o anglo resolve a prova da 1 a fase da FUVEST-2013 novembro 2012
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- Amália Fartaria Gameiro
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1 Aula Dada Diagnóstico o anglo resolve Aula Estudada Prova a prova da 1 a fase da FUVEST-2013 novembro 2012 Faz parte do ciclo de aprendizagem no Anglo: aula dada, aula estudada, prova, diagnóstico. Esse trabalho, pioneiro, é mais que um gabarito: a resolução que segue cada questão reproduzida da prova constitui uma oportuni dade para se aprender a matéria, perceber um aspecto diferente, rever um detalhe. Como uma aula. É útil para o estudante analisar outros modos de resolver as questões que acertou e descobrir por que em alguns casos errou por simples desatenção, desconhecimento do tema, dificuldade de relacionar os conhecimentos necessários para chegar à resposta. Em resumo, deve ser usado sem moderação. O vestibular da Fuvest avalia candidatos a vagas oferecidas pela USP e pela Faculdade de Medicina da Santa Casa. Arquitetura, Administração, Agronomia, Direito, Enge nha ria, Enfermagem, Geologia, Jornalismo, Letras, Medicina, Pedagogia, Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais, Turismo são algumas das dezenas de carreiras envolvidas. Trata-se do maior vestibular do país, tanto pelo número de candidatos e de vagas, como pelo excelente nível das escolas congregadas. A prova da 1 a fase é constituída de 90 testes de múltipla escolha de Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, Português, Inglês e questões interdisciplinares. A nota da 1 a fase corresponde ao total de acertos nos testes e é considerada na classificação para a 2 a fase. Será desclassificado quem acertar menos que 27 testes. Em cada carreira é selecionada para a 2 a fase uma quantidade N de candidatos pela seguinte fórmula: N = K V onde: V = n o de vagas da carreira K = parâmetro definido pela seguinte regra: MC = média das notas de 1 a fase dos candidatos da carreira K = 3, se MC 60 K = 2, se MC 30 K = 1 + ( MC 30 ), se 30 MC 60 (nesse caso, o parâmetro K varia entre 2 e 3) No caso de N não ser um número inteiro, ele será aproximado ao inteiro superior. No caso de empate do último convocado, todos que tenham a mesma pontuação (nota de corte) são convocados para a 2 a fase. Observação: No vestibular 2013, a FUVEST não utilizará a nota do ENEM. Todos os estudantes que cursaram integralmente o Ensino Médio em escolas da rede pública do Brasil podem optar por acréscimo (bônus) nas notas da 1 a e 2 a fases. Os percentuais (bônus) variam de acordo com o desempenho na prova da 1 a fase.
2 QUE S ES T Õ Questão 1 O ácido gama-hidroxibutírico é utilizado no tratamento do alcoolismo. Esse ácido pode ser obtido a partir da gamabutirolactona, conforme a representação a seguir: carbono + X catalisador oxigênio hidrogênio gamabutirolactona ácido gama-hidroxibutírico Assinale a alternativa que identifica corretamente X (de modo que a representação respeite a conservação da matéria) e o tipo de transformação que ocorre quando a gamabutirolactona é convertida no ácido gama- -hidroxibutírico. X Tipo de transformação a) CH 3 OH esterificação b) H 2 hidrogenação c) H 2 O hidrólise d) luz isomerização e) calor decomposição A reação + X catalisador carbono oxigênio hidrogênio gamabutirolactona ácido gama-hidroxibutírico pode ser representada por: O O O H 2 C C + X HO CH 2 CH 2 CH 2 C OH H 2 C CH C 4 H 6 O 2 + H 2 O C 4 H 8 O 3 Como X representa a água, esse processo pode ser chamado hidrólise. Resposta: c FUVEST/ a FASE 2 ANGLO VESTIBULARES
3 Questão 2 A uma determinada temperatura, as substâncias HI, H 2 e I 2 estão no estado gasoso. A essa temperatura, o equilíbrio entre as três substâncias foi estudado, em recipientes fechados, partindo-se de uma mistura equimolar de H 2 e I 2 (experimento A) ou somente de HI (experimento B). Experimento A Experimento B H 2 + I 2 2HI Constante de equilíbrio = K 1 2HI H 2 + I 2 Constante de equilíbrio = K 2 Concentração HI H 2 + I 2 Concentração HI H 2 + I 2 t 1 Tempo t 1 Tempo Pela análise dos dois gráficos, pode-se concluir que a) no experimento A, ocorre diminuição da pressão total no interior do recipiente, até que o equilíbrio seja atingido. b) no experimento B, as concentrações das substâncias (HI, H 2 e I 2 ) são iguais no instante t 1. c) no experimento A, a velocidade de formação de HI aumenta com o tempo. d) no experimento B, a quantidade de matéria (em mols) de HI aumenta até que o equilíbrio seja atingido. e) no experimento A, o valor da constante de equilíbrio (K 1 ) é maior do que 1. Nota-se pelo gráfico fornecido para o experimento A que, quando a reação entra no estado de equilíbrio, há uma maior concentração de HI do que de H 2 e I 2. Como a equação química fornecida para esse experimento foi: [HI] H 2 + I 2 2HI, temos que K 1 = 2 [H 2 ] [I 2 ] Desse modo, conclui-se que: Resposta: e K 1 = [HI] 2 [H 2 ] [I 2 ] valor maior valor menor K 1 1 Questão 3 Quando certos metais são colocados em contato com soluções ácidas, pode haver formação de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, contendo resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições. Experimento Solução de HCl(aq) de concentração 0,2mol/L Reagentes Metal Tempo para liberar 30mL de H 2 Observações 1 200mL 1,0g de Zn (raspas) 30s Liberação de H 2 e calor 2 200mL 1,0g de Cu (fio) Não liberou H 2 Sem alterações 3 200mL 1,0g de Zn (pó) 18s 4 200mL 1,0g de Zn (raspas) + 1,0g de Cu (fio) 8s Liberação de H 2 e calor Liberação de H 2 e calor; massa de Cu não se alterou FUVEST/ a FASE 3 ANGLO VESTIBULARES
