Projecto de SCIE e medidas de autoprotecção em lares de idosos e edifícios hospitalares
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- Mateus Neiva Klettenberg
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1 Título 1
2 Projecto de SCIE e medidas de autoprotecção em lares de idosos e edifícios hospitalares 2
3 Sumário Breve caracterização do risco de incêndio Medidas de segurança de natureza física Projecto de novos edifícios Reabilitação de edifícios existentes Organização e Gestão da Segurança Medidas de natureza humana Conclusões 3
4 Principais factores de risco de incêndio A - Ocupantes: Número Conhecimento do edifício (público) Capacidade de percepção, reacção e mobilidade Capacidade da organização da segurança B - Características do edifício e das suas instalações técnicas C - Materiais, produtos e equipamentos que contém D - Tipo de actividade 4
5 Factores de risco em lares e hospitais: Ocupantes As pessoas são o «bem» mais precioso a proteger Porém, são o principal factor de risco NUM EDIFÍCIO NÃO OCORREM INCÊNDIOS NATURAIS! Qualquer incêndio num edifício tem sempre na sua origem um acto ou uma omissão praticado por uma pessoa 5
6 Caracterização do risco na Regulamentação de Segurança A caracterização do risco de incêndio nos edifícios e recintos é efectuada em duas dimensões distintas: Locais de risco - independentemente do uso do edifício (utilização-tipo) onde se inserem Categorias de risco para cada utilização-tipo 6
7 Factores de risco em lares e hospitais: Ocupantes Capacidade de percepção, reacção e mobilidade; Locais de Risco D: Enfermarias, quartos e conjuntos de quartos hospitais e lares; Cuidados intensivos hospitais; Cuidados especiais hospitais e lares; Blocos operatórios e de partos hospitais; Bancos de urgência/atendimento médico permanente hospitais; Neonatologia hospitais; Hemodiálise hospitais; Medicina física e reabilitação hospitais; Cirurgia ambulatória hospitais. 7
8 Factores de risco em lares e hospitais: Materiais e equipamentos/tipo de actividade Locais de Risco C: Maior probabilidade de eclosão/de ocorrência de incêndios muito potentes Farmácias Cozinhas Áreas técnicas Centrais de desinfecção e esterilização em que seja utilizado óxido de acetileno; Centrais e depósitos de recipientes de gases medicinais com capacidade > 100 l. 8
9 Altura Hospitalares e Lares de Idosos Utilização-tipo V Categorias de risco N.º total de ocupantes N.º de pessoas limitadas + capacidade de alojamento Categoria H E E d,e 1ª 9 m 100 E e 25 2ª 9 m 500 E e 100 3ª 28 m 1500 E e 400 4ª Restantes situações Todos os locais de Risco D com saída directa ao exterior 9
10 Risco visão simplificada R i = P o * S c Medidas de prevenção Medidas de protecção A concepção, concretização e manutenção de medidas técnicas (físicas e humanas) visam a limitação desse risco a um nível aceitável mitigação do risco A percepção do risco apenas com base na probabilidade de ocorrência é um erro comum na nossa sociedade. 10
11 Mitigação do Risco Condições físicas de segurança Disposições construtivas Instalações técnicas Sistemas e equipamentos de segurança Condições humanas de segurança Organização e gestão da segurança 11
12 Motivo (solicitação) Novos edifícios Concepção Risco na utilização Acção (resposta) Projecto de segurança: Disposições construtivas: Condições de segurança das instalações técnicas; Sistemas e equipamentos de segurança. Objectivo Exploração do edifício em segurança 12
13 Motivo (solicitação) SCIE em lares e hospitais Edifícios já existentes? Risco na utilização Acção (resposta) Avaliação da segurança: Métrica: o RJ-SCIE; Limitações eventualmente existentes; Adopção de medidas compensatórias. Objectivo Exploração do edifício em segurança 13
14 Medidas físicas de segurança Disposições construtivas Localização: Bombeiros - Prontidão para o socorro Implantação: Vias de acesso Penetração no edifício Limites à propagação de incêndios pelo exterior Abastecimento de água para os veículos dos bombeiros Resistência ao fogo Elementos estruturais Elementos incorporados 14
