Brasil Sem Miséria? O custo do aliviamento da miséria seria 0,25% do PIB. Bolsa Família 2.0 é o nome do jogo.

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1 Brasil Sem Miséria? O custo do aliviamento da miséria seria 0,25% do PIB. Bolsa Família 2.0 é o nome do jogo. Cada família teria um Bernardinho, levantando a bola para ela cortar sua escolha customizada de programa. No Censo a miséria parece maior: 8,5% contra 5,38% da PNAD e 3,68% da POF que é a melhor base. A presidente eleita, Dilma Roussef, elegeu a erradicação da miséria como prioridade. Será possível? A resposta depende de várias escolhas. Estou agora pressionado pelo tempo para finalizar o artigo que será publicado após algumas destas escolhas terem sido anunciadas no lançamento do plano homônima a este artigo (sem interrogações). Entretanto, muitas outras decisões serão ainda tomadas ao longo do tempo, não só pelo governo federal mas também por Estados, Municípios, sociedade civil. Custo - O governo começou a delinear a estratégia com a definição de uma linha oficial. Participei de comissões com este objetivo durante os governos FHC e Lula. Apesar da riqueza dos debates, a experiência foi frustrante, pois ao fim e ao cabo não foi anunciada a tal linha oficial de miséria. Dilma resolveu em 100 dias pendenga de duas décadas. A linha de miséria define o tamanho do problema assumido pelo Estado. Se a linha fosse de um salário mínimo de 2009 por pessoa o déficit a ser suprido pelas novas ações seria R$ 314 bilhões ano, se a linha caísse a ½ salário mínimo seria R$ 70 bilhões, agora se a linha caísse de novo a metade teríamos um déficit de 14,3 bilhões por ano. Aumentos na linha aumentam mais do que proporcionalmente o déficit assumido. Na passagem de ¼ para 1 salário mínimo o déficit é multiplicado por 22,4. Cabia ao governo federal fixar de uma vez por todas sua linha oficial de pobreza, caso contrário usa-se na prática frações de salário mínimo, um mal numerário. Trabalho aqui inicialmente com a linha da FGV de R$ 138 mes por pessoa a preços de, média nacional ajustada por diferenças regionais de custo de vida. Valor próximo de ¼ do novo mínimo e do maior valor de entrada ao Bolsa Familia. À linha da FGV, o déficit seria de 21,7 bilhões ano, ou R$ 9,33 reais por brasileiro mês. Este número corresponde ao déficit de renda que coincidiria com o custo mínimo de um programa de transferência de renda, que desse a cada miserável o suficiente para chegar a linha traçada. Por exemplo quem tem zero recebe R$138, quem tem R$ 100 recebe R$ 38, quem tem R$ 138 não recebe nada, e assim por diante. Agora se optássemos por um programa de renda mínima de R$ 138 para todos brasileiros, este valor seria multiplicado por 14, uma impossibilidade orçamentária.

2 O custo ficará menor ao longo do tempo se o bolo continuar a crescer com mais fermento entre os mais pobres. Num cenário continuista o contingente de miseráveis que era 49 milhões em 2003, 29 milhões em 2009 cairia para 17 milhões em 2014, já com crescimento populacional. O custo mínimo cairia para 11,8 bilhões ano. Se levarmos em conta a renda não monetária que corresponde a 25% da renda dos pobres, que será possível no novo sistema de estatísticas baseado em consumo em confecção nas oficinas do IBGE, este custo adicional de 7 bilhões ano, menos de 0,25% do PIB. O valor nacional estipulado de R$ 70 por pessoa para linha foi percebido como baixo. De fato, como vimos, a média da linha da FGV é mais do que o dobro do valor oficial escolhido a preços de hoje. Porém, há hipersensibilidade do gasto público vis a vis a linha de pobreza traçada, elasticidade 5. Isto é, se a linha dobrar o custo mínimo da erradicação da miséria seria 5 vezes maior! Curiosamente, no dia seguinte ao anúncio de ajuste fiscal em março, o governo anunciou reajuste médio de 19% aos benefícios do Bolsa Familia. Nesta aparente contradição há objetividade: o custo fiscal do reajuste nominal foi 0,1% do PIB apesar de beneficiar ¼ da nossa população brasileira. A vantagem de buscar o mais pobre dos pobres com a escolha de uma linha mais baixa, é combinar efetividade social e fiscal. Qualquer Real adicional na linha, custa caro orçamento nacional. Meta - A escolha da linha oficial é operacional, coincidindo com o valor do primeiro critério de entrada ao Bolsa Familia já estipulado. Ele também é próximo a linha de U$S 1,25 dia ajustada por custo de vida internacional (PPC) da primeira meta do milênio que é reduzir à metade a miséria em 25 anos (de 1990 até 2015). Muitos dirão, com alguma razão, que não se trata propriamente de uma linha de extrema pobreza pois os seus valores não variam com o custo de vida das regiões e continuamente com a inflação. Ao mesmo tempo a proximidade praticamente elege uma linha oficial de extrema pobreza no sentido estrito da palavra. A linha oficial confere simbologia internacional à meta nacional o que facilitará diálogos entre diferentes níveis e mandatos de governo. O reforço do federalismo social ensejado pela nova meta federal é uma dos aspectos mais promissores do novo contexto. O Estado e a Cidade do Rio de Janeiro já anunciaram de forma independente linha oficial de U$S 2 dia da linha mais alta das metas do milênio complementando o Bolsa Familia. Nem todas as soluções para cada família virão de Brasília. Há que se turbinar o federalismo social entre os três níveis de governo. Pesquisa do CPS/FGV de 2006 identificou que o Brasil tinha atingido esta meta da ONU. O Brasil propõe agora a realizar mais (queda de 100%) em menos tempo (4 anos). Será possível? Lula fez 50% em 8 anos, FHC 32% em 9 (incluindo o Real - vide Teoricamente, basta que sobre um miserável para perdermos a guerra. A meta é uma espécie de Santo Graal, inatingível mas cuja busca enobrece o espírito (e o corpo) da sociedade brasileira. Nem a oposição mais refratária será contra ela. Mais importante que a

