Desenho e Diminuição de Pobreza associada ao Programa Cartão Família Carioca na Cidade do Rio de Janeiro. Impactos de Incentivos na Vida Escolar

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1 Desenho e Diminuição de Pobreza associada ao Programa Cartão Família Carioca na Cidade do Rio de Janeiro & Impactos de Incentivos na Vida Escolar Coordenação: Marcelo Cortes Neri mcneri@fgv.br

2 Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Fundação Getulio Vargas. Desenho e Diminuição de Pobreza associada ao Cartão Família Carioca & Impactos de Incentivos na Vida Escolar: Lições Cariocas / Coordenação Marcelo Cortes Neri. - Rio de Janeiro: FGV/CPS, [136]p. 1. Educação 2. Programas de Transferência Condicionada de Renda 3. Prêmios Educacionais 4. Pobreza 5. Frequência Escolar 6. Rio de Janeiro I. Neri, M.C

3 Destaques: O Família Carioca é um programa de renda mínima que conjuga as máximas de Gandhi e Confúcio: dá mais a quem tem menos e os ensina a pescar. Desenho: O Família Carioca constrói sobre as bases do Bolsa Família, inovando no sistema de pagamentos e nos prêmios concedidos, é o Bolsa Família 2.0 Os benefícios totais variam de acordo com a pobreza e a proficiência escolar indo do piso fixado de R$ 20 até R$ 417 mês por família O programa busca quem é pobre e não apenas quem está pobre, busca os mais pobres dos pobres tratando os diferentes na medida de sua diferença. O Família Carioca se alinha com a primeira Meta de Milênio da ONU e avalia seus impactos na busca de aprimoramentos constantes (FC 1.1,.,FC 2.0..etc.) Impactos Imediatos na Pobreza A pobreza entre os beneficiários do Bolsa Família caiu instantaneamente no público-alvo um adicional de 46% a partir da implementação do Família Carioca. A meta do milênio da ONU é reduzir a pobreza em 50% em 25 anos. Passo instantâneo e fundamental nesta direção. Os impactos combinados do Família Carioca com o Bolsa Família é de 78% de queda de pobreza. Impactos de Incentivos na Vida Escolar A nota dos alunos incentivados subiu acima dos demais e a presença dos seus pais na escola é o dobro dos sem prêmio. A diferença da média geral das matérias que era desfavorável em 6% aos beneficiários do CFC foi eliminada em três bimestres de operação do programa. A média esconde diferentes mudanças entre beneficiários e não beneficiários do CFC em diferentes matérias: inverteu a distancia existente em ciências, zerou a distancia em matemática, mas a manteve intocada em Português. Os diferenciais de notas daqueles com e dos sem programa antes e depois do cartão: cai de 4,72% a 0% em matemática, se mantém em 4,7% em Português e em Ciências vira de 5,62% desfavorável para 4,84% aos beneficiários do cartão.

4 Cobertura do CFC Apresentamos abaixo o mapa da cobertura do Cartão família Carioca na rede municipal de ensino. Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da SME-PCRJ e da SMAS-PCRJ e do MDS. A Região Administrativa (RA) com a maior cobertura relativa do Cartão Família Carioca é o Complexo do Alemão com 25,4% dos alunos da Rede Municipal de Ensino, seguido de São Cristovão e Vigário Geral. A menor cobertura neste universo de estudantes está em Copacabana (6,8%), Lagoa (7,4%) e Botafogo (7,6%). Desempenho nas Provas Bimestrais As menores notas da Rede Municipal de Ensino estão na Rocinha (5,5%), Rio Comprido (5,59%), Alemão (5,62%), Cidade de Deus (5,92%), Maré (5,94%) e Jacarezinho (5,99%). Enquanto as Maiores são observadas em Paquetá (7,01%), Copacabana (6,83%) e Botafogo (6,64%).