4 Após realizar esses experimentos, a estudante fez três afirmações: I. A velocidade da reação de Zn com ácido aumenta na presença de Cu. II. O aumento na concentração inicial do ácido causa o aumento da velocidade de liberação do gás H 2. III. Os resultados dos experimentos 1 e 3 mostram que, quanto maior o quociente superfície de contato/massa total de amostra de Zn, maior a velocidade de reação. Com os dados contidos na tabela, a estudante somente poderia concluir o que se afirma em a) I. d) I e III. b) II. e) II e III. c) I e II. Analisando os dados da tabela: I. Correta. Comparando os experimentos 1 e 4, nota-se que todos os parâmetros são iguais, exceto a presença de Cu 0 no experimento 4, justamente naquela em que a velocidade é maior. II. Falsa. Embora esta afirmação seja verdadeira, não é justificada pela tabela, pois a concentração de ácido é igual em todos os experimentos. III. Correta. Como a massa é igual em todos os experimentos, o quociente depende da superfície de contato (o pó reage mais rápido que as raspas). Resposta: d Questão 4 Um aluno estava analisando a Tabela Periódica e encontrou vários conjuntos de três elementos químicos que apresentavam propriedades semelhantes. Assinale a alternativa na qual os conjuntos de três elementos ou substâncias elementares estão corretamente associados às propriedades indicadas no quadro abaixo. Números atômicos consecutivos Reatividades semelhantes Mesmo estado físico à temperatura ambiente a) Pt, Au, Hg H 2, He, Li Cl 2, Br 2, I 2 b) Cl, Br, I O 2, F 2, Ne Ne, Ar, Kr c) Li, Na, K O 2, F 2, Ne Pt, Au, Hg d) Ne, Ar, Kr Mg, Ca, Sr Cl 2, Br 2, I 2 e) Pt, Au, Hg Li, Na, K Ne, Ar, Kr Números atômicos consecutivos: Pt, Au, Hg São elementos consecutivos em um mesmo período. Reatividade semelhante: Li, Na, K Pertencem ao mesmo grupo da tabela periódica (família dos metais alcalinos). Mesmo estado físico à temperatura ambiente: Ne, Ar, Kr Pertencem à família dos gases nobres, que são gases à temperatura ambiente. Resposta: e FUVEST/ a FASE 4 ANGLO VESTIBULARES
5 Questão 5 O craqueamento catalítico é um processo utilizado na indústria petroquímica para converter algumas frações do petróleo que são mais pesadas (isto é, constituídas por compostos de massa molar elevada) em frações mais leves, como a gasolina e o GLP, por exemplo. Nesse processo, algumas ligações químicas nas moléculas de grande massa molecular são rompidas, sendo geradas moléculas menores. A respeito desse processo, foram feitas as seguintes afirmações: I. O craqueamento é importante economicamente, pois converte frações mais pesadas de petróleo em compostos de grande demanda. II. O craqueamento libera grande quantidade de energia, proveniente da ruptura de ligações químicas nas moléculas de grande massa molecular. III. A presença de catalisador permite que as transformações químicas envolvidas no craqueamento ocorram mais rapidamente. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. c) I e III, apenas. e) I, II e III. b) II, apenas. d) II e III, apenas. I. Correta. A demanda comercial por gasolina e GLP, que contém hidrocarbonetos de 5 a 10 e de 3 a 4 carbonos, respectivamente, é maior que por hidrocarbonetos de grande número de átomos de carbono. II. Incorreta. A quebra de ligações químicas requer a absorção de energia. III. Correta. Um catalisador adequado diminui a energia de ativação de uma reação, aumentando sua velocidade. Resposta: c Questão 6 A porcentagem em massa de sais no sangue é de aproximadamente 0,9%. Em um experimento, alguns glóbulos vermelhos de uma amostra de sangue foram coletados e separados em três grupos. Foram preparadas três soluções, identificadas por X, Y e Z, cada qual com uma diferente concentração salina. A cada uma dessas soluções foi adicionado um grupo de glóbulos vermelhos. Para cada solução, acompanhou-se, ao longo do tempo, o volume de um glóbulo vermelho, como mostra o gráfico ao lado. Com base nos resultados desse experimento, é correto afirmar que a) a porcentagem em massa de sal, na solução Z, é menor do que 0,9%. b) a porcentagem em massa de sal é maior na solução Y do que na solução X. c) a solução Y e a água destilada são isotônicas. d) a solução X e o sangue são isotônicos. e) a adição de mais sal à solução Z fará com que ela e a solução X fiquem isotônicas. Volume do glóbulo vermelho solução X solução Y solução Z Tempo Dada um célula e seu ambiente aquoso: Ambiente célula % massa de sais = p p = 0,9% A osmose ocorre no sentido da solução mais diluída para a mais concentrada. Portanto: sentido da água na osmose volume da célula p 0,9% água entra na célula aumenta (solução X) p 0,9% água sai da célula diminui (solução Z) p = 0,9% há equilíbrio entre entrada e saída permanece constante (solução Y) A porcentagem em massa na solução Y é maior que a da solução X. Resposta: b FUVEST/ a FASE 5 ANGLO VESTIBULARES
6 Questão 7 A partir de considerações teóricas, foi feita uma estimativa do poder calorífico (isto é, da quantidade de calor liberada na combustão completa de 1kg de combustível) de grande número de hidrocarbonetos. Dessa maneira, foi obtido o seguinte gráfico de valores teóricos: quantidade de calor liberada na combustão completa (kcal/kg) massa de carbono/massa de hidrogênio na composição do hidrocarboneto Com base no gráfico, um hidrocarboneto que libera kcal/kg em sua combustão completa pode ser representado pela fórmula Dados: Massas molares (g/mol) C = 12,0 H = 1,00 a) CH 4 b) C 2 H 4 c) C 4 H 10 d) C 5 H 8 e) C 6 H 6 massa de carbono Pela análise do gráfico, pode-se determinar a relação associada à energia de kcal/kg massa de hidrogênio liberada na combustão do hidrocarboneto quantidade de calor liberada na combustão completa (kcal/kg) Como a relação massa de carbono/massa de hidrogênio na composição do hidrocarboneto massa de carbono massa de hidrogênio é igual a 6, o hidrocarboneto que possui essa relação é o C 2H 4. massa de carbono C 2 H 4 = , portanto, massa de hidrogênio = = 6 Resposta: b = = 24 4 FUVEST/ a FASE 6 ANGLO VESTIBULARES
