PANORAMA MUNDIAL DA EDUCAÇÃO E O BRASIL: CENÁRIOS E PERSPECTIVAS

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1 PANORAMA MUNDIAL DA EDUCAÇÃO E O BRASIL: CENÁRIOS E PERSPECTIVAS Márcio de Souza Pires, Dr.¹ A educação mundial é fortemente analisada e acompanhada por importantes instituições, em busca de avanços no que se considera a prioridade para a melhoria das condições de vida da população. Este artigo tem por objetivo analisar dois importantes relatórios Educacion at a Glance 2012 OECD Indicators e PISA 2009 at a Glance OECD Indicators. O primeiro traz uma análise de quase 600 páginas e mais de 100 indicadores sobre a educação em 65 países avaliados. O segundo traz uma análise do desempenho de estudantes de 15 anos de idade, em leitura, matemática e ciências aplicadas. Assim, se consegue identificar a partir desses dois relatórios a posição do Brasil em termos qualitativos (desempenho de estudantes) e quantitativos. Infelizmente, os resultados da análise colocam o Brasil dentre os últimos em praticamente todos os indicadores, possuindo uma das mais baixas taxas de inserção da população adulta no nível superior de ensino e um dos piores desempenhos de estudantes com 15 anos de idade. Mais preocupante, é que o País não acompanha as tendências mundiais, em termos de políticas públicas e avanços. Ao final do artigo, com base nessas análises, se faz sugestões de políticas e projetos que poderiam mudar o contexto brasileiro. Palavras-chave: Educação. Indicadores da educação. Desempenho de alunos. Tendências da educação. Ranking educacional. Introdução A Educação é considerada prioridade para quase todos governantes e cidadãos no Brasil e no mundo. A Organização para o Desenvolvimento Econômico e Mundial (OECD) possui avaliações de vários fatores relacionados à educação desde o final da segunda Guerra Mundial e dois grandes projetos para avaliar a educação mundial. O primeiro é o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), que ocorre a cada três anos. Nesse artigo, se avalia o PISA 2009, última avaliação disponível. O outro projeto é um panorama da educação, baseado em centenas de indicadores, que avalia desempenho, avanços e tendências de 65 países no mundo. O objetivo deste artigo é avaliar os principais resultados apresentados nesses dois importantes relatórios, observando o Brasil em relação aos principais indicadores apresentados. Analisando a posição brasileira e os avanços e tendências apontados para o País, podemos sugerir, ao final do artigo, políticas e projetos que poderiam melhorar o desempenho nacional. Em boa parte das análises, compara-se o desempenho do Brasil com a média da OECD, com o Chile (melhor desempenho na América Latina) e com a Coréia, país que estava no mesmo nível do Brasil há 15 anos, e hoje lidera em boa parte dos indicadores. Neste artigo, que baseia em pesquisa documental se analisa os principais indicadores apresentados: Nível de estudo da população, com ênfase na população adulta; Relação entre o nível de estudo da população e o emprego; Recursos financeiros na educação; Desempenho dos alunos no Ensino Médio. No primeiro relatório, Education at Glance 2012, a OECD analisa os vários indicadores em relação a três níveis da educação. O primeiro nível, que corresponde ao nosso ensino fundamental, o segundo nível, que seria o nosso ensino médio, e o terceiro nível, que corresponde ao ensino superior no Brasil. Essas análises foram feitas em 37 países. No segundo relatório analisado, PISA 2009 at a Glance, foi avaliado o desempenho de 470 mil estudantes, com 15 anos de idade, em 65 países. Nem sempre a comparação do desempenho brasileiro, nos diferentes indicadores, foi possível, pois a análise não apresenta indicador para o Brasil. Outra importante limitação desta análise é que ela está focada apenas em alguns indicadores considerados os mais importantes para uma avaliação inicial do contexto brasileiro. Os relatórios apresentam uma riqueza muito grande de dados e análises, que devem ser analisadas em maior profundidade. Nível de Estudo da População Segundo a OECD (2012) o Nível de Ensino da População é um dos mais importantes indicadores para se definir o estoque de capital humano de um país, ou seja, as habilidades e capacidades existentes em sua população e em sua força de trabalho. ¹ Diretor executivo da Faculdade IBGEN Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios. Mestre em Administração de Empresas (UFGRS/1992) e Doutor em Engenharia de Produção (UFSC/2000). Consultor e professor em diversas áreas da gestão.

