consideradas de implementação mais simples, se comparadas com as demais categorias. Exemplo: Guia Eletrônico de Programação (EPG), previsão do tempo, acesso a Internet. Entretenimento: assim como as aplicações de informação, são baseadas em apresentação de texto e navegação, porém com caráter lúdico. Exemplo: jogos do tipo quiz ou aplicações de TV estendida, que trazem informações adicionais a um conteúdo. Aplicações que usam vídeo sobdemanda solicitação pelo usuário de algum conteúdo específico de um servidor também fazem parte dessa categoria. Com isso, o envio de informações individualizadas também deve ser suportado nessa categoria. Transação: são as aplicações que se caracterizam pela necessidade de um ambiente seguro para transmissão e armazenamento de dados confidenciais. Exemplos: comércio eletrônico e banco eletrônico (t-bank). Algumas aplicações podem pertencer a mais de um grupo simultaneamente, como é o caso de governo eletrônico e de aplicações de educação, que podem trazer características técnicas de comunicação, informação, transação. A interação entre o usuário e a aplicação ocorre, por exemplo, com a seleção de uma opção do menu, preenchimento de um formulário, navegação entre páginas, sendo o controle remoto o principal dispositivo de entrada. 464

18 Especificidades das interfaces para TV Digital Interativa Um dos aspectos mais importantes na experiência de ensino de Design para TVDI, consta do detalhamento das especificidades da tela da TV e da interação com os aplicativos da mesma. Muitas destas especificidades são mapeadas em guidelines, que têm por objetivo auxiliar o desenvolvedor de uma aplicação a utilizar os artefatos mais adequados para esse meio. Estes guidelines são propostos por emissoras e produtoras de conteúdo, como é o caso do Guia de Estilos da rede de televisão inglesa BBC (2006), que sugere a correta utilização na TV de cores, fontes, espaçamento na tela, mecanismos de navegação entre outros artefatos interativos. A TV como mídia digital utiliza medida o pixel picture element que correspondem a pequenas áreas na tela que juntas formam a imagem transmitida, e tem resolução total de 644 x 483 pixels, mas normalmente sendo utilizada uma área de 640 x 480 pixels. Ainda nesta resolução é necessário definir um espaço de área segura (safe area), ou seja, garantir que o conteúdo seja transmitido completo e perfeito em todos os tipos de televisores, inclusive os de cantos arredondados. A safe area, ou área segura, refere-se a uma margem de segurança na resolução do conteúdo a ser apresentado na tela, evitando que informações importantes deixem de ser exibidas em monitores 4:3. Na Figura 3, temos uma Largura final 768 pixels = 10% a menos que a largura total 1024 pixels. 465

19 Figura 3: Safe area Conforme o Interactive Television Style Guide, da BBC (2006), no quesito cores, recomenda-se a utilização de 85% em brilho e contraste, já que na televisão elas ficam bastante intensas e brilhantes, diferentes do monitor de um computador. O fundo branco também deve ser evitado, uma vez que causa distorção da imagem e promove o cansaço da vista (isso acontece porque o branco é definido como a cor da luz, a cor que irradia todos os raios luminosos, já que é uma mistura das cores primárias vermelho, azul e verde absorvendo a luz de cada uma delas). Para a tipografia, a recomendação para o meio digital é a utilização de tipos que não possuam serifa pequenas arestas ascendentes nas extremidades das letras que podem confundir a leitura, em certos casos as letras ficam tão próximas que dá a impressão de ser uma única letra ou não é possível decifrar o texto, pois a legibilidade fica comprometida. Em função disso, a BBC (2006) desenvolveu duas tipografias para serem especialmente utilizadas em conteúdo para TVDI, conforme a Figura

20 Figura 4 - Tipografia Tiresias e Gill Sans criadas pela BBC para TV Digital Interativa Destaca-se que tanto o tipo, como o tamanho interfere na legibilidade. Estudos em usabilidade demonstraram que fontes com menos de 18 pontos dificultam a leitura na televisão (Lavid, 2006). Isso acontece em função da resolução, como já foi citado, e da distância que separa o usuário e o aparelho. Apesar das recomendações em relação às tipografias citadas, vale ressaltar que outras de iguais características podem ser utilizadas desde que sempre testadas na televisão durante o desenvolvimento da aplicação. Em relação à navegabilidade, o mais importante é pensar que o usuário está diante de um controle remoto com funções limitadas. Um aparelho como esse que é manuseado por apenas uma das mãos, obviamente foi projetado para dar acesso rápido às funções de um televisor. Em computadores temos a flexibilidade de um mouse que nos permite percorrer toda a tela de forma nãolinear, mas na TV nos detemos aos botões coloridos, às setas e a uma opção de OK ou ENTER basicamente. Por isso, a atenção voltada aos elementos navegáveis numa interface de TVDI, deve ser redobrada. Em conteúdos para escolhas de opção, por exemplo, numa lista, recomenda-se indicar com duas setas uma para cima e outra para baixo 467

