construindo uma agenda
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- Renata Ana Cerveira Chaves
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1 Regime de colaboração: construindo uma agenda
2 . Regime de colaboração. Sistema nacional de educação. Responsabilidade da gestão pública educacional. Esforço coordenado e planejado. Atuação propositiva Caminho legislativo:. uma lei complementar (CF, art. 23, único)
3 . Padrão de qualidade. Dever do Poder Público. Avaliação e políticas públicas. Distribuição de responsabilidades e recursos. A dimensão do esforço. A articulação da agenda legislativa
4 O padrão de qualidade na educação básica ( CF, art. 206, VII, ) em cada rede de ensino:. titulação mínima de todos os profissionais da educação, de acordo com as exigências da lei;. plano de carreira para o magistério público;. programa de formação inicial e continuada para os profissionais da educação;. jornada de trabalho dos profissionais, com horas/atividade quando determinado por lei;. plano de educação, em consonância com o PNE;. padrões definidos de infra-estrutura e funcionamento das escolas, de acordo com custo-aluno-padrão-qualidade;. estratégias adequadas na oferta da educação infantil;. ensino fundamental e médio regular universal, com jornada escolar adequada para aprendizagem efetiva; conteúdos básicos nacionais;. diversas modalidades de ensino, de acordo com a demanda efetivamente observada.
5 O dever do Estado (CF, art. 208):. censo anual para levantamento da necessidades de atendimento à demanda;. atendimento imediato da demanda verificada para o ensino obrigatório regular;. atendimento imediato ou, no máximo, no exercício seguinte à identificação da demanda potencial, para a creche, educação especial e educação de jovens e adultos;. garantia de duração mínima de jornada diária, para cada aluno, de quatro horas de efetivo trabalho escolar, não computados os períodos de intervalo para descanso e alimentação;. disponibilidade, para toda a rede de ensino pública, de horários de reforço escolar;. garantia de acesso físico à escola, assegurados os meios de transporte para os alunos;. manutenção de programa permanente de formação continuada para os profissionais;. manutenção de programa permanente de avaliação de desempenho dos profissionais;. promoção de avaliação externa periódica do nível de rendimento escolar dos alunos;. manutenção de infra-estrutura escolar adequada; programas suplementares.
6 A obrigação do Poder Público com o princípio de garantia do padrão de qualidade (CF, art. 206, VII):. aferição periódica da qualidade do ensino fundamental e médio, por processo nacional de avaliação do rendimento escolar, previsto na LDB:. resultados do processo de avaliação como indutores de políticas públicas de modo que, a cada avaliação nacional :. as médias de resultados observadas em cada Unidade da Federação sejam superiores às verificadas na avaliação anterior, mediante o desenvolvimento de ações específicas, com a necessária alocação de recursos financeiros em volume compatível com os esforços a serem empreendidos em cada sistema e rede pública de ensino.. observe-se melhoria nas médias de resultados indicativa de que, em determinado prazo, dada percentagem dos estudantes se situará em um patamar satisfatório de desempenho;. a cada ano haja redução das taxas de repetência e evasão, indicativa de que, em determinado prazo máximo, elas estarão significativamente reduzidas, dentro de limites aceitáveis em termos de padrões internacionais.. manutenção, pelas Unidades da Federação, em regime de colaboração, de processos próprios de avaliação externa do rendimento escolar de sua rede, articulados e harmônicos entre si (resultados comparáveis e formulação de políticas locais/nacionais)
7 Distribuição de responsabilidades e de recursos: Repartição de recursos, financeiros e não financeiros, entre os entes federados, relativos à manutenção e desenvolvimento do ensino, para equalizar, em todo o território nacional e em cada ente federado, as respectivas capacidades de dispêndio para oferta de educação escolar com qualidade, de acordo com critérios de distribuição diretamente proporcionais:. às responsabilidades de cada ente;. aos esforços efetivamente realizados, correspondentes às necessidades de melhoria de atendimento e de desempenho;. às melhorias de desempenho efetivamente evidenciadas pelo processo de avaliação nacional.
