NOVO REGIME FISCAL: UM BALANÇO

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1 NOVO REGIME FISCAL: UM BALANÇO Márcio Holland Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), foi Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, coordenador do Observatório das Estatais FGV CONASS São Paulo, 15 de setembro de 2017

2 PEC DO TETO DE GASTOS: POR QUE PRECISÁVAMOS MUDAR ESSA REGRA DO JOGO? Gastos em torno de 20% do PIB não são sustentáveis: a carga tributária precisa subir, deteriorando ainda mais a competitividade do país. Não é possível atender novas demandas da sociedade, mantendo gastos ineficientes ou desalinhados às novas demandas da sociedade. Brasil passa por grandes transformações demográficas. Não é possível crescer de modo sustentável com os maiores juros do mundo. É preciso repensar a relação entre o Estado e a Economia: não é questão ideológica, mas de moral e de adequação à nova realidade. 2

3 Sob qualquer ângulo, gastos crescem de modo insustentável Variação dos Gastos Primários em % do PIB variação de um ano em relação ao ano anterior Crescimento Real de Gastos e de Receitas Líquidas (média anual ) % ao ano 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% 0,9% 0,2% 0,8% 0,3% 0,7% 0,5% 0,4% 0,1% 1,2% 0,0% 1,3% 0,7% 0,6% 0,4% 0,2% ,9 Gastos Receitas Líquidas 4,3 4,0 3,9 5,6 5,5-0,3% 1-0,5% -1,0% -0,7% -0,7% -0,7% 0 Governo Central Governos Estaduais Governos Municipais

4 Evolução das Receitas e Despesas Por Governo Taxa Real de Crescimento (Deflacionado pelo IPCA) FHC ( ) Lula ( ) Dilma ( ) Ajuste 2015 Ajuste 2016 Ajuste 2017 Receitas 8,4 6,1 2,9-6,8-5,8-5,5 Despesas Primárias 5,6 7,2 5,2-3,9 1,2-4,2 Pessoal e Encargos 5,9 4,6 1,0 0,8-5,5 10,9 Previdência 7,1 7,7 5,1 1,4 5,2 6,9 Subsídios -4,0 20,4 25,9-7,5-12,5-26,3 Investimentos 7,2 10,7 0,3-33,7 7,9-38,4 Nota: 2017 = jan julho do ano contra mesmo período do ano anterior Fonte: STN, Gobetti & Orair, e cálculos nossos

5 PEC DO TETO DE GASTOS NÃO CONTEVE DETERIORAÇÃO FISCAL Redução efetiva das despesas primárias em percentual do PIB Teto começou inflado com IPCA elevado e RAP; adiando a queda Coloca na ordem do dia a agenda da qualidade dos gastos Governo Federal concedeu reajustes salariais insustentáveis para servidores públicos Aumenta o grau de discricionariedade do Poder Executivo Percepção de que vigoram prioridades invertidas Contribuição para a estabilização da dívida bruta Adiado para depois de 2022 Efeitos importantes no curto prazo na confiança da economia brasileira, especialmente medidos em termos de prêmio de risco país. Mercado confiando demasiadamente na aprovação da reforma da previdência. 5

6 EFEITO DA NOVA REGRA FISCAL GASTOS DEIXAM DE CRESCER 0,3% DO PIB, AO ANO, PARA CAIR RUMO A 17% DO PIB 24,00 22,00 Resultado Primário com a PEC (% do PIB) Gastos Governamentais sem a PEC (% do PIB Receitas Tributárias (% do PIB) Gastos Governamentais com a PEC (% do PIB 5,00 4,00 3,00 20,00 2,00 18,00 1,00 16,00 0,00 14,00-1,00 12,00-2,00 10, ,00 Fonte: STN e simulações nossas

7 GANHOS DE DISCRICIONARIDADE PARA GASTOS COM EDUCAÇÃO E SAÚDE (EM R$ BILHÕES) 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00-10,00 0,00 - Diferença Saúde Diferença Educação 3,17 11,60 5,69 20,07 11,58 De 2017 a 2025, ganho de discricionariedade com Saúde é de R$328 bi 30,31 17, (0,88) ,73 24,57 43,84 32,23 51,70 40,75 60,40 50,22 69,99 60,73 7