21 que é possível percorrê-la, além de destacar, com uma cor diferente dos outros itens, a opção ativa, conforme Figura 5. Figura 5 Uso das setas direcionais do controle remoto Salienta-se que a posição da interface interativa durante a transmissão de um programa não deve sobrepor o vídeo, ou parte importante dele, visto que o programa em atividade é o foco principal do usuário telespectador, e a interação é apenas uma opção. O mais recomendado é redimensionar a transmissão em uma janela ou a depender do tipo de interatividade, tornar o vídeo o pano de fundo da aplicação. Piccolo & Baranuskas (2006) destacam que geralmente os usuários de televisão prestam menos atenção ao que estão vendo do que usuários de computador. Estão normalmente mais relaxados no momento em que estão assistindo, e por isso podem achar irritante e cansativa uma interação complexa. Assim, é importante que a interface interativa seja simples, clara e limpa. Outro ponto que deve ser considerado, é que o público da televisão está acostumado a um visual rico, completo e atrativo, em que as imagens são 468

22 instantâneas, e por isso a resposta da interação deve ser sempre imediata. Desta forma, o tempo deve ser considerado como um instrumento importante na construção da interface. Se um usuário fica esperando pela resposta de um comando efetuado por mais de 8 segundos, ele acaba se desinteressando e desistindo dessa ação (BBC, 2006). Boa navegação significa construir um relacionamento entre a interface e as ferramentas de uso dos usuários. O relacionamento é bom quando permite que o usuário chegue aonde deseja, e não é tão bom se criar obstáculos para o mesmo. Para ajudar a melhorar a interação do usuário, toda interface de navegação deve estar de acordo com alguns aspectos importantes: Dizer ao usuário onde ele está, como chegou lá e aonde ele pode ir a qualquer momento; Dar o feedback toda vez que o usuário executar um comando; Ensinar, de forma sucinta, o usuário a usar o serviço; Relacionar os ícones culturais e metafóricos utilizados; Apresentar alternativas previsíveis e consistentes de navegação; Encorajar a liberdade de movimento ao invés de limitar o caminho a ser percorrido, e disponibilizar uma forma rápida e clara de saída para o vídeo principal; Para ajudar a melhorar a interação do usuário, toda interface de navegação deve estar de acordo com alguns aspectos importantes: Posicionar os ícones coloridos horizontalmente, preferencialmente na parte de baixo da tela, e sempre na mesma ordem: vermelho, verde, amarelo, azul; Manter a posição principal (vermelho, verde, amarelo, azul) dos ícones coloridos, mesmo que não seja necessário utilizar todas as cores (Figura 6); 469

23 Figura 6 - Ordem dos botões coloridos deve ser mantida Não utilizar os ícones coloridos para funções como subir/descer e direita/esquerda, para isso, utilizar as setas direcionais; Não atribuir funções diferentes para um mesmo botão. 7): As definições para uso das cores são as seguintes (BBC, 2006) (Figura Figura 7 - Definição das cores dos botões coloridos Existem especificações para o uso dessas cores, pois cada uma tem sua representatividade. 470

24 O vermelho e o azul devem estar sempre ativos e presentes, e serem usados para funções importantes; o verde e o amarelo podem ser utilizados de maneira flexível, não precisam estar sempre ativos (BBC, 2006) (Figura 8): Figura 8 - Nível de flexibilidade das cores Hoje, existem pequenas diferenças entre os controles de marcas diferentes, porém os botões básicos de navegação estão presentes em todos: Controles tradicionais de televisão; Números; Botões de seleção e de confirmação; Botões coloridos para uma rápida navegação. Algumas diretrizes listadas por Gawlinski (2003) (Figura 9): uso de seletores destacados; evitar o uso de símbolos gráficos; uso de textos curtos para explicar na tela os passos que devem ser seguidos pelo usuário (não usar a ajuda para essa finalidade); priorizar a navegação por números. 471

