DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COM REDAÇÃO FINAL

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1 CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COMISSÃO ESPECIAL - PL 5186/05 - ALTERA A LEI Nº (LEI PELÉ) EVENTO: Audiência Pública N : 1258/08 DATA: 03/09/2008 INÍCIO: 14h46min TÉRMINO: 17h31min DURAÇÃO: 02h44min TEMPO DE GRAVAÇÃO: 02h44min PÁGINAS: 59 QUARTOS: 33 DEPOENTE/CONVIDADO - QUALIFICAÇÃO EDUARDO CARLEZZO Advogado especialista em Direito Desportivo. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo IBDD. JORGE PAULO DE OLIVEIRA GOMES Presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ANAF. SUMÁRIO: Debate sobre a criação da nova legislação desportiva. Deliberação sobre requerimentos. OBSERVAÇÕES Houve exibição de imagens. Houve intervenções fora do microfone. Inaudíveis. Há oradores não identificados.

2 O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) - Declaro aberta a presente reunião de audiência pública, que conta com a presença do Sr. Eduardo Carlezzo, advogado especialista em Direito Desportivo, e do Sr. Luiz Felipe Guimarães Santoro, do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo, a quem convido para tomar assento à mesa. Informo também que foram convidados para a presente reunião o Sr. Rubens Approbato Machado, Presidente do STJD, e o Sr. Sérgio Corrêa da Silva, Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Ambos justificaram a ausência, em função de compromissos anteriormente já agendados. Mais uma vez, esclareço os procedimentos da audiência: cada expositor disporá de 20 minutos, prorrogáveis; cada Deputado disporá de 3 minutos para formular considerações ou pedidos de esclarecimentos, dispondo o expositor de igual tempo para resposta; serão facultadas a réplica e a tréplica por 3 minutos para cada um; e a lista de inscrição para o debate encontra-se à disposição dos Srs. Deputados na mesa de apoio. Convido para tomar assento à mesa o Sr. Jorge Paulo de Oliveira, Presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol. (Pausa.) Concedo a palavra ao Sr. Eduardo Carlezzo. O SR. EDUARDO CARLEZZO - Boa tarde, nobre Presidente, boa tarde, nobre Relator, boa tarde, nobre Deputado Silvio Torres. É um prazer participar desta audiência. Esta Comissão tem desempenhado papel ímpar no futebol brasileiro. Pela primeira vez, no Brasil, está-se discutindo uma legislação desportiva e os principais atores do esporte estão sendo ouvidos. É uma honra para nós dar algumas idéias e opiniões a respeito do que entendemos que pode ou não ser mudado na Lei Desportiva. Procurarei ser bastante objetivo e sucinto nas minhas considerações, especialmente porque o projeto é longo. Vários temas são discutíveis, e há vários pontos de vista. Procurarei, conforme a experiência que temos de trabalhar 100% com futebol, especialmente na esfera internacional e na FIFA, falar um pouco sobre o que entendemos que poderia ser modificado ou acrescentado na lei. Tratarei de 4 pontos objetivos. Um deles diz respeito à criação de empresas no futebol ou até mesmo à facilitação da criação de empresas no futebol. Outro 1

3 assunto trata dos famosos direitos econômicos, que são os negócios que os clubes fazem hoje, visando ceder participação de atletas a empresas e investidores. Tratarei também da formação de atletas, ponto nevrálgico do futebol brasileiro. Por fim, falarei sobre o prazo de contrato de jogadores com menos de 18 anos, permitido pela FIFA apenas por 3 anos. Com relação a direitos econômicos, não podemos fechar os olhos hoje para a realidade do futebol brasileiro: os clubes não têm dinheiro em caixa. As fontes de receita, infelizmente, ainda não são tão bem aproveitadas como deveriam ser. O que acontece na prática? Praticamente, 100% dos clubes nacionais fazem parcerias com investidores, agentes e empresários e cedem direitos econômicos. Hoje isso virou um mercado bastante lucrativo e interessante para ambas as partes, do ponto de vista do investidor e dos clubes. Se verificarmos hoje os clubes de futebol da série A do Campeonato Brasileiro, todos eles, de uma maneira ou de outra, cederam ao atleta, ao agente dele, ou ao empresário participação em uma receita futura à transferência do atleta. Muitas vezes, essa cessão se deu em função da negociação do contrato ou, posteriormente, porque o clube necessitava fazer caixa, porém não queria vender o atleta. O que ele fazia? Cedia o percentual de uma receita futura para o investidor, 30%, 40% ou 50%, tinha o encaixe financeiro e mantinha o atleta por um bom tempo. Dito isso, hoje a Lei Pelé, a Lei Desportiva não tem nenhum artigo, nada que trate desse tipo de negociação. Evidentemente, na minha opinião, é uma negociação lícita, porque a lei não a proíbe. A própria FIFA, recentemente, regulamentou a matéria no art. 18 do regulamento de transferências, que não proíbe de nenhuma maneira que os clubes possam fazer esse tipo de negociação. Porém, ela apenas cria alguns requisitos, entre os quais que o clube que vier a ceder esse tipo de participação continue tendo autonomia e independência na relação com o atleta, especialmente quando ou não deve vendê-lo. A partir disso, tendo em vista que se tornou assunto de interesse dos clubes, evidentemente é do interesse também de investidores. E digo muito dos clubes, porque eles fazem vários negócios dessa natureza. Hoje é uma constante. Creio eu e gostaria de deixar a sugestão aos nobres Deputados que seria interessante 2

