O sexo feminino é muito mais atingido que o sexo masculino (Quadro 1).

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O sexo feminino é muito mais atingido que o sexo masculino (Quadro 1)."

Transcrição

1 Hipertiroidismo I Hipertiroidismo/Tireotoxicose O hipertiroidismo/tireotoxicose define-se como a síndroma clínica resultante de alterações fisiológicas, bioquímicas e clínicas motivadas pela exposição dos tecidos a concentrações elevadas de hormonas tiroideias*. No texto utilizaremos o termo hipertiroidismo que é o mais usado em Portugal e na Europa. O excesso de hormonas tiroideias no sangue (triiodotironina ou T3 e tetraiodotironina ou T4) leva a um aumento do metabolismo, responsável por muitos dos sintomas e sinais. Em alguns casos, raros, só a T3 está elevada (hipertiroidismo a T3). Também nas primeiras semanas ou meses do início de alguns hipertiroidismos pode ser só evidente um aumento dos níveis de T3. Prevalência O sexo feminino é muito mais atingido que o sexo masculino (Quadro 1). Quadro 1 Prevalência do hipertiroidismo (várias séries, incluindo a dos autores) Idade (anos) F: M Prevalência (%) Doença de Graves :1-8: Bócio multinodular tóxico :1-10: Adenoma tóxico (nódulo tóxico) :1-15: Etiologia São múltiplas as causas de hipertiroidismo (Quadro 2). Quadro 2 Causas do excesso de hormonas tiroideias Hipertiroidismo/tireotoxicose De origem tiroideia ou hipertiroidismo: Doença de Graves (bócio difuso tóxico) Associado à tiroidite de Hashimoto - (hashitoxicose) Adenoma tóxico (nódulo tóxico) Bócio multinodular tóxico Induzido pelo iodo Adenoma secretor de TSH Tiroidite subaguda (tiroidite Quervain) Tiroidite silenciosa ou do pós-parto Induzido pela amiodarona (Tipo II) De origem não tiroideia: Tireotoxicose factícia Tratamento com hormona tiroideia Ingestão de produtos com hormonas tiroideias Struma ovarii Mola hidatiforme e coriocarcinoma Carcinoma folicular metastizado *Hipertiroidismo e tireotoxicose não são exactamente o mesmo. Hipertiroidismo resulta da hiperactividade da glândula tiroideia; tireotoxicose é a intoxicação pelas hormonas tiroideias, qualquer que seja a causa. Assim, todos os hipertiroidismos são tireotoxicoses, mas nem todas as tireotoxicoses são hipertiroidismos. Os dois termos usam-se, erradamente, como sinónimos.

2 Clínica As manifestações clínicas dependem da duração e da gravidade da doença, da idade do doente, da presença ou ausência de manifestações extratiroideias e da causa do hipertiroidismo (Quadros 3 e 4). Quadro 3 Manifestações do hipertiroidismo Sistemas Geral Pele Olhos (na d. Graves) Gastrointestinal Respiratório Cardiovascular Neurológico Psicológico Neuromuscular Metabólico Osso Hematopoiético Reprodutivo Manifestações Intolerância ao calor, perda de peso, astenia, fadiga, insónias, tremor Quente, suada, prurido Exoftalmia, aumento da fenda palpebral, edema das pálpebras, quemose, dor ocular, diplopia, lesão nervo óptico Polifagia, hiperdefecação, diarreia, hepatomegalia, alteração da função hepática Dispneia Taquicardia, pulso amplo Raras: cardiomegalia, insuficiência cardíaca, angina, arritmia, fibrilhação auricular Raras: síncope, delírio, demência, coma Ansiedade, irritabilidade, alterações humor, depressão, dificuldade de concentração, insónia Tremor, reflexos aumentados, fraqueza muscular proximal, atrofia muscular, miopatia, paralisia periódica Hipercalcemia, hipercalciuria, diminuição magnésio, aumento fosfatase alcalina óssea Ospeopenia, osteoporose Anemia (normocítica, normocrómica), linfocitose, esplenomegalia, adenopatias, aumento do timo Mulher: alterações menstruais, infertilidade Homem: ginecomastia, disfunção sexual eréctil, infertilidade Quadro 4 Manifestações mais frequentes do hipertiroidismo Sintomas % Sinais Ansiedade, alterações do humor, irritabilidade Tremor Astenia, fadiga Pele suada Palpitações Hipertensão sistólica Dispneia Miopatia Emagrecimento com aumento de apetite Hipercinésia Intolerância ao calor, sudação aumentada Bócio Oligomenorreia Aumento número de dejecções, diarreia 40-60