2 Como pode ser observado na Tabela 1, o Brasil está muito abaixo da média da OECD, tanto em termos de percentual da população adulta com ensino médio quanto com ensino superior. Enquanto apenas 11% da população brasileira entre 25 e 64 anos de idade possui ensino superior, esta média, para os 28 países ligados à OECD, é de 31%, ou seja, quase três vezes superior. Como o ensino superior é considerado o estágio básico para a inserção qualificada do cidadão no mercado de trabalho, este dado explica a falta de mão de obra qualificada no País, e preocupa bastante. Por outro lado, Média da OECD Brasil Indicadores Utilizados pela OECD 25 e 34 anos de idade 55 e 64 anos de idade Geral 25 e 34 anos de idade 55 e 64 anos de idade % da População com Terceiro Nível de Educação 22% 39% 31% 9% 10% 11% % da População com Segundo Nível de Educação 61% 80% 74% 51% 26% 41% Tabela 1 - Inserção da população no Ensino Superior e no Ensino Médio. Obs.: Dados da OECD relativos a Dados do Brasil referentes a Geral aponta a necessidade de crescimento deste indicador, e a oportunidade de políticas que venham a desenvolver este segmento da educação nacional. Indicador 1 - Percentual da População com Terceiro Nível de Educação e o percentual da população com o terceiro nível de educação. Como pode ser visto, a Coréia está bem à frente dos demais países, no quadrante superior direito, onde estão os países que cresceram mais do que a média da OECD e possuem maior percentual da população com terceiro nível de educação do que a média da OECD. O melhor desempenho neste indicador, nas últimas décadas, é da Coréia, pois sai de 12% da população entre 55 e 64 anos de idade para 65% para a população entre 25 e 34 anos de idade, mostrando claramente a prioridade dada, nas últimas décadas, à educação no País. Na América Latina, o melhor indicador é do Chile, com 19% para população entre 55 e 64 anos de idade e de 39% para a população entre 25 e 34 anos de idade, alcançando a média da OECD. Infelizmente, neste indicador, o Brasil encontra-se à frente, apenas, da China, dentre os 37 países avaliados. Mais preocupante é que o Brasil avançou pouco, quando se compara o percentual entre as duas faixas etárias avaliadas. A tabela completa para este indicador pode ser vista no Anexo I (Chart A1.1). Indicador 2 - Percentual da População com Segundo Nível de Educação O melhor país neste indicador é novamente da Coréia, que chega a quase 100% da população entre 25 e 34 anos com o segundo nível de educação completo, contra 43% da população entre 55 e 64 anos de idade. O Chile também apresenta ótima evolução neste indicador, pois ultrapassa a média da OECD para a população mais jovem (87%), enquanto a população entre 55 e 64 anos de idade alcança apenas o percentual de 52%. Neste indicador, para a faixa mais jovem da população, o Brasil está à frente de México (43%), Turquia (41%) e China (19%) dentre os 37 países avaliados. A tabela completa para este indicador pode ser vista no Anexo I (Chart A1.2). No Gráfico 1, o relatório da OECD traz uma análise muito interessante, comparando a evolução existente entre as gerações populacionais pesquisadas (faixa mais jovem e faixa mais idosa das populações pesquisadas) Gráfico 1. Proporção da População com Educação em Terceiro Nível e Potencial de Crescimento (2010) Obs: Dados da OECD relativos à Dados do Brasil relativos à 2009 No extremo oposto, no quadrante inferior esquerdo, estão os países que cresceram menos que a média da OECD e possuem menor percentual da população com o terceiro nível de formação. Neste quadrante, infelizmente, o destaque está com o Brasil. Faz companhia ao Brasil neste quadrante países que inicialmente surpreendem, como Alemanha e Áustria. A explicação é de que ensino

3 secundário (ensino médio) vocacional e/ou profissionalizante, nestes países, é muito desenvolvido, o que não ocorre no Brasil. Relação entre Nível de Estudo da População e Emprego Segundo o relatório da OECD (2012), em média a taxa de emprego de quem tem segundo nível educacional incompleto é de 55%, contra mais de 81% de taxa de emprego para quem tem terceiro nível educacional completo. Assim, em média, para os países participantes da OECD, um melhor nível educacional leva a uma taxa de emprego 50% maior. Para o Brasil, essa realidade não se repete. O Brasil é um dos países pesquisados com a menor taxa de desemprego dentre todos os 37 países pesquisados, com uma taxa de desemprego ao redor de apenas 5%. Com isso, a diferença entre os níveis