FICHA DE DESCRIÇÃO E COMENTÁRIO 1
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- Maria de Begonha Palmeira Belém
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1 Datalure [recurso eletrônico]: Banco de dados das lutas e resistências às políticas de modernização territorial no Vale do Jaguaribe / Organização de Francisco Antônio da Silva e Alan Robson da Silva. Dados eletrônicos. Fortaleza: UECE; FAFIDAM, Disponível em: < FICHA DE DESCRIÇÃO E COMENTÁRIO 1 Propriedade Identificação TÍTULO Plano de Gerenciamento das Águas do Rio Jaguaribe: Diagnóstico Estudos Complementares. Política de Águas do Ceará Tema/Assunto Local/Data Fortaleza, [199-] Palavras-Chave 01 Ceará 02 Política de Águas CATEGORIA Suporte Referência Bibliográfica Inf. para acesso DIAGNÓSTICO ( x ) Internet ( ) Impresso ( ) CD/ROM/DVD 03 Bacia do Rio Jaguaribe CEARÁ. Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos. Plano de Gerenciamento das Águas do Rio Jaguaribe: Diagnóstico. Fortaleza, [199-]. Volume 5 Estudos Complementares. Disponível em: < Acesso em: 03 nov [DOCUMENTO COMPLETO] Descrição do Documento Este documento, Volume 5 ESTUDOS COMPLEMENTARES, faz parte da Fase do Diagnóstico do Plano de Gerenciamento das Águas da Bacia do Rio Jaguaribe, elaborado pela ENGESOFT Engenharia e Consultoria Ltda., desenvolvido no âmbito do Contrato 042/97, PROURB-CE firmado entre a Consultora e a COGERH Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará. O Volume 5 apresenta-se dividido em três capítulos, sendo o primeiro uma Resenha Histórica de Estudos Anteriores, o segundo Metodologia de Avaliação do Custo da Água revisa as diversas metodologias de avaliação do custo da água e estabelece bases conceituais sobre a avaliação do custo da água, e o terceiro e último capitulo apresenta a Avaliação do Custo pelo Uso da Água Bruta na Bacia do Jaguaribe. Comentários O presente estudo é fruto do esforço do Governo do Estado do Ceará, que desde 1987 tem se empenhado no intuito de promover uma Política Estadual de Recursos Hídricos. Como parte desta política foi lançado o presente Plano de Gerenciamento das Águas da Bacia do Rio Jaguaribe, desenvolvido para planejar e gerenciar, de forma integrada, descentralizada e participativa, o uso múltiplo, o controle, a conservação, a proteção e a preservação dos recursos hídricos do referido rio. O presente Plano traz conceitos modernos para a Política de Gestão Hídrica, como o de gestão participativa, onde foram estabelecidas para cada setor, a partir dos Comitês de Bacias Hidrográficas, 1 Ficha de Descrição e Comentário para catalogação do documento no Banco de Dados. O DATALURE é o resultado de um projeto de iniciação científica desenvolvido no período de ago a jul Ver SILVA, Francisco Antonio da. Nos escombros do passado: levantamento e catalogação de fontes das lutas e resistências às obras de modernização territorial nas regiões do baixo e médio Jaguaribe, Estado do Ceará ( ). Limoeiro do Norte-CE: Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, f. Projeto de Iniciação Científica selecionado na Chamada Pública de Seleção nº 19/2014 para o Programa de Iniciação Científica da UECE IC/UECE 2014/2015. Para acessar o DATALURE acesse o site 1
2 demandas para cada um destes e formas de melhor racionalização da água. O presente volume (5 Estudos Complementares) faz parte da Fase do Diagnóstico do Plano de Gerenciamento das Águas da Bacia do Rio Jaguaribe, elaborado pela ENGESOFT Engenharia e Consultoria Ltda., em contrato com a COGERH. Dividido em três capítulos (o primeiro, denominado Resenha Histórica de Estudos Anteriores ; o segundo, Metodologia de Avaliação do Custo da Água revisa as diversas metodologias de avaliação do custo da água e estabelece bases conceituais sobre a avaliação do custo da água, e o terceiro e último capitulo apresenta a Avaliação do Custo pelo Uso da Água Bruta na Bacia do Jaguaribe. Tratamos aqui do primeiro capítulo. O histórico traz além da importância social e econômica do Rio Jaguaribe, traz a histórica atuação de órgãos criados com o objetivo de promover medidas de combate a seca, relacionadas ao Rio Jaguaribe ou não, tais como, SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste; DNOCS- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas; entre outras. São expostos ainda estudos realizados na bacia do Jaguaribe, envolvendo a capacidade dos limites hídricos da bacia, além do levantamento de parte dos diversos tipos de solo. O presente capítulo tem como objetivo expor um histórico acerca dos projetos e estudos implantados para a coleta e análise de dados acerca do Rio Jaguaribe. Como o Plano de Aproveitamento Integrado dos Recursos Hídricos do Nordeste (PLIRHINE), o qual trata de estudos multidisciplinares e específicos abrangendo coletas, ordenações e análises de dados cujo objetivo seria o primeiro passo de uma tentativa de estabelecer uma política de água para o nordeste. São expostos ainda outros estudos