O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel: Uma Análise Crítica

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE BACHARELADO O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel: Uma Análise Crítica Marcio Alvarenga Junior Matrícula: marcio.alvarenga.junior@gmail.com Orientador: Prof o. Dr. Carlos Eduardo Frickmann Young carloseduardoyoung@gmail.com Fevereiro de 2012

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE BACHARELADO O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel: Uma Análise Crítica Marcio Alvarenga Junior Matrícula: marcio.alvarenga.junior@gmail.com Orientador: Profº. Dr. Carlos Eduardo Frickmann Young carloseduardoyoung@gmail.com Fevereiro de 2012

3 As opiniões expressas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do autor

4 AGRADECIMENTOS A minha família, pelo amor e carinho concedidos e por me ensinar o valor da cultura e da educação Ao Professor Cadu, pela orientação, competência, paciência, e, principalmente, pelo trato diferenciado com a pesquisa na graduação Aos meus amigos, pela recíproca do incondicional apoio A Camila Veneo, por pôr meus pés nos chão sem cortar minhas asas A UFRJ, pela história, pela voz, pelos debates e por me fazer rejeitar a resignação Ao poeta Eduardo Galeano, pelo direito ao delírio

5 RESUMO É objetivo desta monografia realizar uma análise das metas ambientais e de inclusão social estabelecidas no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, bem como sugerir possíveis razões para o não cumprimento destas. No que tange as metas de inclusão social, será feita uma breve tipificação da agricultura familiar nas regiões Norte, Nordeste e Semi-Árido do país com a finalidade de demonstrar em que medida a estrutura das unidades produtivas familiares se configurou como um entrave às aspirações do programa. Já em relação às metas ambientais, um sucinto relato histórico acerca do modelo de expansão da soja e da fronteira agrícola brasileira pós década de 1970 servirá de insumo para a melhor compreensão das dificuldades de fazer do biodiesel uma alternativa sustentável aos moldes do plano.

6 ÍNDICE INTRODUÇÃO...9 CAPÍTULO I A TRÍADE DO PROGRAMA NACIONAL DE PRODUÇÃO E USO DE BIODIESEL: OBJETIVOS, METAS E POTENCIALIDADES...12 I.1 O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel em traços gerais...12 I.2 Das metas de inserção sócio-econômicas do plano...17 I.3. A Sustentabilidade suposta no plano...19 I.4 Potencialidades tecnológicas e o futuro da indústria de biocombustíveis...21 CAPÍTULO II INCLUSÃO SOCIAL: UM MODELO DISTINTO DO IMAGINADO...26 II.1 Da mamona ao fracasso...26 II.2 As razões para o fracasso da mamona...29 II.3 O fim do sonho e o começo da realidade...34 CAPÍTULO III O MITO DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DO PNPB...40 III.1 Contextualização...41 III.2 Rompendo barreiras: Um breve comentário sobre o processo de dispersão da soja pelo território brasileiro a partir da segunda metade da década de III.3 O rastro da expansão da soja...47 III.4 A incompatibilidade das metas ambientais do PNPB: A dinâmica do desmatamento e o problema das queimadas...53 CONCLUSÃO...57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...59

7 TABELAS Tabela 1: Legislação acerca do percentual de mistura compulsória...13 Tabela 2: Custo de Poluição Evitado com o Uso do Biodiesel (em milhões de reais por ano)...21 Tabela 3: Produção de Mamona (em mil toneladas)...28 Tabela 4: Matérias-Primas Utilizadas na Produção de Biodiesel no Brasil em Tabela 5: Agricultura Familiar na Região Nordeste Acesso a Assistência Técnica e a Tecnologia (em %)...32 Tabela 6: Participação Relativa por Matéria Prima na Matriz de Aquisição da Agricultura Familiar (em %)...38 Tabela 7. Índices da Soja no Centro-Oeste...48

8 GRÁFICOS Gráfico 1: Evolução da Aquisição de Matérias-Primas da Agricultura Familiar...36 Gráfico 2: Spot crude prices form 1972 until Gráfico 3: Cotação Internacional da Soja em Grão (em US$ por toneladas)...45 Gráfico 4: Produção de Soja nas Regiões Norte e Nordeste entre 1985 e

9 FIGURAS Figura 1: Bioma Cerrado (2008): Áreas desmatadas em laranja e Áreas de Vegetação Remanescente em Verde...50 Figura 2: Área desmatada para o Cultivo de Soja, no norte do estado do Mato Grosso...51

10 INTRODUÇÃO A criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) em 2004 foi uma das principais medidas do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva na área de política energética. De fato, com a criação e implementação do programa o Governo Federal visava entrar de forma definitiva nas discussões acerca dos biocombustíveis, e se inserir como um agente de peso nesta indústria, passando não só a figurar como um dos principais produtores mundiais, como também a contemplar um papel de destaque como um grande exportador potencial. Muito embora fosse um programa de política energética, o Governo Federal enxergava no PNPB um programa de política pública cujos efeitos extravasavam a sua área de atuação, tendo grande influência sobre aspectos sociais, ambientais, industriais e econômicos. Diante desta crença, então, o PNPB acabou sendo lançado como um programa de objetivo simples a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira mas de efeitos potencialmente difusos, por incentivar as externalidades positivas da produção de biodiesel no país. Neste contexto, algumas das potencialidades passaram a ganhar importância crescente sobre o Plano, como a geração de emprego e renda e a possibilidade de obter melhorias ambientais, notadamente pela substituição do diesel de origem fóssil por uma fonte renovável, a biomassa. Em relação ao primeiro caso, o governo logo reconheceu que a geração de emprego e renda poderia se transformar em uma ferramenta de inclusão social da agricultura familiar em regiões mais carentes do território nacional. Esta idéia ganhou tanta notoriedade que o governo federal acabou promovendo o potencial efeito de inclusão social a um dos objetivos a ser atingido pelo Programa. Para tal, o poder executivo reuniu esforços com a finalidade de dotar o programa das ferramentas necessárias à inclusão do pequeno agricultor familiar, estabelecendo um conjunto de metas a ser perseguido. É bem verdade que, apesar de presente na retórica de defesa do Programa, os potenciais ganhos ambientais não tiveram o mesmo trato por parte dos formuladores do PNPB quando comparado ao potencial de inclusão social. As melhorias ambientais não foram incluídas nos objetivos do programa e, tampouco, foram estabelecidas metas claras a serem atingidas em termos de redução de emissão de carbono equivalente. De 9