15 Medidas físicas de segurança Disposições construtivas Compartimentação corta-fogo Compartimentação geral Compartimentação de locais de risco D Locais de risco D => compartimentos corta-fogo; Os blocos operatórios e de partos, as UCI e os espaços de neonatologia c/ área > 200 m 2 devem ser sub-divididos, no mínimo, em dois compartimentos corta-fogo; Os restantes locais de risco D c/ área > 400 m 2 também devem ser subdivididos, pelo menos, em dois compartimentos de corta-fogo. 15
16 Medidas físicas de segurança Disposições construtivas Evacuação Evacuação dos locais Vias horizontais de evacuação Vias verticais de evacuação Zonas de refúgio Nos locais de risco D subdivididos em pelo menos dois compartimentos corta-fogo, cada compartimento serve de refúgio ao outro. A evacuação processa-se, numa 1ª fase, na horizontal para o compartimento vizinho. Elevadores Escadas Evacuação dos doentes acamados CF1 CF2 CF3 16
17 Medidas físicas de segurança Instalações técnicas Instalações de energia eléctrica Instalações de aquecimento Instalações de confecção e de conservação de alimentos Evacuação de efluentes de combustão Ventilação e condicionamento de ar Ascensores Líquidos e gases combustíveis Gases medicinais Concebidas, instaladas e mantidas de modo a não originarem incêndios nem contribuírem para a sua propagação; Algumas são ainda essenciais ao funcionamento de sistemas e dispositivos de segurança e ao suporte de vida. 17
18 Medidas físicas de segurança Equipamentos e Sistemas de Segurança Sinalização Iluminação de emergência Sistema de detecção, alarme e alerta Controlo de fumo Meios de intervenção (extintores, bocas de incêndio,...) Sistemas fixos de extinção automática de incêndios Sistemas de cortina de água Controlo de poluição do ar Detecção automática de gás combustível Drenagem de águas residuais da extinção de incêndios Posto de segurança Instalações acessórias 18
19 Medidas físicas de segurança Equipamentos e Sistemas de Segurança Sistema de Detecção organização do alarme O alarme nos locais de risco D deve ser: Dedicado apenas aos profissionais e elementos da segurança nem os utentes nem os visitantes se devem aperceber do alarme; Recebido pelos profissionais que se encontram no local origem do alarme em simultâneo com a central de segurança (logo no alarme restrito) essencial para um reconhecimento imediato e uma decisão de evacuação o mais rápida que for possível no local de risco D afectado. 19
20 Organização e gestão da segurança As medidas de auto-protecção e de gestão de segurança aplicam-se a todos os edifícios hospitalares (novos e já existentes)) Concretização das medidas de auto-protecção 20
21 O Plano de Segurança é composto por: Organização e gestão da segurança Plano de Prevenção, contendo a organização, as atribuições e os procedimentos de actuação em situação normal (manutenção das condições de segurança e preparação para a emergência); Plano de Emergência, contendo a organização, as atribuições e os procedimentos de actuação em situação de emergência. 21
22 Organização e gestão da segurança Objectivos do Plano de Segurança: Organizar todo o pessoal do Hospital ou do Lar para: Garantir uma adequada prevenção de incêndios; Garantir a manutenção das condições de segurança; Fazer face a uma situação de emergência; Definir as atribuições e os procedimentos de actuação em situação normal e em caso de emergência. 22
23 Plano de Segurança Documento dinâmico e de custo muito reduzido OPERACIONAL 23
24 Organização e gestão da segurança Evacuação Um elemento fundamental para a definição dos procedimentos de evacuação consiste no tipo de ocupantes afectados pela situação de emergência. Os ocupantes de um Hospital podem ser classificados em quatro classes (1 a 4) e os de um Lar em três (1 a 3): 1. Funcionários e colaboradores Conhecem o edifício e a organização de segurança e possuem capacidade de reacção; 2. Público (visitantes, doentes do ambulatório e idosos não acamados) Não conhecem o edifício nem a organização de segurança, mas possuem capacidade de reacção, se devidamente enquadrados pelas equipas de segurança; 3. Doentes e idosos acamados Não possuem capacidade de reacção. Implicam procedimentos específicos a adoptar pelas equipas de segurança; 4. Doentes na UCI e Blocos Doentes acamados que não poderão ser facilmente evacuados. Implicam procedimentos específicos com tomada de decisões do foro médico. 24