5 Sumário Executivo Visão Geral do Cartão Família Carioca Programas de transferência condicionada de renda são cada vez mais usados como políticas públicas focadas nos pobres de países da América Latina. O fato da desigualdade de renda estar caindo de maneira generalizada nos diversos países da região onde estes programas ganharam maiores escala e notoriedade os coloca na fronteira do combate a pobreza e desigualdade no mundo. O programa Bolsa Família (BF) brasileiro provê um benefício monetário mínimo às famílias pobres; reduzindo a transmissão intergeracional de pobreza condicionando o recebimento dos benefícios a investimentos em capital humano pelos beneficiários. As condicionalidades do BF são: educação frequência escolar mínima de 85% para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, e mínima de 75% para adolescentes entre 16 e 17 anos; saúde acompanhamento do calendário vacinal para crianças até 6 anos; pré-natal das gestantes e acompanhamento das nutrizes na faixa etária de 14 a 44 anos. Eduardo Paes e Pedro Paulo, Prefeito e Secretário da Casa Civil da Cidade do Rio de Janeiro, requisitaram ao Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, desenho de estratégia complementar a do BF para ser aplicada no Rio em curto intervalo de tempo. O Cartão Família Carioca (FC) foi criado a partir de repetidas e ricas interações com o próprio prefeito e diversos órgãos da cidade tais como a Casa Civil, o Instituto Pereira Passos, o Instituto de Planejamento, a Secretaria de Assistência Social e a Secretaria Municipal de Educação. Podemos dividir as inovações do FC em duas partes: o sistema de pagamentos que visa tornar as pessoas menos pobres no presente e os incentivos ao investimento que vai tornar as pessoas menos pobres no futuro. No que tange ao sistema de pagamentos nos beneficiamos da experiência e práticas federais aninhando o FC em seu desenho no BF. O FC usa como pedra fundamental da construção de futuro a experiência exitosa da secretaria municipal da educação sob a batuta de Claudia Costin que avalia os estudantes da maior rede municipal do país em provas bimestrais para além das provas que cada escola aplica em seu cotidiano. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Rio de Janeiro em 2009 já mostra movimento de recuperação na educação. Apesar da elevação na taxa de

6 reprovação no primeiro segmento de 1º a 5º anos fruto do abandono da aprovação automática, o IDEB passou de 4,5 em 2005, para 5,1 em Sistema de Pagamento O sistema de pagamento do programa se beneficia do Cadastro Social Único (CADÚNICO), um verdadeiro censo dos pobres brasileiros com quase 60 milhões de pessoas registradas com uma variedade de informações sócio-demográficas, de acesso a outros programas federais, endereço físico das pessoas e para os beneficiários um endereço de pagamento. Só na cidade do Rio de Janeiro são mais de um milhão de cadastrados, quase um quinto da população carioca, destes 575 mil percebem benefícios do Bolsa Família. A decisão foi começar por este grupo que está na folha utilizando como parceiro a Caixa Econômica Federal o que facilita a localização física dos beneficiários, a emissão de cartões e de senhas dos beneficiários. Uma inovação foi evitar o uso simples da renda reportada pelas pessoas como no BF, para lançar mão do rico acervo de informações presente no CadÚnico referentes ao acesso e uso de ativos. Estas informações vão desde a configuração física da moradia (tipo, número de cômodos, materiais chão, teto, paredes etc.), acesso aos diversos serviços públicos (água, esgoto, luz etc.). Além disso, inclui a educação de todas as pessoas no domicílio, acesso e tipo de posição na ocupação e na desocupação de marido e esposa, a presença de grupos vulneráveis como pessoas com deficiência, grávidas, lactantes e crianças (aí incluindo o status escolar) bem como o acesso a outras transferências federais a começar pelo próprio Bolsa Família. Isto foi implementado mediante a uma equação minceriana de renda contra esta miríade de informações do CadÚnico, assim como um modelo de renda não monetária responsável por 25% da renda dos pobres segundo a POF. A renda estimada por este sistema de imputação gera um conceito de renda permanente similar ao criado por Milton Friedman. No topo da renda estimada é adicionada a renda de programas sociais da folha de pagamentos. A questão aqui é ampliar o critério da renda que as pessoas dizem que tem hoje para um conceito mais abrangente. Neste sentido, o FC se importa com quem é pobre, e não com diz que está pobre, este já objeto do BF. A segunda característica do sistema de pagamentos do programa é completar a renda estimada das pessoas até a linha de pobreza fixada de forma a dar mais a quem tem menos. Este expediente trata os pobres, e apenas eles, na exata medida de sua diferença. A tentativa é buscar os mais pobres dos pobres. Isto só é possível por

