PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES
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- Gonçalo Chaplin de Almada
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1 PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES 11ª Classe 2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Área de Artes Visuais
2 Ficha Técnica Título Programa de História das Artes - 11ª Classe Editora Editora Moderna, S.A. Pré-impressão, Impressão e Acabamento GestGráfica, S.A. Ano / Edição / Tiragem / N.º de Exemplares 2013 / 2.ª Edição / 1.ª Tiragem / Ex. geral@editoramoderna.com 2013 EDITORA MODERNA Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.
3 ÍNDICE Introdução Geral à Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral Objectivos Gerais da Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral -- 5 Objectivos Gerais da Disciplina na 11ª Classe Conteúdos Programáticos Sugestões de Abordagem Metodológica Avaliação Bibliografia
4 11ª CLASSE INTRODUÇÃO GeraL à Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral O programa de História da Arte tema duração de três anos e destina-se a ser executado nas 10ª, 11ª e 12ª classes da Área Artística do 2º ciclo do Ensino Secundário. A disciplina tem carácter obrigatório e integra a área temática da Formação Específica, pressupondo um horário semanal de duas horas na 10º classe e de três horas na 11ª e na 12ª classes. Utilizaram-se como principal quadro de referência para este programa os enunciados de objectivos e perfis terminais da Área Artística do 2º ciclo do Ensino Secundário Geral, sob os quais se fundamentam as opções técnico-científicas e formativas/pedagógico-didácticas deste programa. A saber: Fornecer uma base de dados geral e ampla sobre a evolução das produções artísticas nas sociedades em que os alunos geográfica e culturalmente se inserem: a sociedade africana e ocidental, num plano mais vasto; a sociedade angolana, de modo mais directo; Perspectivar formas de enquadramento e de comparação dessa evolução com outros modelos a nível mundial. E fazê-lo, sobretudo, através das metodologias adaptadas; Permitir a aquisição de capacidades e competências específicas deste curso e da disciplina (ver, adiante, objectivos gerais das classes deste programa); Desenvolver um posicionamento consciente, crítico e responsável perante fenómenos artísticos culturais; Contribuir para a formação pessoal desenvolvendo a imaginação, a criatividade, o sentido estético e o espírito crítico. Foi em função destes propósitos que se optou por uma estrutura programática flexível e diversificada para os três anos da disciplina, permitindo uma articulação vertical elaborada no sentido do desenvolvimento progressivo dos conhecimentos e das capacidades específicas dos alunos e da sua autonomia na construção da aprendizagem. 4
5 PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES Objectivos Gerais DA DISCIPLINA no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral Desenvolver as capacidades de percepção, interpretação e crítica das produções artísticas. Promover a compreensão dos fenómenos estéticos na sua dimensão pessoal, social e histórica. Desenvolver a imaginação e a sensibilidade estética. Proporcionar a aquisição de atitudes de inovação e de intervenção fundamentada e responsável em relação aos fenómenos estéticos. Valorizar o património artístico das sociedades como testemunho e expressão do sentido universal da humanidade. 5
6 11ª CLASSE Objectivos Gerais DA DISCIPLINA NA 11ª CLASSE Conhecer os critérios para definir e avaliar diferentes acepções do conceito de Arte. Conhecer e aplicar terminologias técnicas aplicáveis à pintura, à escultura, à arquitectura e ao design. Compreender o contributo das produções artísticas de cada época para a evolução da Arte através da história e na actualidade. Relacionar os conceitos de Arte e História. Descobrir o(s) significado(s) da arte no contexto cultural das sociedades. Melhorar a capacidade de análise, leitura e interpretação da obra de arte. Desenvolver o crescimento da autonomia pessoal do aluno tendo em vista a sua capacidade de intervir de modo responsável e crítico no meio. Desenvolver valores estéticos pessoais. Revelar curiosidade e interesse pelos fenómenos artísticos. Frequentar locais de encontro com a Arte (museus, galerias, entre outros). Valorizar as expressões artísticas independentemente de adesões ou gostos pessoais. 6