como o Plano de Utilização Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Jaguaribe, o qual trata de levantamentos e projeções acerca da transposição das águas do Rio São Francisco. Assim como outros estudos, tais como Estudos de Alternativas, Anteprojeto e Estudos de Viabilidade Técnico-Econômica para Projeto Jaguaribe-Apodi Relatório de Estudos Hidrológicos, não sendo sua totalidade aqui citadas devido ao limitado espaço. O Plano traz ainda um diagnóstico acerca da coleta e análise dos dados de pluviometria, fluviometria e açudagem. É exposto em seguida um quadro de planejamento, o qual envolve o balanço hídrico entre a oferta disponível e as demandas dos anos de 1990, 2010 e 2020: o balanço distribuído para os cenários de ano normal e ano seco, tendo como passo de tempo do balanço o semestre; e o balanço do sistema de perenização, que constou da simulação do sistema de reservatórios com passo mensal. Posteriormente o documento expõe alguns programas criados no estado, como o Programa de Gerenciamento e Integração dos Recursos Hídricos PROGERIRH, o qual visou a integração das bacias hidrográficas do estado através da construção de sistemas de transposição de águas intra e interbacias, visando permitir a regularização do abastecimento hídrico durante os períodos de seca nas regiões mais carentes de recursos hídricos estratégicos, bem como o de permitir um gerenciamento integrado da oferta hídrica no estado. O segundo capítulo é intitulado Metodologia de Avaliação do Custo da Água. De maneira geral, o documento apresenta uma série de aspectos os quais devem ser parte constitutiva da tarifa de água bruta a ser implantado ou em uso no estado do Ceará. Nos tópicos e sub-tópicos da presente sessão são discutidos vários pontos condizentes com sua temática principal, como por 2
3 exemplo o uso sustentável da água, onde assume-se a necessidade e o compromisso de ações conjuntas entre desenvolvimento econômico, equidade social e preservação ecológica. O conteúdo exposto na presente sessão contém relevantes pontos acerca da Dimensão Econômica do Valor da Água, os quais são apresentados a partir do âmbito da doutrina econômica dominante, a teoria neoclássica. A teoria econômica neoclássica supõe a quantificação da utilidade das mercadorias, estabelecendo assim uma relação funcional entre a utilidade obtida pelo consumidor e as quantidades das diversas mercadorias consumidas por este. O consumidor maximiza a utilidade da mercadoria a partir do acréscimo na utilidade da última unidade, levando em consideração o preço da mercadoria, assim, a quantidade x de dinheiro aplicado na aquisição de uma mercadoria deve proporcionar o mesmo acréscimo de utilidade que qualquer outra mercadoria a qual tenha o mesmo montante (x) de dinheiro aplicado (HUNT; SHERMAN. 1985, p ). Assumindo a potencialidade econômica e social, assim como os limites naturalmente impostos para sua captação, armazenamento e distribuição, o Plano de Gerenciamento das Águas da Bacia do Rio Jaguaribe, trata de colocar a água como qualquer outro ativo no mercado, usando os gastos socialmente necessários de seu gerenciamento e potencialidades para a composição de seu valor, uma vez que a produção física desta não é fruto do trabalho humano. Assim, a teoria neoclássica (base dos estudos do presente Plano) utiliza métodos de mercados hipotéticos, como o da valoração contingente, a qual a partir da relação entre a Disponibilidade a Pagar e a Disposição a Receber, estipula valores para a utilização de recursos naturais como água e meio ambiente em geral (Serra; [et al]. 2004). Para a teoria neoclássica, a projeção de valor para recursos naturais deve levar em conta os interesses e a demanda do consumidor, o que inviabiliza a plena implementação desta teoria para a formulação do valor neste caso específico, uma vez que há contradições e ambiguidades entre os consumidores (agricultores, produtores, etc.). Somente a partir da definição de critérios preestabelecidos que busquem a transparência e facilitem a negociação, será possível avançar na ideia de atribuir valores de cobrança pelo uso da água que não se restrinjam apenas ao objetivo de viabilidade financeira, mas que também atendam a eficiência econômica e ambiental. Em seguida são expostas experiências europeias na cobrança sistemática de tarifas do uso da água, como França, Inglaterra, País de Gales e Alemanha. Os Princípios Jurídicos na Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil de acordo com a Constituição Federal de 1988, todas as águas são públicas, de domínio da União e dos Estados, a água é assim, um bem inalienável, pertencente somente ao estado, sendo assim um bem comum, público. Sendo indefinido o direito de propriedade, a cobrança pelo uso da água corresponde o valor do pagamento que um determinado usuário deve realizar ao Estado pelo direito de seu uso. Ao longo do presente documento são expostos estudos acerca da cobrança de tarifa para o uso da água bruta no Brasil a fim de subsidiar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos no âmbito do plano de gerenciamento da bacia do Jaguaribe. O Plano traz ainda estudos os quais servem de base de calculo para a cobrança de água bruta. A cobrança de água deveria, segundo o documento, ser calculada a partir do custo marginal ou custo marginal social, conceito da economia utilizado para a estipulação de tarifas de água. O custo marginal é de maneira geral composto pela adição, sendo este formado pelo 3