25 Figura 9 - Uso correto dos botões do controle remoto Enfim, o controle remoto é o instrumento que permite a interação entre o usuário e a TV. Para uma navegação satisfatória, é necessário que exista uma boa ligação entre a ação e o instrumento destinado para tal, ou seja, tomar a decisão certa utilizando a ferramenta certa. Com o tempo, os usuários estarão familiarizados com esses ícones de interação. Projetos desenvolvidos pelos alunos A partir da compreensão da mídia televisão e da TVDI, os alunos da ESDD do Infnet analisam e debatem as especificidades do design de interfaces 472

26 para a TVDI. É muito comum a confusão da criação de interfaces para a TVDI com a criação de interfaces para a Web ou TV paga No entanto, é preciso reforçar, conforme explicitado nos capítulos anteriores, que estas são mídias distintas, e conseqüentemente com diferentes requisitos no projeto de interface. Estes requisitos constam da forma de interação (controle remoto), a necessidade do vídeo continuar aparecendo na tela nas interfaces interativas, por ser a mídia principal do meio; o tamanho da tela de acordo com a resolução mais adequada (standard ou alta definição), sendo o mais indicado trabalhar com porcentagens ou com resoluções intermediárias; o uso de safe area (área de segurança do conteúdo); aspectos específicos de cores, tamanho e tipo de fonte; menus com as cores do controle remoto para itens globais, e navegação com setas e números em itens locais; questões de usabilidade sobre a localização do usuário (onde estou?) e formas de interação (o que posso fazer aqui?), realizando uma analogia constante com as guidelines do design para a Web. O vídeo é a mídia mais importante da TVDI, sendo que as informações textuais e imagens são complementares ao mesmo. No caso da Web ocorre o inverso: vídeos e imagens complementam as informações textuais. Dessa forma, na TVDI os textos devem ser breves e com um tamanho de fonte entre 18 e 24 pixels, possibilitando sua legibilidade na tela da TV, considerando a distância que o telespectador fica da tela. Além disso, a interatividade na TVDI é opcional, o usuário pode assistir ao vídeo de forma linear sem ser obrigado a interagir. E mesmo quando interagir, ao sair da interação, o vídeo volta a ocupar a tela toda. A Web é uma mídia de natureza totalmente interativa, em que o usuário é obrigado a interagir para ter acesso aos conteúdos. Os layouts desenvolvidos pelos alunos seguem a resolução 1280x720, sendo que o conteúdo aparece em 1024x576 ou porcentagens relativas, pois o 473

27 restante da tela serve de moldura, adaptando-se assim a diferentes resoluções. No caso de aparelhos com definição standard, o usuário deverá ficar com uma borda preta na parte inferior e superior da televisão. A seguir, são apresentadas algumas interfaces de programas interativos desenvolvidas pelos alunos da ESDD do Instituto Infnet em 2008 e A Figura 10 apresenta a interface do Programa Crazy Kitchen. Ao entrar na interatividade do programa, o telespectador utiliza os botões coloridos para acesso aos itens (Ingredientes, Modo de preparo, Sugestões e Fechar/Sair), sendo que o vídeo continua sendo exibido enquanto o conteúdo aparece do lado direito da tela. Ao entrar em um dos itens, este é destacado no menu, para que o usuário possa se localizar (onde estou?), e da mesma forma, o título do conteúdo segue a informação selecionada no menu. Figura 10 Programa Crazy Kitchen A Figura 11 demonstra a interface desenvolvida por alunos para um show da cantora Ivete Sangalo. Ao entrar na interatividade, o telespectador pode acessar as informações da cantora, como Agenda de Shows, Biografia, Voltar e Discografia. Cada tela é identificada pelo título em destaque, na cor selecionada do controle remoto, sendo que as opções são apresentadas pela letra inicial. 474

28 Figura 11 Show da cantora Ivete Sangalo A Figura 12 demonstra o quanto os alunos ainda imaginam a TVDI como uma TV com possibilidades de personalização do conteúdo por parte do telespectador, como se estivesse assistindo um DVD ou vídeo sob demanda. Esta interface foi desenvolvida para um filme (no caso Tropa de Elite) considerando que o usuário possa mudar as cenas de acordo com sua preferência, saindo da projeção corrente. Isso até pode ocorrer na TV paga, mas não é o caso da TVDI aberta, em que a programação corrente continuará visível, sendo que o telespectador até pode assistir em paralelo outro vídeo relacionado ao vídeo atual, como replay de gols em um jogo de futebol, making off de uma entrevista, etc., mas sem que o foco da projeção corrente seja perdido. Além disso, estes sinais de vídeo precisam ser enviados pela emissora junto com o sinal de vídeo principal, para que possam ser acessados pelo telespectador em seu set-top-box, que os armazenará na memória, possibilitando o acesso do usuário. 475