3 A duração dos sintomas e sinais, o tamanho e a forma da tiroideia e a presença ou ausência de sinais da doença de Graves (Quadro 5), podem sugerir a etiologia do hipertiroidismo. A doença de Graves tem, na maioria dos casos, na altura do diagnóstico, uma evolução de meses a anos; pelo contrário, o hipertiroidismo causado por uma tiroidite, raramente apresenta uma evolução superior a semanas. O bócio da doença de Graves é normalmente pequeno, mole e difuso e no caso do adenoma tóxico ou do bócio multinodular tóxico podem (ou não) palpar-se os nódulos. Quadro 5 Manifestações clínicas que podem sugerir a etiologia do hipertiroidismo Manifestações Bócio difuso Nódulo único Bócio multinodular Tiroideia normal Tiroideia dolorosa Oftalmopatia Dermopatia infiltrativa Acropaquia Diagnóstico Doença de Graves Adenoma tóxico Bócio multinodular tóxico Ingestão de hormona tiroideia Tiroidite subaguda Doença de Graves Doença de Graves Doença de Graves Diagnóstico Laboratorial Quadro 6 Diagnóstico laboratorial do hipertiroidismo Doença Anticorpos T4L T3L TSH AATPO AATg TRAb Hipertiroidismo (bócio tóxico, etc) Doença de Graves +/- +/- +/- Hipertiroidismo a T3 ou inicio hipertiroidismo N +/- +/- +/- Hipertiroidismo subclínico N N +/- +/- AATPO: Anticorpo anti-peroxidase; AATg: Anticorpo anti-tiroglobulina; TRAb: Anticorpo anti-receptor da TSH; : muito elevada; : elevada; : suprimida; : baixa; N : normal; +: positivos; : negativos. Existem situações que interferem com os doseamentos bioquímicos da T3 e T4, como sejam a toma de anovulatórios (estrogénios) e a gravidez, que aumentando a globulina de transporte das hormonas tiroideias (TBG), simulam um hipertiroidismo analítico com T3 e T4 séricas elevadas, mas a TSH nunca está diminuída. Deste modo é preferível, para diagnóstico do hipertiroidismo, avaliar a T3 livre e a T4 livre. Cerca de 5% dos doentes com hipertiroidismo têm uma T4 livre normal com uma T3 livre elevada tratase de um quadro denominado hipertiroidismo a T3. Os sinais e os sintomas são semelhantes aos do aumento de T3 e T4. Denomina-se hipertiroidismo subclínico às situações com TSH diminuída e T3 e T4 livres normais (ver: hipertiroidismo sub-clínico).

4 Os anticorpos antitiroideus (antiperoxidase e antitiroglobulina) são marcadores de doença auto-imune e são positivos na maior parte das situações de doença de Graves. Os anticorpos antitiroideus são também positivos na tiroidite de Hashimoto. O anticorpo antireceptor da TSH (TRAb) é positivo na maior parte dos casos de doença de Graves. A gamagrafia da tiroideia é útil na diferenciação das várias causas de hipertiroidismo: aumento ou diminuição da captação do isótopo radioactivo (Tc 99m ) (Quadro 7). Quadro 7 Gamagrafia da tiroideia no diagnóstico diferencial do hipertiroidismo Captação aumentada de Tc 99m Doença auto-imune da tiroideia Doença de Graves Hashitoxicose Tecido tiroideu autónomo Bócio multinodular tóxico Nódulo tóxico Hipertiroidismo mediado pela TSH Adenoma hipofisário produtor de TSH Hipertiroidismo mediado pela βhcg Doença do trofoblasto Captação diminuída de Tc 99m Tiroidites Tiroidite subaguda granulomatosa (de Quervain) Tiroidite linfocítica subaguda (indolor, silenciosa) Tiroidite do pós-parto Tiroidite da radiação Tiroidite da amiodarona Hormona tiroideia exógena Excesso terapêutica substituição Terapêutica supressiva Hipertiroidismo factício Hipertiroidismo ectópico Struma ovarii Metástase tumor folicular da tiroideia A. Galvão-Teles, J. Garcia e Costa, Zulmira Jorge, Teresa Dias. NEDO Núcleo de Endocrinologia Diabetes e Obesidade Lisboa

