Orientadora: Aura Maria de Paula Soares Valente Mestre pela Universidade Federal do Paraná. Ballet Fashion

Transcrição

1 Débora Aparecida Iasbek Graduação em Moda; Centro Universitário de Maringá. Pós-Graduação em Artes Visuais: Cultura e Criação, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Orientadora: Aura Maria de Paula Soares Valente Mestre pela Universidade Federal do Paraná Ballet Fashion A partir de sínteses dadas no curso de Artes Visuais: Cultura e Criação, como movimento, leveza, profusão, fragmentação e distorção aplicadas a artistas da pósrevolução industrial, observa-se que a arte teve uma massificação, surgindo novas vertentes como a moda e inaugurando um território novo e repetitivo onde foram causados questionamentos sobre a combinação arte com a moda tendenciosa da contemporaneidade. Um dos segmentos da arte que surgiu com a revolução industrial foram os cartazes, que eram materiais surgidos depois da produção em massa, estes eram reproduzidos em série, contendo ilustrações consideradas verdadeiras obras. Segundo a Coleção de Arte (1998), um dos pintores do século XIX Henri de Toulouse Lautrec foi o que mais se destacou com o desenvolvimento de cartazes, sendo convidado por cabarés franceses, ele criava imagens que falavam diretamente com as pessoas, onde o observador sentia-se parte da dança. Seu principal móvito pictórico foram as bailarinas, sendo o ponto de partida para a escolha da temática, o balé. Que conforme Bárbara Borges (2001) explica em seu Blog o balé virou tendência de moda, depois do filme Cisne Negro, várias marcas nacionais e internacionais estão usando como inspiração. Associando a informação artística de Lautrec e a tendência de moda sobre o balé, chegou-se a temática Ballet Fashion. Desenvolvendo-se quadros, que remetem a arte misturada com imagens montadas a partir de materiais que expõe as tendências de moda da atualidade, como tecidos, aviamentos, recortes de revistas, entre outros. O primeiro quadro foi inspirado na síntese do movimento, que conforme o SENAC (2010) se faz notar nas artes visuais por meio da representação de objetos

2 ou situações que envolvem ações, por meio da estilização plástica da sensação fugidia de um movimento ou por meio da produção de deslocamentos reais no espaço. Esta desarticulação ocorre na figura estática para causar a visão do movimento da bailarina na obra, que convida para ir ao espetáculo da moda do balé na arte, ou seja, um anúncio poético das próximas obras (datado conforme ocorreu a apresentação do trabalho). Sendo intitulado como Cartaz ao Balé. Cartaz ao balé A outra obra foi baseada onde se inicia o espetáculo, que é o camarim. Inspirada na síntese da leveza do ato de se vestir da bailarina com seu figurino todo delicado. Representando uma sensação leve, com formas delicadas e graciosas, cores claras e elementos desenvoltos em um sentido suave com certa fragilidade, segundo o SENAC (2011). Tendo como nome Pequeno quarto de vestir. A seguinte criação foi desenvolvida através da proposta de comunicar sobriedade e ordem pela combinação de muitas coisas diferentes e iguais entre si, ou seja, profusão. Melhor explicada pelo SENAC(2011) como a

3 grande quantidade de elementos que constituem uma obra... A profusão sugere a multiplicidade da imaginação, mas também os excessos característicos da cultura ocidental: o luxo, o acúmulo e o desperdício no sistema de produção e consumo em massa. Este consumo em massa pode ser visto no uso das rendas que apareceram novamente nos desfiles internacionais de primavera verão 2010, e que estão sendo vendidas em peças rendadas ou com detalhes em todos os tipos de lojas de roupas, de acordo com a colunista do IG, Alline Cury (2010). Na montagem da obra a bailarina cênica foi representada através de vários tipos de rendas e pequenos aviamentos. Uma profusão causando uma imagem delicada, com sobriedade, ordem e o acúmulo. O título é Renda-se. Pequeno quarto de vestir Renda-se O quadro que segue a coleção chama-se Despedaçar-se, realizado através das características da síntese de fragmentação, caracterizada nas artes visuais domo um suposto todo que é dividido em partes, ou seja, fragmentar é decompor determinadas estruturas a partir das possibilidades de rearticulação dos pedaços e sua reconstrução de outra maneira, SENAC (2011). A fragmentação da obra com a temática do balé deu-se em uma deu-se em uma montagem de partes que previamente tenha sido percebido como um todo e que com o vigor da dança

4 dilaceraram-se em fragmentos, como as borboletas que se rasgaram da cortina, o palco que se desmonta, entre outros elementos que se quebram, denominando o nome da obra como Despedaçar-se. A ultima obra foi desenvolvida através da síntese da distorção, que é a alteração das características originais e pode ocorrer nas cores, formas e em outros aspectos da representação humana e da natureza. Uma visão lírica, dramática ou mesmo irônica da realidade que o cerca (SENAC, 2011). Um dos gêneros líricos representados em palcos é o teatro de bonecos, onde há uma distorção da figura humana. O espetáculo da bailarina se junta com os bonecos, onde elas não são apresentadas como humanas e sim as bonecas deste estilo teatral. Seu corpo está figurado por um manequim e sua cabeça esta para ser manipulada. Este quadro chama-se Teatro de bonecas. Despedaçar-se Teatro de bonecas A comparação entre a arte e a moda, possibilitou a mistura de gêneros interdisciplinares de diferentes conjugações unindo-os através da temática do balé de moda, sensações foram testadas entre cartazes do século XIX, tendências de moda da atualidade e a dança da bailarina. As sínteses propagaram a linha de características a seguir, resultando em uma coleção chamada Ballet Fashion, sendo apresentada com colagens em quadros bidimensionais e tridimensionais.

5 Palavras-chave: Arte; Balé; Moda. REFERÊNCIAS BORGES, Bárbara. Cisne negro na moda, Fortaleza, 25 fev Disponível em: < > Aceso em: 20 mar CURY, Alline. Rendas, transparências e lingeries à mostra: Tendências em alto no verão e inverno São Paulo, 26 jun Disponível em < > Acesso em: 22 mar HENRI Toulouse Lautrec. Coleção de arte, São Paulo: Editora Globo, SENAC. Artes visuais: Cultura e criação. Curso de Especialização em Artes Visuais: Cultura e Criação, latu sensu, da Rede EAD Senac de Pósgraduação. Rio de Janeiro: Centro de produção de Rádio e Televisão, Material em CD.