7 Questão 8 Um funcionário de uma empresa ficou encarregado de remover resíduos de diferentes polímeros que estavam aderidos a diversas peças. Após alguma investigação, o funcionário classificou as peças em três grupos, conforme o polímero aderido a cada uma. As fórmulas estruturais de cada um desses polímeros são as seguintes: COOH O HO OH HO O CH 2 HO OO OH OHHO COOH O OH HO O CH 2 HO HO OO OH CH 2OO OH HO Polímero I CH 2 OO CH 2 HO OH OO OH HO CH 2 OO OH OH OH OH n CH 3 Polímero II CH 2 C CH CH 2 n Polímero III OH OH OH OH OH OH OH n Para remover os resíduos de polímero das peças, o funcionário dispunha de apenas dois solventes: água e n-hexano. O funcionário analisou as fórmulas estruturais dos três polímeros e procurou fazer a correspondência entre cada polímero e o solvente mais adequado para solubilizá-lo. A alternativa que representa corretamente essa correspondência é: Polímero I Polímero II Polímero III a) água n-hexano água b) n-hexano água n-hexano c) n-hexano água água d) água água n-hexano e) água n-hexano n-hexano Observando as estruturas dos polímeros I e III: COOH COOH O O Polímero I HO OH OH HO O CH HO O CH 2 2 HO HO OO HO OO Polímero III OH OH CH CH 2OO OH 2 OHHO HO OO CH 2 HO OO HO CH 2 n OO OH OH OH OH OH OH OH OH OH OH OH OH OH n Verifica-se a presença de grupos hidroxilas, que podem formar ligações de hidrogênio com a água, facilitando a solubilização desses polímeros. Já o polímero II é um hidrocarboneto (caráter apolar) que solubiliza no n-hexano (caráter apolar). CH Polímero II 3 Resposta: a CH 2 C CH CH 2 n FUVEST/ a FASE 7 ANGLO VESTIBULARES
8 Questão 9 Uma moeda antiga de cobre estava recoberta com uma camada de óxido de cobre (II). Para restaurar seu brilho original, a moeda foi aquecida ao mesmo tempo em que se passou sobre ela gás hidrogênio. Nesse processo, formou-se vapor de água e ocorreu a redução completa do cátion metálico. As massas da moeda, antes e depois do processo descrito, eram, respectivamente, 0,795g e 0,779g. Assim sendo, a porcentagem em massa do óxido de cobre (II) presente na moeda, antes do processo de restauração, era Dados: Massas molares (g/mol) H = 1,00 O = 16,0 Cu = 63,5 a) 2% b) 4% c) 8% d) 10% e) 16% Massa da moeda antes do processo de restauração = 0,795g. Massa da moeda depois do processo de restauração = 0,779g. Variação da massa da moeda = 0,016g. Sabendo que a reação que ocorre para restaurar a moeda é CuO + H 2 H 2 O + Cu, podemos afirmar que a variação de massa da moeda se deve ao oxigênio do CuO, que foi convertido em H 2 O. Logo, podemos fazer uma relação entre a massa de O (que é a variação da massa da moeda) e a massa de CuO presente inicialmente da moeda: 1mol O 1mol CuO 16g O 79,5g CuO x = 0,0795g CuO 0,016g O xg CuO Logo, a porcentagem de CuO presente na moeda é: % CuO = m CuO 100% = 0, % = 10% m moeda 0,795 Resposta: d Questão 10 O fitoplâncton consiste em um conjunto de organismos microscópicos encontrados em certos ambientes aquáticos. O desenvolvimento desses organismos requer luz e CO 2, para o processo de fotossíntese, e requer também nutrientes contendo os elementos nitrogênio e fósforo. Considere a tabela que mostra dados de ph e de concentrações de nitrato e de oxigênio dissolvidos na água, para amostras coletadas durante o dia, em dois diferentes pontos (A e B) e em duas épocas do ano (maio e novembro), na represa Billings, em São Paulo. ph Concentração de Concentração de nitrato (mg/l) oxigênio (mg/l) Ponto A (novembro) 9,8 0,14 6,5 Ponto B (novembro) 9,1 0,15 5,8 Ponto A (maio) 7,3 7,71 5,6 Ponto B (maio) 7,4 3,95 5,7 Com base nas informações da tabela e em seus próprios conhecimentos sobre o processo de fotossíntese, um pesquisador registrou três conclusões: I. Nessas amostras, existe uma forte correlação entre as concentrações de nitrato e de oxigênio dissolvidos na água. II. As amostras de água coletadas em novembro devem ter menos CO 2 dissolvido do que aquelas coletadas em maio. III. Se as coletas tivessem sido feitas à noite, o ph das quatro amostras de água seria mais baixo do que o observado. FUVEST/ a FASE 8 ANGLO VESTIBULARES
9 É correto o que o pesquisador concluiu em a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. A conclusão I está incorreta. Analisando a concentração de nitrato no mês de maio, verifica-se que no ponto A a concentração é quase duas vezes maior que em B, sem que haja uma mudança significativa na concentração de oxigênio. A conclusão II está correta. Em maio, o ph da água é menor, indicando uma maior concentração de CO 2, um óxido ácido: CO 2 (g) + H 2 O(l) H + (aq) + HCO 3 (aq) A conclusão III está correta. À noite, o fitoplâncton não realiza fotossíntese, e ocorre apenas a respiração, aumentando a concentração de CO 2 na água e, assim, o grau de acidez. Resposta: d Questão 11 Admite-se que as cenouras sejam originárias da região do atual Afeganistão, tendo sido levadas para outras partes do mundo por viajantes ou invasores. Com base em relatos escritos, pode-se dizer que as cenouras devem ter sido levadas à Europa no século XII e, às Américas, no início do século XVII. Em escritos anteriores ao século XVI, há referência apenas a cenouras de cor roxa, amarela ou vermelha. É possível que as cenouras de cor laranja sejam originárias dos Países Baixos, e que tenham sido desenvolvidas, inicialmente, à época do Príncipe de Orange ( ). No Brasil, são comuns apenas as cenouras laranja, cuja cor se deve à presença do pigmento betacaroteno, representado a seguir. H 3 C CH 3 CH 3 CH 3 H 3 C CH 3 CH 3 H 3 C H 3C CH 3 betacaroteno Com base no descrito acima, e considerando corretas as hipóteses ali aventadas, é possível afirmar que as cenouras de coloração laranja a) podem ter sido levadas à Europa pela Companhia das Índias Ocidentais e contêm um pigmento que é um polifenol insaturado. b) podem ter sido levadas à Europa por rotas comerciais norte-africanas e contêm um pigmento cuja molécula possui apenas duplas ligações cis. c) podem ter sido levadas à Europa pelos chineses e contêm um pigmento natural que é um poliéster saturado. d) podem ter sido trazidas ao Brasil pelos primeiros degredados e contêm um pigmento que é um polímero natural cujo monômero é o etileno. e) podem ter sido trazidas a Pernambuco durante a invasão holandesa e contêm um pigmento natural que é um hidrocarboneto insaturado. Analisando a fórmula estrutural do pigmento betacaroteno presente em cenouras laranjas, notam-se em suas moléculas apenas átomos de carbono e de hidrogênio (hidrocarboneto) e ligações duplas entre átomos de carbono (cadeia insaturada). De acordo com o texto, como foram originadas nos Países Baixos durante o século XVI, provavelmente foram trazidas a Pernambuco durante a invasão holandesa. Resposta: e FUVEST/ a FASE 9 ANGLO VESTIBULARES