5 Doença de Graves II A doença de Graves (DG) é a causa mais frequente de hipertiroidismo: 60 a 88%. É mais prevalente (5 a 8 vezes) na mulher que no homem e tem um pico de incidência entre os 20 e os 40 anos. É uma síndroma auto-imune caracterizada por uma ou mais das seguintes componentes: 1 - hipertiroidismo; 2 - bócio difuso; 3 - oftalmopatia; 4 - dermopatia (Quadro 1). Quadro 1 Doença de Graves Quadro Clínico Frequência Características Hipertiroidismo 95% grave; exuberante Bócio difuso 90% médio, c/sopro e frémito Oftalmopatia 75-90% ligeira a muito grave Dermopatia (mixedema pré-tibial) <5% na região pré-tibial e pés Associação c/doenças auto-imunes ver Quadro 2 Patogénese A doença de Graves é uma doença auto-imune. Existe uma predisposição familiar; cerca de 15% dos doentes têm um familiar com a mesma doença e 50% dos familiares têm auto-anticorpos anti-tiroideus positivos. Na sua patogénese a doença de Graves é semelhante à tiroidite auto-imune de Hashimoto. Na doença de Graves há hipertiroidismo, mas persiste um certo grau de tiroidite auto-imune, que pode com o tempo produzir hipofunção. Também em doentes com tiroidite de Hashimoto pode desencadear-se um hipertiroidismo. São características da doença auto-imune da tiroideia a infiltração linfocitária e a ocorrência de outras doenças auto-imunes (Quadro 2). Quadro 2 Doenças auto-imunes que se manifestam nos doentes com DG Doenças Auto-imunes Diabetes mellitus tipo 1 Doença de Addison Vitíligo Anemia perniciosa Sindroma de Sjögren Lúpus eritematoso disseminado Artrite reumatóide Alopécia areata Púrpura trombocitopénica idiopática Doença hepática auto-imune Doença celíaca Miastenia gravis No soro da maioria dos doentes com doença de Graves é possível detectar anticorpos anti-peroxidase (AATPO), anti-tiroglobulina (AATg) e antireceptor de TSH (TRAb). Os TRAb comportam-se como anticorpos estimuladores dos receptores da TSH das células da tiroideia. Estes anticorpos relacionam-se positivamente com a gravidade da doença. Etiologia Na doença de Graves os linfócitos T tornam-se sensíveis aos antigénios tiroideus e estimulam os linfócitos B a sintetizarem anticorpos contra estes antigénios um destes anticorpos é o TRAb que, como já foi referido, é estimulante do receptor da TSH das células da tiroideia. Para que este fenómeno aconteça é necessário que exista uma predisposição genética.

6 Tabaco O tabagismo está associado ao desencadear da doença de Graves e ao aparecimento de exoftalmia, principalmente em estádios mais graves. O tabaco não tem sido associado a outras doenças da tiroideia como o bócio tóxico e o bócio eutiroideu. Clínica O quadro clínico da doença de Graves é quase sempre exuberante (mais grave que o das outras situações de hipertiroidismo). O bócio é difuso, de consistência elástica, mole e pode apresentar um sopro e/ou um frémito, devido à hipervascularização da glândula. Raramente o bócio é de grandes dimensões e pode, mesmo, não estar presente (10-20%). A oftalmopatia infiltrativa é habitualmente bilateral em 50 a 60% dos casos. A dermopatia infiltrativa da doença de Graves consiste na infiltração da pele, principalmente na zona da parte inferior da tíbia (mixedema pré-tibial), devido à acumulação de glicosaminoglicanos (<5%). A. Galvão-Teles, J. Garcia e Costa, Zulmira Jorge, Teresa Dias. NEDO Núcleo de Endocrinologia Diabetes e Obesidade Lisboa