11 fato, ainda hoje os números acerca das melhorias ambientais contidos no PNPB figuram muito mais como expectativas de reduções de emissão de gases do efeito estufa em virtude da substituição da combustão de diesel por biodiesel do que fruto dos esforços do governo. Ou seja, o Programa não prevê a persecução de nenhuma meta específica, mas apenas reflete uma crença de que a introdução do biodiesel, por si só, já resultaria em uma série de melhorias ambientais. Embora não seja o foco do governo, a possibilidade na redução destes gases passou a ser vista como uma das principais bandeiras do Plano, contribuindo consistentemente no seu processo de legitimação perante a sociedade. Outro fator que pesou no processo de legitimação do PNPB foi o entendimento do biodiesel como uma estratégia de posicionamento em uma indústria que dá indícios de que se transformará em um novo paradigma tecnológico dentro de setor energético, podendo ser capaz, no futuro, de alterar drasticamente a geopolítica mundial. Deste modo, o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel foi visto por parte de seus formuladores como um programa que viria a complementar o posicionamento do país que já possuía a primazia na produção de etanol na indústria mundial dos biocombustíveis. É, pois, o objetivo do presente trabalho realizar uma análise crítica das metas ambientais e de inclusão social contidas no plano. Para tal, esta monografia estará dividida em três capítulos além da introdução e conclusão. O primeiro capítulo versará sobre as potencialidades, objetivos e metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, se ocupando, ainda, em introduzir uma breve discussão acerca do modelo de inserção brasileiro na indústria de biocombustíveis. O segundo capítulo se destinará a análise das metas de inclusão social do dito programa, sugerindo, inclusive, explicações para o descumprimento destas. Por fim, o Capítulo III buscará analisar a efetividade dos ganhos ambientais pretendidos pela institucionalização do uso do biodiesel no Brasil nos moldes do PNPB. Como metodologia, será utilizada uma vasta referência bibliográfica acerca do tema, além do confronto das metas com os resultados conquistados pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel em pouco mais de seis anos de história. Diante do exposto, esta monografia sustentará a hipótese de que por conta de graves erros na elaboração do Programa, tais metas acabaram não sendo cumpridas, havendo uma superestimação da capacidade de inclusão social e uma grave tendência de 10

12 piora em termos ambientais, diante da íntima relação da principal matéria prima do PNPB a soja com o processo de desmatamento vigente nos biomas do Cerrado e Amazônia. 11

13 CAPÍTULO I A TRÍADE DO PROGRAMA NACIONAL DE PRODUÇÃO E USO DE BIODIESEL: OBJETIVOS, METAS E POTENCIALIDADES Este capítulo tem por finalidade expor o objetivo, as principais metas e potencialidades do PNPB em termos econômicos, sociais e ambientais. Seu desenvolvimento será de extrema relevância para a realização dos objetivos traçados neste trabalho, uma vez que seu conteúdo servirá de insumo às análises contidas nos capítulos posteriores. O presente capítulo será dividido em quatro tópicos, a saber: I.1. - O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel em Traços Gerais cujo objetivo é a exposição geral do plano sob a ótica de suas principais metas e potencialidades; I.2. O Potencial de Inserção Sócio-Econômicas do Plano que versa a respeito das metas de inclusão social presentes no PNPB; I.3. A Sustentabilidade suposta no Plano sendo o foco deste tópico a exposição dos ganhos ambientais previstos no programa; I.4 Potencialidades e Novas Rotas Tecnológicas da Indústria de Biocombustíveis cujo objetivo do tópico é apresentar uma breve discussão acerca da evolução tecnológica do setor de biocombustíveis ao redor do mundo. I.1. - O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel em traços gerais Se por um lado a questão energética sempre esteve no bojo das discussões acerca do desenvolvimento econômico mundial, por outro, a questão da sustentabilidade ambiental foi por muitas vezes e, por muito tempo, esquecida da pauta de discussão deste mesmo assunto. Nos últimos anos, porém, vêm ocorrendo um processo lento, mas gradual, de quebra do paradigma que opunha a sustentabilidade ao desenvolvimento nacional. O avanço, ainda que tímido na direção desta compatibilização, tem mobilizado diversos setores ao redor do mundo. Recentemente, no Brasil, a questão energética vem ganhando um peso diferenciado no trato do Governo Federal, seja pela égide da intensificação das atividades petrolíferas diante das novas potencialidades da exploração no Pré-Sal ou ainda, pela institucionalização da produção e uso de biodiesel no país. Referente a este segundo aspecto, foi lançado em 06 de dezembro de 2004 o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, cujo objetivo principal era a 12

14 introdução do biodiesel na matriz energética brasileira sob a ótica da sustentabilidade tanto técnica, quanto econômica - e da inclusão social ( Para tanto, buscando dar maiores incentivos ao programa o Governo Federal promulgou no dia 13 de Janeiro de 2005 a Lei nº , cuja matéria versava, justamente, sobre a introdução do biodiesel na matriz energética nacional. De acordo com o seu Artigo 2 Caput, ficou estabelecido um percentual mínimo de 5% (cinco por cento) de mistura de biodiesel ao diesel de origem fóssil, sendo o prazo para aplicação deste percentual previsto no 1º deste mesmo artigo: O prazo para aplicação do disposto no caput deste artigo é de 8 (oito) anos após a publicação desta Lei, sendo de 3 (três) anos o período, após essa publicação, para se utilizar um percentual mínimo obrigatório intermediário de 2% (dois por cento), em volume. Muito embora os prazos tenham sido firmados pela própria Lei nº , era previsto ainda em seu texto no Artigo 2, 2º - a possibilidade de sua redução em razão de resolução do Conselho Nacional de Política Energética CNPE [...]. Fazendo-se valer do artigo acima, o Conselho Nacional de Política Energética através da Resolução CNPE nº 3 de 23 de Setembro de 2005 reduziu o prazo para o atendimento do percentual mínimo de 2% de 2008 para 1 de Janeiro de Em 2008 o percentual se alterou novamente, desta vez, por meio da Resolução CNPE n. 2 de 13 de Março, estabelecendo em 3% (três por cento) o percentual obrigatório de mistura, com aplicação a partir de 1 de Julho deste mesmo ano. Esse fato aconteceria mais duas vezes em 2009, através da Resolução CNPE n.2 de 27 de Abril alterando o percentual de 3% para 4%, a partir de 1 de Julho de 2009 e, por meio da Resolução CNPE n.6 de 16 de Setembro que elevava o percentual de mistura a 5%, a partir de 1 de Janeiro de A Tabela 1 abaixo apresenta um resumo dos percentuais efetivos do plano. Tabela 1: Legislação acerca do percentual de mistura compulsória Percentual de mistura 2% 3% 4% 5% Resolução n.3 (23 Resolução n.6 (16 Resolução n.2 ( 13 Resolução n.2 (27 Resoluçã CNPE - Data de setembro de de setembro de de março de 2008) de abril de 2009) 2005) 2009) Data de aplicação 1 de janeiro de de julho de de julho de de janeiro de 2010 Fonte: Elaboração própria 13

