O Fluxo de Caixa Indireto é uma farsa contábil. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira

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1 O Fluxo de Caixa Indireto é uma farsa contábil Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira

2 Parte I Introdução Após a publicação da Lei das Sociedades por Ação (Lei 6.404/76) de 15 de dezembro de 1976, fiquei um tanto perplexo com a demonstração do Balanço Patrimonial que trazia como uma das novidades a classificação das contas de resultados pendentes, misturadas às contas patrimoniais. Antes desta lei, estas contas de resultados pendentes eram apresentadas na demonstração do balanço patrimonial, mas separadas das contas patrimoniais. Se o resultado pendente fosse negativo, apareceriam no ativo, mas depois das contas patrimoniais e se fosse positivo seriam registradas no passivo, após as contas patrimoniais. Na Nova Lei das SAs.as contas de resultados pendentes tiveram as seguintes classificações: Despesas Antecipadas foram classificadas no Ativo Corrente, as Despesas Diferidas foram contabilizadas no Ativo Permanente e as contas de Resultados Futuros Receitas e Despesas Futuras - foram consideradas como um agrupamento de contas, no passivo, localizado entre o Exigível de Longo Prazo e o Patrimônio Líquido Contábil. Estas classificações, da Lei 6.404, provocaram muitas distorções na demonstração do Balanço Patrimonial, tornando-a complexa, difícil de ser entendida, interpretada e analisada e, sobretudo, incorreta. Os cálculos dos indicadores financeiros tiveram de ser modificados para que não permitissem interpretações errôneas de liquidez da empresa, assim como o cálculo do capital de giro, também, teve de ser adaptado. No meu trabalho Erros Conceituais Inconcebíveis nas Leis e (de 27/03/2014) postado no blog Fórum de Contabilidade AGO ( ), esta classificação das contas de resultados pendentes, misturadas com as contas patrimoniais, foi uma das falhas apontadas como causas principais da total complexidade, falta de clareza, dificuldade de entendimento, análise e interpretação, incorreção e dificuldade de elaboração do Balanço Patrimonial, fortemente recomendado pela Lei

3 Nos primeiros momentos pensei que não demoraria muito e haveria alguma medida visando corrigir este erro conceitual de classificação contábil. Ledo engano. No final do ano de 2007, portanto 31 anos depois, foi editada a Lei /2007 que alterou o texto legal da Lei 6.404/76 a Lei das Sociedades Anônimas. Apesar dos vários melhoramentos trazidos para o registro de informações contábeis, as três principais falhas 1) Falta de distinção entre operações financeiras e econômico- -financeiras; 2) Apuração periódica de resultados econômicos e 3) Ausência da informação sobre o valor mais importante de uma Demonstração da Posição Financeira (DPF): o PLF apontadas, no nosso trabalho (citado acima)sobre a Demonstração do Balanço Patrimonial, continuaram incólumes. A Lei fez algumas alterações em relação às contas de despesas diferidas, despesas futuras, receitas futuras e despesas futuras resultados pendentes - que tornaram mais confusos, ainda, o entendimento e interpretação da Demonstração da Posição Financeira. Diga-se, de passagem, que esta lei não fez a alteração necessária e desejada em relação à classificação das Despesas Antecipadas no Ativo Corrente. Mas o pior estava por vir: É inacreditável, mas é verdade, a Lei /07 abandonou o Demonstrativo de Origem e Aplicação de Recursos (DOAR) que reputo como uma das mais importantes demonstrações financeiraspor demonstrar como foi constituído o Capital de Giro do exercício e permitir, também, uma visão geral e imediata da liquidez financeira da empresa até o final do próximo período e adotou o Demonstrativo do Fluxo de Caixa, nos modelos Direto ou Indireto, cuja utilidade é zero. Análise Comparativa Para procedermos a nossa análise comparativa entre o Demonstrativo de Fluxo de Caixa modelos Direto e Indireto e o DOAR apresentaremos um exemplo bastante simples, porém esclarecedor e que deverá facilitar sobremaneira os entendimentos sobre nossos argumentos e pontos de vista. A Cia. XYZ apresentava no ano 1 a sua posição financeira como está registrada a seguir: 2