10 Questão 12 Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros em Microbiologia. Para tornar estéril um meio de cultura, o qual poderia estar contaminado com agentes causadores de doenças, Pasteur mergulhava o recipiente que o continha em um banho de água aquecida à ebulição e à qual adicionava cloreto de sódio. Com a adição de cloreto de sódio, a temperatura de ebulição da água do banho, com relação à da água pura, era. O aquecimento do meio de cultura provocava. As lacunas podem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) maior; desnaturação das proteínas das bactérias presentes. b) menor; rompimento da membrana celular das bactérias presentes. c) a mesma; desnaturação das proteínas das bactérias. d) maior; rompimento da membrana celular dos vírus. e) menor; alterações no DNA dos vírus e das bactérias. A adição de cloreto de sódio (soluto não volátil) provoca um aumento da temperatura de ebulição da água. O aquecimento provoca a quebra de ligações causando desnaturação das proteínas. Resposta: a Questão Em um recipiente termicamente isolado e mantido a pressão 120 constante, são colocados 138g de etanol líquido. A seguir, o etanol é aquecido e sua temperatura T é medida como função da quantidade de calor Q a ele transferida. A partir do gráfico de T Q, apresentado na figura ao lado, pode-se determinar o calor específico molar para o estado líquido e o calor latente molar de vaporização do etanol como sendo, respectivamente, próximos de Note e adote: Fórmula do etanol: C 2 H 5 OH Massas molares: C(12g/mol), H(1g/mol), O(16g/mol) a) 0,12 kj/(molºc) e 36kJ/mol. b) 0,12 kj/(molºc) e 48kJ/mol. c) 0,21 kj/(molºc) e 36kJ/mol. d) 0,21 kj/(molºc) e 48kJ/mol. e) 0,35 kj/(molºc) e 110kJ/mol. T(ºC) Q(kJ) Há duas informações relevantes no enunciado: o etanol (C 2 H 5 OH) encontra-se, inicialmente, na fase líquida; a massa do etanol é de 138g. Como a questão pede o calor específico e o calor latente molares, calculamos o número de mols presentes na amostra: n = m M, em que M massa molar M = 2C + 6H + 1O M = M = 46g/mol n = 138 n = 3mols 46 I. Cálculo do calor específico molar c M (aquecimento na fase líquida): c M = M c Q I = m c ΔT Q I = m n c M c M ΔT Q I = n c M ΔT (I) M FUVEST/ a FASE 10 ANGLO VESTIBULARES
11 Do gráfico tem-se que: Q I = 35kJ ΔT = 100ºC ( 20ºC 80ºC) Substituindo em (I) 35 = 3 c M 100 c M = c M 0,12kJ/mol ºC T T(ºC) L VAPORIZAÇÃO Q(kJ) 145 II. Cálculo do calor latente molar (na vaporização) L M = L M Q II = m L Q II = m n L M L M QII = n L M (II) M Do gráfico tem-se: Q II 110kJ Substituindo em (II) 110 = 3 L M L M = Resposta: a L M = 36,7kJ/mol Questão 14 Compare as colisões de uma bola de vôlei e de uma bola de golfe com o tórax de uma pessoa, parada e em pé. A bola de vôlei, com massa de 270g, tem velocidade de 30m/s quando atinge a pessoa, e a de golfe, com 45g, tem velocidade de 60m/s ao atingir a mesma pessoa, nas mesmas condições. Considere ambas as colisões totalmente inelásticas. É correto apenas o que se afirma em: Note e adote: A massa da pessoa é muito maior que a massa das bolas. As colisões são frontais. O tempo de interação da bola de vôlei com o tórax da pessoa é o dobro do tempo de interação da bola de golfe. A área média de contato da bola de vôlei com o tórax é 10 vezes maior que a área média de contato da bola de golfe. a) Antes das colisões, a quantidade de movimento da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei. b) Antes das colisões, a energia cinética da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei. c) Após as colisões, a velocidade da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei. d) Durante as colisões, a força média exercida pela bola de golfe sobre o tórax da pessoa é maior que a exercida pela bola de vôlei. e) Durante as colisões, a pressão média exercida pela bola de golfe sobre o tórax da pessoa é maior que a exercida pela bola de vôlei. Nas duas colisões será admitido que a força média aplicada pelo tórax nas bolas é igual à resultante das forças sobre elas. Pelo princípio fundamental da Dinâmica: R golfe = F golfe = m golfe a M = 0, Δt golfe R vôlei = F vôlei = m vôlei a M = 0, Δt vôlei FUVEST/ a FASE 11 ANGLO VESTIBULARES
12 Como Δt vôlei = 2 Δt golfe e achando a razão entre as forças: F golfe F vôlei = 2 6 Δt vôlei Δt golfe F golfe F vôlei = 2 3 A pressão média na bola de golfe é: P golfe = F golfe A golfe Sendo a A golfe = 1 10 A vôlei, temos: P golfe = Resposta: e 2 3 F vôlei 1 10 A vôlei P golfe = 20 3 P vôlei Questão 15 No experimento descrito a seguir, dois corpos, feitos de um mesmo material, de densidade uniforme, um cilíndrico e o outro com forma de paralelepípedo, são colocados dentro de uma caixa, como ilustra a figura abaixo (vista de cima). Um feixe fino de raios X, com intensidade constante, produzido pelo gerador G, atravessa a caixa e atinge o detector D, colocado do outro lado. Gerador e detector estão acoplados e podem mover-se sobre um trilho. O conjunto Gerador-Detector é então lentamente deslocado ao longo da direção x, registrando-se a intensidade da radiação no detector, em função de x. A seguir, o conjunto Gerador-Detector é reposicionado, e as medidas são repetidas ao longo da direção y. D y G D G x As intensidades I detectadas ao longo das direções x e y são mais bem representadas por Note e adote: A absorção de raios X pelo material é, aproximadamente, proporcional à sua espessura, nas condições do experimento. a) I I d) I I x y x y b) I I e) I I x y x y c) I I x y FUVEST/ a FASE 12 ANGLO VESTIBULARES
13 D x 1 x 2 x 3 x 4 x 5 G x Ao longo do eixo x, entre as posições x 1 e x 2 há um aumento da espessura do obstáculo (cilindro), seguido de uma diminuição da espessura, entre x 2 e x 3. Com isso, temos uma diminuição da intensidade detectada, seguida de um aumento. Entre x 3 e x 4 não há obstáculo, portanto a absorção é máxima. Entre as posições x 4 e x 5 a espessura do obstáculo (paralelepípedo) é constante e maior que a do cilindro, resultando numa maior diminuição da intensidade detectada. O gráfico da intensidade em função da posição, que contempla essa situação, é o seguinte: I x G y y 5 y 4 y 3 y 2 y 1 D Entre as posições y 1 e y 2 a espessura do obstáculo (paralelogramo) é constante. Temos nesse trecho uma diminuição constante da intensidade detectada. Entre as posições y 2 e y 4 acrescenta-se o cilindro como obstáculo, sendo a espessura crescente até y 3 e decrescente até y 4. A intensidade absorvida, portanto, diminui de y 2 até y 3 e torna a aumentar de y 3 até y 4. Entre as posições y 4 e y 5 temos como obstáculo apenas o paralelogramo, tal como o trecho de y 1 a y 2. O gráfico de intensidade em função da posição no eixo y, que contempla essa situação é o seguinte: I Resposta: d y Questão 16 No circuito da figura abaixo, +5V + 2k 2k 4k 4k A B a diferença de potencial, em módulo, entre os pontos A e B é de a) 5V. d) 1V. b) 4V. e) 0V. c) 3V. 0V FUVEST/ a FASE 13 ANGLO VESTIBULARES