4 regulamentar definitivamente esse tipo de negócio. Eu poderia listar vários clubes grandes de primeira divisão e jogadores famosos, números desses mesmos clubes, que procuram manter esses atletas por 1 ano ou um ano e meio e acabam cedendo um percentual. Muitas vezes não se tem total segurança jurídica nesse tipo de contrato, porque não há uma regra específica. Assim, tomei a liberdade de colocar essas sugestões por escrito. Eu as deixei com a Secretária da Comissão, que vai deixar com os senhores posteriormente uma sugestão de redação. O próximo ponto diz respeito à criação de empresas no futebol. Sabemos que hoje 99% dos clubes do Brasil são constituídos como associação. São pouquíssimos os que adotaram um regime de sociedade de empresa ou regime de empresa. O art. 27, 2º, da Lei Desportiva, de nº 9.615, de 1998, cria uma dificuldade gigante, quase insuperável para aqueles clubes que resolvam criar uma empresa no futebol. Vou dar um exemplo. Com a Copa do Mundo, vários clubes estão buscando parceiros ou para renovar os estádios ou para construir estádios. Vou citar o exemplo de Porto Alegre, onde o Grêmio firmou parceria com uma importante construtora, muito conhecida, uma das maiores do Brasil, para construir uma nova arena. Essa nova arena vai importar na criação de uma nova empresa, cujos acionistas serão o Grêmio, como associação, e a construtora. Seguindo a lógica do art. 27, 2º, para que o Grêmio possa corretamente ser acionista dessa empresa, ele terá que convocar uma assembléia geral de seus associados, que são mais ou menos 40 mil, e deverá ter a concordância de pelo menos 20 mil mais 1. Isso é uma incongruência gigantesca. Não estou falando aqui, senhores, na obrigação de transformação dos clubes em empresa acho que essa obrigação é completamente inconstitucional, mas, sim, em pelo menos darmos condições àqueles que têm interesse em transformar departamento de futebol em empresa ou em fazer outros negócios, como construção de estádios e qualquer outra iniciativa, de poder decidir e em ser factível a construção. Mais um exemplo, só para ficarmos na esfera do impossível: o Internacional de Porto Alegre é um clube que hoje tem quase 80 mil sócios. Suponhamos que o Internacional de Porto Alegre, que também deve ser escolhido para ser sede da Copa do Mundo de 2014, resolvesse ter e tem um projeto para criação de 3

5 shopping, e de hotel no anexo do complexo do Estádio Beira Rio. Se o Internacional e uma grande construtora resolvessem criar uma empresa, o Internacional, para que pudesse integralizar 1 centavo naquela empresa como capital social, necessitaria da concordância de associados. Acho que está demonstrado que, na prática, esse artigo acaba inibindo qualquer tipo de negócio, como a construção de estádios, que muito interessa aos clubes. Sem contar na transformação do departamento de futebol em empresa. Esse é outro assunto muito importante, que também deve ser tratado com seriedade. Quanto à formação do atleta, tenho certeza de que os nobres Deputados já ouviram de todos que por aqui passaram que nossa lei é insuficiente com relação a esse ponto. Realmente, esse é um aspecto de que a lei deve tratar melhor. O PL, especialmente no aspecto da compensação pela formação, do meu ponto de vista, pode ser melhorado em 2 pontos. Primeiro: a Lei Pelé permite que um atleta com mais de 16 anos firme o primeiro contrato profissional pelo prazo de 5 anos. Se o atleta com 16 anos firmar o contrato por 5 anos, ele valerá até ter 21 anos. O clube levará esse contrato para ser registrado na CBF, que não poderá registrá-lo, porque existe o art do regulamento de transferência da FIFA, que diz que um atleta com menos de 18 anos só pode assinar um contrato pelo prazo de 3 anos. Esse é um dos motivos pelo qual muitos jogadores têm saído cedo do Brasil, porque, quando o atleta faz 16 anos, o prazo de seu contrato será até os 19 anos. Sabemos que aos 19 anos, a não ser em casos fora de série, como o do Alexandre Pato e o do Anderson, do Grêmio, ainda não é possível saber se o atleta vai ser um craque. Só que, aos 19 anos, o clube já o perdeu. Mais um detalhe: se o atleta fizer 18 anos, qual é a única forma de o clube renovar o contrato dele? Cedendo um percentual de direitos econômicos. Cede para o atleta e para o agente dele, e o clube consegue renovar o contrato por mais 2 ou 3 anos, mas já criou os parceiros. Como podemos modificar isso? Infelizmente, pela Lei Pelé, não vai dar e pela legislação nacional também não. Gostaria de deixar uma sugestão para os nobres Deputados, especialmente para o Deputado José Rocha, que tem excelente trânsito na CBF e também influência muito grande na FIFA, pois o Brasil será cede de Copa do Mundo. Essa 4