29 Figura 12 Interatividade sob demanda no filme Tropa de Elite A Figura 13 apresenta a interface desenvolvida para a SurfTV, uma TV inventada pelos alunos, em que os telespectadores podem interagir tendo acesso a informações relativos ao surf. A interface apresenta diversas inovações, como a identificação do canal, do programa, horário atual, patrocínios (provavelmente serão comuns nos programas interativos, já que a TV aberta é financiada pela publicidade), e abas, em que o telespectador pode navegar pelas setas direcionais do controle remoto ou pelos números. Neste caso, a opção de números foi adotada, pois trata-se de navegação local, sendo que apenas o botão vermelho foi definido para Sair, quando o telespectador volta a assistir apenas ao vídeo. 476

30 Figura 13 - SurfTV E por fim, a Figura 14 apresenta a interface de um aplicativo em NCL criado pela aluna Alina Esteve sob orientação desta professora, no seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do curso de Pós-Graduação em Mídias Digitais Interativas da ESDD do Infnet. O aplicativo utilizou como conteúdo o programa da TV Globo, Por toda minha vida, visando aplicar os requisitos de interface e demonstrar as possibilidades da interatividade, com conteúdos que agreguem valor a um programa de TV. Destaca-se o uso dos botões coloridos para interatividade global, números do controle remoto para interatividade local, assim como as teclas direcionais do controle remoto, identidade visual do programa e espaço para publicidade. 477

31 Figura 14: Programa Por toda minha vida Estas foram apenas algumas interfaces, sendo que várias outras propostas são desenvolvidas pelos alunos envolvendo diversos temas: futebol, videoclipes, documentários, esportes em geral, propagandas, etc. Após a definição de interfaces, propostas pelos alunos, estas são analisadas em grande grupo, com base nos critérios específicos da TVDI. Assim, muitos projetos sofrem modificações antes que passem para a etapa seguinte, em que os alunos aprendem a linguagem NCL (Nexted Context Language), e com isso desenvolvem o programa interativo proposto. Assim, por exemplo, o projeto da Figura 13 teve que ser alterado, para que o telespectador continuasse assistindo o filme (no caso apenas o som deve ser colocado em mute e o outro som é ligado), e em paralelo pudesse assistir cenas do filme, cujos sinais devem ser enviados pela emissora. Durante a experiência de ensino relatada, é importante destacar o quanto os alunos percebem a TVDI como uma nova mídia, com amplas possibilidades de atuação, pois exige preocupações relativas ao design de 478

32 interação e usabilidade em todas as fases, desde sua concepção, produção, edição e transmissão, envolvendo equipes multidisciplinares. Conclusão Ao trabalhar com alunos de design a mídia televisão como uma possibilidade de disponibilizar programas interativos, e especialmente no caso da televisão digital no Brasil, aberta e gratuita, em que os programas não serão sob a demanda do telespectador, mas cuja transmissão continuará mesmo durante as interações, torna-se essencial esclarecer aos alunos e futuros profissionais sobre esta particularidade, para que os mesmos não a confundam com as possibilidades da televisão paga, em que o usuário pode ser facilmente identificado pela emissora e assim receber dados sob demanda. Sem dúvida, esta especificidade é um dos principais desafios que os alunos enfrentam, pois em sua maioria, eles imaginam a TVDI como uma TV personalizada, onde o telespectador possa escolher o que quer ver, na que hora desejar e assim a emissora envia o conteúdo para sua TV. No entanto, o modelo inicial ainda continuará sendo de um-para-muitos e dessa forma, o telespectador terá apenas acesso às informações repassadas pela emissora junto com o vídeo e áudio da programação corrente. Além disso, caso possua uma conexão com a Internet, poderá participar de enquetes, votações, etc., diretamente pelo programa interativo, o que dependerá de uma infra-estrutura (servidores/softwares) da emissora para receber e processar estas informações. Além disso, a mídia televisão é muitas vezes confundida com a função de monitor e não compreendida como um sistema de produção, transmissão e recepção de programas, cuja responsabilidade está nas mãos das emissoras, que possuem concessão pública concedida pelo governo federal. 479