educacionais é pequena. Mesmo assim, é interessante notar que, pelo estudo, esta taxa é menor para a população com menor qualificação (segundo nível educacional incompleto) do que para a população com o segundo nível educacional completo (que possui taxa de 7% de desemprego). A menor taxa de desemprego continua sendo para a população brasileira com formação superior (cerca de 3,3%). Assim, mesmo com diferenças menores do que para a média da OECD, no Brasil, o ensino superior possui menos da metade da taxa de desemprego do que o ensino médio completo. Esses dados podem ser analisados no Anexo I (Chart A7.1). Além da taxa de emprego, o salário médio da população com maior nível educacional também é maior. Em média os países ligados à OECD possuem ganhos, para a população com terceiro nível educacional completo 55% superiores ao da população com nível secundário completo. No Brasil, esta diferença é ainda maior, chegando a ser mais de 80% para a população masculina que possui diploma de ensino superior. Dentre os países pesquisados, o Brasil é, de fato, o que possui a maior diferença salarial entre a população com terceiro nível de ensino e a população com segundo nível de ensino completo. A diferença salarial, entre a população brasileira menos qualificada (inferior ao nível secundário de educação) e a população com diploma universitário chega a ser de quatro vezes. Ou seja, a população diplomada brasileira espera ganhar quatro vezes mais do que a população com menor taxa de formação. Para os países ligados à OECD, em média a população diplomada ganha duas vezes mais que a população com menor nível de ensino. Detalhes sobre este indicador podem ser vistos no Anexo I (Chart A8.1). Outra informação interessante que o relatório da OECD (2012) traz é sobre o retorno do investimento feito em formação. O custo em média de uma formação de terceiro nível (nível superior) para os países ligados à OECD é de US$ 200 mil, e a receita esperada para este nível de formação é de US$ 361 mil, ou seja, a formação superior, em média, gera um retorno de US$ 161 mil em relação ao investimento feito. Mais interessante ainda é a correlação feita entre a expectativa de vida e o nível educacional. Para os países ligados à OECD, existe uma diferença de expectativa de vida entre indivíduos com terceiro nível de educação e indivíduos abaixo do segundo nível de educação de quase 8 anos. Ou seja, maior nível educacional está relacionado a mais tempo de vida, o que não deixa de ser um indicador de qualidade de vida superior para a população com maior nível de educação. Recursos Financeiros na Educação Uma análise necessária se dá em relação aos gastos com a educação. Nestes gastos estão incluídos os custos diretos, transporte, alimentação, pesquisa, etc. Todos os gastos das instituições de ensino. Como pode ser observado na Tabela 2, em média os países da OECD gastam US$ por ano por estudante no primeiro nível de educação, contra US$ gastos no Brasil. No secundo nível de educação, essa relação fica ainda maior: US$ por ano, por estudante, em média na OECD, contra US$ no Brasil. Já para o terceiro nível de educação, essa diferença é substancialmente reduzida. Em média os países ligados à OECD gastam US$ por ano por aluno no terceiro nível de educação, contra quase isso, US$ gastos no Brasil. De fato, O Brasil é o país com a maior diferença entre o gasto com o terceiro nível educação e o gasto com o segundo nível de educação, apresentando um índice de 488, ou seja, 4,88 vezes mais gasto com o terceiro nível de educação do que com o segundo nível de educação. Na OECD, em média, este índice é de 180. Já a Coréia, que é o país que mais evoluiu em termos de panorama mundial de educação, possui um dos índices mais baixos: 110. Este indicador revela uma importante tendência: gastos elevados nos níveis iniciais de ensino. Gastos (US$ por ano) Primeiro Nível Educação Segundo Nível Educação Terceiro Nível Educação Média Média OECD Brazil Chile Coréia Tabela 2 Gastos na Educação Obs: Dados da OECD relativos à Dados do Brasil relativos à 2009 Este é um elemento muito importante, pois nos últimos 10 anos, todos os países ligados à OECD aumentaram seus gastos com os níveis iniciais e de educação e quase metade destes países reduziu gastos com o terceiro nível de educação, indicando uma tendência de investimento para a formação básica de qualidade, no primeiro e no segundo níveis, e com isso reduzindo a necessidade de investimentos no terceiro nível, que é o mais caro.