3 meta em si, é o peso conferido a ela. O lema geral da nação virou pais rico é país sem pobreza. FHC, nosso maior sociólogo, moveu suas peças no xadrez político para a nova classe média. Medidas - O MDS e o IBGE acabaram de lançar estudo baseado no Censo 2010 que indica 8,5% abaixo desta linha cerca 16 milhões de miseráveis, 58% maior que a da PNAD 2009 seriam 5,38% e como novo nosso estudo revela a pobreza pela PME caiu 16,2% entre 2009 e 2010, aumentando a discrepância. Em 2001 nosso Mapa do Fim da Fome já mostrava que pelo Censo a pobreza FGV era 14% maior que na PNAD. Mais recentemente, mostramos a PNAD superestimando em 46% a pobreza frente a POF. No Censo a miséria parece maior: 8,5% contra 5,38% da PNAD e 3,68% da POF que é a melhor base de dados disponível por incorporar renda não monetária (25% da renda dos pobres). O primeiro passo deveria ser para frente. O ideal é replicar o trabalho anterior do IBGE e MDS, combinando com técnicas de imputação a riqueza geográfica do Censo com a qualidade da renda da POF. Até porque o sistema estatístico nacional se move nesta direção com a incorporação de despesas de consumo na PNAD já neste ano. Os frutos mais baixos do combate à miséria já foram colhidos, será necessário nova tecnologia. A reiterada ênfase nas crianças em particular a primeira infância - seguindo a lógica e o instinto femininos da presidente sugere inversão dos termos do debate de compensar perdas passadas, para prevenir males e criar oportunidades futuras que é mais barato, e muito melhor. O primeiro conselho é deixar a economia fazer o melhor trabalho possível de crescimento inclusivo, ajudado por reformas pró-trabalho como desoneração da folha de pagamentos etc. O segundo é além de dar o peixe agora, ensinar os pobres prover seu sustento no futuro, baixando os custos futuros do programa e abrindo as portas de entrada na cidadania. Terceiro há que se buscar sempre o mais pobre do pobres, dando mais a quem tem menos, como ilustrado acima. A função objetivo do programa seria chegar ao menor orçamento para se aliviar uma dada pobreza, e a alocação mais justa para um dado orçamento (para os iniciados: visar o P 2 e não o P 0 ). O quarto princípio seria ir para além da renda reportada pelas pessoas e levar em conta toda a informação disponível no Cadastro Social Único tal como presença de vulnerabilidades (mulheres grávidas, pessoas com deficiência etc) e o acesso a ativos (educação e trabalho de todos famíliares, tipo de moradia, acesso a serviços públicos e outros programas sociais, etc). Isto equivale a buscar quem é pobre, e não quem está pobre, ou diz que está pobre. Isto será crucial se a opção preferencial for de fato pelo mais pobre. As experiências dos programas Familia Carioca lançado pelo Prefeito do Rio, Eduardo Paes e do Renda Melhor pelo Governador Sérgio Cabral ilustram a opção prática de dar mais aos quem tem menos, de tratar os diferentes pobres na medida de sua diferença, construindo sobre a estrutura do CadÚnico e do Bolsa Familia, o mapa e o caminho mais próximo ao fim da miséria.