15 Ultrapassando a esfera jurídica, cabe ressaltar que, a institucionalização do PNPB, seja através do marco de seu lançamento, ou ainda das disposições legais, como atos normativos em geral, possuía um forte apelo a questões como sustentabilidade ambiental, liderança tecnológica, inclusão social e desenvolvimento regional. Segundo documento oficial, Biodiesel o novo combustível do Brasil: Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (2004): Ao lançar o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), em , o Governo Federal apoiou-se na crescente demanda por combustíveis de fontes renováveis e no potencial brasileiro para atender parte expressiva dessas necessidades, gerando empregos e renda na agricultura familiar, reduzindo disparidades regionais e contribuindo para a economia de divisas e melhorar as condições ambientais. (p.2) 1 No que tange a sustentabilidade ambiental, tema que será tratado com mais detalhes adiante, o programa previa melhoria na qualidade do ar, principalmente nos grandes centros urbanos. Essa melhoria seria resultado direto da substituição da queima de combustível fóssil por biodiesel, valendo-se da hipótese de que a combustão do segundo tenderia a emitir quantidades menores de gases poluentes na atmosfera. Outro aspecto relevante na análise dos ganhos ambientais do PNPB se refere aos mecanismos pelos quais a demanda adicional pelo fator terra seria atendida. Segundo as estimativas do Governo Federal, a área necessária para acomodar a demanda referente à mistura mínima de 2% (dois por cento) atingiria a ordem de 1,5 milhões de hectares, que seria plenamente assentada em extensões de terras já convertidas, não constituindo, portanto, um fator agravante no processo de expansão da fronteira agrícola ( Em termos econômicos, o Plano Nacional de Produção e Uso de Biocombustível, além de sua capacidade de geração de emprego e renda, presumia ainda um potencial efeito positivo sobre a Balança Comercial. O fato que norteou o argumento do Governo Federal em relação à melhoria das contas externas repousava na falta de independência energética do país. Em termos numéricos, o governo federal estimou que em 2005 aproximadamente 10% do diesel consumido no país teve origem nas importações. Assim sendo, o biodiesel passou a ser visto como possível solução para a lacuna existente entre a capacidade de oferta de diesel no Brasil e as necessidades de consumo deste em território nacional. 1 Documento disponível em < 14

16 As estimativas iniciais do Plano revelaram que, a partir da produção de biodiesel em escala industrial e através da implementação de um percentual mínimo de 2% de mistura deste ao diesel de origem fóssil, pretendia-se que o país estivesse pronto para abdicar de uma importação de petróleo da ordem de US$ 160 milhões ao ano (MME,2004). Vale ressaltar que essas estimativas tenderiam a se tornar mais favoráveis na medida em que o percentual de mistura compulsória se elevasse, como garantido pela Lei /05, ou ainda, em função de uma razoável elevação dos preços do bem alternativo; o petróleo. Assim sendo, para um percentual de obrigatoriedade da ordem de 5% os ganhos projetados na balança comercial do país atingiriam a quantia de US$ 400 milhões anuais (ROUSSEF, 2004). O Governo Brasileiro acreditava, ainda, que em médio prazo, com a crescente demanda por recursos renováveis e, ante a finitude do petróleo e de seus derivados, seria reservado ao país em virtude de suas condições naturais - um lugar de referência como exportador de biodiesel. Deste modo, os potenciais efeitos sobre o Balanço de Pagamentos não se explicariam tão somente pela redução do volume das importações de petróleo. De acordo com documento oficial disponibilizado pelo Ministério de Minas e Energia MME, Biodiesel o novo combustível do Brasil: Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (2004) 2 : Com o início da produção comercial, o Brasil torna-se um potencial exportador de biodiesel, hoje utilizado comercialmente nos Estados Unidos e em países da União Européia, onde se destaca a Alemanha, atualmente o maior consumidor mundial. [...] As limitações ao crescimento da produção na Europa fazem com que o biodiesel brasileiro encontre oportunidades para ingressar no mercado de combustíveis deste continente. (p.5) 3 Apesar das estimativas, dados divulgados pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) revelaram que, em 2008, os efeitos sobre a economia de divisas do país - frutos da substituição do combustível fóssil por biodiesel - atingiram a marca de US$ 976 milhões ou, de 1,1 bilhão de litros (BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS, 2008). É interessante notar que no ano de 2008 vigoravam os percentuais de 2% - até 30 de junho e 3% - a partir de 1 de Julho deste mesmo ano. Contudo, as economias de divisas alcançaram volumes bastante superiores àqueles projetados inicialmente tendo 2 O autor chama atenção para o fato do governo federal ter cedido o mesmo nome a dois documentos oficiais distintos. 3 Documento disponível em < 15