7 Adenoma tóxico e bócio multinodular tóxico III O adenoma tóxico e o bócio multinodular tóxico resultam de um ou vários nódulos se tornarem autónomos e hiperfuncionantes, produzindo excesso de hormonas tiroideias (T3 e T4), com supressão da TSH e hipofunção do restante tecido tiroideu. A hiperfunção dos nódulos vai, deste modo, produzir hipertiroidismo. Clínica Quadro clínico de hipertiroidismo, por vezes ligeiro; menos grave que o da doença de Graves. Ao exame físico pode palpar-se um bócio com um ou diversos nódulos. Diagnóstico Clínica de hipertiroidismo Níveis sanguíneos de T3 e T3L elevados, com ligeiro aumento de T4 e T4L; TSH suprimida. Gamagrafia com TC 99m da tiroideia evidencia um (nódulo tóxico) ou múltiplos (bócio multinodular) nódulos hiperfixantes sendo a restante glândula hipofixante. Ecografia da tiroideia mostra um nódulo solitário ou um bócio multinodular. Tratamento No adenoma tóxico e no bócio multinodular tóxico, os antitiroideus de síntese (ATS) diminuem os níveis da T3 e T4L, mas raramente produzem remissão completa de longa duração (ao contrário do que pode acontecer na doença de Graves). O iodo radioactivo pode ser o tratamento definitivo do adenoma tóxico e do bócio multinodular tóxico, porque os nódulos hiperfuncionantes captam activamente o I 131, sendo os nódulos destruídos. A destruição dos nódulos hiperfuncionantes é evidente ao fim de alguns meses, ficando o doente em eutiroidismo. O tratamento pode também realizar-se através da cirurgia - lobectomia no adenoma tóxico e tiroidectomia total no bócio multinodular tóxico. A. Galvão-Teles, J. Garcia e Costa, Zulmira Jorge, Teresa Dias. NEDO Núcleo de Endocrinologia Diabetes e Obesidade Lisboa

8

9 Hipertiroidismo Subclínico IV Hipertiroidismo sub-clínico (HTs-c) Caracteriza-se por: TSH baixa ou suprimida; T4L e T3L (ou T3) normais TSH doseável mas baixa (0,1 0,5 mu/l) HTs-c grau I TSH indoseável ou suprimida (<0,1 mu/l) HTs-c grau II Causas iguais às do hipertiroidismo clínico Prevalência aumentada nos mais velhos, nas mulheres, nos fumadores, em zonas com deficiência de iodo. A clínica de hipertiroidismo é ligeira ou está ausente Quadro 1 Etiologia do HTs-c: 2 categorias HTs-c exógeno devido a terapêutica com levotiroxina (hipotoroidismo) em dose excessiva ou dose supressiva (nódulos ou carcinoma). Outros fármacos amiodarona, lítio, interferão, levodopa, opiáceos. HTs-c endógeno nódulo e bócio multinodular tóxicos (o mais frequente) e mais raramente doença de Graves, tiroidites; na fase inicial da doença de Graves. Quadro 2 Diagnóstico diferencial quadros de TSH baixa 1º trimestre da gravidez (fisiológico devido a aumento da hcg) Tratamento com glicocorticóides Hipotiroidismo hipotalâmico ou hipofisário (central) Doente crítico (sick euthyroid syndrome) Indivíduos muito idosos sem doença da tiroideia (fisiológico?) Quadro 3 Manifestações HTs-c (podem estar presentes sintomas ligeiros de hipertiroidismo) Doença cardiovascular Aumento da frequência de fibrilhação auricular Taquicardia; aumento da contractilidade cardíaca; aumento da massa e da espessura das paredes do ventrículo esquerdo e diminuição da tolerância ao esforço. Doença óssea Diminuição da densidade óssea (especialmente na pós-menopausa). Alterações cognitivas e demência Parecem ser mais frequentes nos doentes com HTs-c grau II, embora os estudos não sejam concordantes. As manifestações clínicas observam-se quase exclusivamente no HTs-c grau II (TSH<0,1 mu/l) e só muito raramente no grau I (TSH: 0,1 0,5 mu/l).