4 Bolsa Família 2.0 é o nome do jogo. Pode-se aproveitar sua escala industrial acoplando incentivos a poupança, microsseguros, microcrédito e consignação dando mais liberdade de escolha aos pobres de uso dos recursos, ao mesmo tempo criando condicionalidades mais elaboradas que os desafiem a serem menos pobres no futuro. O advento do Prova Brasil e do Enem possibilitam premiar avanços dos estudantes pobres, sem tensionar a relação escola-aluno. Há ainda que se inibir incentivos contrários ao trabalho pelos beneficiários usando esquemas à la EITC (Earned Income Tax Credit)americano. Outra extensão é aumentar a quantidade e qualidade dos agentes de desenvolvimento social. O exemplo dos agentes de crédito do Crediamigo incentivados por prêmios por produtividade são ilustrativos. Criar a um custo adicional técnicos dedicados as famílias pobres seguindo o exemplo chileno do Puente defendido por Ricardo Paes de Barros. Cada família teria uma espécie de Bernardinho, levantando a bola para ela cortar sua escolha de programa customizado. Peço desculpas ao leitor desavisado pela sopa de letras, números e conceitos acima. Talvez refletindio isso, meu filho de 14 anos, recentemente me questionou: Pai, o sujeito já é extremamente pobre, você ainda chama ele de miserável!. Cartão Família Carioca: O Bolsa Familia 2.0 A pobreza entre os beneficiários do Bolsa Familia vai cair instantaneamente um adicional de 80% a partir da implementação do Familia Carioca Os benefícios totais variam de acordo com a pobreza a proficiencia escolar indo do piso fixado de R$ 20 até R$ 417 mês por família O programa busca quem é pobre e não apenas quem diz que está pobre, busca os mais pobres dos pobres tratando os diferentes na medida de sua diferença O FC tem um sistema de avaliação de seus impactos de forma a orientar aprimoramentos constantes (FC 1.1,.,FC 2.0..etc) O Família Carioca é um programa de renda mínima que conjuga as máximas de Ghandi e Confúcio: dá mais a quem tem menos e os ensina a pescar.

5 Programas de transferência condicionada de renda são cada vez mais usados como políticas públicas focadas nos pobres de países da América Latina. O fato da desigualdade de renda estar caindo de maneira generalizada nos diversos paises da região onde estes programas ganharam maior escala e notoriedade, os colocam na fronteira do combate a pobreza e desigualdade no mundo. Tenho feito e recebido visitas de lugares diferentes tais como África do Sul, China, India, Indonésia e Nova York, cujo tema tem sido os progressos e desafios da pioneira experiencia brasileira consolidada no programa Bolsa Família (BF). O BF brasileiro provê um benefício monetário mínimo as famílias pobres; reduzindo a transmissão intergeracional de pobreza condicionando o recebimento dos benefícios a investimentos em capital humano pelos beneficiários. As condicionalidades do BF são: educação frequência escolar mínima de 85% para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, e mínima de 75% para adolescentes entre 16 e 17 anos; saúde acompanhamento do calendário vacinal para crianças até 6 anos; pré-natal das gestantes e acompanhamento das nutrizes na faixa etária de 14 a 44 anos. Eduardo Paes, prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, requisitou ao Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, desenho de estratégia complementar a do BF para ser aplicada no Rio em curto intervalo de tempo. O Cartão Família Carioca (FC) foi criado a partir de repetidas e ricas interações com o próprio prefeito e diversos orgãos da cidade tais como a Casa Civil, o Instituto Pereira Passos, o Instituto de Planejamento, a Secretaria de Assistencia Social e a Secretaria Municipal de Educação. Podemos dividir as inovações do FC em duas partes: o sistema de pagamentos que visa tornar as pessoas menos pobres no presente e os incentivos ao investimento que vai tornar as pessoas menos pobres no futuro. No que tange ao sistema de pagamentos nos beneficiamos da experiencia e práticas federais aninhando o FC em seu desenho no BF. O FC usa como pedra fundamental da construção de futuro a experiencia exitosa da secretaria municipal da educação sob a batuta de Claudia Constim que avalia os estudantes da maior rede municipal do país em provas bimestrais para além das provas que cada escola aplica em seu cotidiano. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Rio de Janeiro em 2009 já mostra movimento de recuperação na educação. Apesar da elevação na taxa de reprovação no primeiro segmento de 1º a 5º anos fruto do abandono da aprovação automática, o IDEB passou de 4,5 em 2005, para 5,1 em 2009.

