Relatoria. Saúde Mental na Rede de Atenção: Como a RAPS se organiza? Aparecida Moreira Paulossi da Silva Coordenadora Saúde Mental Maringá PR.
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1 Relatoria Saúde Mental na Rede de Atenção: Como a RAPS se organiza? Coordenadora da mesa: Aparecida Moreira Paulossi da Silva Coordenadora Saúde Mental Maringá PR. Palestrantes convidados: Stellanaris Pinheiro Coordenação Saúde Mental de São Bernardo do Campo São Paulo. Cibele Neder Área Técnica de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde Mental São Paulo. Rita Acioli Coordenadora Saúde Mental de Caruaru Pernambuco. Armando Raji, secretario de saúde do município de Sorocaba. A coordenadora da mesa Aparecida, inicia a mesa redonda agradecendo a presença de todos e passando a palavra Essa mesa redonda tem por objetivo promover uma reflexão sobre a Saúde Mental na Rede de Atenção à Saúde e discutir a organização da Rede de Atenção Psicossocial e seus componentes no contexto da Região de Saúde. Tem início a mesa redonda com a palestrante Fernanda Nicasso, coordenadora adjunta de Saúde Mental do ministério da Saúde, apresentando a temática Rede de Atenção Psicossocial, apresentando alguns desafios para implantação e desenvolvimento da Rede de Atenção. Os principais desafios presentes são a política nacional de saúde metal, álcool e outras drogas do SUS, orientada pelas diretrizes da reforma psiquiátrica, a Lei 10216/2001 aponta a nova institucionalidade para a política pública. O primeiro desafio é efetivar o direto ao cuidado de base comunitária/territorial, garantindo o acesso ampliando os pontos de atenção, deve ser pensando como garantir o acesso e outras formas de atenção. Alguns dados apontam uma ampliação dos serviços oferecidos, alguns serviços ainda apresentam pontos de insuficiência para a demanda, em particular o CAPS III, CAPS AD, CAPS IJ, Unidades de acolhimento adulto e Infanto-juvenil. Afirmação da lógica de serviços territoriais e de cuidado comunitário a partir das necessidades das pessoas, redução dos parâmetros populacionais para a implantação e desenvolvimento de CAPS.
2 Leitos em Hospitais gerais saúde mental e não mais leitos psiquiátricos, ainda em processo de mudança. A palestrante apresenta um mapa com a distribuição do CAPS no Brasil, apesar das fragilidades dos serviços, podemos perceber um aumento da cobertura. Como garantia de acesso, diz como criar condições para que os serviços sejam eminentemente territórios. Responsabilidade territorial definida. A sustentabilidade da RAPS, financiamento aumento dos custeios de CAPS: 2012 passam a ter um custeio fixo, possibilitando alguns municípios a terem o serviço terapêutico. A questão do financiamento segue sendo uma questão central, o financiamento da RAPS, tem sido um recurso do nível municipal e federal, Uma questão importante é o co-financiamento em nível estadual, como por exemplo, a Rio Grande do Sul. Outra questão importante para a garantia do acesso e do próprio espaço físico para a implantação dos serviços, no ano de 2013 o Ministério da Saúde inicia um financiamento para a construção de CAPS, mesmo ainda sendo insuficiente para a demanda proposta, tendo que ocorrer uma ampliação do financiamento. Em questão a garantia do cuidado alguns pontos chamam atenção no campo de álcool e outras drogas e infância e juventude: a inserção e/ou priorização tardia, que trás uma realidade atual, apesar do crescimento do serviço, ainda temos alguns vazios assistências, existe ainda uma fragilidade nesse campo. A política para saúde mental voltadas para essas pessoas seriam diferentes diretrizes da reforma psiquiátrica. Programa Crack, tendo como eixo o cuidado, promovendo uma ampliação da RAPS e da rede de assistência social em parceria UNODC: prevenção em ambientes escolares. A saúde mental da infância e juventude tem uma inserção tardia na política do SUS. Armando Raji, secretario de saúde do município de Sorocaba, apresentando à temática desistitucionalização. Inicia sua fala dizendo que o município de Sorocaba apresenta a maior concentração de hospitais psiquiátricos, mais de 2000 moradores,cabendo assim ao município administrar e encerrar alguns hospitais. O hospital Vera Cruz, administrado prefeitura do município, por meio de mandado judicial. O hospital Vera Cruz é chamado polo de desinstitucionalização, onde ocorre o encontro de vários setores. Desde o início do ano o Instituto é o responsável