17 como referência o percentual de 5% de mistura obrigatória. Ocorre, pois, que neste mesmo ano o mundo vivenciou uma explosão dos preços internacionais do petróleo, que já apresentavam uma trajetória crescente desde Em termos numéricos, os preços internacionais do petróleo vigentes no momento em que as projeções do governo foram feitas ou seja, em 2004 giravam em torno de US$ 43,00/ barril e, em 2008, atingiram o patamar de US$ 140,00/ barril. A distância entre estes dois valores certamente ajuda na compreensão da discrepância entre o efeito estimado sobre o balanço de pagamentos e a efetiva economia de divisas ocorrida em Já em termos tecnológicos, o Brasil possui uma longa experiência em pesquisa na área de biocombustíveis. Com um histórico no campo que já dura em torno de 50 anos, o país atingiu o patamar de referência mundial nesta área, sendo, inclusive, um dos pioneiros ao registrar a primeira patente sobre o processo de produção de biodiesel, em 1980 (MME, 2004). Apesar do avançado conhecimento técnico do país na produção de biocombustível, o governo continuou reunindo esforços por meio de pesquisa e desenvolvimento (P&D) com o fito de ampliar a eficiência do setor - aumentando a competitividade dos produtos e, de evitar, reduzir ou eliminar os gargalos tecnológicos que possam surgir durante a evolução do PNPB. Para tal, os esforços em P&D foram divididos em cinco áreas: agricultura, bens de capital, processos produtivos, rotas tecnológicas e co-produtos. Além dos efeitos diretos de P&D sobre a indústria do Biodiesel, o Governo Federal acredita que a exploração comercial do combustível, na medida em que promova a evolução tecnológica, venha a permitir indiretamente efeitos sobre demais setores de bens e serviços. Um bom exemplo deste fato seriam os investimentos em P&D destinados as áreas de bens de capital como no caso de desenvolvimento e teste com motores e co-produtos com o desenvolvimento de produtos com interesse comercial a base de resíduos da produção do biodiesel, como: torta, farelo e outros. Segundo Abdalla et al.,(2008): O biodiesel é fabricado através de transesterificação, na qual a glicerina é separada da gordura ou óleo vegetal. O processo gera dois produtos: ésteres, [...], e glicerina (produto valorizado no mercado de sabões); além de coprodutos (torta, farelo etc.) que podem constituir outras fontes de renda importantes para os produtores. (p.2) Outro aspecto fundamental na elaboração do PNPB é o apelo contido no plano em relação a questões como: inclusão social e desenvolvimento regional. A possibilidade de 16

18 adoção de diferentes rotas tecnológicas permite que a produção do biodiesel se dê através tanto da participação de empresas agrícolas, quanto da agricultura familiar. Deste modo, uma das principais potencialidades contidas neste Programa diz respeito à sua capacidade de geração de emprego e renda, principalmente nas regiões mais atrasadas do país, em especial nas regiões Norte e Nordeste, por meio da produção familiar de dendê e mamona, respectivamente. Este assunto será tratado com mais afinco no próximo tópico, onde serão expostas as principais metas e potencialidades concernentes à inserção sócio-econômica do PNPB. I.2.- Das metas de inserção sócio-econômicas do plano Como descrito anteriormente, ao elaborar o Plano Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, o Governo Federal tinha por objetivo a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira de forma sustentável, sendo este sujeito a algumas diretrizes, tais como: qualidade no suprimento, garantia de preços competitivos, produção de biodiesel a partir de diferentes oleaginosas em regiões diversas e promoção da inclusão social. Assim sendo, foi com o fito de criar vias de inclusão social para o programa que, por meio de decreto presidencial, se instituiu a Comissão Executiva Interministerial. Os esforços das autoridades competentes se direcionaram então para o desenvolvimento de mecanismos de inclusão social, concedendo incentivos, principalmente fiscais, a produtores de biodiesel que adquirissem matérias-primas provenientes da agricultura familiar (LUCENA, 2008). Foi seguindo esta orientação que o Selo Combustível Social foi criado. Desde então, o selo é concedido pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário para empresas que detenham um projeto de produção de biodiesel contemplando os critérios mínimos de inclusão social da agricultura familiar, referentes às aquisições mínimas da agricultura familiar[...] (Art. 2º, Instrução normativa nº 02 de 30 de setembro de 2005). Em referência aos percentuais mínimos de aquisição de matérias-primas junto ao agricultor familiar, ficou estabelecido em 10% (dez por cento) para as regiões Norte e Centro-Oeste, 30% (trinta por cento) para as regiões Sul e Sudeste e, 50% (cinquenta por cento) para os produtores da região Nordeste e Semi-Árido (Art 3º, INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 30 DE SETEMBRO DE 2005). 17

19 Além dos percentuais de aquisição descritos acima, os produtores de biodiesel deveriam firmar contratos com agricultores familiares estabelecendo as condições e os prazos de entrega da matéria prima e seus respectivos preços. Era necessária, ainda, a concessão de assistência técnica por parte dos produtores às unidades de produção familiar. É justamente através da obtenção deste selo que os produtores de biodiesel podem pleitear melhores condições de financiamento junto ao BNDES 4 e demais instituições financeiras. Somado a isto, ganham o direito de concorrência em leilões de biodiesel e, ainda, incorrem na desoneração de alguns tributos federais, como PIS/PASEP, CIDE e COFINS, de acordo com a região, estrutura produtiva e cultura de oleaginosa. Além das possibilidades listadas acima, o Selo Combustível Social fornece uma via de diferenciação de produto de acordo com a origem da matéria prima utilizada. Algumas modificações foram feitas na legislação referente à concessão do Selo Combustível Social, bem como no modelo de tributação do PNPB. Essas modificações serão apresentadas no último tópico do próximo capítulo. Ainda por anseios de inclusão social o Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, realizou um estudo cujo objetivo era testar a viabilidade do cultivo de mamona no Semi-Árido Nordestino sob a forma de organização da propriedade baseada na agricultura familiar. O estudo revelou que 50% (cinqüenta por cento) do biodiesel produzido no país, comercializados sob a forma de B2, seriam atendidos pela produção de mamona proveniente de pequenas propriedades de agricultores familiares (HOLANDA, 2004). Diante deste cenário, a estimativa elaborada pelo Governo Federal quanto à potencialidade de inserção sócio-econômica do PNPB era de que 45 mil empregos seriam gerados no campo a uma renda média de R$ 4.900,00 e 135 mil na cidade para cada 1% (um por cento) de substituição do diesel de petróleo por biodiesel de mamona (HOLANDA, 2004). Vale dizer que o potencial de criação de empregos provenientes da produção de oleaginosas depende fundamentalmente da estrutura organizacional característica de 4 A resolução nº 1.135/ 2004 do BNDES instituiu o Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Biodiesel. Neste documento ficou estabelecido que aqueles empreendimentos com Selo Combustível Social teriam até 90% de seu projeto financiado pelo banco, enquanto que para aqueles sem tal característica o financiamento seria restrito a 80% do valor total. 18