6 O sistema de pagamento do programa se beneficia do Cadastro Social Único (CADÚNICO), um verdadeiro censo dos pobres brasileiros com quase 60 milhões de pessoas registradas com uma variedade de informações sócio-demográficas, de acesso a outros programas federais, endereço físico das pessoas e para os beneficiários um endereço de pagamento. Só na cidade do Rio de Janeiro são mais de um milhão de cadastrados, quase um quinto da população carioca, destes 575 mil percebem benefícios do Bolsa Família. A decisão foi começar por este grupo que está na folha utilizando como parceiro a Caixa Econômica Federal o que facilita a localização física dos beneficiários, a emissão de cartões e de senhas dos beneficiários. Uma inovação foi evitar o uso simples da renda reportada pelas pessoas como no BF, para lançar mão do rico acervo de informações presente no CadÚnico referentes ao acesso e uso de ativosindo desde a configuração física da moradia (tipo, número de comodos, materiais chão, teto, paredes etc), acesso aos diversos serviços públicos (água, esgoto, luz etc), educação de todas as pessoas no domicílio, acesso e tipo de posição na ocupação e na desocupação de marido e esposa, a presença de grupos vulneráveis como pessoas com deficiencia, grávidas, lactantes e crianças (aí incluindo o status escolar) bem como o acesso a outras transferencias federais a começar pelo próprio Bolsa Familia. Isto foi implementado mediante a uma equação minceriana de renda contra esta miríade de informações do CadÚnico, assim como um modelo de renda não monetária responsável por 25% da renda dos pobres segundo a POF. A renda estimada por este sistema de imputação gera uma conceito de renda permanente similar ao criado por Milton Friedman. No topo da renda estimada é adicionada a renda de programas sociais da folha de pagamentos. A questão aqui é ampliar o critério da renda que as pessoas dizem que tem hoje para um conceito mais abrangente. Neste sentido, o FC se importa com quem é pobre, e não com diz que está pobre, etse já objeto do BF. A segunda característica do sistema de pagamentos do programa é completar a renda estimada das pessoas até a linha de pobreza fixada de forma a dar mais a quem tem menos. Este expediente trata os pobres, e apenas eles, na exata medida de sua diferença. A tentativa é incorporar a máxima de Mahatma Ghandi de buscar os mais pobres dos pobres. Isto só é possivel por usarmos renda estimada, pelos óbvios incentivos de sub-reportagem de renda, se a renda auto-reportada fosse o critério utilizado.

7 A linha de pobreza usada no programa é a de U$S 2 dólares dia por pessoa ajustada por diferenças internacionais e internas de custo de vida que corresponde a preços locais de hoje a cerca de R$ 108 mês por carioca. Este parâmetro corresponde a mais generosa linha da primeira e mais importante das oito metas do milênio da ONU que é a redução da pobreza extrema à metade no período de 25 anos terminados em A outra linha das metas da ONU de 1 U$S é adequada apenas para paises mais pobres como os da África. Desta forma o programa alinha o Rio ao mundo, aproveitando a vocação internacional da cidade reforçada com eventos internacionais como o final da Copa do Mundo de futebol de 2014 e as Olimpíadas de O fato da data final da meta, 2105 estar neste horizonte ajuda na mobilização. O Brasil ao contrário de paises como EUA, Irlanda e India não dispõe de uma linha oficial de pobreza. O uso das linhas internacionais reforça a consistencia espacial das ações locais com o pensar global. No que tange aos aspectos educacionais, o FC mais uma vez constrói em cima das bases do BF dando um benefício básico e até três benefícios por familia, número máximo de forma a evitar incentivos a natalidade. A diferença é exigir níveis mais altos de frequencia escolar mínimos de 90% contra 85% do BF, além da exigencia da presença de um dos pais, ou responsável, em reuniões bimestrais nas escolas numa tentativa de aprimorar o background familiar responsável por mais de 70% dos diferenciais de educação, segundo a literatura empírica. Outra diferença nesta direção é que cada um destes benefícios não são fixos mas proporcionais à insuficiencia de renda estimada das familias em relação a linha internacional, como explicado antes. Os benefícios adicionais na faixa de 16 a 17 anos presentes na extensão do BF proposta em 2007, não foram incorporados pois a responsabilidade constitucional da cidade é com o ensino fundamental. Dado o atraso escolar reinante no Brasil, os alunos da rede municipal nesta faixa de 16 e 17 são incorporados as demais até o máximo de três benefícios por familia. A maior inovação educacional do FC é premiar os alunos pelo desempenho escolar, alavancado no sistema de provas bimestrais de avaliação levados a cabo pela secretaria de educação. Os profissionais de educação já tem incentivos salariais dados pelo desempenho escolar. No lado da demanda, os alunos terão que atingir um mínimo de nota nestes exames de oito, ou para aqueles com rendimento insuficiente até o mínimo de quatro terá que apresentar uma melhora mínima de 20% a cada bimestre de forma a se abilitar a um prêmio extra bimestral de R$ 50 reais por estudante. Nest caso Não há limite de prêmios por familia dada a natureza

