Negócios Internacionais-Lozano
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- Carla Schmidt
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2 O Ambiente Globalizado da Competição 2 O Modelo antigo O Novo Modelo Mercado lento e físico Mercado rápido e virtual Mercados protegidos Globalização e competição Enfoque macroeconômico Enfoque microeconômico Organizaçõs rígidas e hierárquicas Organizações flexíveis e meritocráticas Dependência de ajuda externa Estratégia de migração Influenciar líderes Produtividade empresarial Fatores básicos Inovação Fonte: On the FRONTIER, Inc 2001.
3 Sete Formas de Competitividade Capital Social Físico 3 Cultural Humano Conhecimento Institucional Financeiro Infra-estrutura Fonte: World Bank, On The Frontier Recursos Naturais
4 Competitividade e Equidade Social 4 Crescimento Econômico Riqueza Eqüidade Social Capacidade p/ Produzir Produtos Complexos Investimento em Capital Social Sustentabilidade Capacidade de Inovação Produtividade Fonte: On The Frontier
5 A competitividade expressa a 5 produtividade dos recursos utilizados Empresas e setores empresariais Competem,e não países O governo tem papel significativo na criação da base sobre a qual ocorre a concorrência entre as empresas
6 Fatores Condicionantes da Competitividade 6 Empresariais Estruturais Sistêmicos Estratégias de gestão Capacitação para gestão Capacitação Produtiva Recursos humanos Mercado (tamanho acesso) Dinâmica da concorrência Escala, Tecnologia Inovação Macroeconômicos Internacionais Sociais Infra-estruturais Fiscais e financeiros Político institucionais Cadeias produtivas
7 Abordagens Teóricas Internacionalização da produção pode ocorrer por meio de: Comércio internacional Investimento Externo Direto Relação contratual Internalização da produção Externalização da produção 7 Deslocamento pessoal dos consumidores e produtores (pessoa natural).
8 Teorias do Comércio Internacional 8
9 9 As teorias puras do comércio internacional O Mercantilismo Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo Teoria dos Valores Internacionais de Stuart Mill Teoria de Heckscher-Ohlin-Samuelson
10 10 Mercantilismo Na visão mercantilista uma nação seria tanto mais rica quanto maior fosse sua população e seu estoque de metais preciosos Poder militar para o Estado Acúmulo de riquezas (ouro e prata) para a burguesia (em contraposição à posse de terras pela Igreja e pela nobreza).
11 11 Mercantilismo O mercantilismo era mais um doutrina política do que uma teoria econômica stritu senso, com objetivos não só econômicos como também político-estratégicos. Em resumo advogava: Intenso protecionismo estatal Ampla intervenção do Estado na economia
12 12 Teoria das Vantagens Absolutas Adam Smith ( ) em Riqueza das Nações (1776) estabeleceu as bases do moderno pensamento econômico a respeito das vantagens do comércio. Para ele, a riqueza não consiste em dinheiro, ou ouro e prata, mas naquilo que o dinheiro pode comprar (teoria do valor-trabalho).
13 13 Teoria das Vantagens Absolutas Para Adam Smith, a falha dos mercantilistas foi não perceber que uma troca deve beneficiar as duas partes envolvidas no negócio, sem que se registre necessariamente, um déficit para uma das nações envolvidas. Sua teoria das vantagens absolutas atestava que o comércio seria vantajoso sempre que houvesse diferenças de custos de produção de bens entre países. O comércio se justificaria apenas quando fosse mais barato adquirir itens produzidos em outra economia.
14 14 Teoria das Vantagens Absolutas Diz-se que um país tem vantagem absoluta na produção de um determinado bem ou serviço se ele for capaz de produzi-lo e oferece-lo a um preço de custo inferior aos dos concorrentes. Na visão de Adam Smith esta vantagem absoluta decorreria da produtividade do trabalho, que está relacionada com a especialização. No caso de produtos agrícolas, a condição climática favorável é fundamental.
15 Teoria das Vantagens Comparativas 15 A partir da crítica à teoria de Smith, David Ricardo ( ), em Princípios de Economia Política e Tributação (1817) formulou a teoria das vantagens comparativas. Ricardo notou que a idéia de vantagens absolutas determina o padrão de trocas internas em um país com perfeita mobilidade de fatores de produção, levando, no limite, à uniformização dos preços dos fatores. No mercado internacional, contudo, a lógica é distinta, dada a baixa (ou inexistente) mobilidade de fatores entre os países. Há a necessidade de considerar a estrutura produtiva de cada país.
16 Teoria das Vantagens Comparativas 16 A contribuição fundamental de Ricardo à teoria do comércio internacional é o princípio das vantagens comparativas: o importante, no interior de uma mesma nação, são as diferenças relativas entre as condições de produção dos bens que podem ser definidas a partir do custo de oportunidade. Sacrificando-se uma unidade de um bem, as duas nações aumentam em proporções diferentes a produção de outro bem. Existe, então, a vantagem comparativa que leva cada nação a especializar-se na produção do bem que ela pode produzir relativamente de maneira mais eficaz que a outra. Se a especialização se faz segundo este princípio, e se as nações entram na troca, elas podem então simultaneamente ganhar nas trocas em um sentido preciso: obtêm uma maior quantidade de bens do que a quantidade que seria disponível em autarquia.
