9ine externa, para o Brasil, briga de atletas com patrocínio do UFC

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUARTA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 70 mi é o valor estimado que o UFC recebe por seis anos de contrato da marca esportiva Reebok EDIÇÃO 379 9ine externa, para o Brasil, briga de atletas com patrocínio do UFC POR REDAÇÃO Um comunicado divulgado na manhã de terça-feira pela agência de marketing esportivo 9ine fez chegar ao Brasil a crise que ronda o UFC há meio ano nos EUA. A 9ine, que agenciava Vitor Belfort e Junior Cigano, afirmou que não trabalhará mais com o UFC. O motivo foi a nova regra da liga de artes marciais que impede os atletas de exporem patrocinadores pessoais durante suas lutas. Desde julho, os lutadores não podem expor qualquer marca no calção, que é feito pela Reebok. Isso gerou uma grave crise entre os atletas e a direção do UFC. Até então, porém, a briga estava mais focada no mercado americano. No Brasil, só foi sentida numa reclamação de José Aldo em maio, antes de o acordo estar em vigor. Agora, porém, a 9ine abriu uma briga pública contra o UFC. Usando a força da marca de Ronaldo, seu presidente, a agência reclama da forma como a liga tomou a decisão de não expor marcas de patrocínios pessoais dos atletas: Temos princípios fundados na visão de um ex-atleta e amante do esporte. Nosso presidente, Ronaldo Nazário, não tolera ver uma organização alterar suas regras de captação de patrocínio e remuneração dos lutadores de maneira arbitrária sem tomar uma posição, disse a 9ine em comunicado distribuído à imprensa. Com o ataque da agência, Joana Prado, mulher de Belfort e que atua na captação de patrocínios para o atleta, também se manifestou contra o UFC e disse que os atletas perdem dinheiro com a nova regra. Segundo ela, Belfort perdeu milhões por ano por causa da nova política de patrocínio. Em seus áureos tempos no UFC, quando o patrocínio no uniforme era permitido, Anderson Silva chegava a faturar R$ 500 mil com aportes pontuais e outros R$ 6 milhões com patrocínios longos. O UFC não se manifestou sobre o assunto. Seu presidente, Dana White, costuma rebater de forma contundente os críticos do acordo com a Reebok. Até agora, membros do UFC de menor escalão que reclamaram do acordo foram demitidos, como o cutman (auxiliar de ringue dos lutadores) Stitch Duran, que ameaçou migrar para o boxe e acabou sendo demitido. 1

2 Ídolo é peça-chave para o esporte ter vitrine no Brasil O futebol é um mundo à parte. A exceção do esporte mais querido do país, o interesse popular está intrinsicamente ligado ao surgimento de ídolos. Foi assim com a Fórmula 1 de Emmerson Fittipaldi e Ayrton Senna, com o tênis de Guga, a ginástica de Daiane dos Santos, o atletismo Joaquim Cruz. É assim com a natação de César Cielo, que um dia foi Gustavo Borges e Fernando Scherer. E infindáveis exemplos. O vôlei consegue renovar seus ídolos e, por isso, está sempre na moda. A Fórmula 1 não deixou de POR PRISCILA BERTOZZI Repórter repórter da Máquina do Esporte ser interessante porque a Globo parou de transmiti-la com o mesmo afinco de duas décadas atrás. A falta de ter para quem torcer foi o que afastou os brasileiros da TV e, consequentemente, foi minguando a relação da emissora com o esporte. O brasileiro é competitivo e carente de ídolos. Esporte sem torcida não é esporte. A questão que deve ser discutida é: por que não conseguimos formar atletas capazes de manter o interesse do público por uma modalidade de forma vitalícia, não fugaz? A resposta é simples e clichê. Falta investimento na base para que haja renovação. Tivemos Guga e não houve uma revolução sólida no tênis. Tivemos Maurren Maggi e o atletismo feminino ainda está no subsolo de investimentos e performance. O dedo que Bernie Ecclestone apontou ao canal de Roberto Marinho por uma cobertura decente da F-1, hoje relegada às transmissões do estúdio ou compactos na madrugada, é uma discussão muito maior do que espaço na grade de programação. Nem sempre a culpa é da Globo. IMAGEM DA SEMANA A ex-atleta Maria Esther Bueno e o tenista João Souza, o Feijão, apresentam patrocínio da Pirelli ao Rio Open de Tênis A fabricante de pneus usou o Cristo Redentor como cenário para a apresentação do acordo, que marca a volta da empresa ao patrocínio esportivo além do automobilismo 2