6 questão passa por negociação na FIFA. Ela é muito mais abrangente. A lei, como está, assegura ao clube fazer um contrato com o atleta por 5 anos a partir dos 16 anos, mas a FIFA não permite. A CBF, como tem que cumprir as normas da FIFA, também não permite isso. Essa negociação não é aqui, ela é lá em cima. Se esse assunto interessasse apenas ao Brasil, eu diria a V.Exas.: nem tentem negociar com a FIFA, porque, infelizmente, quando um assunto interessa apenas ao Brasil ou a países latino-americanos, nada avança na Europa, nada avança na FIFA. Esse assunto, porém, interessa a todos os clubes, especialmente os europeus. Na Europa, há o mesmo problema. O Arsenal, o Manchester, o Real Madrid têm o mesmo problema que nós. Eles também querem fazer contratos de longo prazo com seus atletas de menor idade. Deixo como sugestão abrir esse diálogo com a FIFA, porque esse é um ponto que interessa a todos os clubes do mundo e a todos os países. Considerando-se a influência que o Brasil tem dentro da FIFA e o fato de sermos futura cede de Copa do Mundo, a proteção ao futebol brasileiro com relação ao prazo do contrato do atleta de 16 anos passa pela FIFA e não passa pela lei nacional. O último ponto, quanto ao aspecto de formação, refere-se a como compensar o clube formador quando ele perde um atleta. Outro problema sério é que a legislação nacional, muito embora tenha artigo específico, o art. 29, 4º, 5º e 6º, é incipiente, e, na prática, nada acontece. Sabemos que um atleta, quando é amador, não tem vínculo desportivo nem contrato de trabalho e se transfere para onde quiser, seja dentro do Brasil, seja no exterior. Ele é livre para se transferir. Considerando-se essas circunstâncias, a lei atual cria a hipótese de bolsa de aprendizagem, que seria uma compensação pela formação. Mas, na prática, eu nunca vi algum caso de um clube ser ressarcido, em função das exigências que constam da lei. Não digo que são quase intransponíveis as dificuldades, mas são gigantes, e, no final das contas, tudo passa pelo Judiciário. Sabemos que o Direito Esportivo e o futebol não são os grandes clientes do Judiciário, que tem dificuldade para entender matérias esportivas, e se estendem as discussões por 7 ou 10 anos, quem sabe? Qual seria a sugestão? Adotarmos no Brasil o que a FIFA faz hoje. Ela tem, sim, uma normatização muito interessante a 5

7 respeito da compensação pela formação de atletas, que existe desde Posso falar com bastante propriedade, porque já trabalhei na FIFA em mais de 100 casos dessa natureza, buscando para clubes brasileiros esse tipo de indenização pela formação de atletas. Como a FIFA fez isso e como poderemos trazer isso para o Direito nacional? Vários países do mundo fizeram isso, copiaram isso no seu Direito. Portugal e Itália copiaram, e o Chile copiou recentemente. Ontem troquei com um colega chinês, e, parece-me, até a China copiou isso. Como seria? A FIFA dividiu em continentes, por federações: UEFA, CONMEBOL, Ásia. Em cada continente, dividiu os países em 4 categorias. Na UEFA, por exemplo, para onde vão os maiores jogadores brasileiros, há países de 1ª, 2ª e 3ª categoria. Isso significa que, em países como Itália, Inglaterra, França e Alemanha, se um atleta brasileiro, amador portanto, sem vínculo profissional, com 18 anos de idade, transferir-se para um clube de 1ª divisão na Inglaterra, por exemplo, de acordo com a tabela da FIFA, para cada ano que ele passou no clube brasileiro equivale a 90 mil euros; se for para um clube de 2ª divisão, são 60 mil euros; para um clube de 3ª divisão, são 30 mil euros; para um clube de 4ª divisão, são 10 mil euros. A contrario sensu, se um atleta africano ou uruguaio, por exemplo, vier jogar no Brasil, também na CONMEBOL se criou essa tabela dividida em 4 categorias. Evidentemente, a FIFA estipulou valores maiores para a Europa, porque é onde está o dinheiro. Para a América do Sul, os valores seriam apenas a título ilustrativo. Tanto que um jogador argentino de 18 anos que jogava no Boca Juniors, que tinha vínculo de amador, recebeu proposta para jogar no São Paulo onde assinou o primeiro contrato profissional. Esse jogador passou no Boca dos 16 aos 18 anos, 2 anos. Se vier para um clube de 1ª divisão do Brasileirão, para cada ano que passou no Boca valerá 50 mil dólares; se for de 2ª divisão, 30 mil dólares; se for de 3ª divisão, 10 mil dólares; se for de 4ª divisão, 2 mil dólares. Toda essa matéria envolve, sempre, transferências internacionais, e tudo isso é decidido na FIFA, que, no seu regulamento de transferências, determinou que as associações nacionais incluam nos regulamentos dispositivos para tratar disso. Vários países incluíram esse dispositivo. 6