20 cada propriedade. Deste modo, a capacidade de inserção sócio-econômica tende a ser maior nas propriedades em que prevalece o modelo de agricultura familiar e, menor naquelas em que prevalece o modelo de empresa rural. As estimativas oficiais quanto ao potencial de geração de emprego revelam que: Comparando-se de forma global as possibilidades de criação de novos postos de trabalho na agricultura empresarial e na familiar, tem-se que, enquanto na primeira são necessários, dependendo da cultura e da tecnologia utilizada, cerca de 100 hectares para empregar um trabalhador, na agricultura familiar é preciso apenas 10 hectares, aproximadamente. GTI (2003, p.9) Por fim, as metas de inclusão social estabelecidas pelo Governo Federal para o PNPB revelaram a grande expectativa que envolvia o Programa no momento de sua criação. Chama a atenção o fato de que, no momento da elaboração do Plano, o cultivo familiar de mamona ainda apresentava um modelo de produção bastante rudimentar no Semi-Árido brasileiro. Contudo, mesmo ciente das características das unidades familiares nesta região, o governo federal insistiu nas metas e projetou a mamona como sendo a principal via de inclusão social do PNPB. As implicações deste fato serão tratadas no próximo capítulo. I.3. A Sustentabilidade suposta no Plano A crescente pressão internacional por uma trajetória de desenvolvimento sustentável, principalmente por parte da opinião pública e consumidores, vem gerando mudanças na legislação, no modelo de produção e no padrão de exigência de produtos ao redor do mundo. Nos países em desenvolvimento, a necessidade de adequação a essas novas imposições esbarra inúmeras vezes em suas próprias condições estruturais que os colocam a margem do processo de evolução tecnológica 5. Deste modo, o padrão de comércio que se consolida no cenário mundial vem reservando à periferia a produção e exportação de bens intensivos em energia e em emissão de gases poluentes (YOUNG & LUSTOSA, 2001). É justamente nesse contexto que o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) se insere. Desde sua criação em 06 de Dezembro de 2004, passando 5 Para mais informações sobre esta discussão, ver Young & Lustosa (2001) 19

21 pela institucionalização de um percentual mínimo de mistura pela lei /05, vem sendo creditado ao PNPB principalmente pelas autoridades responsáveis pelo plano um enorme potencial em relação melhoria das condições ambientais. A redução na emissão de gases causadores do efeito estufa e de gases poluentes em geral, bem como a conseqüente melhoria na qualidade do ar, decorreriam fundamentalmente da substituição da queima de combustível fóssil por biocombustível. Além de apresentar volumes de emissões menores, a introdução do biodiesel possuiria, ainda, um efeito mitigatório indireto em relação à emissão de gases causadores do efeito estufa, de modo que, a contabilização de seu efeito sobre o meio ambiente deveria levar em consideração não apenas as emissões de gases referentes a seu uso, mas também o volume gás capturado por meio da fotossíntese dos cultivos plantados para produção de oleaginosas (GTI, 2003). Apesar disso, os cálculos apresentados pelo governo federal em relação aos efeitos da produção e uso de Biodiesel sobre o meio ambiente consideraram tão somente os efeitos diretos das emissões, deixando de fora da equação o potencial efeito mitigatório referente à produção de biomassa. Adotando esta metodologia, o Governo Federal alcançou números bastante expressivos no que tange a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. Assim como expresso pelo Governo: [...] analisando-se apenas as emissões de gases de efeito estufa geradas pelo ciclo de vida do insumo álcool (desconsiderando as emissões de gases de efeito estufa do ciclo de vida da matéria graxa), o uso do biodiesel metílico reduz a emissão de gases causadores do citado efeito em 95%. Quanto ao biodiesel etílico, a redução é de 96,2%, havendo, portanto, diferença pouco significativa (1,2%) entre os dois ésteres. GTI (2003, p.11) No que se refere à emissão de poluentes locais, o Governo Federal tomou como parâmetro o biodiesel puro, também conhecido como B100, produzido a base de óleo de soja. Os resultados para tal foram igualmente satisfatórios, de modo que o biodiesel puro seria responsável pela redução na emissão em 48% de monóxido de carbono (CO), 47% do material particulado (MP), aproximadamente 100% do óxido de enxofre (SOx) e 67% do hidrocarbonetos totais (HC) (GTI, 2003). Muito embora os números acima sejam bastante convincentes, o uso do biodiesel tenderia a aumentar em cerca de 10% as emissões de óxido de nitrogênio (NOx). Contudo, para o Governo Federal, este fator não representa um obstáculo à 20

22 aplicação do Plano, ante os consistentes ganhos em relação aos demais poluentes. Além disso, vêm sendo desenvolvidas novas pesquisas cujo objetivo se pauta na redução do volume de NOx emitido. Baseado nestes números, o Governo Federal sustenta que a melhoria na qualidade do ar referente à substituição do diesel comum por biodiesel seria capaz de evitar custos diversas naturezas, relacionados em grande medida à saúde. As estimativas feitas pelo Ministério das Cidades em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente revelaram cifras expressivas, como demonstra o quadro abaixo: Tabela 2: Custo de Poluição Evitado com o Uso do Biodiesel (em milhões de reais por ano) Percentual de uso de Biodiesel Dez principais cidades brasileiras Brasil 2% (B2) 5,9 27,3 5% (B5) 16,4 75,6 20% (B20) 65,5 302,3 100% B(100) 191,9 872,8 Fonte: GTI, Relatório Final 2003 Por fim, apesar do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel conter metas ambientais consistentes para a redução direta na emissão de gases poluentes e melhoria da qualidade do ar, deve-se ter em mente que o modelo proposto para a persecução destas metas pressupõe algumas hipóteses cuja factibilidade não se comprova, como será visto no último capítulo do presente trabalho. I.4 Potencialidades tecnológicas e o futuro da indústria de biocombustíveis O objetivo deste tópico é discutir o processo de evolução tecnológica pela qual tem passado a indústria dos biocombustíveis ao redor do mundo e relacioná-lo com a estratégia brasileira de participação nessa indústria. Algumas questões serão levantadas a respeito da estratégia brasileira de participação nesta indústria, tais como: será que um programa voltado para a produção de biocombustível de primeira geração como no caso do PNPB - é condizente com a recente inserção dos países na indústria de biocombustíveis? Ou ainda, será que a posição privilegiada do Brasil na produção de biocombustível de primeira geração garante ao país um papel de destaque na chamada 21

