A ESCOLHA DOS TRABALHADORES
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- Mirella Caires Abreu
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1 A ESCOLHA DOS TRABALHADORES Economia
2 A escolha dos trabalhadores Em princípio, são duas as escolhas relevantes aqui: Trabalhar ou não trabalhar? Trabalhar quanto?
3 A escolha dos trabalhadores Benefícios do trabalho: Salário; Aprendizado; Satisfação pessoal e etc. Em nosso modelo focaremos no benefício salarial apenas.
4 A escolha dos trabalhadores Trabalhar tem um custo; É o tempo que se gasta na fábrica, no escritório e etc. Em detrimento do mesmo tempo utilizado com lazer, estar com a família entre outros. Esse custo é chamado de custo de oportunidade do emprego;
5 A elasticidade da oferta de trabalho A oferta de trabalho em um país não depende muito do nível de salário. Para muitas aplicações, a hipótese de uma oferta de trabalho inelástica, ou seja, que não depende do salário, é uma boa aproximação da realidade.
6 A elasticidade da oferta de trabalho Trabalhar em princípio é uma escolha; Em muitos casos o salário oferecido tem pouca relevância nessa decisão, pois não trabalhar, não é uma opção viável. Exemplo: um pai de família normalmente vai escolher trabalhar, ainda que o pagamento e as condições oferecidas não sejam lá muito atraentes.
7 A elasticidade da oferta de trabalho w Qualquer que seja o nível de salário, a oferta de trabalho é sempre a mesma. n
8 A elasticidade da oferta de trabalho Em outros casos a oferta de trabalho se mostra bem mais elástica, ou seja, ela reage a variações no salário; Por exemplo, a oferta de professores que dão aulas particulares de matemática para alunos do ensino médio depende de quanto está se pagando pela aula.
9 A elasticidade da oferta de trabalho Se o preço for muito alto, vários estudantes universitários e professores oferecerão seu trabalho em troca dessa renda extra; Mas se o preço for baixo, a oferta desse tipo de trabalho é reduzida e os potências professores vão mais cedo para casa assistir novela ou ficar com a família; Quando analisamos um mercado de trabalho em particular, a oferta de trabalho tende a ser mais elástica.
10 A elasticidade da oferta de trabalho w Oferta elástica n
11 A BARGANHA ENTRE EMPRESAS E TRABALHADORES Economia
12 A barganha entre empresas e trabalhadores Contudo, em alguns casos, a barganha se torna relevante. Situações em que o poder de barganha das empresas é alto por exemplo, porque não existem alternativas disponíveis interessantes aos trabalhadores os salários tenderão a ser mais baixos. No caso de existirem várias empresas em busca de um certo tipo de trabalhador, os salários tenderão a ser mais elevados.
13 A barganha entre empresas e trabalhadores O terceiro elemento que entra na determinação do trabalho é a barganha que se desenrola entre empresas e trabalhadores. Quando empresas podem contratar e demitir a baixo custo, pois é fácil encontrar funcionários adequados; Pessoas podem mudar de emprego com facilidade, pois há sempre empresas contratando; Nesses dois casos não há espaço para barganha.
14 A barganha entre empresas e trabalhadores Resumindo, empresas competem entre si pelos trabalhadores, e trabalhadores competem entre si pelos empregos. A competição entre as empresas tende a elevar os salários; Enquanto a por empregos tende a reduzi-los.
15 SALÁRIOS Economia
16 Salários Salários em geral dependem da oferta e demanda. Vamos analisar um modelo de mercado de trabalho onde excluímos a barganha e outras variáveis.
17 Salários Diz-se que o mercado de trabalho está em equilíbrio quando? A demanda e a oferta se equivalem.
18 Salários w Salário (wage) Oferta e demanda de trabalho. n Quantidade de trabalhadores
19 Salários O que acontece quando a mais pessoas empregadas no mercado? E quando a taxa de desemprego é alta?
20 A tecnologia e os salários O número de máquinas e novas técnicas e serviço do homem na produção de bens e serviços cresceu, substancialmente, desde a Revolução Industrial. Desde então produzimos mais por causa das máquinas.