4 custo final da última unidade, no caso da tarifa de água a adição levaria em conta os seguintes pontos: a parcela correspondente aos custos administrativos, custos de acesso, representado pelo valor das despesas anuais de administração e gerenciamento do meio; a parcela correspondente aos custos marginais de longo prazo, representado pela diminuição dos investimentos públicos nas obras de infraestrutura que viabilizarão as retiradas futuras de água; a parcela correspondente aos custos marginais de curto prazo, representado pelos custos operacionais e de manutenção, incluindo custos ambientais. A cobrança de tarifa deve ainda ser constantemente atualizada com informações recentes, além de serem levado em conta as possibilidades de pagamento assim como a demanda. Avaliação do Custo pelo Uso da Água Bruta na Bacia do Jaguaribe é o terceiro capítulo do documento, que traz uma proposta de metodologia para avaliação do custo da água, com a qual será possível fornecer uma ordem de grandeza para o cálculo da tarifa d água a ser cobrada pelos usuários de água no Vale do Jaguaribe. Se trata de uma adaptação da metodologia Cost Recovery (esta metodologia baseia-se no valor a ser cobrado pelo uso da água, o qual deve incluir uma parcela referente aos investimentos realizados e outra referente ao custeio das despesas operacionais), devendo ser cobrado a partir do princípio usuário-pagador, onde são somados entre outros fatores, os investimentos públicos efetuados nas obras de infraestrutura de uso comum e despesas de administração, operação e manutenção da infraestrutura hídrica. A fim de estabelecer os custos médios de operação e manutenção e de investimentos passados do sistema hídrico da bacia do Jaguaribe, foram realizados intensa coleta de dados em órgão como COGERH, SRH, DNOCS, por exemplo, onde são expostas vastas informações e tabelas adquiridas e construídas com dados referentes a bacia do Jaguaribe por tais instituições. Tais estudos e tabelas contém volumoso conhecimento a cerce de diversos pontos, tais como os custos de manutenção, isto a partir do custo médio da manutenção da infra-estrutura, dividindo-se o valor anual previsto pela vazão regularizável da oferta hídrica superficial com 90% de garantia anual, o que resultou num custo médio. São expostos ainda os custos de manutenção realizado pelos diversos órgãos na bacia do Jaguaribe, além de serem explicitados ainda os custos de investimentos. O presente estudo objetiva a redução em parte dos custos associados à oferta de água realizada pela COGERH, fornecendo assim subsídios importantes para a implementação de uma política tarifária na bacia do Jaguaribe. Neste sentido, somente com uma melhor revisão dos valores de custos e volumes, considerando principalmente as perdas em trânsito e volumes para fins sociais, bem como a realização de um estudo detalhado da capacidade de pagamento de cada usuário e operacionalização das discussões nos comitês de bacias, será possível no futuro definir uma política satisfatória de tarifação no qual permita a cobrança não somente dos usos consuntivos (domésticos, industriais e agrícolas), mas também dos demais usuários (lançamento de efluentes, geração de energia elétrica, pesca, lazer, navegação). O texto acima nos possibilita percebermos o objetivo maior para a política de gerenciamento hídrico no estado do Ceará. Elaboração da Alan Robson da Silva e Francisco Antonio da Silva, em 27/10/2014. Ficha 4
5 OBS. A maioria dos documentos cadastrados no DATALURE estão disponíveis na internet nos sítios indicados na referência bibliográfica da Ficha de Descrição e Comentário. Os usuários deste Banco de Dados devem observar as condições para a utilização dos mesmos definidas pelos proprietários ou responsáveis. Essa Ficha de Descrição de Documento poderá ser reproduzida, citada e divulgada, desde que seja feita a devida citação da fonte. Como citar este documento: SILVA, A. R.; SILVA, F. A. Ficha de Descrição e comentário do Plano de Gerenciamento das Águas do Rio Jaguaribe: Diagnóstico Estudos Complementares. In Datalure [recurso eletrônico]: Banco de dados das lutas e resistências às políticas de modernização territorial no Vale do Jaguaribe / Organização de Francisco Antônio da Silva e Alan Robson da Silva. Dados eletrônicos. Fortaleza: UECE; FAFIDAM, Disponível em: < Acesso em: [colocar a data do acesso]. 5
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