7 PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES Unidade 1 - Introdução. CONTEÚDOS programáticos Subunidade 1 - A Arte e as artes: Unidade e diversidade As artes de cavalete e as artes ditas menores O papel do artesanato, ontem e hoje O artesanato africano. O estatuto do artesão africano Arte popular e Arte erudita O património artístico Conceito de património Conservação/inovação A Arte como documento histórico Entre o artista e o operador estético: a revolução conceptual da actividade artística A Arte como realidade autónoma A Arte como atitude: visual e mental A Arte como intervenção. Unidade 2 - O Classicismo. Subunidade 1 - O Classicismo na Arte europeia do período moderno O Individualismo, o Humanismo e o Racionalismo no quadro político-económico da Europa em expansão (do séc. XV ao séc. XVIII) A origem: do Gótico ao Renascimento italiano A Renascença clássica. O conceito de Renascimento e condições gerais dos séculos XV e XVI na Europa Itália: centro do Renascimento e condições específicas para o seu surgimento. A situação do artista. 7
8 11ª CLASSE 2.5. Características gerais e especificidades regionais na arquitectura, na escultura e na pintura O Renascimento fora de Itália O Maneirismo O conceito de Maneirismo. A necessidade de uma linguagem plástica e o reflexo da crise do séc. XVI nos seus valores clássicos. O Maneirismo como estilo internacional e aristocrático Características gerais na arquitectura, na escultura e na pintura Do Barroco ao apogeu rocal O estilo Barroco: seu conceito, condições socioeconómicas e culturais que originaram este estilo Arquitectura, pintura e escultura barrocas A permanência do Classicismo renascentista na actualidade A arte da Antiguidade em África. A descoberta da Arte Negra. Função e significado da Arte na vida do povo africano. Unidade 3 - O Século XIX. Subunidade 1 - O limiar da época contemporânea: a Arte entre as revoluções (liberalismo e industrialização) Do antigo regime à dominação burguesa: principais alterações estruturais. Do Iluminismo ao cientismo realista Os caminhos da Arte no séc. XIX Do Neoclassicismo ao Romantismo: na arquitectura (ecletismo e revivalismos) e nas artes plásticas A Arte europeia na viragem do século A industrialização e as novas concepções arquitectónicas e urbanísticas O aparecimento da fotografia e as suas consequências para a pintura: Realismo e Impressionismo Os novos caminhos da pintura no final do século: Pós-Impressionistas; Simbolismo e Pré-Rafaelistas. 8
9 PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES A escultura de Rodin O movimento Arts and Crafts : renovação do gosto em Inglaterra Do Classicismo ao Naturalismo A arte em África: As artes tradicionais; A multiplicidade de estilos. Unidade 4 - Primeiras décadas do século XX. Subunidade 1 - As grandes linhas definidoras das artes plásticas da primeira metade do séc. XX O quadro histórico da Europa e do mundo durante a primeira metade do séc. XX A evolução da fotografia e do cinema e suas repercussões nas artes plásticas: Da fotografia ao cinema: o primeiro passo; Evolução técnica e estética do cinema: o som e a cor A pintura Da Expressão à Abstracção: os ismos do séc. XX: Fauvismo, Expressionismo, Cubismo/Orfismo, Futurismo, Abstraccionismo lírico e geométrico, Construtivismo O revelador do inconsciente: Dada, pintura auto-física e Surrealismo O Neoclassicismo A influência da pintura na busca de novas formas escultóricas A influência da Arte africana Arte contemporânea africana. 9
10 11ª CLASSE SUGESTÕES DE ABORDAGEM METODOLÓGICA De carácter geral A correcta consecução dos objectivos propostos por este programa depende essencialmente da maneira como, no terreno, ele for concretizado. Será, pois, determinante para o seu bom êxito o tratamento pedagógico/didáctico que lhe derem os professores que o vão aplicar. Esta convicção leva-nos a explanar algumas linhas metodológicas que consideramos básicas e necessárias para o cumprimento total do programa nas suas duas vertentes essenciais: a da formação cientifico-tecnológica, específica; e da formação pessoal e social, comum a todos os programas. Assim, consideramos como metodologia básica do programa uma metodologia centrada no aluno, que lhe proporcione uma progressiva autonomia no seu processo de aprendizagem. Isso significa que, através de métodos semi-directivos e activos, o professor deverá conceber e planificar as aulas como esboço de trabalho efectivo para os alunos, onde os diversos saberes e experiências adquiridos por um e outros se reconstroem e organizam em novos saberes e competências, sob sua orientação e tutela pedagógico/didáctica. A função do professor será, então, de