14 A figura a seguir representa o circuito dado e os nós pertinentes à análise pedida. +5V + M 2k 2k 4k 4k N Q A B P 0V Analisando a figura, podemos afirmar que: 1) V P = 0 2) Como os nós N, Q e B são ligados por curtos, seus potenciais elétricos são iguais (V N = V Q = V B ). 3) Sendo o ramo entre os nós M e A aberto, o potencial elétrico é o mesmo em todos os pontos (V M =V A ). Assim, podemos representar possíveis circuitos equivalentes da seguinte maneira: +5V + +5V + +5V + M A A 4k i 4k A N Q B B i 5k 2k 2k i 1k P P P 0V 0V 0V (figura 1) (figura 2) (figura 3) A partir da figura 3: U AP = R i 5 = i i = 1mA Utilizando a figura 2: U AB = R i = U AB = 4V Resposta: b FUVEST/ a FASE 14 ANGLO VESTIBULARES
15 Questão 17 Um raio proveniente de uma nuvem transportou para o solo uma carga de 10C sob uma diferença de potencial de 100 milhões de volts. A energia liberada por esse raio é Note e adote: 1J = kwh a) 30MWh. b) 3MWh. c) 300kWh. d) 30kWh. e) 3kWh. A energia liberada pelo raio (Δε) pode ser calculada como segue: U = Δε Δq Δε = U Δq em que U: ddp Δq: quantidade de carga 123 Fazendo-se as devidas substituições numéricas: Δε = Δε = 10 9 J Ou ainda, em kwh: Δε = Δε = 300kWh Resposta: c Questão 18 A extremidade de uma fibra ótica adquire o formato arredondado de uma microlente ao ser aquecida por um laser, acima da temperatura de fusão. A figura abaixo ilustra o formato da microlente para tempos de aquecimento crescentes (t 1 t 2 t 3 ). fibra ótica t 1 t 2 t 3 microlente Considere as afirmações: I. O raio de curvatura da microlente aumenta com tempos crescentes de aquecimento. II. A distância focal da microlente diminui com tempos crescentes de aquecimento. III. Para os tempos de aquecimento apresentados na figura, a microlente é convergente. Está correto apenas o que se afirma em Note e adote: A luz se propaga no interior da fibra ótica, da esquerda para a direita, paralelamente ao seu eixo. A fibra está imersa no ar e o índice de refração do seu material é 1,5. a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III. FUVEST/ a FASE 15 ANGLO VESTIBULARES
16 Inicialmente, pode-se considerar um feixe de luz cilíndrico que se propaga na fibra com direção paralela ao eixo da fibra óptica. Ao atingir a superfície de separação entre a fibra e o ar, a luz sofre refração, de acordo com o esquema abaixo: fibra ótica N d r i 1 1 C 1 R 1 f 1 d (+) ( ) Com o aumento da temperatura, a superfície de separação entre a fibra e o ar se torna mais curva. Sendo assim, o raio de curvatura diminui (R 2 R 1 ). Considerando-se o mesmo feixe de luz cilíndrico apresentado anteriormente, o ângulo de incidência aumenta (i 2 i 1 ), de acordo com o esquema a seguir: N fibra ótica d i 2 R 2 R 1 r 2 d C 2 f 2 (+) ( ) De acordo com os esquemas anteriores, pode-se destacar que: I. Incorreta. Com o passar do tempo, a face se torna mais curva e o raio de curvatura diminui. II. Correta. De acordo com a Lei de Snell, um aumento do ângulo de incidência ocasiona um aumento no ângulo de refração: seni senr = constante Sendo assim, r 2 r 1 e, consequentemente, a distância focal diminui (f 2 f 1 ). III. Correta. Como o feixe de luz converge ao sofrer refração, pode-se considerar a microlente um sistema convergente. Resposta: e Questão 19 A energia potencial elétrica U de duas partículas em função da distância r que as separa está representada no gráfico da figura abaixo. 6 U (10 18 J) r (10 10 m) FUVEST/ a FASE 16 ANGLO VESTIBULARES
17 Uma das partículas está fixa em uma posição, enquanto a outra se move apenas devido à força elétrica de interação entre elas. Quando a distância entre as partículas varia de r i = m a r f = m, a energia cinética da partícula em movimento a) diminui J. b) aumenta J. c) diminui J. d) aumenta J. e) não se altera. Do enunciado, trata-se de um sistema conservativo, já que a única força que atua na partícula em movimento é uma força conservativa (força elétrica). Logo: ε i mec = ε f mec ε i p + ε i c = ε f p + ε if c ε if c ε i c = ε i p ε f p Δε c = ε i p ε f p 6 U(10 18 J) POSIÇÃO INICIAL (U i ) POSIÇÃO FINAL (U f ) r(10 10 m) A partir do gráfico, tem-se: εp i = U i = J ε f p = U f = J Assim, Δε c = = J aumento de energia cinética Resposta: d Questão 20 Uma flauta andina, ou flauta de pã, é constituída por uma série de tubos de madeira, de comprimentos diferentes, atados uns aos outros por fios vegetais. As extremidades inferiores dos tubos são fechadas. A frequência fundamental de ressonância em tubos desse tipo corresponde ao comprimento de onda igual a 4 vezes o comprimento do tubo. Em uma dessas flautas, os comprimentos dos tubos correspondentes, respectivamente, às notas Mi (660Hz) e Lá (220Hz) são, aproximadamente, Note e adote: A velocidade do som no ar é igual a 330m/s. a) 6,6cm e 2,2cm. b) 22cm e 5,4cm. c) 12cm e 37cm. d) 50cm e 1,5m. e) 50cm e 16cm. FUVEST/ a FASE 17 ANGLO VESTIBULARES