3 pela administração, desde já, houve uma implantação de residências terapêuticas, mobilizando assim a Rede de Saúde Mental. O principio da Territorialização, afirma que a reforma psiquiátrica nunca adentro o município, existem unidades de saúde convencionais que atendem as demandas. Cibele apresentando o Programa de Braços Abertos Rede de Atenção psicossocial, inicia sua fala apresentando o município de São Paulo, informando a distribuição dos serviços de saúde mental, afirmando que existe grandes diferenças de um local para o outro. Acredita que com a consolidação dos preceitos da Reforma Psiquiátrica seja com as construções de novos meios de assistência ao usuário. A palestrante apresenta um vídeo com a temática de Braços Abertos, programa do estado de São Paulo. O programa conta com 186 profissionais da área da saúde, distribuídos em diversas áreas de assistência, além do fornecer fontes de remuneração, alimentação e estudos para a inclusão dessas pessoas.divididos em grupos de três e quatros pessoas, em uma determinada área de trabalho (jardinagem, limpeza pública), caso algum profissional não compareça, a equipe vai atrás para saber os motivos da ausência. A Implementação de um novo equipamento na Rua Helvetia como Ponto de Apoio, estrategicamente onde era localizada a Crakolândia. A adesão do programa foi muito significativa, desde o inicio em Janeiro, mais de 60% já aderiram alguns tratamento em saúde, muitos deles voltaram para suas casas, reforçando o vinculo familiar. O estudo revelou a preocupação com a saúde da mulher, com base nos dados, é preocupante o número de violência contra as mulheres, além do alto índice de DTS, com base nos dados, a equipe do programa fez a inclusão de um médico ginecologista. Dentro da política de enfrentamento das Drogas, o município tem a proposta de fortalecer a rede de assistência. Apresenta como proposta a ampliação do número de CAPS para atender o aumento do número da demanda de usuários.
4 A palestrante Rita Acioli, iniciou sua fala, expondo uma situação vivida por seu município, dizendo que, Caruaru apresenta uma característica diferente dos municípios apresentados, tendo apenas um hospital psiquiátrico, divergindo das características clinicas dos pacientes. Além do processo de aceleração para o fechamento do hospital, menos de 2 meses para o fechamento de 120 leitos, sendo 10% moradores, tendo assim a preocupação com o que fazer com os pacientes, qual a nova formar de prestar assistência a esses pacientes. Caruacu tem aproximadamente 319 mil habitantes, tendo apenas um CAPS II, convertido de acordo com a necessidade para CAPSIII. Para o porte do município a necessidade era de 14 leitos, porém, o hospital não suportava o número da demanda, ocorreu uma sensibilização em diversas áreas, como exemplo o SAMU, para auxiliar em alguns casos. A imprensa foi bastante rigorosa quando as decisões tomadas pela secretaria de saúde da região. A rede de atenção básica, com 44 unidades de saúde, 04 equipes do NASF, consultórios da ria tipo III (pactuado, ainda não implantado), Centro de Convivência (pactuado, ainda não implantado), Centros de saúde, se transformando em ESF. Sobre a atenção Psicossocial especializada, 01 CAPS III, 01 CAPS II, CAPSi ( ainda não tem implantado), Unidades de atenção psicossocial (ambulatório) 06 psicólogos, 10 psiquiatras e 1 assistente social. Rede de Urgência, contando com SAMU e 01 UPA. Atenção residencial de caráter transitório, UAA e UAIJ. Atenção Hospitalar 07 leitos no Hospital Manoel Afonso. Estratégias de Desinstitucionalização. As portas de entrada de acordo o que é comum a todos. Agradeceu a todos os componentes da mesa pela oportunidade, bem como, todos os congressistas presentes no evento. A palestrante Stellanaris Pinheiro Coordenação Saúde Mental de São Bernardo do Campo São Paulo, inicia sua fala, contando dos desafios de Transformar saberes, práticas, relações, cultura: construindo o cuidado no campo da saúde mental. Inicia sua fala falando sobre a reforma psiquiátrica e as políticas de governo e as voltadas para saúde mental, álcool, crack e outras drogas. Desafios apresentados como Cuidado Asilar, agendamento, pontual, ato individual, institucional, procedimentos generalizados, prescritos, abstinência forçada. Cuidados Substitutivos, pautado no acolhimento RT, ato coletivo, territorial, PTS, trabalha com a redução de danos.