25 Organização e gestão da segurança Evacuação em locais de risco D Condições específicas de auto-protecção na UT V Na UT V da 2ª categoria de risco ou superior, o plano de evacuação integrado no plano de emergência deve ser individualizado para cada local de risco D. Nos blocos operatórios, nos blocos de partos e nas UCI devem ser previstas, no plano de emergência, medidas especiais de autoprotecção privilegiando a manutenção das condições de segurança dos ocupantes nesses locais, em caso de incêndio, dada a imprevisibilidade da sua evacuação. 25
26 Organização e gestão da segurança Evacuação em locais de risco D Exemplo do número mínimo de recursos humanos necessário para a evacuação de doentes: Doentes com mobilidade um elemento para cada cinco doentes; Doentes acamados sem necessidade de meios de suporte ou que se possam deslocar em cadeiras de rodas um elemento para cada doente; Doentes acamados com necessidade de meios de suporte dois elementos para cada doente. Reforço ao pessoal do serviço origem do alarme o operador do posto de segurança, quando o alarme restrito, alertará «automaticamente» os reforços necessários, com base numa matriz de afectação de reforços por serviço que existirá no posto de segurança. 26
27 Organização e gestão da segurança Número mínimo de elementos da equipa de segurança em permanência num lar ou de um hospital (UT V) Utilização-tipo Categoria de risco N.º mínimo de elementos da equipa Efectivo em locais de risco D ou E V 1ª (sem locais D ou E) 2 1ª (com locais D ou E) 2ª (sem locais D ou E) 3 2ª (com locais D ou E) 6 3ª 8 4ª >
28 Desafio permanente Garantir que as medidas de segurança contra incêndio não se degradam ao longo do tempo e respondem às alterações do risco. Factores críticos de sucesso: Definir responsabilidades; Estabelecer uma organização de segurança; Definir procedimentos de prevenção e de intervenção; Adoptar as técnicas correctas de exploração/manutenção; Efectuar auditorias internas periódicas; Formar e treinar o pessoal; Manter actualizados os registos de segurança. 28
29 Conclusões 1. As medidas físicas de segurança são ferramentas essenciais para garantir a exploração segura dos edifícios; 2. De entre essas medidas destacam-se as disposições construtivas do edifício. Seus principais efeitos: Manter a integridade do edifício; Circunscrever os efeitos de um eventual incêndio; Proteger os locais mais frágeis (risco D); Garantir uma evacuação segura; Marcar o ritmo da segurança; São dificilmente substituíveis por outro tipo de medidas. 29
30 Conclusões 3. O papel das instalações técnicas do edifício não pode ser negligenciado, nomeadamente porque: Não devem originar incêndios nem contribuir para a sua propagação; Algumas são essenciais para o suporte de vida; Algumas são essenciais para as operações de emergência; 4. Os sistemas e equipamentos de segurança são meios activos necessários às operações de detecção, alarme, alerta, intervenção e apoio à evacuação; 30
31 Conclusões 5. Os riscos de incêndio dependem essencialmente do factor humano (indivíduos e organização social). Por outro lado, as pessoas são o bem mais precioso a proteger. Portanto: A organização e gestão da segurança na exploração de um edifício (auto-protecção) faz toda a diferença. Nos hospitais e lares ainda é mais importante do que nos restantes edifícios 31
32 OBRIGADO! 32
Definir os locais de risco conforme artigos 10º e 11ºdo RJ-SCIE (Classificação dos locais de risco e Restrições do uso em locais de risco).
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