4 O Brasil vai de encontro a esta tendência, fazendo exatamente o contrário, possuindo uma das mais baixas taxas de investimento nos níveis iniciais e uma taxa de investimento no terceiro nível de classe mundial, desproporcional ao seu PIB e a sua renda per capita. Nas análises feitas no relatório da OECD (2012), o Brasil possui uma das piores relações investimento x PIB per capita para os níveis primeiro e segundo de educação, dentre todos os 37 países avaliados, e uma das maiores relações para o terceiro nível educacional. Enquanto o Brasil gasta cerca de 20% do PIB per capita com o segundo nível de educação (contra 27% para a OECD em média), gasta 105% do PIB per capita com o terceiro nível de educação, contra 42% em média dos países ligados à OECD. Possivelmente nessa distorção reside boa parte das respostas sobre a baixa inserção de adultos brasileiros no terceiro nível de educação (a educação é proporcionalmente cara para os padrões brasileiros) e os baixos índices de desempenho dos nossos estudantes na faixa de 15 anos em exames internacionais, como o PISA, pois estamos investindo pouco nesses níveis de ensino. Este cenário pode ser explicado por certo imediatismo das políticas educacionais brasileiras, bastante voltadas para o terceiro nível de educação, onde vemos projetos importantes como quotas em instituições federais, programas de bolsas como ProUni e UniPoa, aumento de 100% na oferta de vagas nas instituições federais nos últimos 8 anos, etc. Contudo, o que o panorama mundial aponta, e o que todo professor sabe, é que não adianta investir muito no terceiro nível de educação se a formação obtida nos níveis anteriores for de baixa qualidade, como está ocorrendo no Brasil. Ainda dentro deste tópico, outra dimensão importante diz respeito à parcela de gastos públicos na educação. Em média, para os países da OECD, para o primeiro e o segundo níveis de educação, 91% dos fundos das instituições de ensino vêm de fontes públicas. Já para o terceiro nível de ensino, essa parcela é bem menor, caindo para uma participação de 70% de capital público. Em países que apresentaram melhor desempenho nas últimas décadas, como Chile, Coréia e Reino Unido, a parcela de recursos privados é bem maior do que a média da OECD. Na Coréia, para o terceiro nível de educação, os recursos privados respondem por quase 75% dos fundos existentes. Já para os dois primeiros níveis, é de 22%. Esta é outra tendência importante no perfil das políticas públicas concernentes à educação nos países desenvolvidos: os recursos públicos estão concentrados nos dois primeiros níveis educacionais. Além disso, especialmente para o terceiro nível educacional, as parcelas de gastos privados têm aumentado durante a última década. Para o Brasil, infelizmente, não existem muitos dados sobre este aspecto da análise elaborada pela OECD. Contudo, a análise apresenta que o Brasil é o país, dentre os 37 analisados, onde a parcela de recursos públicos na educação mais aumentou entre 2000 e 2009, representando uma parcela de 17% de todos os dos gastos públicos. Outra dimensão importante nesta parte da análise diz respeito ao destino dos gastos na educação. Para os dois primeiros níveis educacionais, em média, os países da OECD gastam 80% de todos os recursos com pagamento de pessoal direto e indireto. No Brasil, esse percentual é um pouco menor, chegando a 73%. Já para o terceiro nível de educação, em média os países da OECD gastam 68% com remuneração de pessoal direto e indireto, sendo 26% com professores. Nesse nível, os gastos com pessoal no Brasil são maiores, chegando a quase 80%. A Tabela 3, a seguir, mostra alguns desses indicadores para a média dos países ligados à OECD. Média OECD Primeiro Segundo Nível Educação Nível Educação Salário Anual do Professor US$ US$ Horas por ano de instrução Número de alunos por sala Tabela 3 Indicadores de Sala de Aula Obs: Dados da OECD relativos à Dados do Brasil relativos à 2009 Desempenho dos alunos no Ensino Médio Como pode ser observado na Tabela 4, o desempenho médio dos alunos brasileiros, com 15 anos de idade, foi ruim no último PISA (OECD, 2010). O melhor desempenho ficou com os países asiáticos, que evoluíram muito das últimas décadas, com destaque para a China (Shangai e Hong Kong). Pontos Leitura Matemática Ciências Média OECD Brasil Coréia Chile Melhor Shangai-China 556 Shangai-China 600 Shangai-China 575 Posição Brasil dentre países Tabela 3 Indicadores de Sala de Aula Obs: Dados da OECD relativos à Dados do Brasil relativos à 2009 Como a nota máxima possível é pontos, as médias podem ser consideradas baixas. As melhores notas individuais, de alunos, ficam pouco acima dos 700 pontos. O Brasil fica, em todas as 9 edições de que já participou, sempre nas últimas colocações. Na edição de 2009, o País ocupa a 53ª posição para leitura e ciências e a 57ª posição para matemática, atrás de países pouco