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4 Por transparência, atletismo abre perguntas feitas pela imprensa POR ADALBERTO LEISTER FILHO Em um esforço para ser o mais transparente possível e para garantir que o público tenha o mesmo acesso às informações que nós fornecemos aos meios de comunicação, a Iaaf irá agora começar regularmente a compartilhar as perguntas mais frequentes e as nossas respostas. Dessa forma a Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) iniciou a cruzada para resgate de sua credibilidade, depois de ter seu antigo presidente suspenso por aceitar propina para acobertar doping e ver a Wada (Agência Mundial Antidoping) revelar esquema de acobertamento com atletas da Rússia. O aviso causa estranhamento aos jornalistas, que costumam se comunicar com a Iaaf por . Embaixo ele é acompanhado por questionários enviados por Sunday Times, Daily Mail e agência Reuters, alguns dos principais órgãos de imprensa que cobrem os escândalos que têm assolado a modalidade nos últimos dias. Quase sempre, quando acuadas, as entidades tornam públicos seus demonstrativos financeiros e contratos de prestação de serviços. A Iaaf é a primeira a destrinchar o relacionamento feito com os veículos de mídia. Nos últimos anos, o tem sido o único meio de contato permitido pela maioria das entidades esportivas internacionais para a imprensa. Com o aumento da demanda por todo o mundo, o trabalho de padronização da informação que será divulgada oficialmente se tornou mais difícil. Muitas hoje só se pronunciam, para casos mais espinhosos, através de comunicados oficiais. É o caso de COI e Wada, cada vez mais avessos às respostas individualizadas. Ao abrir publicamente os questionários enviados pela imprensa, a Iaaf dá um passo em direção à transparência, marca que Sebastian Coe, presidente desde agosto, pretende imprimir. O problema é que esse tipo de iniciativa entrega aos concorrentes as matérias que cada órgão de comunicação está produzindo. Há pouco tempo no cargo, Coe já avisou que quer mudar as estruturas da sede da Iaaf, em Mônaco. Ele cogita repetir ideia da liga indiana de críquete, de criar uma liga mundial entre cidades, que contratariam atletas para defendê-las na temporada. Contra banimento, Rússia promete antidoping rígido A Rússia respondeu às acusações de manipulação de testes antidoping da Wada prometendo aprimorar seus controles de dopagem. A agência pedia o banimento do país de todas as competições organizadas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), o que deixaria os russos fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro A federação de atletismo russa apresentará à Iaaf um documento federal que inclui o programa antidoping da federação e os passos concretos de sua aplicação que já foram iniciados, afirmou a entidade, em comunicado oficial. A federação ainda prometeu criar uma sociedade estratégica sólida com a Iaaf para tentar combater o doping. 4

5 Nissan celebra mudança de time para família e já mira pós-2016 POR ERICH BETING, DO RIO DE JANEIRO* Mais do que um time, somos uma família. A frase era repetida quase como um mantra por boa parte dos 25 atletas e executivos da Nissan que participaram da oitava edição do Workshop para o Time Nissan, grupo de 30 atletas patrocinados pela montadora. Há três anos dentro do projeto, os atletas fizeram dos encontros semestrais um evento familiar. O clima de descontração envolveu até François Dossa, presidente da Nissan no Brasil, no jantar que serviu de abertura ao Workshop. Temos um compromisso até 2016, mas criamos um relacionamento que vai muito além disso. O projeto Time Nissan foi idealizado em 2012, após a empresa virar patrocinadora do Rio A marca cede estrutura aos atletas, com carro e eventos patrocinados para ajudá-los na preparação fora dos assuntos técnicos. Eu nunca tive uma oportunidade dessas quando era atleta, afirma Hortência, mentora do Time Nissan e uma das que mais brinca com os atletas no grupo de conversa criado no Whatsapp. A ferramenta, aliás, é usada por todos para informar sobre a disputa de competições, discutir sobre ações em redes sociais para promoção da marca e, claro, provocar uns aos outros. A Máquina do Esporte participou do Workshop no Rio. Nele, os atletas visitaram as instalações do Parque Olímpico e os apartamentos da Vila Olímpica. Além disso, assistiram a palestras sobre a pressão de jogar uma edição de Olimpíada, com dica das ex-atletas Hortência e Fabi, do vôlei. Atlético inaugura campo feito pela Brahma com sócios A Brahma ativou o patrocínio ao Atlético Mineiro nesta semana com uma ação envolvendo os sócios-torcedores do clube. Para estrear o campo sintético construído na Cidade do Galo, o Centro de Treinamento do clube, a empresa escalou sócios-torcedores para um jogo contra ex-ídolos. Foi a própria Brahma quem arcou com a construção do novo campo, em sequência ao plano de investir nas estruturas de seus clubes patrocinados como forma de ativar ainda mais a parceria. Foram 22 sócios convocados para testar o novo gramado. Eles participaram da ação graças ao resgate de pontos realizado pelo programa Galo na Veia. Em campo, os torcedores puderam enfrentar Éder Aleixo, Paulo Isidoro, Luisinho, Marinho, Sérgio Araújo e Valdir, entre outros ex-jogadores. O campo inaugurado mantém diversas tecnologias que encarecem sua aplicação. O modo de aplicação da borracha para a absorver os impactos é eletrônico, de modo que a grama sintética é mantida na posição vertical em todo o campo. A inauguração deste campo representa muito bem a nossa missão de não só patrocinar o clube, mas também contribuir com melhorias nas agremiações e no futebol brasileiro em geral, disse o gerente de marketing da Ambev, Erico Hees. 5