4 Durante o exercício do ano 2, aconteceram os seguintes fatos: CORRENTE CORRENTE Disponível Empréstimo Dupl. a Receber Liq Fornecedores Dupl. a Receber Outras PDD NÃO CORRENTE Estoque PLC NÃO CORRENTE Capital Móveis Líquidos Lucros Acm Móveis Dep. Acumulada As vendas do período atingiram : 70% à vista; 2. O Estoque anterior foi totalmente vendido; 3. Depreciação: 10% a.a. 4. PDD: 3%; 5. Foi recebido de Duplicatas a Receber do ano anterior 90%; 6. Foi pago o empréstimo existente de ; 7. Foi pago 90% do saldo anterior de Fornecedores; 8. O total de compras do ano foi , sendo pago 90% % das compras do ano foram vendidas, no mesmo ano. 3

5 Lançamentos Contábeis: 1) D Caixa D Duplicatas a Receber C Vendas ) D CMV C Estoque ) D Depreciação C Depreciação Acumulada ) D PDD (Fundos) C Lucros Acumulados D PDD (Despesa) C PDD (Fundo) ) D Caixa C Duplicatas a Receber ) D Empréstimo C Caixa ) D Fornecedores C Caixa ) D Estoque C Caixa C Fornecedores ) D CMV C Estoque

6 Ativo Ano 1 Ano 2 CORRENTE Disponível Duplicatas a Receber Liquidas Duplicatas a Receber PDD Estoque Móveis Líquidos Móveis Depreciação Acumulada Total PASSIVO Ano 1 Ano 2 CORRENTE Empréstimo Fornecedores Outras PLC Capital Lucros Acumulados Resultado do Ano Total D R E I Receitas de Vendas CMV ( ) Lucro Bruto Despesas: Depreciação (10.000) PDD (13.800) (23.800) Lucro Líquido

7 Demonstração de Fluxo de Caixa Real (DFC Real) Saldo Inicial Do DREI: Vendas à vista Compra de mercadorias à vista ( ) Do Capital de Giro: Duplicatas a Receber Estoque - Empréstimo ( ) Fornecedores ( ) Caixa Gerado no Período Saldo Final Demonstração de Fluxo de Caixa Indireto (DFCI) Saldo Inicial Do DREI: Lucro Líquido Depreciação PDD Do Capital de Giro: Duplicatas a Receber Estoque Empréstimo ( ) Fornecedores ( ) Caixa Gerado no Período Saldo Final Demonstração do Fluxo de Caixa Direto (DFCD) Saldo Inicial Do Capital de Giro: Recebimentos de Clientes (1) Pagamentos a Fornecedores ( ) (2) Pagamento de Empréstimo ( ) Saldo Final

8 Parte II Análise Comparativa: DFCR x DFCI x DFCD Inicialmente, objetivando um melhor entendimento dos nossos pontos de vistas, faremos uma análise comparativa entre o DFCR e o DFCI. DFC Real DFCI Diferença Saldo Inicial Do DREI: Vendas à vista Compra de mercadorias à vista ( ) - Caixa Gerado do DRE (1) ( ) Do Capital de Giro: Estoque ( ) Duplicatas a Receber Empréstimo ( ) ( ) - Fornecedores ( ) ( ) (70.000) Caixa Gerado no Período Saldo do Final (1) Lucro Líquido Depreciação PDD Lucro Líquido Ajustado

9 Explicações das Diferenças: DFCR X DFCI DFCR DFCI Dif. Do DRE: Fluxo do Período: Vendas (1) ( ) CMV (2) ( ) ( ) Caixa Gerado do DRE ( ) Do Capital de Giro: Fluxo do Período Anterior: (3) Duplicatas a Receber (4) Estoque ( ) (5) Empréstimo ( ) ( ) - (6) Fornecedores ( ) ( ) (70.000) Total Caixa Gerado nos Períodos Saldo de Caixa: Inicial Final Explicações Complementares: 1. Como o método Indireto DFCI - usou o lucro ajustado para determinar a entrada de caixa do DRE, o valor de vendas considerado foi então , ou seja, o valor de vendas totais do ano. O DFCR considerou, devidamente, o valor de vendas à vista do ano que foi Daí a diferença a menor apresentado pelo DFCR ( ). 2. O DFCI usou o valor do custo contábil do CMV contudo este valor teve a seguinte formação: Comprado em dinheiro e foi proveniente do Estoque, daí a diferença de para o apresentado pelo DFCR. 3. A diferença entre o saldo de Duplicatas a Receber do ano anterior ( ) e o atual ( ), isto é , usada pelo DFCI, não retrata a realidade conforme podemos ver a seguir. Esta diferença foi assim constituída: recebimento de Duplicatas a Receber do ano anterior e vendas a prazo do exercício consideradas como Duplicatas a Receber perfazendo a diferença de