7 usarmos renda estimada, pelos óbvios incentivos de sub-reportagem de renda, se a renda auto-reportada fosse o critério utilizado. A linha de pobreza usada no programa é a de U$S 2 dólares dia por pessoa ajustada por diferenças internacionais e internas de custo de vida que corresponde a preços locais de hoje a cerca de R$ 108 mês por carioca. Este parâmetro corresponde a mais generosa linha da primeira e mais importante das oito metas do milênio da ONU que é a redução da pobreza extrema à metade no período de 25 anos terminados em A outra linha das metas da ONU de 1 U$S é adequada apenas para países mais pobres como os da África. Desta forma o programa alinha o Rio ao mundo, aproveitando a vocação internacional da cidade reforçada com eventos internacionais como o final da Copa do Mundo de futebol de 2014 e as Olimpíadas de O fato da data final da meta, 2015 estar neste horizonte ajuda na mobilização. O Brasil ao contrário de países como EUA, Irlanda e Índia não dispõe de uma linha oficial de pobreza. O uso das linhas internacionais reforça a consistência espacial das ações locais com o pensar global. Incentivos na Educação No que tange aos aspectos educacionais, o FC mais uma vez constrói em cima das bases do BF dando um benefício básico e até três benefícios por família, número máximo de forma a evitar incentivos a natalidade. A diferença é exigir níveis mais altos de frequência escolar mínimos de 90% contra 85% do BF, além da exigência da presença de um dos pais, ou responsável, em reuniões bimestrais nas escolas numa tentativa de aprimorar o background familiar responsável por mais de 70% dos diferenciais de educação, segundo a literatura empírica. Outra diferença nesta direção é que cada um destes benefícios não são fixos, mas proporcionais à insuficiência de renda estimada das famílias em relação à linha internacional, como explicado antes. Os benefícios adicionais na faixa de 16 a 17 anos presentes na extensão do BF proposta em 2007, não foram incorporados, pois a responsabilidade constitucional da cidade é com o ensino fundamental. Dado o atraso escolar reinante no Brasil, os alunos da rede municipal nesta faixa de 16 e 17 são incorporados às demais até o máximo de três benefícios por família. A maior inovação educacional do FC é premiar os alunos pelo desempenho escolar, alavancado no sistema de provas bimestrais de avaliação levados a cabo pela secretaria de educação. O profissional de educação já tem incentivos salariais dados

8 pelo desempenho escolar. No lado da demanda, os alunos terão que atingir um mínimo de nota nestes exames de oito, ou para aqueles com rendimento insuficiente até o mínimo de quatro terá que apresentar uma melhora mínima de 20% a cada bimestre de forma a se habilitar a um prêmio extra bimestral de R$ 50 reais por estudante. Neste caso não há limite de prêmios por família dados à natureza individualizada do prêmio por desempenho escolar. Estes requisitos são diferenciados nas Escolas do Amanhã situadas em áreas conflagradas da cidade. Outra inovação do FC está na ênfase dada à educação na primeira infância que tem se mostra como determinante no desempenho escolar e social futuro dos egressos. Como apesar dos esforços da cidade, os desafios de cobertura estão presentes nesta faixa etária, optou-se por inverter os termos de oferta nesta faixa se privilegiando as famílias mais pobres presentes no CadÚnico na alocação de crianças em creches e préescolas da cidade, assim como no programa Primeira Infância Carioca (PIC) com atividades complementares para aqueles que não obtiveram vagas na da rede municipal. A presença dos pais em reuniões bimestrais também é parte das condicionalidades nesta faixa etária. Impactos Imediatos na Pobreza De maneira geral, se todas condicionalidades e prêmios forem concedidos o FC irá transferir R$ 122 milhões de reais por ano para 98 mil famílias compostas de 421 mil pessoas, sendo 56,7% menores de idade. Famílias já contempladas pelo BF com 95 reais médios mensais receberão ainda do FC um benefício médio de 104 reais mês, composto na média de 70 de benefícios básicos e condicionalidades e mais 34 reais de prêmios educacionais. Os benefícios totais variam de acordo com a pobreza e o desempenho escolar indo do piso fixado de R$ 20 até R$ 417 mês por família beneficiada. Algumas características dos beneficiários responsáveis por receber o benefício: Mulheres (96,26%), Solteiras (73,25%), com Ensino Fundamental Incompleto (67,27%), Fora do mercado de trabalho (42,34%), Informais (30,33%), situadas em Famílias de 3 a 5 pessoas em média (80%). Em termos de aferição de impacto, se usar a medida de pobreza denominada de P2 que é a favorita entre 9 entre 10 especialistas de pobreza por enxergar a desigualdade entre os pobres: o P2 entre os beneficiários do Bolsa Família vai cair instantaneamente