8 Srs. Deputados, já que, no ano que vem, teremos 4 divisões no Brasileirão, teremos as séries A, B, C e D, sugiro transformarmos em clubes de 1ª categoria os da série A; de 2ª categoria os da série B; de 3ª os da séria C; e de 4ª os da série D. E prefixaríamos os custos de formação tal qual a FIFA fez. Hoje a atual legislação determina que, no caso de um atleta amador, de 19 a 20 anos, que sai de um clube e vai para outro, o novo clube terá que indenizar o clube formador em até 30 vezes o valor anual da bolsa de aprendizagem. Haverá toda uma discussão de quanto gastou ou não gastou, isto é, cria-se um problema a mais para discutir o valor. Parece-me que a prefixação dos valores seria a melhor forma. E, a partir disso, como sugestão e considerando alguns valores que a FIFA estipulou, sugiro: clubes de 1ª categoria, da série A, para cada ano de formação, 100 mil reais; clubes da série B, 60 mil reais; da série C, 30 mil reais; da série D, 5 mil reais. Exemplo prático: imaginemos o jogador de um clube do Amazonas, que disputa por aquele clube o campeonato amazonense, mas não é profissional, não tem contrato de trabalho ainda e, portanto, poderá ser transferido a qualquer momento. Se esse atleta receber uma proposta do Flamengo, ele assinará com o Flamengo o primeiro contrato profissional. Este seria o fato de origem da compensação: a assinatura do primeiro contrato profissional. Assinando o primeiro contrato profissional, o Flamengo seria devedor de uma compensação a esse clube do Amazonas. E como se calcula essa compensação? Ela sempre vai considerar os custos do novo clube, do clube que está, entre aspas, adquirindo o atleta. Como nós vimos aqui, como eu explanei, o Flamengo, por ser um clube de Primeira Divisão e de primeira categoria, teria um custo de 100 mil reais. Portanto, se esse atleta tivesse ficado 3 anos no clube do Amazonas, esse clube estaria autorizado a buscar uma compensação de 300 mil reais. Repito que essas normas estão hoje em vigência internacional. As normas da FIFA valem apenas para transferências internacionais; não valem para transferências nacionais. Portanto, a formação nacional é tratada hoje pela Lei Pelé e não pela FIFA, muito embora a FIFA tenha determinado que os países adotem este modelo ou um modelo parecido. E, em âmbito internacional, repito, funciona muito bem. A FIFA tem uma Câmara específica para lidar com esses litígios. 7

9 Portanto, senhores, para ficar razoavelmente dentro do meu tempo, eu creio que esses seriam os 4 principais pontos. E fiz questão de colocá-los por escrito, deixando-os à consideração dos senhores, para a eventualidade de acharem interessantes. Obrigado. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Sr. Presidente, eu quero pedir licença para sair, pois vou ter de presidir uma Comissão, nem que seja só para abri-la, mas voltarei. Então, peço desculpa a Santoro, mas eu volto. Já tenho a explanação dele, mas eu voltarei o mais rapidamente possível. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) - Deputado Silvio, a Comissão sente muito a sua saída. Vamos tentar administrar o tempo ao máximo e esperar a sua volta, porque a sua participação é muito importante. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Pode dar a seqüência natural aos trabalhos. Eu vou lá abrir a reunião e volto. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) - Está bem. Agradeço ao Dr. Eduardo Carlezzo a explanação. E, em nome do Relator José Rocha, agradeço a V.Sa. as contribuições que trouxe, que serão, sem sobra de dúvida, de suma importância para a confecção do relatório. E nós vamos fazê-las chegar às mãos dos demais Deputados que não puderam estar aqui hoje ainda. Passo a palavra, agora, ao Sr. Luiz Felipe Santoro. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Nobre Presidente, nobre Relator, Sras. e Srs. Deputados, colegas da Mesa, público presente, em primeiro lugar, gostaria de dizer que foi com grande alegria que o IBDD, enquanto instituição e estou aqui na representação do Instituto porque exerço a presidência atualmente, recebeu o convite para participar desta audiência pública e deste processo de alteração da legislação esportiva brasileira. Sem dúvida, como comentou o Dr. Eduardo Carlezzo, este é um momento ímpar em termos de legislação esportiva, é um momento importante para corrigir diversas distorções que, ou a redação da legislação esportiva trouxe, ou a interpretação dada a determinados dispositivos de lei trouxe. Este é o momento: neste ano a Lei Pelé, a Lei nº 9.615, completa 10 anos. Então, é com muito bons 8

10 olhos que o IBDD vê esta oportunidade de contribuir para a alteração da legislação. Já encaminhamos algumas sugestões por escrito ao nobre Relator e estamos em contato, auxiliando na redação de alguns artigos. Eu sou advogado, trabalho há pouco mais de 10 anos na área esportiva. Tive oportunidade de trabalhar com isso também fora do País: já trabalhei na Argentina e na Espanha com assuntos relacionados ao esporte; já tive uma experiência acadêmica na Inglaterra, onde fiz um MBA voltado para a área esportiva. Então, vendo o que acontece aí fora, nós encontramos vários pontos que poderiam ser melhorados aqui dentro, não só em termos de legislação, evidentemente, mas também em termos da gestão esportiva, da gestão do nosso futebol. E não é simplesmente pegar um modelo de fora e aplicá-lo aqui. Isso não vai dar certo. Nós podemos pegar idéias nesses modelos de fora e adaptá-las à nossa realidade. Isso, sem dúvida alguma, pode ser feito. Em termos de legislação esportiva, nós já temos uma extremamente avançada, que ainda carece de alguns aperfeiçoamentos, sem dúvida alguma, o que esta Comissão, com este projeto de lei, vem tentando fazer. Eu preparei um material que ficará à disposição dos nobres Deputados. Não tenho problema nenhum em encaminhá-lo para todos os que queiram lê-lo. O meu está lá embaixo. Os senhores podem pedir por meio eletrônico mesmo, que o encaminharei. Evidentemente, não vai dar para apresentar todo esse material. Mas eu peguei alguns aspectos pontuais, em termos de alterações na legislação. E 2 deles coincidem com as sugestões do Dr. Eduardo Carlezzo. (Segue-se exibição de imagens.) Vou começar, fugindo um pouco da ordem das transparências, que depois passaremos para mostrar a fundamentação legal e o embasamento de tudo o que estou dizendo aqui, por essa questão da formação. Sem dúvida alguma, a questão da formação, a questão do art. 29 da Lei nº merece reforma. Até para fazer uma contraposição à proposta do Dr. Eduardo, eu não faria a prefixação dessa indenização, porque eu acho o seguinte: além de nos preocuparmos com o clube formador uma preocupação que sem dúvida precisamos ter, nós precisamos nos preocupar com a formação efetiva do atleta. Até uso o exemplo do Flamengo, que contratou um atleta de um clube do 9