10 Diagnóstico do HTs-c Clínico Sintomas e sinais ligeiros de hipertiroidismo Antecedentes de hipertiroidismo Fármacos tiroxina, glicocorticóides, amiodarona, lítio, interferão, levodopa, opiácios Possibilidade de gravidez (1º trimestre) Exame físico oftalmopatia (nos casos de doença de Graves), bócio Laboratorial O diagnóstico baseia-se em TSH baixa com T4L e T3L (ou T3) normais O diagnóstico deve ser confirmado com novo doseamento, 1 a 3 meses de intervalo (a TSH baixa pode ser transitória). Gamagrafia da tiroideia para fazer diagnóstico da causa (nódulo tóxico, bócio multinodular tóxico, doença de Graves ou tiroidite, ingestão de T4). Densitometria óssea na pós-menopausa. Tratamento de HTS-c Discute-se tratar ou não tratar. Apresenta-se o fluxograma de tratamento do HTs-c que utilizamos. TSH persistentemente baixa T4L + T3L (ou T3) normais Pós-menopausa ou >60 anos, ou história de doença cardíaca, osteoporose ou sintomas Pré-menopausa ou <60 anos, sem história de doença cardíaca, osteoporose ou sintomas TSH < 0,1 mu/l TSH 0,1-0,5 mu/l TSH < 0,1 mu/l TSH 0,1-0,5 mu/l gamagrafia tiroideia Considerar gamagrafia tiroideia gamagrafia tiroideia Considerar gamagrafia tiroideia > fixação > fixação > fixação > fixação Tratar I 131 ou metibasol* Considerar terapêutica com I 131 ou metibasol* Terapêutica opcional Não tratar *Preferir I131 nos doentes com adenoma tóxico e bócio multinodular tóxico. Adaptado de D S Cooper, 2010 A. Galvão-Teles, J. Garcia e Costa, Zulmira Jorge, Teresa Dias. NEDO Núcleo de Endocrinologia Diabetes e Obesidade Lisboa

11 Hipertiroidismo do Idoso e do Jovem V Hipertiroidismo do Idoso ou Hipertiroidismo Apatético Os sintomas e sinais clássicos do hipertiroidismo são mais evidentes no doente jovem que no idoso. Nos idosos a sintomatologia pode ser muito escassa, predominando as queixas cardiovasculares (taquicardia, arritmia, insuficiência cardíaca congestiva), a perda de peso com anorexia, a depressão e a dispneia. Os doentes podem apresentar-se deprimidos, indiferentes ou apáticos, situação que se denomina hipertiroidismo apatético. Os casos de doença de Graves frequentemente não têm bócio nem exoftalmia. Contudo, a oftalmopatia de Graves, quando presente, pode ser mais grave. O hipertiroidismo atinge 3% das mulheres e 0,3% dos homens idosos. Quer o hipertiroidismo clínico quer o sub-clínico cursam, nesta faixa etária, com aumento da morbilidade e da mortalidade cardio e cerebrovasculares. A fibrilhação auricular é mais frequente nos mais velhos, no sexo masculino, e no bócio multinodular tóxico. O hipertiroidismo sub-clínico no idoso triplica a prevalência da fibrilhação auricular e corresponde a 3% de todos os casos de fibrilhação auricular neste grupo etário. Perante um hipertiroidismo, clínico ou sub-clínico, em indivíduos com mais de 60 anos deve averiguar-se se está medicado com amiodarona, já que este fármaco pode induzir hipertiroidismo. Tratamento (ver: Tratamento Hipertiroidismo VI) O hipertiroidismo pode desencadear, ou agravar, a insuficiência cardíaca ou as arritmias. Deste modo, nos casos graves, é importante o tratamento rápido e definitivo: 1. Iníciar tratamento com antitiroideus de síntese (ATS); 2. Adicionar ß-bloqueantes; 3. Promover o tratamento definitivo com I. 131 Os casos ligeiros a moderados de hipertiroidismo clínico ou os casos de hipertiroidismo sub-clínico, respondem bem ao tratamento com antitiroideus, embora por vezes se tenha de prolongar estes fármacos em dose baixa (1/2 a 1 comprimido/dia de metibasol), durante anos. Hipertiroidismo do Jovem (< 20 anos) A doença de Graves é rara antes dos 10 anos de idade. A maioria dos casos inicia-se entre os 11 e 15 anos. A clínica é semelhante à da doença de Graves do adulto, com alterações neuropsíquicas frequentes e crescimento acelerado, que produz calcificação óssea precoce das cartilagens e consequente diminuição da estatura final. Tratamento (ver: Tratamento Hipertiroidismo VI) O metibasol é o tratamento de eleição em jovens com menos de 20 anos. As taxas de remissão nos jovens com hipertiroidismo, tratados com metibasol, são inferiores às dos adultos (15 a 30% ao fim de 2 ou mais anos). Quanto mais jovem menor a taxa de remissão (Quadro 1). É muito rara a remissão em crianças com menos de 5 anos (1 em 25 doentes, numa série). Quadro 1 Factores preditivos de remissão do hipertiroidismo nos jovens Favoráveis Tiroideia pequena Níveis TRAb normais Mais velhos Desfavoráveis Bócio grande Níveis TRAb elevados Mais novos