10 Devemos observar que o DFCR usou o valor correto de O DFCI usa, como sempre, valores que não representam a realidade. Quem gera entrada de dinheiro é vendas à vista, estoque não. Esta diferença de foi assim formada: do Estoque inicial no valor , foi levado para o CMV. A empresa comprou mercadorias no valor total de , pagou , que foi para o CMV e o restante que foi financiado por Fornecedores foi para o Estoque final, perfazendo o total de ( ). Finalmente Estoque inicial Estoque final = Como vimos, não houve nenhuma geração de dinheiro pelo Estoque, portanto, o DFCI está dando informações errôneas. 5. Por mera coincidência esta operação em dinheiro foi registrada corretamente pelo DFCI, aliás a única de todas as operações ocorridas no nosso exemplo. 6. Mais uma operação registrada incorretamente pelo DFCI. Esta diferença de ( ) em Fornecedores foi formada deste modo: Saldo Inicial Pagamento do período ( ) Compra a prazo no período Portanto, o valor a ser listado como movimento de Caixa é , como fez o DFCR, e não Conclusão: Conforme vimos, pelos lançamentos contábeis das operações do nosso exemplo, o DFCR apresenta, de formaorganizada, para atender as nossas necessidades de informações, todas as operações que, de fato, passaram pelo Caixa(Disponível), portanto, não existe nenhuma operação baseada em suposições ou deduções de lógica contábil, como é característica do DFC Indireto e Direto. É, claramente, o retrato dos fluxos de caixa que foram registrados durante o período em foco ( ), embora tenham sido de operações, deste período,e foram provenientes de operações do período anterior. O importante é que entraram no Caixa, no período, provenientes das atividades de negócios da empresa, portanto, um recurso saudável que não tem data para devolução, como acontece com os recursos provenientes de financiamentos de longo prazo. 9

11 O DFCI, ao contrário do DFCR, apresenta números que não tem nenhum significado, são todos irreais, conforme pudemos demonstrar nas nossas explicações(acima) sobre as diferenças. Este demonstrativo já começa com um erro grosseiro: lucro líquido ajustado como uma entrada de Caixa. Nós, professores de contabilidade, de administração financeira, finanças, etc. nos deparamos, sempre, com a pergunta: Pode uma empresa lucrativa ter problemas financeiros e falir? E nos desdobramos para explicar que o lucro de hoje não é igual a caixa. No futuro este lucro, talvez, se realize totalmente como caixa. E aí vem a Lei e adota o DFCI começando como registro de entrada de caixa o Lucro Líquido Ajustado, ou seja, indiretamente afirmando que o lucro é caixa. Isto é um absurdo. Esta adoção do DFCI só me fez confirmar a impressão que tive quando da publicação da Lei /76: os legisladores destas leis e são carentes de práticas contábeis. Os números apresentados por este modelo de caixa DFCI não têm a mínima semelhança com a realidade e, por isso, não têm a menor utilidade. É um desperdício de tempo e de papel tratar deles, pois nenhuma decisão acertada, a respeito do futuro de uma empresa, pode ser tomada com base nestes números apurados com conta de chegar e, portanto, irreais. 10