11 Amazonas. De repente, esse clube nem tem um campo decente e coloca as crianças para jogar num campo de terra esburacado, mas vai ter direito a essa indenização porque ela será prefixada. Então, eu estaria de acordo em estabelecer determinados parâmetros para que o clube se intitule clube formador e, a partir daí sim, busque a indenização cabível. Agora, quanto a simplesmente prefixar uma indenização e pagar a todos, indistintamente, eu teria alguma restrição. E, nessa questão do clube formador e foi até uma sugestão que surgiu em debates a respeito desta lei e da sua alteração, poderíamos importar outro mecanismo muito interessante da FIFA, o mecanismo de solidariedade, e aplicá-lo nas transferências nacionais. O que diz o mecanismo de solidariedade aplicado pela FIFA? Diz que 5% do valor da transferência serão distribuídos aos clubes que participaram da formação do atleta, dos 12 aos 23 anos de idade. Seguindo alguns critérios da FIFA. Ou seja, aplicar-se o mecanismo de solidariedade às transferências nacionais também seria uma forma muito salutar de ressarcir e de prestigiar o clube formador. Agora, a cláusula penal, um ponto de suma importância do projeto de lei. O PL aperfeiçoa a redação do art. 28 da Lei Pelé, em vigor, e acaba com um equívoco interpretativo que se erigiu no meio da Justiça do Trabalho. A intenção do legislador, ao redigir o art. 28, original, da Lei nº 9.615, era clara. E essa intenção é manifestada também em outros artigos da Lei Pelé original. Mas, por um lapso de redação do caput do art. 28, a questão ficou à mercê da interpretação do Poder Judiciário. E o Poder Judiciário interpretou que a cláusula penal que o legislador quis aplicar em favor do clube, caso o atleta rescinda o contrato durante a sua vigência para se transferir para outro clube uma vez que o atleta, se o clube mandá-lo embora, tem direito à indenização prevista no art. 31 da lei, que inclusive foi importada do art. 479 da CLT, seria devida pelo atleta ao clube, em caso de rescisão antecipada do contrato para transferência para outra agremiação. Só que a interpretação do Poder Judiciário, hoje, é de que essa cláusula é bilateral. Então, hoje, se um clube de futebol manda embora um atleta... E falamos em clube de futebol por quê? Porque o próprio legislador, no art. 94 da Lei Pelé original, estabeleceu que o art. 28 é obrigatório para a modalidade futebol e facultativo para 10

12 as outras modalidades. Isso fez até com que uma série de relações de emprego existentes em outras modalidades fossem mascaradas sob a forma de patrocínio. Por quê? Porque, nas outras modalidades, não é obrigatório celebrar um contrato de trabalho. Só no futebol. Então, na celebração de um contrato de trabalho entre um clube e um atleta, é fixada uma cláusula penal, caso o atleta queira rescindir o contrato para se transferir para outro clube. Só que, hoje, se o clube manda o atleta embora, paga não somente o art. 479 da CLT e a indenização prevista no art. 31 da Lei Pelé original, como também fica sujeito ao pagamento da cláusula penal. Diversos clubes de futebol são condenados a pagar a cláusula penal a atletas por conta de uma interpretação vigente, que está praticamente consolidada no cerne da Justiça do Trabalho. Na minha opinião, a alteração feita pelo PL é fundamental para esclarecer melhor a situação. Então, não se fala mais em cláusula penal; fala-se agora em cláusula indenizatória desportiva, que seria paga pelo atleta ao clube em caso de transferência durante a vigência do contrato; e, por outro lado, na multa rescisória, que eleva também o valor. Então, é uma correção da lei que o PL está fazendo. Outro ponto muito importante: o direito de arena. O que é o direito de arena? Hoje, aos clubes pertence o direito de negociar a transmissão de um campeonato. Então, o direito é do clube. No caso do Campeonato Brasileiro da Série A, por exemplo, os clubes delegam esse poder de negociação ao Clube dos 13, que negocia com a TV. O direito de arena é o direito de negociar a transmissão de um evento. Em seu 1º, o art. 42 com a redação atual, não a redação do PL determina que salvo disposição em contrário, 20%, como mínimo, têm de ser repassados aos atletas participantes do evento. Existe uma disposição em contrário, um acordo feito entre sindicatos, clubes e federações num processo judicial que tramitou na Justiça Cível do Rio de Janeiro, que rebaixou esse valor de 20% para 5%. Por quê? Porque os clubes diziam aos atletas o seguinte: Fizemos um contrato de 100 mil com a televisão. Mas esses 100 mil não representam o custo da transmissão do campeonato: 30 mil são gastos com placas de publicidade; 20 mil para isso; 20 mil para aquilo; e, pela transmissão, pagam só 30 mil. Então, os 20% vão incidir aqui. 11