18 Em um tubo sonoro com uma extremidade fechada, a representação do harmônico fundamental da onda de deslocamento é dada por: L = 4 = 4L Aplicando-se a equação fundamental da ondulatória: v = λ f v = 4L f L = v 4f Substituindo-se os valores para cada nota: 330 Mi: L = L = 0,125m = 12,5cm 330 Lá: L = L = 0,375m = 37,5cm Resposta: c Questão 21 O pêndulo de um relógio é constituído por uma haste rígida com um disco de metal preso em uma de suas extremidades. O disco oscila entre as posições A e C, enquanto a outra extremidade da haste permanece imóvel no ponto P. A figura abaixo ilustra o sistema. P g A C A força resultante que atua no disco quando ele passa por B, com a haste na direção vertical, é Note e adote: g é a aceleração local da gravidade. a) nula. b) vertical, com sentido para cima. c) vertical, com sentido para baixo. d) horizontal, com sentido para a direita. e) horizontal, com sentido para a esquerda. B No trecho AB o movimento é acelerado, portanto a aceleração tangencial é a favor da velocidade. Por outro lado, no trecho BC o movimento é retardado, portanto a aceleração tangencial é contra a velocidade. O ponto B é onde ocorre a inversão do sentido da aceleração tangencial, logo nesse ponto ela é nula. No ponto B, então, a aceleração do corpo é centrípeta, apontando para o centro do movimento, ou seja, o ponto P. Como, pelo princípio fundamental da dinâmica, a resultante tem mesma direção e sentido que a aceleração, ela é vertical e para cima. Resposta: b FUVEST/ a FASE 18 ANGLO VESTIBULARES
19 Questão 22 Um fóton, com quantidade de movimento na direção e sentido do eixo x, colide com um elétron em repouso. Depois da colisão, o elétron passa a se mover com quantidade de movimento p e, no plano xy, como ilustra a figura abaixo. y p e x Dos vetores p f abaixo, o único que poderia representar a direção e sentido da quantidade de movimento do fóton, após a colisão, é Note e adote: O princípio da conservação da quantidade de movimento é válido também para a interação entre fótons e elétrons. a) p f y x b) y p f x c) y p f x d) y x p f e) y p f x A quantidade de movimento inicial do sistema é um vetor horizontal e para a direita. Como ela se conserva na interação, a quantidade de movimento final também é horizontal e para a direita. A quantidade de movimento final ( p) é dada pela soma das quantidades de movimento do fóton ( p f ) e do elétron ( p e ): p = pf + p e Entre as opções fornecidas, a única alternativa que indica p f de forma que a soma acima possa ser horizontal para a direita é aquela apresentada na alternativa a. Resposta: a FUVEST/ a FASE 19 ANGLO VESTIBULARES
20 Questão 23 Uma das primeiras estimativas do raio da Terra é atribuída a Eratóstenes, estudioso grego que viveu, aproximadamente, entre 275 a.c. e 195 a.c. Sabendo que em Assuã, cidade localizada no sul do Egito, ao meio dia do solstício de verão, um bastão vertical não apresentava sombra, Eratóstenes decidiu investigar o que ocorreria, nas mesmas condições, em Alexandria, cidade no norte do Egito. O estudioso observou que, em Alexandria, ao meio dia do solstício de verão, um bastão vertical apresentava sombra e determinou o ângulo θ entre as direções do bastão e de incidência dos raios de sol. O valor do raio da Terra, obtido a partir de θ e da distância entre Alexandria e Assuã foi de, aproximadamente, 7500km. Raios de sol Alexandria Assuã O mês em que foram realizadas as observações e o valor aproximado de θ são Note e adote: Distância estimada por Eratóstenes entre Assuã e Alexandria 900km. π = 3 a) junho; 7º. b) dezembro; 7º. c) junho; 23º. d) dezembro; 23º. e) junho; 0,3º. Para a resolução desta questão, o enunciado apresenta o seguinte esquema: Raios de sol Assuã l Alexandria R T R T Terra Note que a medida do ângulo central também é θ, uma vez que os raios do sol são paralelos entre si. Sendo dados l 900km e R T 7500km, pode-se obter a medida θ diretamente da definição de radiado, como segue: θ = l = 900km = 0,12rad = 7,2º R T 7500km Sabendo que o solstício de verão no Hemisfério Norte, onde se localiza Alexandria, ocorre em junho, a resposta correta corresponde à alternativa a. Resposta: a FUVEST/ a FASE 20 ANGLO VESTIBULARES
21 Questão 24 Vinte times de futebol disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, sendo seis deles paulistas. Cada time joga duas vezes contra cada um dos seus adversários. A porcentagem de jogos nos quais os dois oponentes são paulistas é a) menor que 7%. b) maior que 7%, mas menor que 10%. c) maior que 10%, mas menor que 13%. d) maior que 13%, mas menor que 16%. e) maior que 16% Número total de jogos: 2 = Número de jogos entre times paulistas: = 30. A porcentagem de jogos envolvendo dois times paulistas é: % 7,9% 380 Resposta: b Questão 25 São dados, no plano cartesiano, o ponto P de coordenadas (3, 6) e a circunferência C de equação (x 1) 2 + (y 2) 2 = 1. Uma reta t passa por P e é tangente a C em um ponto Q. Então a distância de P a Q é a) 15 b) 17 c) 18 d) 19 e) 20 A circunferência C tem centro O = (1, 2) e raio 1. Assim, temos a figura: Q C 1 O (1, 2) P (3, 6) OP = (3 1) 2 + (6 2) 2 OP = 20 Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo OPQ, vem: (PQ) = ( 20) 2 PQ = 19 Resposta: d FUVEST/ a FASE 21 ANGLO VESTIBULARES
22 Questão 26 Os vértices de um tetraedro regular são também vértices de um cubo de aresta 2. A área de uma face desse tetraedro é a) 2 3 b) 4 c) 3 2 d) 3 3 e) 6 As seis arestas de um tetraedro regular são congruentes. Assim, os quatro vértices do cubo que são também vértices do tetraedro regular devem ser, dois a dois, vértices opostos de uma mesma face. Então, temos a figura, em que ABC é uma das faces do tetraedro regular ABCD. B A D Como AB, AC e BC são diagonais de quadrados de lado 2, AB = AC = BC = 2 2. Logo, a área S do triângulo equilátero ABC é tal que: S = (2 2)2 3 4 S = 2 3 Resposta: a C Questão 27 As propriedades aritméticas e as relativas à noção de ordem desempenham um importante papel no estudo dos números reais. Nesse contexto, qual das afirmações abaixo é correta? a) Quaisquer que sejam os números reais positivos a e b, é verdadeiro que a + b = a + b. b) Quaisquer que sejam os números reais a e b tais que a 2 b 2 = 0, é verdadeiro que a = b. c) Qualquer que seja o número real a, é verdadeiro que a 2 = a. d) Quaisquer que sejam os números reais a e b não nulos tais que a b, é verdadeiro que 1 b 1 a. e) Qualquer que seja o número real a, com 0 a 1, é verdadeiro que a 2 a. Do enunciado sabemos, que: (1) 0 a 1 (2) 0 a a a 1 a (3) 0 a 2 a (4) 0 a 2 a (5) 0 a a (6) 0 a a Logo, de (3) e (6), temos: a 2 a Resposta: e FUVEST/ a FASE 22 ANGLO VESTIBULARES