9 um adicional de 46% a partir da implementação do FC. A meta do milênio da ONU é reduzir a pobreza em 50% em 25 anos. Passo instantâneo e fundamental nesta direção. A pobreza neste universo com a aplicação cumulativa do Bolsa Família e do Família carioca cairá 78%, sendo 46% desta queda do Família Carioca. Avaliação de benefícios Monetários do FC e Programas Totais (BF e FC) Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados do Cadastro Único/SMAS e MDS No que tange ao impacto espacial do programa ele atinge mais as áreas mais pobres da cidade. Abertura Espacial - Bairros Carioca Índice de desenvolvimento humano (IDH) Concentração de pessoas cadastradas pelo IDH dos bairros 1,000 0,950 0,900 0,850 0,800 0,750 0,700 0,650 0,600 y = -0,3579x + 0,9031 R² = 0,4348 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% % de Cadastrados

10 Já a agenda de condicionalidades cionalidades mais fortes de educação, a exigência da presença dos pais nas escolas, a atenção diferenciada a primeira infância e a premiação por notas procuram abrir as portas do mercado de trabalho para as famílias pobres. Visa com isso que os maiores fluxos de renda transferidos pela cidade hoje seja consistente por maior estoque de riqueza dos pobres hoje no futuro.. A agenda de premiar r a melhora de desempenho dos alunos explora a principal vantagem comparativa de grupos pobres que é a de alcançar melhoras e está em consonância com ideia que os pobres estão para serem motivados por incentivos e não penalizados pelos mesmos. O programa contém em seu desenho inicial um sistema de avaliação de seus impactos de forma a orientar seus desenvolvimentos posteriores. De forma a evitar a escolha de Sofia de excluir parte dos elegíveis ao programa aleatoriamente, vista em geral como necessária para definir grupos de tratamento e de controle idênticos, o FC propõe incorporar estudantes não elegíveis no seu desenho inicial incorporando pessoas do CadÚnico, mas que não estão no Bolsa Família aos seus beneficiários. O grupo de controle, não saberá que fez parte do sorteio, pois como todos

11 os alunos contemplados já fazem parte do sistema de aferição de desempenho já em marcha pela secretaria de educação. Os princípios e práticas do Família Carioca (FC) estão resumidos abaixo: Busca dos mais pobres tratando os diferentes na medida de sua diferença. Privilegiar a igualdade de oportunidades e a capacidade de geração de renda dos beneficiários (quem é pobre e não apenas quem diz que está pobre) Preservar a liberdade nas escolhas individuais (o que e quando gastar) Condicionar escolhas coletivas sujeitas a imperfeições de mercado (como as externalidades educacionais) Condicionalidades mais fortes, atenção a primeira infância e presença dos pais, Bolsa de estudos com prêmio aos avanços de qualidade educacional Alavancar potencialidades da administração atual (Plano Estratégico da Cidade) Integrar com outros níveis de governo e sociedade civil Conexão com melhores práticas e compromissos internacionais MDGs) Avaliar impactos e buscar aprimoramentos constantes (FC 1.1,.,FC 2.0..etc.)

12 Desenho do Família Carioca Cadastro-Condicionalidades do Bolsa Família Familia Carioca Renda estimada Renda que falta para cada membro, em média, chegar à linha de pobreza da ONU - 2U$S dia Benefício básico Educação 6 a 17 anos - Frequência de pelo menos 90% às aulas nas escolas municipais; - Frequência dos pais às reuniões bimestrais das escolas municipais -Melhora de 20% nas notas das provas bimestrais em relação ao bimestre anterior; 15% para Escolas do Amanhã; Benefício variável Condicionalidades Prêmios adicionais Avaliação de Impactos Educação - 0 a 6 anos - Frequência de pelo menos 90% às aulas; - Frequência dos pais às reuniões bimestrais