13 Foi feito esse acordo, e hoje incidem 5% sobre o valor integral do contrato. Então, na prática, já é utilizado o valor de 5%. O problema, em relação ao direito de arena, não é o seu pagamento puro e simples, evidentemente. O problema, em relação ao direito de arena, é o seguinte: pela própria sistemática do acordo feito na Justiça do Rio de Janeiro, esse dinheiro pago aos atletas, a título de direito de arena, não transita pelos clubes; 5% do contrato vão para o sindicato; e o sindicato é responsável por repassar esses valores aos atletas que participaram do campeonato. O TST sedimentou o entendimento e com estas imagens mostro os julgados do TST no sentido de que o direito de arena tem natureza salarial. Se o direito de arena tem natureza salarial, os clubes têm de recolher encargos sobre o valor do direito de arena. Só que esse dinheiro não transita pelos clubes. Então, eles não sabem nem quanto o atleta recebe a título de direito de arena, para recolher o encargo respectivo. E, se não recolhem o encargo, pelo art. 31 da Lei Pelé, ficam sujeitos a perder o vínculo desportivo com o atleta. Então, um clube que não pagar encargo sobre direito de arena, pode perder o atleta. Hoje, nenhum clube paga encargo sobre direito de arena porque não sabe nem quanto o atleta ganha. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - V.Sa. disse que o clube não sabe quanto o atleta recebe? O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Não sabe. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Mas como? Não são 5% do valor do contrato? O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Não. Os 5% são distribuídos igualmente a todos os atletas participantes do campeonato. Vamos supor o seguinte: se o contrato é de 100 milhões, o sindicato recebe 5 milhões... O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - A associação nacional, então? O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - O Sindicato dos Atletas é que recebe esse valor. Esse valor é repassado diretamente ao Sindicato dos Atletas. Então, esse valor não transita pelo clube. E o responsável por repassar esse valor aos atletas participantes... 12

14 (Intervenção fora do microfone. Inaudível.) O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO -... aos atletas vinculados ao clube que participam do campeonato, é o sindicato. Por exemplo: se um atleta jogou só 1 partida e outro jogou 19, quem vai pagar mais para um e menos para outro é o sindicato. O clube nem sabe quanto ele paga a cada atleta. Poderia até saber; poderia requisitar, por exemplo, uma planilha ao sindicato. Neste ponto, eu entro na redação sugerida no Projeto de Lei nº O PL consagra que direito de arena é uma verba de natureza salarial, com todos os encargos daí decorrentes. Então, eu acho que temos 2 alternativas. A primeira seria a de dizer que ele não tem natureza salarial; e a segunda seria a de dizer que, caso ele tenha natureza salarial, esse dinheiro tem de ser enviado ao clube então, o clube receberia o valor integral do contrato da televisão; ele, clube, ficaria responsável por pagar o direito de arena ao atleta, porque se não pagar perde o vínculo; e aí vai saber quanto tem de recolher. Eu sugiro que seja feita uma reflexão a respeito da redação sugerida no PL, a fim de que se corrija este ponto prático. Não é nem uma questão jurídica ou legislativa; é uma questão prática, porque esse dinheiro não transita pelo clube, mas o clube vai ter de pagar encargos, se não perderá o atleta, nos termos do art. 31. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) - Então, se algum clube for questionado em relação a isso, corre o risco de perder o jogador? O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Total! Qualquer jogador pode questionar isso na Justiça, hoje, com uma tese muito simples: direito de arena. E temos decisão recente, de setembro de 2006, sobre o caso do atleta Cássio com o Internacional de Porto Alegre. Está consagrado no TST que direito de arena tem natureza salarial. Se tem natureza salarial, o clube tem de recolher os encargos, nos termos do art. 31 da Lei nº Caso ele não recolha os encargos sobre o direito de arena por 3 meses ou mais, o atleta pode pedir a sua desvinculação na Justiça do Trabalho. A situação atual é essa. (Intervenção fora do microfone. Inaudível.) 13

15 O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - E cobrar cláusula penal. (Risos.) Então, sem dúvida alguma, merece uma correção. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) - Mas não existe nenhum caso prático? O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Não. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) - Ainda. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Ainda. (Intervenção fora do microfone. Inaudível.) O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Não vamos nem dar idéia, não é, Deputado? (Risos.) Bom, Presidente, chegamos à questão da licença de uso de imagem. Consagrou-se também na Justiça do Trabalho que a utilização, pelo clube, da imagem do atleta é sempre uma fraude. Como o clube já paga o salário ao atleta, de acordo com o contrato de trabalho, qualquer outro contrato que ele celebre com o atleta, ainda que seja contrato de licença de uso de imagem de natureza civil, na Justiça do Trabalho, algumas decisões isoladas ainda vão no sentido de que não é uma fraude, mas a grande maioria das decisões, ou seja, a jurisprudência, está consolidada no sentido de que a licença de uso de imagem é sempre uma fraude. Então, se tem imagem, já se parte do pressuposto de que é uma fraude. Mas não é! Vários clubes brasileiros mostram que a licença de uso de imagem não é uma fraude. Ela pode ser usada como fraude, e várias vezes é usada como fraude. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - É fraude porque não acrescenta encargos. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Isso. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Só para explicar o que é fraude. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - E é um fraude de mão dupla, digamos assim, porque, por um lado, o clube não recolhe encargos sobre o valor do direito de imagem, e, por outro lado, o atleta também não recolhe. Se esse valor fosse incluído na folha de pagamento, já haveria a retenção de 27,5%. Mas o que o atleta faz? Ele constitui uma empresa, uma pessoa jurídica; licencia o uso da sua imagem para essa pessoa jurídica; e essa pessoa jurídica celebra um contrato de 14