17 17 A Teoria dos Valores Internacionais de Stuart Mill Enquanto David Ricardo preocupou-se em demonstrar os ganhos de comércio decorrentes do comércio internacional, John Stuart Mill ( ), em sua obra Princípios de Economia Política (1873), procurou discutir a questão da divisão dos ganhos entre os países. Para J.S.Mill a questão da demanda internacional do produtos é determinante.
18 18 A Teoria dos Valores Internacionais de Stuart Mill Se um país oferece, no mercado internacional, produtos pouco demandados no mercado mundial, ele obterá um preço pouco elevado e o país se beneficiará pouco do ganho de comércio mundial ou até mesmo terá um ganho nulo. Esse país deverá, então, diversificar sua produção, mesmo que ela não tenha uma vantagem comparativa máxima ou uma desvantagem comparativa mínima na sua produção.
19 19 Teorema de Heckscher-Ohlin Cada país se especializa e exporta o bem que requer utilização mais intensiva de seu fator de produção mais abundante
20 20 Teorema da Equalização do Preço dos Fatores de Produção As nações trocam mercadorias porque não podem trocar fatores de produção O comércio de bens é uma forma indireta de comerciar os fatores de produção contidos nas mercadorias
21 A Nova Teoria do Comércio Internacional 21 Limites da abordagem tradicional Economias de escala diferenciação dos produtos Comércio intra-setorial Comércio intra-firma
22 22 Limites da abordagem tradicional Contrariamente aos ensinamentos da teoria tradicional, o comércio internacional se desenvolve mais entre as nações mais desenvolvidas cujas dotações fatoriais têm poucas diferenças. Trata-se, então de um comércio entre nações muito pouco diferenciadas umas das outras, ao passo que a teoria tradicional coloca como essencial o papel das diferentes características das nações para explicar a troca internacional.
23 Limites da abordagem tradicional 23 O questionamento das vantagens comparativas Novas análises foram desenvolvidas, sobretudo nos anos sessenta, cujo ponto comum é a proposta de uma explicação das trocas internacionais que não se baseia nas vantagens comparativas. Entre as linhas de pesquisa exploradas, as mais importantes são relativas ao papel desempenhado pela tecnologia, a diferenciação dos produtos e os rendimentos de escala.
24 24 Economias de Escala As economias de escala podem ser: Internas à firma: quando cada firma pode obter custos médios mais baixos se produz em escala crescente. Externas à firma: quando o custo médio de cada firma depende do tamanho da indústria a que pertence.
25 25 Economias de Escala Internas Quando as técnicas de produção e de organização das empresas é tal que existem economias internas às empresas, várias estruturas de mercado além da concorrência podem prevalecer, dependendo do fato destas economias serem contínuas ou limitadas num nível particular de produção. No primeiro caso o mercado torna-se um monopólio. No segundo caso o mercado torna-se um oligopólio.
26 26 Economias de Escala Externas O tamanho do mercado interno de uma nação, diante de economias de escala externas, pode ser um fator explicativo do comércio internacional. As especializações internacionais que resultam das economias de escala externas são estáveis, mesmo que as vantagens comparativas se modifiquem. acidentes históricos, que originam uma produção num dado país específico, podem ser decisivos na criação dos fluxos comerciais internacionais.
27 27 Economias de Escala Externas O comércio internacional, fonte de deterioração do bem estar Desde Ricardo, o essencial da teoria do comércio internacional demonstra que a passagem de uma situação de autarquia a uma situação de troca com o resto do mundo melhora a posição de uma economia: maior número de bens estão disponíveis a um preço mais baixo. Esse resultado pode ser questionado a partir do momento em que existem economias de escala externas.
28 28 Diferenciação de Produtos A existência de produtos semelhantes, mas que possuem características específicas que os diferenciam segundo algum desses critérios abre do ponto de vista do comércio internacional a possibilidade de intercâmbios entre dois países, com exportações e importações simultâneas de produtos normalmente classificados como idênticos. Dois tipos de diferenciação são considerados: vertical e horizontal
29 29 Diferenciação de Produtos Diferenciação Vertical: está relacionada com a qualidade do produto (Exemplo: automóvel com air-bag e freio ABS). Diferenciação Horizontal: se baseia na especificação do produto (odor de um perfume, sabor de queijo, características de um vinho). Nos dois casos, o efeito é o mesmo: o vendedor dispõe de um monopólio relativo sobre o seu produto, limitado pela existência de substitutos imperfeitos.
30 30 Comércio Intra-setorial A existência do comércio intra-setorial está associada a diversos fatores: Diferenciação de produtos Flutuações sazonais na oferta Estruturas de demanda por faixa de renda
31 31 Comércio Intra-firma A incorporação de elementos como rendimentos de escala, concorrência imperfeita e diferenciação de produtos permite conceber a especialização no comércio em produtos que não correspondem à dotação relativa de fatores produtivos, bem como dá margem a processos produtivos complementares, entre plantas produtivas situadas em países distintos, levando à intensificação de transações intrafirma.
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