5 As instituições estão em constantes transformações, não sendo um espaço de doença, de aspecto territorial. SBC (São Bernardo do Campo): 3 CAPS, 1 CAPSi, 2 CAPS AD, 1 CAPS Adi/ 3 ainda previstos. As residências terapêuticas, garantia do direito à vida em comunidade; além da indenização pelos nãos de reclusão; quanto menos instituições melhor; casa espaço de pertencimento e poder. As unidades de acolhimento, casa provisória; recurso terapêutico do CAPS AD; usuário vulnerável com demanda de moradia; SBC = 2 repúblicas, 3 previstas. Consultório de Rua, direito a viver na rua, estar na rua, sair da rua, não ser arrancado da rua e ser acompanhado na rua. Movimento nacional da população em Situação de rua. Núcleo de Trabalho e Arte, direito de cidadania, valor econômico, valor social, identidade social, produção de subjetividade, exercício de solidariedade, autonomia e transformação social. Projetos: pastelaria e lanchonete Q Sabor, confecção de bolsas e sacolas, customização de camisetas, artesanato, oficina de móveis, difusora de design. Apoio: Horta, revista digital. Cursos: palhaços, culinária, corte e costura, remando para vida. A palestrante apresentou algumas fotos os projetos desenvolvidos, bem como, dos usuários do sistema, informou também, que teve autorização dos usuários para a exibição das fotos apresentadas, com o término de seu tempo, encerrou sua fala agradecendo a atenção de todos os congressistas presentes, e a oportunidade de debater a temática. Perguntas dos Congressistas: Veralise Ministério da Saúde Rio Grande do Sul, pergunta se falando em rede diz que se fala em integral, relata que sentiu falta de vinculo, como é que está funcionando na prática? Amanda Enfermeira Consultório de Rua/ CAPS AD, pergunta qual a experiência em relação ao consultório de rua e sobre o matriciamento? Graziela Psicóloga do Rio Grande do Sul, como se deu a construção do CAPS III, como foi à experiência em São Bernardo?
6 Luzimar Questiona sobre a portaria 94, que garanti a adesão dos pacientes ao Audezir Secretaria de Saúde Bahia, quer saber sobre o financiamento do CAPD AD. Poliana Vila Velha, quer saber sobre a relação dos programas/ comunidades terapêuticas com o judiciário. Congressista CAPS AD/ vitória, questiona como se organiza a RAPS, como está o investimento, como o MS pode ajudar na questão do financiamento, sendo que no estado, vivemos uma situação complicada sobre o financiamento. As questões foram respondidas de acordo com a experiência dos palestrantes, todas as dúvidas foram sanadas. A coordenadora da mesa agradeceu a todos os palestrantes presentes, mostrando a relevância do tema, e da interação em espaços para a discussão de temas voltados para a Saúde Mental. Agradeceu também a presença dos congressistas presentes, sem mais, encerrou-se a roda de conversa.
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