23 indústria de biocombustível do futuro? Essas questões serão tratadas de modo a tornar mais claro as potencialidades e limitações do PNPB. A recente criação do PNPB, somado a posição internacional de destaque do Brasil como produtor de etanol, revela a estratégia brasileira de participar ativamente da indústria de biocombustíveis. A favor desta estratégia o Brasil possui uma série de condições climáticas, geofísicas e sócio-econômicas no campo que conferem ao país maior competitividade para seus produtos. Contudo, vale ressaltar que a zona de conforto da competitividade brasileira está fortemente condicionada à preservação das atuais rotas tecnológicas predominantes na indústria de biocombustíveis ao redor do mundo, tendo como seus principais produtos energéticos o Etanol e o Biodiesel. É bem verdade que, para tais segmentos, o Brasil conseguiu atingir um papel de destaque nesta indústria, garantido basicamente pela presença de vantagens comparativas. Porém, como destaca Bomtempo (2010a), a indústria de biocombustíveis vivencia um franco processo de evolução tecnológica responsável pelo surgimento de uma gama de inovações em processo e produto, de modo que a manutenção das vantagens competitivas na produção dos chamados Biocombustíveis de Primeira Geração não garante o Brasil como um dos principais players na indústria de biocombustíveis no Futuro. Como destaca o autor, isto ocorre porque dificilmente a indústria de biocombustíveis do futuro se limitará apenas aos produtos energéticos atuais etanol e biodiesel -, bem como diferirá nos processos produtivos, em matérias primas e no modo organizacional. A crença em uma indústria de biocombustíveis bastante divergente em produtos e processos com relação aos atuais reside na necessidade de adequação e, ou, superação de diversas limitações presentes aos chamados biocombustíveis de primeira geração, tais quais: competição 6 direta e indireta com alimentos, pressão para elevações nas taxas de desmatamento 7, utilização de matérias primas com qualidade, disponibilidade e preço incompatíveis com a viabilidade econômica, dentre outros. Segundo Bomtempo (2010b), este é o ambiente de seleção com o qual os biocombustíveis de primeira geração se deparam, de modo que a busca pela superação destes entraves tem, cada vez 6 A competição direta ocorre quando culturas que servem para finalidades tanto energéticas quanto alimentícias passam a alternar o seu destino de acordo com os preços dos dois mercados. Já a competição indireta refere-se a luta que os mercados energético e alimentício travam entre si pelos fatores de produção. 7 Vide Capítulo III do presente trabalho. 22

24 mais, ditado uma nova trajetória evolutiva da indústria direcionada para biocombustíveis de gerações mais avançadas. Ratificando esta tese, em 2010 foi lançado pelo Fórum Econômico Mundial o artigo The Future of Industrial Biorefineries, onde foi listado uma série de possibilidades para a indústria de Biorefino abarcando diversas pesquisas e inovações tanto em produto quanto em processo. No que tange a inovações em produtos, destacase o avanço da indústria de biocombustíveis nas áreas de produção de etanol lignocelulósico produzido através de resíduos agrícolas, como palha de milho e bagaço de cana e demais e de biodiesel de micro-algas. Já no que se refere à dinâmica de inovação em processo, as técnicas de conversão de biomassa vem ganhado destaque nas seguintes rotas: fermentação, pirólise, síntese química, gaseificação, processos enzimáticos, dentre outros (BOMTEMPO,2010c). As mudanças descritas acima extravasam a discussão acadêmica e já passaram a fazer parte da estratégia de diversas empresas, não só de biotecnologia e engenharia química como também das multinacionais do ramo de petróleo e gás, como no caso da Shell, da British Petroleum (BP) e da própria Petrobras. No caso da Shell, esta vem se associando e elevando sua participação em diversas empresas voltadas para pesquisa e produção de biocombustíveis. Em 2002, a Petrolífera se associou a empresa canadense de biotecnologia Iogen para o desenvolvimento de pesquisas de enzimas com vistas à produção de etanol lignocelulósico. Já em 2005, a Shell se associou a empresa alemã Choren para a produção de biodiesel a partir de restos de madeira, em um processo conhecido como Biomass to Liquid (BTL) 8. Em 2006, esta se uniu a empresa americana de biotecnologia Codexis, com o fito de desenvolver novas tecnologias de fermentação para produção de novos biocombustíveis. Por fim, em 2007, foi a vez de unir-se a empresa HR Biopetroleum com o finalidade de cultivar algas para a produção de Biodiesel (BOMTEMPO,2010c). Diferentemente da estratégia adotada pela Shell, baseada em inversões em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração, a BP vem investindo pesado também nos chamados biocombustíveis de primeira geração, por acreditar que este é um caminho obrigatório a ser percorrido para alcançar tecnologias mais avançadas. Atualmente a empresa atua em sete projetos diferentes que vão da 8 Esta rota foi abandonada no ano de 2009 pela Shell. 23