16 licença de uso de imagem com o clube. Então, ele, atleta, também se beneficia dessa fraude. E as decisões da Justiça do Trabalho nesse sentido consagram isso, acolhem isso, tanto que determinam que seja oficiado à Receita Federal, para a cobrança daquele imposto que não foi cobrado sobre a licença de uso de imagem. Eu vejo da seguinte forma: caso seja uma fraude, evidentemente ela tem de ser coibida. Agora, quanto a se partir do pressuposto da fraude, eu sou totalmente contrário. Por quê? Porque a fraude, no próprio âmbito do Direito, tem de ser comprovada; ela não pode ser presumida. E mais: eu posso pagar pela utilização da imagem do atleta e efetivamente utilizá-la eu vendo camisetas com o nome dele, vendo pôster com o nome dele. Por exemplo: alguns clubes já colocam nesses contratos a obrigatoriedade de uso, pelo atleta, fora do ambiente de trabalho, dos uniformes oficiais do clube, com o nome dos patrocinadores do clube. Como ele consegue isso? Tendo o direito de uso da imagem do atleta, porque fora do ambiente de trabalho ele não precisa usar a camiseta do clube. Só que, se ele aparece para dar entrevista usando a camiseta do clube, evidentemente, isso será um ganho para o clube, porque ele mostrará ao seu patrocinador que todos os seus atletas, quando dão entrevista, estão com a sua camisa. Aparece muito mais do que apareceria se não tivesse esse contrato com o atleta. E em boa hora o Projeto de Lei nº regulamenta, vamos dizer assim como se fosse possível uma lei regulamentar; essa seria matéria de decreto, ou seja, corrige essa distorção, na questão do direito de imagem. A seguir, os 2 últimos pontos e depois fico à disposição dos senhores para qualquer esclarecimento. Um deles é o contrato de empréstimo. É muito comum, hoje, emprestar o atleta. Por quê? Porque o clube tem de fazer contratos longos para manter o vínculo com esse atleta pelo prazo que julgar necessário e, às vezes, o atleta não tem a performance que o clube esperava. Então, o clube empresta o atleta para outra agremiação. E muitas vezes até paga parte do salário. Eu acho que esse ponto também não está mencionado no PL nem deveria, mas precisamos arrumar uma forma de corrigir isso. Por quê? Porque, se um clube empresta um atleta para outro, pagando parte do salário, o atleta fica na folha de pagamento deste e na folha de pagamento daquele. Os 2 recolhem encargos 15

17 sobre o valor que pagam. Às vezes, o atleta fica somente na folha de pagamento do clube que o emprestou. Ou seja, ele nem está mais no clube que o emprestou, mas continua na folha de pagamento do clube que o emprestou, que paga o salário integral e é restituído pelo clube cessionário. Isso acontece muito. E também se criou o mito de que, se o clube cessionário não paga o salário ao atleta, este se desvincula do clube cedente, nos termos do art. 31 da Lei nº Deveria ser mito porque, em caso de inadimplemento do cessionário, ele se desvincularia do cessionário e ficaria sujeito à cláusula de retorno ao clube cedente, para cumprir o seu contrato até o final. Mas não é o que acontece. Então, se o clube cessionário, aquele que tem o atleta por empréstimo, atrasa o pagamento dos salários ou dos encargos, o atleta acaba conseguindo na Justiça a desvinculação do clube cedente, daquele clube que o emprestou. Essa também é uma matéria que está sendo... O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Mas porque ele é obrigado, ele é coresponsável, como em qualquer outra empresa que funcione exatamente da mesma maneira. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Sem dúvida alguma. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Segue a regra vigente para outros setores. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Sem dúvida alguma ele é coresponsável. Mas o PL inclui a necessidade de notificação ao clube cedente, porque pode ser que ele nem saiba que o cessionário está em atraso. O atleta, evidentemente, não vai avisar que o cessionário está em atraso porque, para ele, atleta, é melhor se desvincular, ficar livre e ir para qualquer outro clube. Ele não fala nada para o clube cedente. O clube cedente nem sabe se o atleta está recebendo ou não. Se o cessionário atrasa o pagamento por 3 meses, ele vai à Justiça e se desvincula. O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Quero interagir porque há poucas pessoas aqui. É o mesmo caso de natureza empresarial. Muitas vezes, você assina um contrato com uma empresa, que cede pessoas para trabalhar. Você fica responsável pela contribuição daquelas pessoas. Agora, você é que tem de fiscalizar. 16

18 O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Sem dúvida! O SR. DEPUTADO SILVIO TORRES - Eu não creio que é o caso de ser obrigatório você ser notificado. Eu acho que é obrigação de quem cede, no caso do clube que empresta, fiscalizar se o clube cessionário está ou não recolhendo, porque o beneficiário é ele. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Pode até ser feito dessa forma, Deputado. Mas eu acho que nós precisamos corrigir a situação atual, ainda que instituindo esta situação, para não ficarmos numa zona cinzenta: pode ou não pode? eu tenho de fiscalizar ou não tenho? Por exemplo: vários clubes incluem essa cláusula no próprio contrato de empréstimo, sob pena até de rescisão do contrato e conseqüente retorno do atleta. Mas há clubes que não a incluem. Então, seria até uma forma de instituir uma regra geral que fosse seguida por todos os clubes que emprestassem atletas. Eu não me oponho à sugestão de V.Exa., desde que esteja escrita, desde que esteja normatizada no PL nº 5.186, que vai alterar dispositivos da Lei Pelé, para que saibamos exatamente o que deve ser feito. Este é o grande problema da redação atual de alguns artigos da Lei nº 9.615, a Lei Pelé: por ter redação equivocada, salvo melhor juízo, dá margem a diferentes interpretações. Como eu disse, na verdade, se eu for seguir a lei à risca, terei de cumprir o que dispõe o art. 39 da Lei nº 9.615, sobre a cláusula de retorno, sobre a obrigatoriedade do retorno do atleta ao clube de origem, uma vez encerrado o contrato com o clube cessionário. Ora, se o salário está em atraso e ele rescinde com o clube cessionário, pela lei em vigor, ele deveria voltar ao clube cedente, mesmo que este não tenha fiscalizado. Só que a interpretação vai no sentido de que, se ele rescinde com o clube cessionário, ele também está livre do clube cedente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) - Pelo que estou entendendo, a sugestão que está no projeto novo seria a da notificação, com um prazo. O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Isso. O SR. PRESIDENTE (Deputado Marcelo Guimarães Filho) -... para que o clube cedente cumprisse a... 17