23 Questão 28 Sejam α e β números reais com π 2 α π e 0 β π. Se o sistema de equações, dado em notação matricial, 2 for satisfeito, então α + β é igual a tgα cosβ = 0 2 3, a) π 3 b) π 6 c) 0 d) π 6 e) π 3 Do enunciado, temos o sistema: 123 3tgα + 6cosβ = 0 6tgα + 8cosβ = 2 3 Multiplicando a primeira equação por ( 2) e somando-a à segunda, temos: 4cosβ = 2 3 cosβ = 3 2 Substituindo esse valor na primeira equação: 3tgα = 0 tgα = 3 2 Como π 2 α π 2, α = π 3 Como 0 β π, β = π 6 Assim: α + β = π 6 Resposta: b Questão 29 Quando se divide o Produto Interno Bruto (PIB) de um país pela sua população, obtém-se a renda per capita desse país. Suponha que a população de um país cresça à taxa constante de 2% ao ano. Para que sua renda per capita dobre em 20 anos, o PIB deve crescer anualmente à taxa constante de, aproximadamente, Dado: ,035. a) 4,2% b) 5,6% c) 6,4% d) 7,5% e) 8,9% FUVEST/ a FASE 23 ANGLO VESTIBULARES
24 Sendo: PIB 0 : o PIB em certo ano; P 0 : a população em certo ano; PCap 0 : a renda per capita em certo ano; e t% a taxa anual de crescimento do PIB, após 20 anos, temos: PIB 0 2 PCap 0 ( 1 + t 100) 20 = P 0 (1,02) 20 Assim: ( 1 t + 100) 20 2 PIB 0 = PIB 0 P 0 P 0 (1,02) 20 ( t ) 20 = 2 (1,02) 20 t = ,02 t ,056 t 5,6 ou seja, 5,6% ao ano. Resposta: b Questão 30 O mapa de uma região utiliza a escala de 1: A porção desse mapa, contendo uma Área de Preservação Permanente (APP), está representada na figura, na qual AF e DF são segmentos de reta, o ponto G está no segmento AF, o ponto E está no segmento DF, ABEG é um retângulo e BCDE é um trapézio. A G F B E Obs: Figura ilustrativa, sem escala. Se AF = 15, AG = 12, AB = 6, CD = 3 e DF = 5 5 indicam valores em centímetros no mapa real, então a área da APP é a) 100km 2 b) 108km 2 c) 210km 2 d) 240km 2 e) 444km 2 C D FUVEST/ a FASE 24 ANGLO VESTIBULARES
25 De acordo com a escala, em km, temos: A H G 6 F DF = 10 5 km B 24 E C 6 D No triângulo FGE, temos: (EF) 2 = EF = 6 5 Na figura acima, ΔFHD ΔFGE, assim: EF DF = 12 HD = 12 HD HD = 20 Nessas condições, a área pedida é dada pela soma das áreas dos trapézios AFEB e BEDC, ou seja, ( ) 12 2 Logo, a área é 444km 2. Resposta: e + (24 + 6) (20 12) 2 = = 444 Questão 31 Seja f uma função a valores reais, com domínio D IR, tal que f(x) = log 10 (log 1/3 (x 2 x + 1)), para todo x D. y a 1 y 0 a 1 1 x 1 x Gráficos da função logarítmica de base a. O conjunto que pode ser o domínio D é a) {x IR; 0 x 1} b) {x IR; x 0 ou x 1} c) x IR; 1 3 x 10 d) 123 x IR; x ou x 10 e) 123 x IR; 1 9 x FUVEST/ a FASE 25 ANGLO VESTIBULARES
26 Para que f(x) = log 10 (log 1/3 (x 2 x + 1)) esteja definida, devemos ter: 123 x 2 x (1) log 1/3 (x 2 x + 1) 0 (2) (1) x 2 x Δ = 1 4 = (2) log 1/3 (x 2 x + 1) 0 log 1/3 (x 2 x + 1) log 1/3 1 x 2 x x 2 x x Fazendo (1) (2), vem: 0 x 1 Logo, D = {x IR; 0 x 1} Resposta: a x Questão 32 O imposto de renda devido por uma pessoa física à Receita Federal é função da chamada base de cálculo, que se calcula subtraindo o valor das deduções do valor dos rendimentos tributáveis. O gráfico dessa função, representado na figura, é a união dos segmentos de reta OA, AB, BC, CD e da semirreta DE. João preparou sua declaração tendo apurado como base de cálculo o valor de R$43.800,00. Pouco antes de enviar a declaração, ele encontrou um documento esquecido numa gaveta que comprovava uma renda tributável adicional de R$1.000,00. imposto devido em reais ,50 E 4.237,50 D 2.100,00 675,00 O A ,00 B ,00 C , , ,00 base de cálculo em reais Ao corrigir a declaração, informando essa renda adicional, o valor do imposto devido será acrescido de a) R$100,00 b) R$ 200,00 c) R$ 225,00 d) R$ 450,00 e) R$ 600,00 FUVEST/ a FASE 26 ANGLO VESTIBULARES
27 Seja a o valor, em reais, a ser acrescido. D a 2.137, C a 2137,50 = a = 225 Resposta: c Questão 33 Um caminhão sobe uma ladeira com inclinação de 15º. A diferença entre a altura final e a altura inicial de um ponto determinado do caminhão, depois de percorridos 100m da ladeira, será de, aproximadamente, Dados: 3 1,73 a) 7m b) 26m c) 40m d) 52m e) 67m sen 2 ( θ 2) = 1 cosθ 2 Sendo x a diferença entre as alturas: 15º 100 x sen15º = x 100 E ainda, sen 2 15º = 1 cos30º 2 sen 2 15º = sen15º = 2 3 sen15º 0, Assim: x 100 = 0,27 2 x = 50 0,27 26 (metros) Resposta: b FUVEST/ a FASE 27 ANGLO VESTIBULARES
28 Questão 34 A tabela informa a extensão territorial e a população de cada uma das regiões do Brasil, segundo o IBGE. Região Extensão Territorial (km 2 ) População (habitantes) Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul IBGE: Sinopse do Censo Demográfico 2010 e Brasil em números, Sabendo que a extensão territorial do Brasil é de, aproximadamente, 8,5 milhões de km 2, é correto afirmar que a a) densidade demográfica da região sudeste é de, aproximadamente, 87 habitantes por km 2. b) região norte corresponde a cerca de 30% do território nacional. c) região sul é a que tem a maior densidade demográfica. d) região centro-oeste corresponde a cerca de 40% do território nacional. e) densidade demográfica da região nordeste é de, aproximadamente, 20 habitantes por km 2. Sendo densidade demográfica a razão entre o número de habitantes e a área territorial, temos, para a Região Sudeste, 87 habitantes por km Resposta: a Questão 35 Membrana plasmática A figura ao lado representa uma célula de uma planta jovem. Considere duas situações: 1) a célula mergulhada numa solução hipertônica; 2) a célula mergulhada numa solução hipotônica. Dentre as figuras numeradas de I a III, quais representam o aspecto da célula, respectivamente, nas situações 1 e 2? Parede celular Vacúolo central Núcleo a) I e II. b) I e III. c) II e I. d) III e I. e) III e II. I II III A célula vegetal mergulhada numa solução hipertônica perde água por osmose, adquirindo o aspecto apresentado na figura III (célula plasmolisada). Mergulhada numa solução hipotônica, ganha água por osmose, tornando-se túrgida, como representado na figura I. Resposta: d FUVEST/ a FASE 28 ANGLO VESTIBULARES