25 produção de etanol de primeira geração a pesquisa avançada em biotecologia Bomtempo (2010d). Dentre estes, merecem destaque o projeto de desenvolvimento e produção de Biobutanol (através da Butamax, uma joint venture BP e DuPont), a produção de etanol lignocelulósico, a produção de biodiesel através da rota sugar to diesel ( uma parceria entre a Market Biosciences Corporation e BP) e, para produção de diesel a partir de algas) e a pesquisa em biotecnologia de sementes para as culturas de alta produtividade (BOMTEMPO 2010d). Mesmo contendo algumas divergências, as estratégias adotadas pela Shell e pela British Petroleum parecem apontar para a mesma direção, ou seja, para a pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis mais avançados. Em termos de estrutura industrial, percebe-se que o setor de biocombustíveis vem sendo explorado por indústrias de petróleo e gás, como no próprio caso da BP, Shell e, ainda a Petrobras - que vêm se associando a empresas de engenharia química, engenharia genética e de biotecnologia, através de joint Ventures, participações societárias dentre outras formas. No caso da Petrobras, a empresa anunciou recentemente que irá investir cerca de US$ 4,1 bilhões em biocombustíveis entre 2011 e Deste montante, aproximadamente US$ 2,5 bilhões serão destinados à ampliação da produção de etanol (US$ 1,9 bilhão) e biodiesel (US$ 600 milhões), enquanto US$ 1,3 bilhão será gasto para melhorias na logística do etanol e, US$ 300 milhões para pesquisa e desenvolvimento no segmento dos biocombustíveis de segunda geração, com ênfase na produção de etanol celulósico ( Dos investimentos programados pela empresa para os próximos cinco anos na indústria de biocombustíveis, chama atenção o fato de que o valor a ser despendido com os combustíveis de primeira geração ultrapassa os 90% do montante total. Muito embora o investimento de aproximadamente US$ 300 milhões para o desenvolvimento do segmento de biocombustíveis mais avançados seja considerável, a participação relativa dos investimentos planejados pela Petrobras revela que a estratégia de competição da empresa em muito se fundamenta na competição no segmento de primeira geração, ou como defende Bomtempo (2010e): uma estratégia agressiva de posicionamento na indústria de hoje e com pequeno envolvimento em tecnologias mais avançadas que podem vir a ser a base do futuro da indústria. Por fim, deve-se destacar a criação em 17 de Março de 2011 do Plano Conjunto BNDES FINEP de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores 24

26 Sucroenergético e Sucroquímico que planeja dar aporte financeiro da ordem de R$ 250 milhões anuais por um período de quatro anos à projetos destinados a inovação tecnológica do processamento da biomassa proveniente da cana-de-açúcar. O Plano estabeleceu três linhas temáticas para o financiamento de projetos: Bioetanol de Segunda Geração, Novos Produtos de Cana de Açúcar e Gaseificação Tecnologias, Equipamentos, Processos e Catalisadores. Apesar do plano em questão apontar na mesma direção da trajetória de evolução da indústria de biocombustíveis, deve ser feita a ressalva de que ainda é muito cedo para avaliar seus efeitos, haja vista que os projetos assistidos pelo programa mal começaram a ser estruturados 9. Assim sendo, a avaliação que pode ser feita da recente inserção do Brasil na indústria de Biocombustíveis é que esta se deu de forma predominantemente focada no segmento de primeira geração, enquanto a evolução recente da indústria aponta que diversos players apostam nos segmentos de produção dos chamados combustíveis mais avançados, principalmente diante das limitações do Biodiesel e do Etanol. Mais uma vez é importante lembrar que perante uma indústria que se encontra em um processo de profundas modificações, o domínio brasileiro sobre as rotas de fermentação e transesterificação utilizadas para a produção de Etanol e Biodiesel, respectivamente, não garante ao país um lugar de destaque na chamada indústria de biocombustíveis do futuro. Portanto, o esforço feito para a estruturação da cadeia produtiva do biodiesel no Brasil através do PNPB não credencia o país à liderança no futuro deste setor. Deste modo, tanto o apelo ao pioneirismo tecnológico, quanto o reconhecimento do potencial do país enquanto liderança no segmento de produção de biodiesel ambos estabelecidos no PNPB só podem ser motivo de euforia se vistos no curto prazo. Contudo, em um horizonte de tempo mais longo nada dizem a respeito da inserção brasileira na indústria de biocombustíveis do futuro, haja vista o franca evolução tecnológica pela qual esta vem passando na última década. 9 Para mais informações sobre o programa ou sobre seus projetos ver 25

27 CAPÍTULO II INCLUSÃO SOCIAL: UM MODELO DISTINTO DO IMAGINADO los políticos no creerán que a los pobres les encanta comer promesas Eduardo Galeano, Escritor e Poeta uruguaio Sobre a mamona, existem duas certezas: que ela não serve como alimento e que não serve para o biodiesel. [...] Ela pode se tornar uma boa alternativa no futuro, mas, no momento, não é. O governo é que tem insistido Marcello Brito, Diretor comercial da Agropalm No que se refere às metas de inclusão social, o capítulo anterior listou uma série de medidas contidas no PNPB para transformá-lo em um vetor de inserção sócioeconômica. As medidas listadas revelaram o entendimento do governo federal de que a introdução da pequena agricultura familiar na cadeia de produção do biodiesel seria praticamente impossível via mecanismos de mercado, tendo em vista a baixa produtividade média destas unidades de produção familiar. Neste contexto, destacam-se a criação do Selo Combustível Social, a elaboração de um modelo tributário que onera progressivamente os produtores de biodiesel quanto maior for a aquisição junto a empresas rurais e de acordo com a região de origem da matéria-prima, bem como o estabelecimento de linhas de créditos para pequenos agricultores engajados na produção de oleaginosas junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). É, pois, objeto deste capítulo a discussão e a análise das metas de inclusão social previstas no PNPB. Para tal, serão levados em consideração os resultados obtidos pela a agricultura familiar nos pouco mais de seis anos de existência do programa. Por fim, o presente capítulo se dividirá em três tópicos, como segue: tópico III.1 Da mamona ao fracasso, tópico III,2 Razões do fracasso, III.3 A nova cara da inclusão social e do desenvolvimento regional. II.1 Da mamona ao fracasso 26