8 A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios:. estabelecimento de padrões mínimos de qualidade da educação básica;. promoção, a cada ano, do cálculo do correspondente custo mínimo por aluno, para cada etapa da educação básica, com validade para o ano subsequente, considerando variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino. Os padrões mínimos de qualidade da educação básica, entre outros fatores, referidos a:. disponibilidade de pessoal docente e não-docente por tipo e tamanho de estabelecimento educacional;. localização, construção e infra-estrutura dos estabelecimentos educacionais, bem como disponibilidade de recursos didáticos, mobiliário e demais equipamentos necessários ao ensino, considerada a especificidade pedagógica do espaço escolar. Capacidade de atendimento de cada governo:. definida pela razão entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e desenvolvimento do ensino e o custo anual por aluno, relativo aos padrões mínimos de qualidade.
9 A dimensão do esforço: Evolução do Gasto Público Direto em Educação ( ) e Hipóteses para o Período GPDE R$ bi 09 % Cresc , , , % 265, % 372, % 531, % 425,4 248 Fontes: MEC/INEP e IPEA; estimativas do autor Observações: valores em R$ de 2009, usando o deflator implícito do PIB; GPDE igual a 4% do PIB em 2001; 5% em 2009; e 5% em 2010 (estimativa).
10 A dimensão do esforço: Metas do PNE Estimativa de ampliação de matrículas Nível/Etapa Novas matrículas 5 anos iniciais (por ano) 5 anos finais (por ano) Creches 3,4 mi em 10 anos +0,34 +0,34 Pré 1,6 mi em 5 anos +0,32 0 EF 2,7 mi em 10 anos +0,27 +0,27 EM 1,5 mi em 5 anos +0,3 0 E Sup 4,2 mi em 10 anos +0,42 +0,42 EJA 1,4 durante 10 anos 1,4 1,4 Alfabetização 1,4 mi durante 10 anos 1,4 1,4 Fonte: Estimativas do autor a partir das metas do projeto do II PNE; MEC/INEP/Censo Escolar; IBGE/PNAD
11 A dimensão do esforço: Simulações de Gasto Médio Público Direto em Educação por Estudante (Ed. Básica + Ed. Superior) (em R$ de 2009) Ano PIB Matrículas %GPDE P/capita %GPDE P/capita %GPDE P/capita %GPDE P/capita ,185 46,62 0, ,92 0, ,92 0, ,92 0, , ,424 45,42 0, ,26 0, ,26 0, ,26 0, , ,578 49,87 0, ,41 0, ,90 0, ,15 0, , ,739 51,52 0, ,78 0, ,08 0, ,53 0, , ,907 53,17 0, ,40 0, ,32 0, ,71 0, , ,083 54,82 0, ,17 0, ,04 0, ,84 0, , ,267 56,47 0, ,05 0, ,66 0, ,07 0, , ,459 57,50 0, ,34 0, ,90 0, ,74 0, , ,660 58,53 0, ,52 0, ,06 0, ,88 0, , ,869 59,56 0, ,70 0, ,77 0, ,87 0, , ,088 60,59 0, ,03 0, ,69 0, ,17 0, , ,317 61,62 0, ,64 0, ,50 0,1 8629,29 0, ,43 Observações: PIB em R$ trilhões; matrículas em milhões de aluno; valor per capita em R$.
12 As fontes de financiamento:. Possibilidade de elevação do comprometimento das receitas de impostos?. Novas fontes?. O pré-sal?. Repartição das contribuições sociais federais?. Aumento da eficiência no uso dos recursos?. O bônus demográfico?
13 A agenda legislativa:. interlocução na normatização das políticas públicas educacionais;. normas de funcionamento da educação infantil. creches contínuas/noturnas. educação em tempo integral. limite de data para matrícula das crianças com 6 anos no início do EF. carga horária letiva anual/frequência mínima. ensino domiciliar. idade para exames supletivos. divulgação do IDEB. critérios para avaliação da educação básica. educadores assistentes na ed. infantil e 2 anos iniciais do EF. piso salarial dos profissionais da educação; jornada de trabalho. formação de profissionais da educação;. psicólogos e assistentes sociais nas escolas. pagamento de profissionais da saúde em MDE. diretrizes para seleção e indicação de diretores. detectores de metais nas escolas. redistribuição dos recursos do salário-educação. acompanhamento e discussão dos projetos
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