12 Análise Comparativa: DFCR X DFCD DFC Real DFCD Diferença Saldo Inicial Do DREI: Vendas à vista Compra de mercadorias à vista ( ) - ( ) Do Capital de Giro: Recebimentos de Clientes (1) ( ) Pagamento a Fornecedores (2) - ( ) Duplicatas a Receber Estoque Empréstimo ( ) ( ) - Fornecedores - ( ) ( ) Caixa Gerado no Período Saldo do Final ExplicaçõesComplementares: 1. O valor apresentado como Recebimentos de Clientes se refere a todo recebimento do período, não há distinção entreo recebido referente ao ano anterior ( ) e o do período( ), como faz o DFCR. 2. Acontece a mesma coisa em relação ao valor apresentado como Pagamento a Fornecedores( ). Ou seja, não há distinção entre valores pagos do exercício ( ) e os referentes ao período anterior ( ) Conclusão: Podemos, ainda, observar que embora os valores apresentados pelo DFCD sejam facilmente explicáveis, ao contrário dos apresentados pelo DFCI que são irreais, eles não permitem uma análise mais detalhada do fluxo de caixa, como o faz o DFCD. Portanto, a adoção dos modelos de fluxo de caixa DFCI e DFCD para substituírem o DOAR foi totalmente equivocada, errônea e inexplicável. 11

13 Parte III Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos A apresentação obrigatória do DOAR, no Brasil, passou a ser exigida com o advento da Lei a Nova Lei das S.A. - editada em Originariamente, as empresas americanas denominavam esta demonstração Origens e Usos de Fundos, nome largamente utilizado, principalmente nos estudos de projetos econômicos. Contudo, o Accounting Principles Board Opinion no. 19 (Dez de 1970) recomendou que esta demonstração passasse a ser denominada Demonstração das Mudanças na Posição Financeira (Statement of Changes in Financial Position) devido ao conceito amplo utilizado para determinação de fundos. No Brasil, contudo,a denominação de DOAR continuou a mesma. Somos de opinião que existe uma falta de entendimento completo, por parte dos profissionais que atuam nesta área, do que é e para que serve esta demonstração. Tal inteligibilidade começa pelo seu nome: Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Este nome é vago, e, por isso, não diz absolutamentequal é o seu objetivo básico. O DOAR é uma demonstração que tem por objetivo básico mostrar como o Capital de Giro de uma empresa evoluiu de um período para o outro. Analogamente, da mesma maneira que o DRE demonstra as operações, do negócio da empresa, que durante o período aumentaram ou diminuíram o seu patrimônio líquido. Evidentemente, o DOAR começou a ser elaborado e utilizado na era pré-computador e é por esta razão que a sua elaboração começa com o Lucro Líquido. Ora, elaborado o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultado Econômico (DRE) e sabendo- -se que receitas e despesas afetam o Capital de Giro, por que não começar o DOAR com o resultado já apurado pelo DRE? Desta maneira, se evitaria o trabalho dobrado de pesquisar nos registros contábeis, novamente (lembrem-se: as operações não eram digitalizadas). Mas tinha um problema: nem todas as despesas e receitasafetam o capital de giro. Por exemplo, as despesas de depreciação. A solução encontrada foi colocar o Lucro Líquido e estornar dele as receitas e despesas que não alteram o capital de giro. Exemplo clássico: 12

14 D O A R Lucro Líquido Depreciação Fundo proveniente das atividades operacionais Esta forma clássica de elaboração, do DOAR, significa que o fundo gerado, pelas atividades operacionais, que foi incorporado ao capital de giro da empresa, no período, foi de , supondo-se que houve uma despesa de depreciação de no cálculo do lucro líquido. Esta solução, embora inteligente, gerou muita discussão, muitos trabalhos e gasto de papel para explicar que a depreciação não gera fundo como parece, à primeira vista, pelo modelo de elaboração acima. Naquele contexto, em que o registro das operações não era digitalizado, este modelo do DOAR era perfeitamente aceitável, apesar das enormes dificuldades que apresentava e ainda apresenta: a. A elaboração do modelo atual do DOAR exige conhecimentos profundos de Contabilidade. É tamanha a dificuldade para a sua elaboração que, de uma maneira geral, as empresas que contam com empresa de auditoria externa, delegam (ou delegavam) a elaboração anual do DOAR para elas. E éesta a razão porque as empresas não apresentam esta demonstração mensalmente e, com isso, deixam de contar com um excelente instrumento de acompanhamento da posição financeira da empresa. b. Para que o computador produza o DOAR, repetindo o modelo manual ou mecânico, precisa de um programa cuja elaboração exige, do programador, conhecimentos aprofundados de Contabilidade e, ainda, que este profissional seja orientado por um contador extremamente competente. Esta é a razão porque praticamentenão existem programas de contabilidade incluindo o DOAR e os que existem (que conheci) não conseguem apresentar as operações, desta demonstração, corretamente. Esta constatação nos levou a desenvolver, juntamente com a MULTMEDIA DESIGN STUDIO Sérgio Mariz o Selftest Contábil software que a partir do lançamento contábil gera, automaticamente, todas as demonstrações financeiras atuais Demonstração da Posição Financeira, Demonstração do Resultado Econômico, Demonstração das Mutações Financeiras, Demonstração do Fluxo de Caixa e, inclusive, a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), todas totalmente corretas. Este software foi desenvolvido para o ensino de contabilidade. (Se você é professor de contabilidade e tiver interesse no Selftest Contábil entre em contato com o Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira: Fones (21) e ). 13