28 Ao ser lançado em 2004, o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel se propôs a ser um programa energético diferente. De fato, mais do que um programa que visava à segurança no abastecimento energético, o PNPB se firmava na visão de diversos setores da sociedade como projeto de política pública disposto a combater a exclusão e a pobreza rural nas áreas mais miseráveis do território nacional. A euforia era clara em seus formuladores, principalmente diante da crença de que a solução era algo aparentemente simples e conveniente, pois atendia as exigências climáticas e respeitava o modelo de produção mais difundido nestas áreas. Em suma, parecia ser possível combater as intempéries de anos de marginalização da agricultura familiar das regiões Norte, Nordeste e Semi-Árido principalmente àquelas fundamentadas na cultura roceira de forma quase que instantânea e a custos relativamente baixos. Basicamente, a solução dada pelo governo para tais áreas foi a integração dos agricultores familiares na cadeia do biodiesel, através da produção de palma e mamona. É bem verdade que a propaganda envolta da mamona foi muito superior e contribuiu de forma muito mais contundente para a imagem de inclusão social que o governo desejava para o PNPB. Porém, deve-se ter ciência que para o governo a mamona não era apenas marketing. De fato, logo nos primeiros passos do programa, fora destinada a cultura mamoneira um lugar de destaque não somente como instrumento de inclusão social, mas também como uma das principais culturas para o atendimento da demanda de biodiesel gerada pela institucionalização do B2. Assim escreveu Holanda (2004) em conformidade com os anseios do Ministério de Minas e Energia: A Ministra de Minas e Energia anunciou que metade da produção de biodiesel no País será a partir da mamona. (p.54). Como o governo previa que a cultura de mamona seria baseada na agricultura familiar, a própria inclusão social se tornava um pilar do PNPB. Ao estabelecer tais metas, porém, o governo federal parece não ter levado em consideração que a cultura mamoneira até então não havia se firmado no Brasil. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) revelam que há mais de três décadas o cultivo da mamona se debate, sem apresentar uma tendência clara e manifesta de evolução de variáveis como área plantada, produtividade e, consequentemente, produção. Além disso, ao contrário do que se poderia pensar, o marco regulatório do PNPB não representou o início de uma reversão deste fato, com exceção para o estado de Minas Gerais. 27

29 Tabela 3: Produção de Mamona (em mil toneladas) Produção/Ano 2004/ / / / / /10 Nordeste ,7 86,9 113,4 80,5 88,3 Minas Gerais 4,2 4,6 3,6 8,4 10,2 9 Brasil 209,8 103,9 93,7 123,3 92,5 100,6 Fonte: Elaboração própria segundo dados da CONAB Apesar de Minas Gerais aparentemente apontar para uma trajetória diferente, os números obtidos pelo estado não são muito animadores. Cabe ressaltar que a elevação na produção neste estado foi acompanhada por uma queda brusca da produtividade da mamona, que passou de 1400 kg/ha em 2004/05 para 1059 kg/ha em 2009/2010. Isto, além de apontar para o fato que o incremento na produção do estado se fundamentou na expansão da área cultivada, dá indícios de que dificilmente os recursos do PNPB fluíram para lá. 10 O mesmo pode ser inferido para o caso da região Nordeste e para o Brasil, com a ressalva, porém, que em ambos os casos as três variáveis em questão despencaram, ou seja, no período de análise tanto a produtividade quanto a área plantada e a produção apresentaram trajetórias descendentes. A despeito dos fatos, com a institucionalização do percentual de mistura compulsória de dois por cento ao diesel mineral (B2), fora criado no Brasil um mercado de aproximadamente 800 milhões de litros de biodiesel, dentre os quais a produção mamoneira deveria responder pela metade. Para atender tal demanda, estimava-se que teriam de ser produzidas cerca de 348 mil toneladas de mamona (PARENTE, 2003 apud LUCENA, 2008). Contudo, pode-se perceber que em 2006 ano da institucionalização do B2 a produção de mamona não chegava à terça parte do que seria necessário para atender as demanda referentes do Programa. Mesmo em 2010, a oferta de mamona era mais de três vezes menor do que a demanda do mercado de biodiesel criada pelo B2, muito embora neste ano o percentual de mistura compulsória já houvesse sido aumentado para 5%. Neste cenário, pode-se dizer que o desastre da inclusão social por intermédio da produção mamoneira era eminente. A mamona figurava muito mais como uma utopia do governo do que uma realidade a curto prazo. Não se imaginava, contudo, que o desapontamento em relação às estimativas oficiais seria tão grande. Por exemplo, em 10 Tendo em vista a brusca queda de produtividade desde a criação do PNPB, é natural supor de que os recursos foram, no mínimo, insuficientes. A assistência técnica concedida e os contratos estabelecidos ambos previstos na legislação do Selo Combustível Social não conseguiram elevar a produtividade e, tampouco, acabar com a desconfiança dos pequenos agricultores familiares em relação ao PNPB. (ZAPATA, BRUNE & ADERO, 2010) 28

30 2008 ano em que ainda vigorava o B2 a participação relativa da mamona na produção de biodiesel no país não atingiu 0,015%, enquanto o óleo de palma obteve 0,19% do total. Deste modo, como revela a tabela 4, as duas culturas que supostamente responderiam pelo alto potencial de inclusão social do PNPB ultrapassaram, com muita dificuldade, o patamar de 0,2% na relação de matérias primas utilizadas para a produção do biodiesel. Tabela 4: Matérias-Primas Utilizadas na Produção de Biodiesel no Brasil em 2008 Matéria prima Metro Cúbico Porcentagem Óleo de Soja ,4 Sebo ,5 Óleo de Algodão ,85 Óleo de Dendê ,19 Óleo de Mamona 154 0,013 Óleo de Porco 542 0,047 Óleos Residuais de Fritura 42 0,004 Total Fonte: Brieu (2009) com base nas informações dos sites BiodieselBR e ANP A mamona não fracassou somente na comparação com as demais matériasprimas. De fato, a cultura mamoneira atingiu números bastante insatisfatórios mesmo quando o universo amostral se restringia apenas à produção familiar. Segundo dados oficiais, o valor adquirido junto à agricultura familiar no ano de 2008 foi de R$ ,00, dos quais a mamona respondeu por apenas R$ ,00, ou em termos percentuais, cerca de 1,8% do valor total ( 11. Ante a análise dos dados, torna-se evidente que a opção de inclusão social via produção familiar da mamona naufragou. Cabe, agora, estabelecer quais foram os principais motivos para que a inserção social, tal qual a imaginada pelo governo federal, não tenha conseguido sair do plano das idéias. Este, por sua vez, será assunto para o próximo tópico. II.2 As razões para o fracasso da mamona Para mais informações, vide documento Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel: Inclusão social e desenvolvimento territorial (2011). 12 Apesar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter divulgado um novo Censo Agropecuário no ano de 2006, grande parte dos dados utilizados nos tópicos II.2 tem como fonte o Censo Agropecuário 1995/1996. Esta escolha se fundamenta no fato de que a elaboração do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel antecede a divulgação da base de dados mais atualizada. Como um dos 29

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