13 Mais recentemente, foi incorporado pela Secretaria de Assistência Social do Município uma série de mecanismos de busca ativa no programa denominado de Família Carioca em Casa. A conclusão decorrente das simulações mostradas aqui realizadas é que o Programa Cartão Família Carioca, do modo como foi concebido, atinge seus objetivos de curto prazo de redução de pobreza baseada em renda e melhoria das condições de vida dos cariocas em situação de pobreza ou extrema pobreza que inicialmente recebiam o Bolsa Família. O custo do programa é relativamente baixo vis a vis as opções factíveis; a metodologia utilizada procura eliminar as assimetrias de informação existentes entre beneficiários e governo. Isto acompanhado de possíveis impactos potenciais sobre a igualdade de oportunidades da população pobre da cidade. A avaliação dos impactos das condicionalidades objetivam a melhoria do capital humano carioca depende de maior tempo de funcionamento da mesma, visto que foi implementada há pouco tempo. Numa etapa posterior do estudo, seria possível estudar outros aspectos que fogem do escopo aqui perseguido neste estágio, como o desenho do sistema de pagamentos do programa, conexões com a estratégia federal intitulada Brasil Sem Miséria e com a nova estratégia do Estado denominada Renda Melhor e avaliação dos resultados obtidos. 13

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15 Impactos de Incentivos na Vida Escolar 1 A nota dos alunos incentivados subiu acima dos demais e a presença dos seus pais na escola é o dobro dos sem prêmio. A diferença da média geral das matérias que era desfavorável em 6% aos beneficiários do CFC foi eliminada em três bimestres de operação do programa. A média esconde diferentes mudanças entre beneficiários e não beneficiários do CFC em diferentes matérias: inverteu a distancia existente em ciências, zerou a distancia em matemática mas a manteve intocada manteve em Português. Meios ou Fins? O Brasil começa a entrar num novo federalismo social onde cidades e estados começam a desenvolver programas específicos sobre a base do Cadastro Social Único federal do Bolsa Família. Neste contexto aprende mais do que quando todas as decisões são tomadas desde Brasília. A diversidade de desenhos gera lições a partir dos erros e acertos de cada um. A Cidade do Rio de Janeiro lançou há um ano, o Família Carioca, programa pioneiro cujos primeiros resultados começam a ser avaliados. A Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio contava em 2011 com 670 mil alunos, a maior rede de ensino da América Latina. A SME tem desenvolvido uma gama variada de ações, desde avaliações bimestrais dos alunos; avaliações externas bianuais; prêmios por desempenho dos professores vinculado a performance dos alunos entre outras. A SME tem conseguindo gerar melhoras diferenciadas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), apesar de ter saído do sistema de aprovação automática. Centramos aqui nas inovações que interagem diretamente com o programa Cartão Família Carioca (FC), objeto de avaliação nossa cujos resultados serão disponibilizados em A SME conta com um banco de dados que possui três qualidades raras: i) riqueza das informações compiladas, aí incluindo o background familiar dos alunos, características das escolas, diretores, professores etc. ii) O fato dos mesmos alunos serem acompanhados por longos intervalos de tempo. iii) As avaliações de proficiência são aplicadas a cada dois meses possibilitam que o sistema de feedback seja rápido e 1 Esta parte está baseada em trabalho co-autorado de Marcelo Neri e Rafael Borges. 15