15 c. O modelo atual do DOAR apresenta enormes dificuldades para ser ensinado e ser aprendido, a consequência disto é que a maioria esmagadora dos profissionais, responsáveis pela Contabilidade da empresa, não sabe como fazê-lo e não tem uma ideia exata para que serve este modelo. Contudo, com a chegada e evolução da informática que permitiu a digitalização das operações contábeis e possibilitou que a elaboração da DOAR fossefeita através de cada operação que efetivamente modifique o capital de giro, nova forma de elaboração, mais perfeita, que possibilite uma análise mais refinada das mudanças no capital de giro deverá ser adotada, conforme sugeri no meu livro Contabilidade Digital é Mais Fácil Capítulo 8 Contabilidade Digital. Para melhor esclarecimento e entendimento, vejamos o DOAR elaborado com os dados do exemplo, deste nosso trabalho, nos modelos Pré-Computador e Pós-Computador: D O A R (Pré-Computador) Lucro Líquido do período Depreciação Estorno do PDD Fundos provenientes das atividades operacionais Variação do Capital de Giro Saldo: Inicial Final D O A R (Pós-Computador) Do DRE: Fundos provenientes das atividades operacionais (1) Variação do Capital de Giro Saldo: Inicial Final (1) Este é o valor que apareceria no DOAR como fundos provenientes das atividades operacionais. 14

16 As contas a seguir que resultaram no valor de são um exemplode instruções introduzidas num programa de computador para calcular o total dos fundos, gerado pelo DRE, proveniente das atividades operacionais. Desta maneira, só colocamos o valor do fundo proveniente do DRE porque, estas contas constam do DRE e seria uma repetição se as colocássemos no DOAR. D O A R Do DRE: Vendas CMV ( ) PDD: Estorno Do período (13.800) Fundos provenientes das operações Variação do Capital de Giro Saldo: Inicial Final De fato, a única diferença notável, neste nosso exemplo, entre os modelos pré e pós- -computador é a depreciação no valor de Contudo ela é determinante entre um modelo e o outro. No modelo pré-computador ela aparece duas vezes, corretamente como despesa no DRE e, também corretamente, como estorno no DOAR, já que esta despesa não afeta o capital de giro, mas o permanente. No entanto, no modelo pós-computador, ela não aparece nenhuma vez. Primeiro porque o programa do computador está instruído para considerar somente as operações que afetem o capital de giro e, segundo, porque a despesa de depreciação, como já sabemos, não provoca mudanças no capital de giro. De imediato vemos duas grandes vantagens do modelo pós-computador sobre o pré: 1) Como no modelo pós não aparece o estorno da depreciação, não haverá possibilidade de se cometer este erro de considerar a depreciação como fato gerador de recursos financeiros. 2) Listar somente as operações que afetam o capital de giro, como faz o modelo pós-computador, torna a elaboração do DOAR mais fácil e a interpretação do que ocorreu na mudança do capital de giro, mais fácil ainda. Começar a elaboração do DOAR com o lucro líquido, como faz o modelo pré, e depois estornar ou acrescentar valores para extrair o montante que realmente alterou o capital de giro é um tanto complicado e muito trabalhoso. 15