8 individualizada do prêmio por desempenho escolar. Estes requisitos são diferenciados nas Escolas do Amanhã situadas em áreas conflagradas da cidade. Outra inovação do FC está na enfase dada a educação na primeira infancia que tem se mostra como determinante no desempenho escolar e social futuro dos egressos. Como apesar dos esforços da cidade, os desafios de cobertura estão presentes nesta faixa etária, optou-se por inverter os termos de oferta nesta faixa se privilegiando as famílias mais pobres presentes no CadÚnico na alocação de crianças em creches e pré-escolas da cidade, assim como no programa Primeira Infancia Carioca (PIC) com atividades complementares para aqueles que não obtiveram vagas na da rede municipal. A presença dos pais em reuniões bimestrais também é parte das condicionalidades nesta faixa etária. De maneira geral, se todas condicionalidades e premios forem concedidos o FC irá transferir R$ 122 milhões de reais por ano para 98 mil famílias compostas de 421 mil pessoas, sendo 56,7% menores de idade. Famílias já contempladas pelo BF com 95 reais médios mensais, receberão ainda do FC um benefício médio de 104 reais mês, composto na média de 70 de benefícios básicos e condicionalidades e mais 34 reais de premios educacionais. Os benefícios totais variam de acordo com a pobreza e o desempenho escolar indo do piso fixado de R$ 20 até R$ 417 mês por família beneficiada. Em termos de aferição de impacto, se usarmos a medida de pobreza denominada de P2 que é a favorita entre 9 entre 10 especialistas de pobreza por enxergar a desigualdade entre os pobres: o P2 entre os beneficiários do Bolsa Familia vai cair instantaneamente um adicional de 80% a partir da implementação do FC. Já a agenda de condicionalidades mais fortes de educação, a exigência da presença dos pais nas escolas, a atenção diferenciada a primeira infancia e a premiação por notas procuram abrir as portas do mercado de trabalho para as famílias pobres de forma que os maiores fluxos de renda transferidos pela cidades hoje seja consistente por maior estoques de riqueza dos pobres hoje no futuro. A agenda de premiar a melhora de desempenho dos alunos explora a principal vantagem comparativa de grupos pobres que é a de alcançar melhoras e está em consonancia com idéia que os pobres estão para serem motivados por incentivos e não penalizados pelos mesmos. O programa contém em seu desenho incial um sistema de avaliação de seus impactos de forma a orientar seus desenvolvimentos posteriores. De forma a evitar a escolha de Sofia de excluir parte dos elegíveis ao programa aleatoriamente, vista em geral como necessária para definir grupos de

9 tratamento e de controle idênticos, o FC propõe incorporar estudantes não elegíveis no seu desenho inicial incorporando pessoas do CadÚnicos mas que não estão no Bolsa Familia aos seus benefíciários. O grupo de controle, não saberá que fez parte do sorteio pois como todos os alunos já faz parte do sistema de aferição de desempenho já em marcha pela secretaria de educação. Os princípios e práticas do Família Carioca (FC) estão resumidos abaixo: Busca dos mais pobres tratando os diferentes na medida de sua diferença. Privilegiar a igualdade de oportunidades e a capacidade de geração de renda dos beneficiários (quem é pobre e não apenas quem diz que está pobre) Preservar a liberdade nas escolhas individuais (o que e quando gastar) Condicionar escolhas coletivas sujeitas a imperfeições de mercado (como as externalidades educacionais) Condicionalidades mais fortes, atenção a primeira infância e presença dos pais, Bolsa de estudos com prêmio aos avanços de qualidade educacional Alavancar potencialidades da administração atual (Plano Estratégico da Cidade) Integrar com outros níveis de governo e sociedade civil Conexão com melhores práticas e compromissos internacionais MDGs) Avaliar impactos e buscar aprimoramentos constantes (FC 1.1,.,FC 2.0..etc)

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