16 proveitoso do ponto de vista gerencial constituindo uma verdadeira Disneylândia dos estudiosos e gestores educacionais. O FC não procurou criar novos programas escolares, mas potencializar os impactos daqueles já existentes atuando sobre o lado da demanda por educação. Por exemplo, a instituição de um prêmio de performance individualizado por aluno foi instituído, pois já existiam provas bimestrais aplicadas. No caso do CFC o programa elegeu um conjunto amplo de condicionalidades escolares e prêmios aos estudantes aplicados tanto a insumos como a resultados educacionais. Resultados preliminares mostram que incentivos financeiros ajudam no aprendizado escolar. Alunos pobres que receberam desafios de desempenho tiveram melhora de acima daqueles sem direito a prêmio nos três primeiro bimestres após sua implantação. A diferença da média geral das matérias que era desfavorável em 6% aos beneficiários do CFC foi eliminada em três bimestres de operação do programa. Agora a média esconde diferentes mudanças entre beneficiários e não beneficiários do CFC em diferentes matérias: inverteu a distancia existente em ciências, zerou a distancia em matemática, mas a manteve intocada em Português. Peguemos um exemplo concreto de uma estudante da rede municipal que enfrenta uma série de adversidades sociais. Senão vejamos: uma menina preta que possui uma deficiência física que repetiu o último ano e ainda estuda no primeiro ciclo do ensino fundamental numa Escola do Amanhã do Irajá. Esta filha de pai e mãe com ensino fundamental incompleto que não mora com eles e vai sozinha em até uma hora de trem à escola. Se esta menina fosse beneficiária do Família Carioca possuía em 2010 uma nota média 6% inferior àquela que não pertencia ao programa 2. Esta diferença desfavorável foi zerada no terceiro bimestre de 2011, apenas três meses depois da implantação do novo programa. De forma a permitir a visualização como o efeito sobre as notas difere nas três matérias tomemos os diferenciais de notas daqueles com e dos sem programa antes e depois do cartão. A diferença de notas de matemática que era de 4,72% é zerada; a distancia de Português se mantém estagnada em torno de 4,7% antes e depois do cartão; 2 Esta é a média calculada a partir de modelo estatístico de notas dos alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental da rede municipal de ensino. As médias bimestrais geral desta aluna era 3,18 em Matemática, 3,37 em Ciencias e 3,61 em Português. Veja o simulador do modelo em 16

17 finalmente no caso de Ciências a distancia que era de 5,62% favorável aquela sem programa se torna 4,84% depois do cartão favorável aos seus beneficiários. Além do efeito sobre os resultados palpáveis da educação que é o aprendizado auferido por notas, houve melhora nos meios que ajudam a atingir estes fins. Os pais desses alunos tiveram 70% de participação em reuniões aos sábados nas escolas, contra 30% daqueles que não foram incentivados. Isto ajuda a nivelar as oportunidades dadas aos alunos. A literatura brasileira demonstra que mais de 70% da performance escolar é determinada pelo background familiar, tipo educação dos pais e especialmente da mãe, renda da família etc. A lição recente de uma série de estudos recentes baseados no programa Opportunity de Nova York mostraram que deu mais resultados incentivar insumos escolares do tipo pagar o aluno para ler livros, ou frequentar uma jornada escolar estendida do que premiar o desempenho escolar medido por provas. Premiar insumos seria mais efetivo do que premiar resultados finais que estão menos ao controle dos alunos que se não se motivariam a se esforçar mais. A experiência carioca recente fez as duas coisas, incentivos a insumos e a produtos escolares. Em primeiro lugar, dá bolsas de estudo adicionais condicionadas a frequência de alunos às aulas e de seus pais nas reuniões bimestrais. Os resultados sugerem que os dois caminhos são complementares. Se criar novos programas é preciso, avalia-los também é preciso. Frequência de Pais em Reuniões Escolares - A frequência dos pais as reuniões bimestrais em cada uma das escolas de seus filhos constitui uma das condicionalidades do programa Família carioca (FC) que segue na linha de insumos ao invés de resultados como os prêmios de educação analisados. Podemos observar neste estágio apenas tabulações bivariadas relativas à frequência dos pais nas reuniões escolares. Como vimos, a presença dos pais nas escolas é muito importante para um melhor desempenho e evolução dos filhos em termos educacionais e sociais. Nesse sentido, podemos perceber a diferença significativa de frequência na reunião de pais quando comparamos os beneficiários com os não beneficiários do CFC. Os gráficos divididos por série escolar (incluindo Educação Infantil (EI), Classes de Realfabetização (Realf) e classes de Aceleração (Acel)) mostram que a frequência na reunião de pais dos beneficiários é 17

18 muito maior do que a dos não beneficiários, sugerindo um impacto positivo das condicionalidades escolares do CFC. Fonte: Tabulações da SME de Quando abrimos série escolar dividido por regiões escolares da cidade CRE, vimos que em todos o mesmo fenômeno é observado, com ampla diferença entre pais beneficiários e não beneficiários pelo programa em todas 209 comparações realizadas, demonstradas no apêndice. Frequência de Alunos - Com relação ao percentual de frequência dos alunos, também percebemos as diferenças entre os beneficiários e os não beneficiários do CFC, com os primeiros apresentando maiores percentuais de frequência em ambas as análises por CRE e por série escolar (usando dados gerais do município). No entanto, apesar dos percentuais de frequência serem maiores para os beneficiários, essas diferenças não são tão grandes quanto os diferenciais de frequência na reunião de pais. 18