5 representativos no contexto mundial, como Colômbia, Trinidad e Tobago, Tailândia, Romênia, Argentina, México, dentre outros. Mais preocupante é quando se analisa o percentual de estudantes brasileiros que ficam no nível 1, ou abaixo, de performance. O PISA divide cada prova em seis níveis de desempenho, na qual as questões vão apresentando grau crescente de dificuldade. Assim, as questões de nível 1 são as mais simples, e as questões de nível 6, as mais complexas. Na prova de matemática, conforme pode ser observado no Gráfico 2, a seguir, o Brasil apresenta mais de 1 terço dos estudantes avaliados no nível 1, ou abaixo, de proficiência, contra percentuais insignificantes dos alunos avaliados nos países líderes, como China, Finlândia, Coréia. Já o percentual de aluno de elevado desempenho, que consegue atingir o nível 6 de proficiência na prova, é exatamente o oposto, como seria de esperar, com o Brasil apresentando um percentual insignificante de alunos com performance elevada, contra grandes percentuais dos países líderes. O mesmo pode ser observado para a prova de ciências, como pode ser observado no Gráfico 3. China, Finlândia e Coréia ocupam as primeiras posições, com baixíssimo percentual de estudante no nível 1, ou abaixo de proficiência, e elevado percentual de estudantes em nível 6 de proficiência. Em ambas as provas, matemática e ciências, impressiona o elevado percentual de estudantes de Shangai que conseguiram atingir o nível 6 ou acima (mais de 20% dos estudantes avaliados nesse país). O Brasil, para a prova de ciências, repete o seu desempenho, com muitos estudantes no nível 1, ou abaixo, de proficiência. Essas duas provas, matemática e ciências, apresentam a maior variação de desempenho entre os estudantes. Gráfico 2 - % de alunos por nível de proficiência em Matemática Fonte: OECD, 2010 Obs: As cores da escala representam os 6 níveis de proficiência Já para a prova de leitura, como pode ser observado no Gráfico 4, os percentuais, tanto de estudantes abaixo do nível quanto acima do nível 6, são menores, para o conjunto de países como um todo. Gráfico 3 - % de alunos por nível de proficiência em Ciências Fonte: OECD, 2010 Obs: As cores da escala representam os 6 níveis de proficiência

6 da população com nível superior (dados de 2009), apesar de ter dobrado o número de alunos, matriculados no ensino superior, entre 2000 e Já os indicadores qualitativos, que medem o desempenho de estudantes entre 15 e 16 anos de idade (ensino médio), são preocupantes, mesmo em nível mundial, o que justifica o nível de investimentos, tanto dos países líderes quanto dos países mais atrasados, como o Brasil. Gráfico 4 - % de alunos por nível de proficiência em Leitura Fonte: OECD, 2010 Obs: As cores da escala representam os 6 níveis de proficiência China, Coréia e Finlândia lideram novamente o ranking nesta prova. Já o Brasil apresenta resultado um pouco pior, sendo ultrapassado, no ranking, por países como Jordânia e Montenegro. Principais Resultados e Sugestões Os relatórios apresentam informações essenciais para a melhoria da educação brasileira. Inicialmente é importante destacar que a educação tem sido, nas últimas 5 décadas, alvo de profundas análises, pesquisas, projetos e investimentos nos países que ocupam a liderança mundial, tanto em termos econômicos quanto em termos sociais e políticos. O Brasil tem investido a pouco tempo em educação, em termos de estudos, análises e projetos de grande porte. Os próprios exames nacionais (ENEM e ENADE) são recentes. Praticamente inexistem projetos de grade porte para o ensino fundamental e médio. Em muitos dos indicadores apresentados, não se pode fazer uma análise da situação brasileira pela falta de indicadores. Os indicadores quantitativos, principalmente no que se referem a percentual da população por nível ensino, já apresentam, para os países líderes, padrões bastante elevados, com países como a Coréia, chegando perto de 70% da população com ensino superior. O Brasil, infelizmente, mesmo neste indicador, o mais básico, está bem distante, apresentando apenas o percentual de 11% O mundo tem visto duas grandes tendências em relação à melhoria de desempenho dos estudantes. A primeira é a atenção dada aos níveis iniciais de ensino (ensino fundamental e ensino médio), onde os gastos por aluno por ano são muito superiores aos vistos no Brasil e tem crescido na última década. Outra tendência importante, nesse quesito, é a prevalência de investimentos públicos nesses níveis de ensino. O ensino de terceiro nível (ensino superior) é mais caro e, por isso, a participação da iniciativa privada, neste nível, é crescente. Infelizmente, o Brasil está na contramão dessa tendência, investindo cada vez mais no terceiro nível de educação e percentuais elevados de recursos públicos. O gasto relativo brasileiro, para o terceiro nível de ensino, é de 105% do PIB per capita, contra uma média da OECD de 42%. Este indicador, na visão do pesquisador, é determinante para a baixa inserção da população adulta brasileira no ensino superior. O ensino superior brasileiro é caro. É importante ressaltar que segundo o Censo da Educação Brasileira (INEP 2011), apenas 51% das vagas ofertadas no ensino superior são ocupadas (alunos ingressantes). Apenas 27% das vagas são efetivamente aproveitadas (alunos concluintes). O estudante brasileiro é um trabalhador. Possui limitações financeiras e de tempo, o que tem levado um crescente número de matrículas em cursos à distância e tecnólogos, onde o investimento total, de tempo e recursos, é menor. Assim, sugere-se, como incentivo ao ensino superior, medidas que diminuam o custo para o aluno: Redução de impostos é fundamental, pois o ensino superior brasileiro paga todos os impostos devidos pelos demais segmentos da economia. A maior conta de despesa, de uma instituição superior, é de impostos. Se a educação é um serviço básico, por que não possui tributação diferenciada? Além disso, é importante desenvolver projetos que valorizem os professores. Nas análises feitas, onde a OECD tenta entender quais são as variáveis mais importantes para a melhoria da qualidade do ensino, a única que possui relação direta e forte é a qualidade do professor e relação deste, com o aluno, em sala de aula. O salário base do professor brasileiro em todos os níveis é baixo. É baixo, inclusive, para os padrões salariais brasileiros, o que traz como consequência a dificuldade de atração de profissionais qualificados para o mercado educacional. Projetos que meçam e premiem o desempenho dos docentes são fundamentais e emergenciais. Por fim, é preciso por prioridade na educação fundamental e no ensino médio. Se esta base não for bem formada,

7 o investimento feito no ensino superior é subaproveitado. Além da qualificação e da valorização dos professores nestes níveis de ensino, como já comentado, é importante a adoção de avaliações e premiações aos alunos. É necessário instituir a meritocracia, o compromisso com o desempenho, desde os primeiros anos dos alunos no ensino fundamental. Projetos de avaliação e premiação de alunos no ensino fundamental e médio poderiam prever a distribuição de bolsas no ensino superior, uma vez que sobram vagas neste nível de ensino. ANEXO I Principais tabelas e gráficos analisados no Education ta Glance 2012, OECD Indicators Conclusão Como visto, o cenário da educação brasileira é preocupante. Muito se tem dito que a educação deve ser a prioridade nacional, mas, o que se constata é que, de fato, não é. Temos incentivo fiscal para a produção de carros e geladeiras, e não temos nada para a educação, que é cara para os alunos do País. As ações existentes, como ProUni e projetos de duplicação de vagas no ensino superior público são ineficazes, pois sobram vagas no ensino superior e o problema está nos níveis iniciais de ensino. Imediatismo e motivos eleitoreiros direcionam as políticas públicas desta área no País. Não só as lideranças públicas, políticos e dirigentes públicos estão em débito com a nação, mas também as lideranças da iniciativa privada. Não existem projetos para instituir a meritocracia e premiar o bom desempenho, quer seja de alunos, quer seja de professores. As estatísticas, estudos, são recentes e carecem de profundidade. Sem pesquisas e análises aprofundadas, não se pode esperar projetos e políticas efetivos. A educação brasileira precisa ser prioridade, de fato, e não apenas em teoria. Não só em termos de recursos financeiros, mas principalmente em termos de atenção, de pais, de alunos, de gestores e de lideranças deste País. Referências OECD (2012). Education at Glance 2012: OECD Indicators, OECD Publishing. OECD (2010). PISA 2009 at Glance, OECD Publishing. org/ / en. INEP (2011). Censo Educacional Brasileiro 2010, INEP. br/censo

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