19 O SR. LUIZ FELIPE GUIMARÃES SANTORO - Exato. Essa é a redação do PL. Sob pena, sim, de o clube cedente perder o vínculo com o atleta. E não precisa nem ser depois de 3 meses, evidentemente. O atleta não tem de esperar 3 meses sem salário para manifestar o seu interesse legítimo de recebêlo. Pela redação do PL, ele simplesmente teria de informar, de notificar que não está recebendo o salário, para que o clube cedente possa purgar a mora do cessionário, digamos assim, e aí reaver os direitos sobre o atleta, para a continuidade do contrato até o seu termo. Este quadro mostra o número de transferências. E por que eu acho que temos de nos preocupar com esse assunto, com o êxodo de atletas, com a proteção aos clubes formadores, com a cláusula penal, que de certa forma inibe o êxodo de atletas neste momento? De 2003 a 2007, houve quase transferências de atletas do Brasil para o exterior atletas saíram do Brasil, de 2003 a 2007, para o exterior. Este quadro mostra um comparativo entre o faturamento destes 4 clubes europeus Real Madrid, Manchester United, Barcelona e Chelsea com a média de faturamento dos 21 clubes brasileiros. Que média é esta? E eu não estou, evidentemente, querendo comparar números, porque sei que a realidade é totalmente diferente, que o futebol lá é um negócio há muito mais tempo do que aqui, que a capacidade econômica deles está muito à frente da nossa. Mas eu acho que isso é interessante para vermos o percentual de onde vem esse faturamento. Esta média é colhida por uma empresa chamada Casual Auditores, que faz a análise dos balanços dos clubes. Hoje, o clube é obrigado a publicar seus balanços e o PL mantém essa obrigatoriedade, que é de extrema necessidade porque, antes, quando os clubes não precisavam publicar balanços, nem sabíamos o que acontecia em diversos deles, e essa empresa faz a análise dos balanços e, vamos dizer assim, uma nota de corte. A empresa estabelece os seus critérios; e este foi o que ela utilizou: ela pegou todos os clubes que obtiveram faturamento superior a 11 milhões de reais e 11 milhões de reais/ano é um belo faturamento. Foram 21 os clubes que obtiveram faturamento superior a 11 milhões de reais. E essa é a média dos clubes, que eu fiz utilizando o euro a R$2,50. 18

20 Então, os 21 clubes brasileiros com faturamento superior a 11 milhões de reais no ano de 2007 faturaram, em média, 25 milhões de euros. Para chegar ao valor em reais, na média, multiplicamos por 2.5. Mas o ponto que eu quero discutir não é o valor nominal do faturamento e, sim, a origem desse faturamento. Podemos observar 2 discrepâncias enormes. Em primeiro lugar, sempre ouvimos falar que o clube é refém da TV. Não. O clube é refém de transferência. Hoje, 34% do faturamento desses clubes vêm de transferências e 22% vêm da TV. Eles estão muito mais dependentes das transferências do que propriamente da TV. E outro dado alarmante diz respeito à bilheteria: se 8% do faturamento vêm da bilheteria, não é negócio; se nós vamos considerar o futebol como um negócio, o que efetivamente é, e 8% do faturamento vêm da bilheteria, esse é um ponto que temos de atacar. Como? Com a melhoria de estádios, da segurança do torcedor, do conforto do torcedor; medidas alternativas que levem o público ao estádio. Porque um lugar num estádio, numa partida de futebol, é igual a uma poltrona de avião, ou seja, se eu não a vendo para aquele vôo, não vou vender nunca mais. É dinheiro que estou deixando de ganhar. Um lugar que eu deixo vazio no estádio, numa partida de futebol, é dinheiro que eu nunca mais vou recuperar. É diferente de um produto, que, se eu não vender hoje, posso vender amanhã ou depois. Aqui, não; aqui nós trabalhamos com outro tipo de produto, entre aspas. Isso, sim, precisa ser enfrentado. Aqui vemos dados sobre a gestão dos clubes. Podemos passar. Mas são dados que estão à disposição dos senhores. E aqui eu mostro a média de público, essa questão da bilheteria: os 10 maiores públicos no Campeonato Brasileiro de 2007, as 10 maiores médias. Vamos finalizar com essa questão e o Dr. Eduardo já comentou a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no nosso País, mostrando os 2 slides finais, a respeito de receitas da Copa do Mundo de Sem Internet: 3 bilhões de dólares. Na verdade, nós consideramos a Copa do Mundo um evento de 1 mês; a FIFA, não: para ela, a Copa do Mundo já começou. Isso que o Brasil vai jogar no 19

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