19 Fonte: Tabulações da SME de 2011 Os resultados empíricos sugerem numa primeira abordagem que os alunos beneficiários pelo FC são incentivados a ir à escola. Mas esse resultado é algo não causal. Por exemplo, em comparação semelhante bivariada das notas bimestrais, os resultados bem melhor controlados pelas regressões foram em sua grande maioria invertidos. Nestas comparações bivariadas de séries por CREs, apenas em 7 dos 99 casos analisados o nível da nota pós-programa era superior entre os alunos beneficiários da Família Carioca. Nas regressões e experimentos propostos não permitiram rejeitar as hipóteses de que o programa incentiva os alunos a tirarem melhores notas e a tentar melhorar estas notas pelo incentivo de melhora. Portanto, os resultados da análise de impacto sobre os insumos escolares podem ser considerados preliminares, incompletos e arriscados. Falta incorporar dados anteriores ao programa, descer ao nível dos microdados que nos permitiriam controlar pelas características observáveis dos alunos e de seus pais e pensar em situações que repliquem condições de experimentos aleatorizados de forma a lidar com vieses de seletividade inerentes a operação do programa. Portanto, embora tentados, não podemos afirmar ainda que o FC gera maior presença dos pais nas reuniões bimestrais nas escolas. 19

20 Análise Multivariada Realizamos um exercício controlado onde comparamos pessoas iguais em várias dimensões observadas dos alunos (como gênero, raça, repetência no ano anterior e atraso escolar acumulado), características da escola (localização, turno, se é Escola do Amanhã ou turma especial (pessoas com deficiência); transporte a escola (modalidade, tempo e se vai sozinho), background familiar (escolaridade do pai e da mãe e presença deles)). Focamos inicialmente em aspectos ligados a presença e escolaridade da mãe que desempenha papel central no programa. Presença e Acesso No que se refere ao acesso ao Família Carioca Na análise do índice de presença do pai, verificamos que alunos com o pai falecido possuem 21% menos chances de pertencer ao Programa que aqueles que moram com o pai. A redução é de apenas 9% para aqueles que possuem pai vivo, mas não residem com o mesmo. Mais uma vez, observamos resultados bastantes mais expressivos referentes às mães. Um estudante com a mãe falecida desfruta de 49% menos chances de pertencer ao Programa, e de 31% menos caso a mãe seja viva, mas não more com o jovem. Apontando na mesma direção, alunos que fazem este trajeto sozinhos apresentam 21% menos chances de pertencer ao Programa que aqueles que o fazem acompanhados. Como veremos, as notas e a pobreza são inversamente relacionadas à presença do pai e da mãe. Este dado é indicativo de que crianças órfãs ou abandonadas tenham carência do elo de conexão com o programa. Portanto, esta é uma área que sugere possibilidade melhora de focalização. Em particular, sugerimos a realização de um processo de busca ativa similar ao empreendido pelo programa Família Carioca em Casa, na escola onde o processo de busca do público alvo é facilitado pela estrutura institucional e de dados da SME. 20

21 Mãe é Mãe A escolaridade os pais e da mãe, em particular é um dado fundamental nas várias etapas do programa a começar pela equação de acesso. O modelo de impacto da nota média das provas bimestrais mostra que a nota de filhos de mães com nível superior é 123% maior que a das sem escolaridade. A mesma comparação nos pais mostra notas 54% maiores apenas. Não é a toa que o Família Carioca elege a mulher como as receptoras em 96,3% das famílias beneficiadas. Já quando analisamos o uma criança cuja mãe possui nível superior a chance de acesso ao Família Carioca na rede municipal é 1/6 das analfabetas. Pois o programa busca os mais pobres estruturais onde a educação da mãe é por construção uma variável chave. Quando restringimos a análise aos beneficiários do CFC, a chance de acesso a bônus por notas (resultado) é 59% maior entre as mães em nível superior vis a vis as analfabetas. Já no cumprimento das condicionalidades do programa (insumos) acontece o inverso sendo 8% menor refletindo talvez o maior custo de oportunidade do tempo destas mães em frequentar as reuniões bimestrais. 21

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