Promoção da Saúde e Prevenção da Doença
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- Wagner Wagner da Conceição
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1 Faculdade de Medicina de Lisboa Instituto de Medicina Preventiva Disciplina de Medicina Geral e Familiar (5º Ano) Promoção da Saúde e Prevenção da Doença
2 Medicina Curativa e Medicina Preventiva Saúde versus doença Morbilidade e mortalidade Qualidade de vida Custos directos e indirectos Custos de oportunidade Efectividade e eficácia das intervenções
3 Exame Periódico de Saúde Um pouco de História Primeiras referências (Dobell H) 1921 Estudo não controlado publicado por seguradora nos EUA 1925 AMA publica recomendação de ex. físico anual em adultos > 35 anos 1945 Contestação da utilidade (Roemer) 1965 South-East London Screening Study 1975 Estudo científico de avaliação da utilidade de serviços preventivos (Forse & Carlson) 1979 Canadian Task Force on the Periodic Health Examination (CTFPHE) 1989 United States Preventive Services Task Force (USPSTF)
4 Exame Periódico de Saúde: Mantém-se porquê? Tradição Expectativas do público Manutenção das capacidades para efectuar exame Importância indirecta (intangível) para a relação médicocliente Consequências: Custos (tempo e recursos financeiros Taxa de falsos positivos elevada Testes confirmativos invasivos e/ou dispendiosos Falsa sensação de segurança para o doente Efeitos secundários (complicações)
5 Características da Prática da MGF Vocação preventiva do MF: Primeiro contacto com o Serviço de Saúde Fonte de informação credível e fiável Prestação de cuidados a toda a família Prestação de cuidados globais Prestação de cuidados continuados
6 Tipos de Prevenção Prevenção primária prevenção da ocorrência de doença através de imunização, controlo de factores de risco ou modificação de comportamentos Prevenção secundária detecção e tratamento precoce de doença sub-clínica Prevenção terciária tratamento de doença clínica para evitar progressão e complicações
7 Actividades de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde Planeamento familiar Cuidados pré-natais Saúde infantil Saúde dos adolescentes Imunizações Rastreio de doenças Alteração de comportamentos Educação para a saúde
8 Actividades de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde Grupos de actividades Aconselhamento Imunização Rastreio de doenças Quimioprofilaxia População-alvo Nascimento 10 anos anos anos 65 e mais anos
9 Tipos de Rastreio Rastreio universal (Screening) detecção de doença pré-clínica numa população não seleccionada Rastreio oportunístico ou selectivo (Casefinding) detecção de doença pré-clínica numa população seleccionada (com factores de risco)
10 Critérios para Utilização de Testes de Rastreio População Doença Teste Prevalência da doença elevada (excepções) Boa adesão ao programa de rastreio/tratamento Morbilidade/mortalidade significativas Existência de período pré-sintomático Tratamento efectivo disponível Alt. da história natural com tratamento precoce Sensibilidade e Especificidade elevadas Baixo custo Boa tolerância (risco baixo) Teste de confirmação do diagnóstico disponível
11 A Questão... RASTREAR OU NÃO RASTREAR?
12 Questões práticas importantes Qual o valor do Exame de Rastreio proposto? Que componentes deve incluir? Qual a idade de início? Qual a idade a partir da qual se deve deixar de fazer o rastreio? Qual a razão para a existência de recomendações divergentes? Como proceder nestes casos?
13 Recomendações de Rastreio e/ou Intervenção Preventiva Autoridades de Saúde Nacionais Sociedades Científicas Organizações de prestação de Cuidados de saúde Outras Organizações
14 Objectivo das Recomendações Ajudar os médicos a escolher os testes, estratégias de aconselhamento e outras intervenções preventivas de utilidade documentada e evitar aquelas que não têm valor demonstrado
15 Processo de Produção de Recomendações 1. Definição de critérios de efectividade 2. Revisão da evidência disponível 3. Análise e interpretação dos dados 4. Produção de linhas de orientação clínica Implica análise de Benefício-Risco-Custo
16 Níveis de Evidência Científica I Evidência obtida com base em pelo menos um EC aleatorizado e controlado II-1 Evidência a partir de EC controlados mas sem aleatorização II-2 Evidência a partir de estudos analíticos de coorte ou caso-controlo II-3 Evidência a partir de séries temporais com ou sem intervenção III Opinião de entidades competentes baseada em experiência clínica; estudos descritivos e relatos de casos ou relatórios de comissões de peritos
17 Graus de Recomendação (Classificação da USPSTF) A Boa evidência a favor da Recomendação B Evidência fraca a favor da Recomendação I Insuficiente evidência a favor ou contra a Recomendação C Evidência fraca a favor mas não suficiente para suportar a Recomendação geral D Boa evidência contra a Recomendação
18 Porque Divergem as Recomendações? Trata-se de recomendações... Objectivos da entidade/organização que emite a recomendação Utilização de metodologias diferentes Particularidades regionais ou locais Outras razões
19 Resumo e Conclusões - I A vocação preventiva do MF está intimamente ligada às características da prática da MGF Existe evidência de baixa adesão às práticas preventivas por parte de alguns MF A integração de actividades preventivas na prática clínica exige motivação, conhecimentos e treino Uma boa definição e planeamento da estratégia de intervenção é fundamental para o sucesso do programa
20 Resumo e Conclusões - II A utilização de um teste de rastreio pressupõe o conhecimento das suas características A interpretação do resultado de um teste de rastreio deve ter em atenção as características do mesmo e a prevalência da doença na população Perante recomendações de rastreio divergentes, o médico deve decidir, tendo em consideração a prevalência e a gravidade da doença, o custo e os possíveis efeitos secundários do teste e as atitudes e expectativas dos utentes
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