29 Questão 36 Na figura abaixo, está representado o ciclo celular. Na fase S, ocorre síntese de DNA; na fase M, ocorre a mitose e, dela, resultam novas células, indicadas no esquema pelas letras C. C C M G 2 Divisão Mitose G 1 S Interfase Considerando que, em G1, existe um par de alelos Bb, quantos representantes de cada alelo existirão ao final de S e de G2 e em cada C? a) 4, 4 e 4. b) 4, 4 e 2. c) 4, 2 e 1. d) 2, 2 e 2. e) 2, 2 e 1. Na fase S, ocorre duplicação do DNA, sendo assim, cada gene será duplicado, havendo duas cópias de cada alelo; essa situação é mantida em G2. Em C, como consequência da mitose divisão equacional, cada célula terá apenas um representante de cada alelo. Resposta: e Questão 37 A forma do lobo da orelha, solto ou preso, é determinada geneticamente por um par de alelos. I 1 2 Lobo da orelha solto: homem: mulher: 123 II Lobo da orelha preso: homem: mulher: 123 III O heredograma mostra que a característica lobo da orelha solto NÃO pode ter herança a) autossômica recessiva, porque o casal I-1 e I-2 tem um filho e uma filha com lobos das orelhas soltos. b) autossômica recessiva, porque o casal II-4 e II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos das orelhas presos. c) autossômica dominante, porque o casal II-4 e II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos das orelhas presos. d) ligada ao X recessiva, porque o casal II-1 e II-2 tem uma filha com lobo da orelha preso. e) ligada ao X dominante, porque o casal II-4 e II-5 tem dois filhos homens com lobos das orelhas presos FUVEST/ a FASE 29 ANGLO VESTIBULARES
30 O casal II-4 e II-5 é fenotipicamente igual (lobo solto) e gerou filhos (III-6, III-7, III-8) com fenótipos diferentes (lobo preso). Conclui-se que o caráter lobo da orelha solto é dominante e autossômico, pois se fosse um caráter ligado ao sexo, o descendente III-6 teria, obrigatoriamente, lobo solto. Resposta: b Questão 38 A lei 7678 de 1988 define que vinho é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto simples de uva sã, fresca e madura. Na produção de vinho, são utilizadas leveduras anaeróbicas facultativas. Os pequenos produtores adicionam essas leveduras ao mosto (uvas esmagadas, suco e cascas) com os tanques abertos, para que elas se reproduzam mais rapidamente. Posteriormente, os tanques são hermeticamente fechados. Nessas condições, pode-se afirmar, corretamente, que a) o vinho se forma somente após o fechamento dos tanques, pois, na fase anterior, os produtos da ação das leveduras são a água e o gás carbônico. b) o vinho começa a ser formado já com os tanques abertos, pois o produto da ação das leveduras, nessa fase, é utilizado depois como substrato para a fermentação. c) a fermentação ocorre principalmente durante a reprodução das leveduras, pois esses organismos necessitam de grande aporte de energia para sua multiplicação. d) a fermentação só é possível se, antes, houver um processo de respiração aeróbica que forneça energia para as etapas posteriores, que são anaeróbicas. e) o vinho se forma somente quando os tanques voltam a ser abertos, após a fermentação se completar, para que as leveduras realizem respiração aeróbica. As leveduras são anaeróbicas facultativas, ou seja, respiram em presença de oxigênio e fermentam na ausência desse gás. A produção de álcool etílico, presente no vinho, depende, portanto, de fermentação, processo que ocorre no tanque fechado. Resposta: a Questão 39 Nos mamíferos, o tamanho do coração é proporcional ao tamanho do corpo e corresponde a aproximadamente 0,6% da massa corporal. O gráfico abaixo mostra a relação entre a frequência cardíaca e a massa corporal de vários mamíferos. Batimentos cardíacos / min Massa corporal (g) Baseado em Schmidt Nielsen, K Fisiologia Animal. O quadro abaixo traz uma relação de mamíferos e o resultado da pesagem de indivíduos adultos. Animal Massa corporal (g) Cuíca 30 Sagui 276 Gambá Bugio Capivara Fauna silvestre Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, SP, FUVEST/ a FASE 30 ANGLO VESTIBULARES
31 Considerando esse conjunto de informações, analise as afirmações seguintes: I. No intervalo de um minuto, a cuíca tem mais batimentos cardíacos do que a capivara. II. A frequência cardíaca do gambá é maior do que a do bugio e menor do que a do sagui. III. Animais com coração maior têm frequência cardíaca maior. Está correto apenas o que se afirma em a) I. d) I e II. b) II. e) II e III. c) III. O gráfico mostra claramente que, quanto maior a massa corporal do animal, menor será sua frequência cardíaca. Isso justifica as afirmações contidas nos itens I e II, mas contradiz o que se afirma no item III. Resposta: d Questão 40 Frequentemente, os fungos são estudados juntamente com as plantas, na área da Botânica. Em termos biológicos, é correto afirmar que essa aproximação a) não se justifica, pois a organização dos tecidos nos fungos assemelha-se muito mais à dos animais que à das plantas. b) se justifica, pois as células dos fungos têm o mesmo tipo de revestimento que as células vegetais. c) não se justifica, pois a forma de obtenção e armazenamento de energia nos fungos é diferente da encontrada nas plantas. d) se justifica, pois os fungos possuem as mesmas organelas celulares que as plantas. e) se justifica, pois os fungos e as algas verdes têm o mesmo mecanismo de reprodução. Fungos são heterótrofos e armazenam glicogênio, enquanto as plantas são autótrofas e armazenam amido. Observação: Com relação à alternativa e, é importante lembrar que algas verdes não são classificadas como plantas. Resposta: c Questão 41 Cordados A figura ao lado representa uma hipótese das relações evolutivas entre alguns grupos animais. De acordo com essa hipótese, a classificação dos animais em Vertebrados e Invertebrados a) está justificada, pois há um ancestral comum para todos os vertebrados e outro diferente para todos os invertebrados. b) não está justificada, pois separa um grupo que reúne vários filos de outro que é apenas parte de um filo. c) está justificada, pois a denominação de Vertebrado pode ser considerada como sinônima de Cordado. d) não está justificada, pois, evolutivamente, os vertebrados estão igualmente distantes de todos os invertebrados. e) está justificada, pois separa um grupo que possui muitos filos com poucos representantes de outro com poucos filos e muitos representantes. Equinodermos Artrópodes Nematódeos Anelídeos Moluscos Cnidários Poríferos Baseado em Tree of Life Web Project, Todos os filos citados possuem representantes invertebrados. No entanto, o filo dos Cordados contém o subfilo dos Vertebrados. Resposta: b FUVEST/ a FASE 31 ANGLO VESTIBULARES
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