12 Quadro 2 Doses de ATS aconselhadas: metibasol (nunca propycil) Idade Dose diária < 1 ano 1,25 mg 1 5 anos 2,5 5,0 mg 5 10 anos 5 10 mg anos mg Hipertiroidismo grave (T4 livre > 5 µg/dl) Usar doses 50 a 100% superiores O propycil (propiltiouracilo) pode provocar lesões hepáticas graves nos jovens, sendo uma causa de transplante hepático, pelo que está contraindicado nesta faixa etária (neste momento contraindica-se em todos os casos excepto durante o 1º trimestre de gravidez). O I 131, em nossa opinião e de muitos investigadores, não se deve recomendar em indivíduos com menos de 20 anos, pois não são conhecidas totalmente as alterações oncológicas e gonadais do I 131 em jovens de ambos os sexos. A tiroidectomia só em casos raros de grandes bócios e não aderência ao tratamento deve ser aconselhada. Nestas idades as complicações cirúrgicas são muito mais frequentes que nos adultos. Assim aconselha-se: 1. Iniciar tratamento com metibasol durante 2 a 4 anos (doses Quadro 2). 2. Se houver recidiva reiniciar tratamento com metibasol quando atingido o eutiroidismo baixar a dose o mais possível e manter até aos anos. 3. No caso de grandes bócios ou se não houver aderência ao tratamento, preconiza-se a cirurgia (de preferência a tiroidectomia total/quase total, por um cirurgião de tiroideia). A. Galvão-Teles, J. Garcia e Costa, Zulmira Jorge, Teresa Dias. NEDO Núcleo de Endocrinologia Diabetes e Obesidade Lisboa

13 Tratamento do Hipertiroidismo VI O tratamento do hipertiroidismo pode ser médico (antitiroideus de síntese, ATS), cirúrgico (tiroidectomia) ou por radiações (I 131 ). Quadro 1 Factores que interferem na opção terapêutica Factores Comentário Idade do doente Jovens (<20 a): preferir metibasol; evitar I 131 Mulher que deseja fertilidade: preferir metibasol, raramente cirurgia; fertilidade só após 1 ano de I 131 Idosos: preferir I 131 Tamanho do bócio/nódulos Grandes bócios bócios mergulhantes: preferir cirurgia Etiologia do hipertiroidismo Nódulos tóxicos: preferir I 131 Doenças de Graves: preferir metibasol Exoftalmos: evitar I 131 Gravidade da doença Experiência do clínico Experiência do cirurgião Vontade do doente Nos casos muito graves iniciar metibasol, e posteriormente eventual cirurgia Importante ser um endocrinologista com experiência em tiroideia. O doente pode depois ser seguido pelo seu médico assistente Importante escolher um cirurgião de tiroideia; a mortalidade e a morbilidade (lesão do recorrente, lesão das paratiroideias, etc), estão grandemente dependentes da experiência Discutir com o doente as opções (depois deste ser esclarecido) 1. Antitiroideus de síntese (ATS) São dois os ATS: o propiltiouracilo (propycil PTU) e o metimazol (metibasol - MMI). Devido à possibilidade do PTU poder provocar falência hepática com necessidade de transplante, conforme recentemente verificado pela FDA (Food and Drug Administration), preconiza-se como ATS de 1ª linha o metibasol. Contudo, durante o 1º trimestre de gravidez utiliza-se em 1ª linha o PTU, pois o metibasol pode provocar no feto aplasia cútis e atrésia do esófago. Em casos de alergia a um dos fármacos pode substituir-se pelo outro. Quadro 2 Tratamento do hipertiroidismo com ATS Escolha do ATS Metibasol (MMI) (duração acção > 24h) excepto no 1º trimestre da gravidez passagem pela placenta baixa níveis no leite baixos Propycil (PTU) (duração acção: 12-24h) 1º trimestre da gravidez (ver: hipertiroidismo e gravidez, intolerância ao metibasol (rara) passagem pela placenta muito baixa níveis no leite baixos Doses MMI comprimido 5 mg casos graves: 4-8 comp/dia (p. almoço) casos ligeiros: 1-3 comp/dia doses: ½ - 2 comp/dia