17 No modelo pós-computador elaboramos um programa de contabilidade com todas as informações possíveis sobre as transações que afetam o capital giro e a forma de apresentação que achamos necessária para a nossa análise e só, o computador faz o resto. 16

18 Parte IV Análise Comparativa: DOAR x DFCR Já fizemos as devidas comparações entre o DFCR e os DFCI e DFCD e chegamos à conclusão que o DFCI é, no mínimo, uma farsa contábil, uma demonstração que apresenta números pretensiosos e errôneos, sem a mínima verossimilhança com a realidade das mudanças que ocorrem no capital giro. O DFCD apresenta números do interesse do tesoureiro: ele quer saber quanto recebeu e quanto pagou num determinado período, não importa se se o valor recebido ou pago se refere às operações do passado ou do presente. Por outro lado o DFCR apresenta os valores monetários que afetaram o capital de giro, inclusive o total recebido ou pago no exercício subdividido em valores do passado e do presente. Portanto, o DFCR é o demonstrativo de fluxo de caixa que nos permite observar e analisar o que aconteceu e oque vai acontecer com o capital de giro da empresa. Desta maneira, só o DFCR é válido para uma comparação com o DOAR. Conforme vimos o DOAR, no seu modelo de elaboração pré-computador, é muito complicado e amplia as chances de profissionais não especialistas em contabilidade a cometerem muitos erros de avaliação e interpretação da situação financeira da empresa. Contudo, conforme vimos, a digitalização das operações contábeis proporcionam a elaboração de um DOAR que é muito mais fácil de ser elaborado, analisado e interpretado. E que fez a Lei ? Abandonou o DOAR e adotou a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)com o modelo problemático de elaboração pré-computador. Dá para entender? Não dá. Poderia se admitir que ela substituísse o DOAR por um modelo que fosse mais fácil de ser elaborado, analisado e interpretado, mas não pelo DFC que é muito mais complicado de ser elaborado, interpretado e analisado. Tenho sempre a impressão de que quem determina as normas e procedimentos contábeis são os financistas (Economistas, Engenheiros, Matemáticos, Estatísticos, etc., que atuam em áreas onde a informação contábil é fundamental: Administração Financeira, 17

19 Mercado de Capitais, etc.) porque sempre percebo que são confusas as normas a respeito dos aspectos econômicos e financeiros das operações contábeis. Esta confusão, creio eu, é originada de uma falta de conhecimento aprofundado de contabilidade, natural entre os financistas. Na realidade, eles não gostam de contabilidade e até mesmo a desprezam. E, por isso, pagam um preço enorme: nunca vão conhecê-la profundamente. Conforme vimos, o importante para a saúde financeira da empresa é o aspecto financeiro de suas operações. Contudo, os financistas mais uma vez começaram a confundir alhos com bugalhos, isto é, financeiro com monetário, e começaram a afirmar coisas absurdas, como: o importante é o Caixa, o Caixa é Rei e, assim por diante. Em função disso, a Lei sugeriu que as empresas de capital aberto publiquem o Demonstrativo de Caixa em detrimento do Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) e isto é um absurdo como veremos a seguir. Quando estudamos Fundos de Investimentos, aprendemos que a rentabilidade passada, de um fundo, não diz muita coisa sobre a sua rentabilidade futura. Quando estudamos análise de balanço das empresas, aprendemos, também, que a sua rentabilidade não é um indicadorseguro dos seus resultados econômicos futuros. O que então aprenderemos a respeito do Fluxo de Caixa do período passado para utilizar na sua projeção futura ou compreender o que vai acontecer com a liquidez da empresa no futuro? Praticamente nada, por isso não vejo nenhuma vantagem na apresentação do Demonstrativo do Fluxo de Caixa. Aliás, muito pelo contrário, o DOAR é muito mais útil para a análise e decisão a respeito da situação de liquidez da empresa a curto prazo porquedemonstra como o Capital de Giro foi modificado, durante o exercício findo, e permite uma visão sobre a capacidade da empresa para o próximo período. O Capital de Giro, como engloba as contas do ativo e passivo corrente conjunto de contas, inclusive o Caixa, que têm um significativo relacionamento entre elas é, sem sombra de dúvidas, a demonstração financeira mais importante para a administração financeira da empresa. O administrador financeiro só estará apto e seguro para tomar decisões a respeito da situação financeira da empresa, se tiver respostas para as três mais importantesquestões financeiras da empresa: 1. Quanto temos no disponível? 2. Quanto temos a receber no curto prazo? 18