8 COMPORTAMENTO DE DIFERENTES INDEXADORES Crescimento da Receita Correte Líquida (RCL) e do IPCA - % ao ano, ,00 20,00 Crescimento da RCL IPCA 14,00 12,00 15,00 10,00 10,00 8,00 6,00 5,00 4, ,00 (5,00) Fonte: IBGE e STN - 8

9 INDICADORES FISCAIS: GRANDE DISCREPÂNCIA DEVIDO ÀS PROJEÇÕES DE RECEITA, E MARGENS FISCAIS ESTREITAS MESMO COM REFORMA Projeções Fiscais: Margens Fiscais em R$ bi Despesas sujeitas ao teto Previdência S/Reforma Previdência C/Reforma Piso Saúde Piso Educação Diversas (Pessoal, BF, Abono e SD, BPC, etc) Despesas Obrigatórias S/Reforma (% Desp. Suj. Teto) Despesas Obrigatórias C/Reforma (% Desp. Suj. Teto) 91% 93% 93% 95% 96% 91% 91% 92% 93% 94% Fonte: IFI/Senado Federal

10 Resultados fiscais cada vez mais dependentes de receitas extraordinárias Resultado fiscal convencional e estrutural % do PIB ,68 2,53 2,58 2,57 2,58 2,26 2,29 2,29 2,14 2,13 2,19 2,13 1,98 2,03 1,85 1,79 1,7 1,67 1,66 1,43 1,41 1,41 1,29 1,27 1,11 1,04 0,99 0,96 0,81 0,88 0,64 0,7 0,77 0,44 0,47 0,44 0,33 0,03 0,05 0,03 0,03 0, , ,19-0,35-0, ,8-1,94-1,51-3 Resultado Fiscal Convencional Resultado Estrutural Componente Não Recorrente -2,54-2,57 Fonte: SPE/Min. Fazenda

11 14,67 14,62 14,21 14,21 13,97 13,95 ENQUANTO ISSO, NOS ESTADOS... Crescimento nominal de gastos com Folha de Pagamentos por Estado, % média anual ,24 15, ,41 12,85 12,59 12,5 12,25 12,25 11,97 11,66 11,62 11,44 11,15 Média = 12,10% 10,62 10,16 10, ,55 9,28 9,24 8,57 8,04 7, Fonte: Senado Federal

12 Crescimentos insustentável da folha de pagamentos dos Estados Crescimento real das despesas com pessoal entre 2010 e 2016 % Fonte: STN

13 ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA É DESAFIO Razão de Dependência (Pop. acima 65 pela Pop. entre 20 e 64) % ,00 45,00 40,00 Grupos Selecionados % do Total População Idades ,2 6,6 5, ,1 11,5 8,5 39,00 48,34 Despesas Previdenciárias do RGPS e BPC/LOAS (% do PIB) ,00 30, ,5 14,3 26, ,2 5,9 14,2 28,74 25,00 21,54 20,00 15,00 10,00 10,40 13,85 5, Fonte: IBGE e Banco Mundial

14 BRASIL É PONTO FORA DA CURVA Gastos Previdenciários (% do PIB) Em 2060, a razão de dependência será de 45%, e os gastos devem dobrar Razão de Dependência (População acima de 65 / População entre 20 64) Fonte: OECD e MPS

15 QUAL É O NOSSO CRESCIMENTO POTENCIAL? Crescimento do PIB (Média anual) Crescimento da População (Média anual) Crescimento da Produtividade (Média anual) ,4% 2,9% 4,5% ,4% 1,6% 0,8% ? 0,6% (caindo de 0,8% para 0,35%, indo a 0%, em 2042)? Aumento de produtividade é requerido para manter mesma taxa de crescimento recente!

16 NOVO REGIME FISCAL: UM BALANÇO Márcio Holland Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), foi Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, coordenador do Observatório das Estatais CONASS São Paulo, 15 de setembro de 2017

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