uma crescente responsabilidade. Cabe-lhe: 1) Fazer chegar aos alunos, através da simples exposição didáctica ou da documentação de trabalho que criteriosamente para eles seleccionou, a informação científica actualizada, necessária à formação dos saberes científicos; 2) Planificar e executar estratégias e actividades diversificadas e pertinentes, adequadas à construção dos saberes e também ao desenvolvimento da capacidade, da competência e dos valores pretendidos; 3) Utilizar métodos pedagógicos e didácticos ajustados, quer à consecução das estratégias e actividades propostas, quer à transmissão dos saberes; 4) Assumir uma relação pedagógica aberta e interpessoal, baseada no respeito mútuo e na tolerância. 10
11 PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES Deste modo, e atendendo à especificidade das aulas desta disciplina, propõemse aulas activas em que os alunos sejam confrontados com tarefas diversificadas e motivadoras que, através do trabalho individual e de grupo, lhes permitam: O contacto directo com as fontes da Historia da Arte em visitas a estações arqueológicas, museus, galerias e outras manifestações artísticas; O manuseamento de diversos materiais pedagógicos/didácticos, como a imagem em gravura, o slide, a fotografia ou o vídeo, os mapas e cronologias, os testes historiográficos e as críticas de arte; A experimentação e aquisição progressiva de métodos de análise, interpretação e crítica das diversas obras de arte; A organização correcta dos dados obtidos através da prática de exercícios de consulta bibliográfica e da síntese pessoal; O confronto de opiniões na prática constante do diálogo múltiplo; O constante relacionamento entre os saberes teóricos e práticos numa perspectiva transdisciplinar. Enfim, uma metodologia que dê ao aluno a real dimensão e complexidade dos fenómenos artísticos, temática em que o trinómio indivíduo-sociedadenatureza se interliga de forma inseparável, mas que lhe proporcione também o correcto desenvolvimento de capacidades e competências, e o ajude na sua construção pessoal. Na abordagem específica dos temas programáticos, salientamos a necessidade de incluir genéricas contextualizações civilizacionais e culturais que favoreçam a compreensão da interdependência entre Arte e História. É importante também que, estimulando o raciocínio crítico e a compreensão do aluno, se estabeleçam constantes relações analógicas, bem como perspectivas, que construam a ligação entre o passado e o presente. Atenção: Ao planificar as aulas para o desenvolvimento das diferentes unidades/ subunidades do programa, consultar o manual História das Artes 11ª Classe, da consultoria Científica e Pedagógica de Jorge Gumbe. 11
12 11ª CLASSE AVALIAÇÃO De acordo com as sugestões metodológicas propostas e os objectivos enunciados, sugerimos uma avaliação eminentemente formativa e à base de critérios, orientada no sentido da verificação do progressivo desenvolvimento das capacidades e competências dos alunos. Deste modo, o professor deverá pôr em prática estratégias, técnicas e instrumentos de hetero e auto-avaliação, diversificados e frequentes, permitindo um contínuo feedback do processo de ensino/aprendizagem. Nos vários momentos de avaliação, consignados nos documentos oficiais, a classificação a atribuir deve reflectir os seguintes critérios: Utilização de um vocabulário técnico; Aquisição dos conhecimentos básicos para cada unidade didáctica, com ênfase naquelas que o programa dá maior destaque; Desenvolvimento de competências e capacidades mínimas para a disciplina; Assumpção de competências e valores significativos para este nível educacional e para o curso artístico. 12
13 PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES BIBLIOGRAFIA BENEVOLO, Leonardo - História da Arquitectura Moderna, 5ª edição ampliada, Gustavo Gili, Barcelona, DROSTE, Magdalena - Bauhaus, , Benedikrtascheu, Colónia, JANSON, H. W. - História da Arte, 2ª edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, SHORT, Robert - Dada & Surrealism, Laurence King, Londres, MENNA, Filiberto - A Linha Analítica da Arte Moderna, Barcelona, DORFLES, Gillo - Tendências da Arte de Hoje, Arcádia, Lisboa, ARGAN, G. C. - Arte e Crítica de Arte, Lisboa, Ed. Estampa. ARGAN, G. C. - L Art Moderne, Lisboa, Ed. Estampa. HUNTER, S. - Arte do Séc. XX. MVENG, Engelbert - L Art et L Artisanat Africains. BASTIN, Marie Louise - Introduction aux Arts D Afrique Noire. OBENGA, Théophile - Les Peuples Bantu, édition du CICIBA,
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