33 É importante ainda destacar que o roteiro passa a ser não-linear, tornando-se um desafio para roteiristas acostumados com roteiros lineares, da mesma forma que a produção torna-se responsável pelo diálogo entre programadores, designers e roteiristas. Além disso, apresentam-se novas oportunidades de negócio, já que as próprias propagandas poderão ser interativas, assim como poderão ser vendidos produtos através da interação em programas interativos. As possibilidades de transmissão de vários canais de som e vídeo simultaneamente, canal de retorno e acesso a Internet fazem a TVDI uma mídia de total convergência digital, envolvendo TI (Tecnologia da Informação), Comunicação e Telecomunicações. Assim, ensinar alunos de design a desenvolver interfaces interativas e desenvolvê-las em NCL para a TVDI do Brasil possibilita a geração de mão-deobra qualificada para trabalhar neste meio de comunicação, motivada pelo pioneirismo e pelas possibilidades que se apresentam, com sua difusão no país. A inclusão digital e conseqüente inclusão social, tema fomentador dos incentivos do governo às pesquisas na TVDI, só ocorrerá com a disponibilização de telas e conteúdos interativos que tenham sido projetados por profissionais capacitados (designers), que compreendam as possibilidades do meio e façam uso de todo seu potencial como mídia de comunicação e informação. Não se sabe qual o limite das inovações, mas sem dúvida é preciso estar atento, analisando a convergência digital de forma crítica, entendendo não somente como ela nos afeta, mas como poderemos afetá-la; vislumbrando oportunidades de atuação e compreendendo as mídias individualmente e de forma convergente. Lembrando que a própria convergência gera divergência, quando as empresas lançam serviços convergentes, mas não possuem especialidade em todas as áreas envolvidas. Enfim, a televisão digital é uma das áreas de mídias digitais que vem se estabelecendo e apresentando oportunidades nas áreas de TI e Design, com projetos de pesquisa, monografias, teses e dissertações voltadas ao tema, 480

34 envolvendo especialmente o Ginga (middleware desenvolvido no Brasil e regulamento como padrão na televisão digital), baseadas em Java, Linux, estudos de usabilidade e design de interfaces para TV interativa, propostas de sistemas que incentivem a inclusão digital, etc. E como a televisão aberta segue o modelo comercial, em que a publicidade financia a produção e veiculação dos programas, esta é uma mídia muito cara, que envolve muitos setores e depende de um plano de negócios eficiente, pois falhas custarão muito caro e poderão colocar em risco a credibilidade do sistema. Mas é um caminho sem volta, é o próximo passo e um dos mais importantes da convergência digital. Referências Bibliográficas Caparelli Sérgio. Comunicação de massa sem massa. São Paulo: Summus, Castells, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, CPqD (2002) Elenco de serviços e aplicações. Versão AB. PD A.0011A/RT-04-AB. Gawlinski, M. (2003) Interactive television production. Oxford: Focal Press, 288p. Kernal, K. H. (1999) Effects of computer/television convergence on user s perception of content, equipment and affect. Anais do ACM SIGCHI Conference on Human Factors in Computing Systems. New York, págs LAVID - Laboratório de aplicações de vídeo digital (Paraíba). TV digital e interativa. Paraíba, Lemos, André L. M. (1997) Anjos interativos e retribalização do mundo: sobre interatividade e interfaces digitais. Disponível por HTTP em lemos/interac.html. Ultimo acesso: out Lèvy, Pierre. Inteligência Coletiva - Por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola,

35 Cibercultura. São Paulo: Editora 34, Lu, K. (2005) Interaction design principles for interactive televison. Atlanta. Dissertação de Mestrado - Georgia Institute of Technology, 202p. McLuhan, Marshall. Os meios de comunicação como extensão do homem. São Paulo: Cultrix, Montez, C., Becker, V. TV Digital Interativa: Conceitos, Desafios e Perspectivas para o Brasil. 2ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, Negroponte, Nicolas. A vida digital. São Paulo: Companhia das Letras, Piccolo, L. S. G.; Baranuskas, M. C. Desafios de Design para a TV Digital Interativa. Anais do IHC de Novembro, Natal, RN, Brasil. Pretto, Nelson De Luca. Uma escola sem/com futuro: educação e multimídia. Campinas-SP: Papirus, Williams, Raymond. Television: techonology and cultural from. London :Routledge,

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