20 3. Quanto temos a pagar no curto prazo? E onde encontrar estas respostas? No Fluxo de Caixa do exercício quepassou? É claro que não. Quem nos dá estas respostas é o DOAR. Na realidade, a evidência empírica nos mostra que o caixa tem cada vez menos importância no mundo globalizado, particularmente, após o advento da Internet. A economia mundial estava apresentando um ritmo de desenvolvimento, pelo menos de 2000 até 2007, talvez sem precedentes na história da economia mundial, quando entrou em crise. Qual foi um dos principais motivos deste desenvolvimento, se não o principal? Foi o desenvolvimento do crédito imobiliário nos EUA, afirmam os economistas mais talentosos e experientes. E qual foi o motivo da nova crise da economia mundial? A crise do crédito imobiliário (subprimes) americano, o mesmo que foi responsável pelo grande desenvolvimento recente da economia mundial. Portanto, afirmar que o caixa é Rei agride o nosso bom senso e inteligência, evidentemente. Podemos concluir afirmando que no mundo atual, globalizado e wireless, quem é Rei é o crédito, e o caixa e, no máximo, um príncipe adorado. Conclusão geral e final A conclusão mais geral que chegamos é que a contabilidade brasileira está atrasada tecnologicamente, isto é, está usando o computador como uma máquina de escrever. Em relação à Demonstração do Fluxo de Caixa, por que a Lei sugere o modelo Indireto, que é exatamente o modelo de elaboração do DOAR na era pré-computador, o mais complicado e o que jamais registrará o movimento real do fluxo de caixa do período? É incrível, não dá para entender. Quem são os responsáveis por esta aberração contábil? É mais difícil ainda de entender quando sabemos, por experiência própria, que o Demonstrativo do Fluxo de Caixa Real, isto é, aquele elaborado através da listagem das operações de caixa diretamente, é a demonstração contábil mais fácil de ser elaborada, digitalmente. Por que a Lei não sugeriu o DFCR? Será que esta Lei está sugerindo dificuldade para vender facilidade? Será que o objetivo é criar mais empregos para os contadores? Realmente, não tenho a menor ideia sobre esta sugestão tão estapafúrdia. E o pior é que não vejo nenhuma contestação desta aberração, muito pelo contrário, tenho visto e lido alguns livros dedicando capítulos à explicação destas demonstrações 19

21 inexplicáveis. Na realidade vejo estes modelos de demonstrações de caixa direto e indireto - como se a própria empresa precisasse fazer deduções contábeis para chegar ao valor monetário real. Isto é uma maluquice. Para acabar com este samba do crioulo doido basta sugerir que as empresas apresentem a Demonstração do Fluxo de Caixa Real e o resto, é resto. Outro problema da nossa contabilidade que demonstra claramente o atraso tecnológico da nossa contabilidade é o Balancete que pressupõe a apuração de resultados econômicos, periodicamente. Não é mais admissível que vivamos num mundo altamente tecnológico e ainda usemos o balancete. Esta demonstração foi uma solução brilhante na era pré-computador, mas atualmente deve ser, o mais rápido possível, aposentada e enviada para um museu. A tecnologia está aí, todas operações contábeis são registradas digitalmente e, portanto, podemos e devemos apurar resultados econômicos instantaneamente. E fazendo desta maneira, os resultados econômicos se tornam mais fáceis de serem apurados, entendidos e interpretados. É difícil entender porque esta solução tão vantajosa, inclusive porque reduz custos, não foi ainda sugerida vigorosamente pelos legisladores da contabilidade. E, finalmente, acho que os processos contábeis atuais precisam sofrer uma revisão completa, visando atualizá-los,adaptando-os aos registros das operações contábeis digitalizadas. Se você, leitor, tiver interesse em discutir este trabalho, forme um grupo de, no mínimo 4 e no máximo 10 pessoas, e entre em contato direto com o Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira nos seguintes números: Fones: (21) e Skype number: agoliveira alvarocw@hotmail.com 20

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