21 A tecnologia e os salários Por exemplo: Um agricultor que tem à sua disposição o maquinário e as sementes que incorporam os avanços tecnológicos recentes pode produzir muito mais que um outro com a mesma terra, algumas sementes de má qualidade e uma enxada.
22 A tecnologia e os salários Com as máquinas, as exigências de qualificação aumentaram? E os salários? A população mundial aumentou? E a procura por novos produtos aumentou? E a oferta de emprego?
23 A tecnologia e os salários w Salário (wage) Oferta de trabalho na economia Demanda de trabalho com mais tecnologia Demanda de trabalho com menos tecnologia n Quantidade de trabalhadores
24 A tecnologia e os salários O avanço da tecnologia e o consequente aumento da produtividade do trabalho são as principais causas dos aumentos na renda das pessoas na história da humanidade. Segundo o historiador Angus Madison, nos oito séculos entre o ano e o ano 1.820, a renda mundial per capita cresceu 50%. Após a revolução industrial, entre e 1.998, a renda mundial per capital cresceu espantosos 800%.
25 A renda da faxineira A faxineira na Inglaterra ganha substancialmente mais que a faxineira no Brasil e, nesse caso, a explicação não pode estar na produtividade(a faxineira inglesa não limpa melhor a casa). Então qual é o motivo? Na Inglaterra, há menos pessoas que escolhem esse tipo de trabalho porque, como os salários nos outros setores da economia são mais alto, a faxineira só aceita exercer essa profissão por um ganho maior.
26 A renda da faxineira Já no Brasil, a falta de qualificação é a principal variável do custo baixo de uma faxineira.
27 A renda da faxineira w Salário (wage) Oferta de faxineiras na Inglaterra Oferta de faxineiras no Brasil Demanda por faxineiras n Quantidade de trabalhadores
28 O bolsa escola e o salário Quando o bolsa escola foi implementado no DF em meados da década de 1.990, algumas mães de família contempladas pela ajuda financeira deixaram de trabalhar para outras famílias. O que aconteceu com oferta nas profissões de passadeira, faxineira, empregada? Com o auxílio, essas mulheres tem uma remuneração e podem ficar em casa para cuidar dos filhos.
29 O bolsa escola e o salário w Salário (wage) Oferta de passadeira com o bolsa escola Oferta de passadeira sem o bolsa escola n Quantidade de trabalhadores
30 Impostos sobre o salário Suponhamos agora que o governo institua um imposto sobre o salário, a ser pago pela empresa. Qual o impacto desse imposto sobre a renda do trabalhador? Utilizando um modelo simples: O imposto pago pela empresa não afeta os incentivos do trabalhador a ofertar sua mão de obra. Assim a curva da oferta de trabalho não é alterada. Por outro lado a empresa leva em consideração a taxação na hora de contratar.
31 Impostos sobre o salário Exemplo: Se a empresa estiver disposta a pagar 20 mil por ano a um funcionário, após a imposição de um imposto de 2 mil, a empresa estará disposta a pagar apenas 18 mil.
32 Impostos sobre o salário w Salário (wage) Oferta de trabalho na economia Demanda por trabalho antes do imposto Demanda por trabalho depois do imposto n Quantidade de trabalhadores
33 Um terço a mais nas férias A Constituição, desde 1.988, menciona como um direito dos trabalhadores urbanos e rurais o gozo de férias anuais remuneradas com um terço a mais do que o salário mensal normal. Os trabalhadores já tinham o direito antes, mas sem receber o adicional de um terço. O que houve no curto prazo? Diminuição do salário.
34 Um terço a mais nas férias As empresas analisam hoje o custo total da contratação. Para ela, não faz diferença alguma pagar, digamos, 12 salários de R$1.300 reais ou 13 salários de R$1.200, ou ainda 52 salários de R$300.
35 O salário mínimo Analisemos agora os impactos da lei que estabelece um salário mínimo abaixo do qual é proibido contratar empregados. O que acontece com o mercado de trabalho com o aumento do salário mínimo?
36 O salário mínimo Utilizando nosso modelo, é possível notar que se o salário mínimo, Wmin, for inferior ao salário de equilíbrio W*, nada muda.
37 O salário mínimo W desempregados Wmin W* n
38 O salário mínimo Quem se da mal com o aumento do salário mínimo na nossa hipótese? Pessoas com baixa renda.
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