14 Quadro 2 Tratamento do hipertiroidismo com ATS (cont.) PTU comprimido 50 mg (no 1º trimestre da gravidez) casos graves: 4-6 comp/dia (3xdia) casos ligeiros: 1-2 comp/dia Esquemas Duração Monitorização Factores preditivos de remissão Metibasol no tratamento cirúrgico Metibasol no tratamento com I 131 Gravidez Titulação: após atingir eutiroidismo (T4L-N), baixar progressivamente a dose MMI até 1-2 comp/dia Bloquear/substituir: após atingir eutiroidismo (T4L-N), manter dose fixa MMI (2-3 comp/dia) e associar L-tiroxina (25/75 µg/dia) Maioria dos casos: meses TRAb(+) e/ou doença grave > 24 M Idosos vários anos (ex: 1 comp/dia) Crianças vários anos Utilizar a TSH e a T4L A TSH pode levar muitos meses a normalizar; a T4L quando normaliza indica-nos eutiroidismo. diminuição do volume do bócio regressão da doença com doses baixas MMI normalização dos TRAbs Indispensável o eutiroidismo prévio, que se obtém com metibasol Obter o eutiroidismo prévio com MMI nos idosos, hipertiroidismos graves, doença cardiovascular e bócios volumosos. Ver: hipertiroidismo e gravidez Quadro 3 Efeitos adversos dos ATS Minor (±15%) Rash urticariforme Febre Poliartrite Atralgias Sintomas gastrointestinais Paladar alterado Hipoglicemia por anticorpos anti-insulina Prurido Trombocitopenia Aumento de adenopatias e das glândulas salivares Major Frequência ATS Vasculite ANCA (+) Rara PTU mais frequente Nefrite ANCA (+) Rara PTU mais frequente Hepatite 0,1 0,2% PTU único Colestase Rara MMI único Agranulocitose <0,25% PTU mais frequente Psicose Muito rara Ambos Anemia aplástica Muito rara Ambos

15 2. Iodo Radioactivo O tratamento com iodo radioactivo, (I 131 ), conseguindo destruir o tecido tiroideu, resolve definitivamente o problema do hipertiroidismo. Em cerca de 20% dos casos, há necessidade de mais do que um tratamento. Contraindicações: na gravidez e nos jovens; pode desencadear, ou agravar, a exoftalmia nos casos de doença de Graves. 3. Cirurgia A cirurgia é menos utilizada devido aos riscos de hipoparatiroidismo, lesão do nervo recorrente (que provoca disfonia) e hipotiroidismo definitivo. O doente deve estar em eutiroidismo antes da tiroidectomia, o que se consegue com metibasol. Quadro 4 Vantagens e desvantagens das várias possibilidades terapêuticas Primeira Escolha Vantagens Desvantagens ATS Doença de Graves Comodidade Recidivas frequentes Jovens Preço baixo Não adesão Grávidas Sem mortalidade Efeitos adversos Exoftalmos Baixa morbilidade Avaliação frequente Sem hipotiroidismo definitivo Cirurgia Bócios volumosos Baixa % de recidivas Mortalidade Bócios compressivos Remoção de grandes bócios Lesão recorrente (0,1 2%) Como terapêutica definitiva Hipoparatiroidismo (0,9-2%) Hipotiroidismo Cicatriz Iodo Radioactivo Adenomas toxicos Baixa % recidivas Controlo do hipertiroidismo Bócios nodulares toxicos Raros efeitos adversos só após meses Idosos Comodidade Tiroidite da radiação Melhoria do bócio Hipotiroidismo (frequente) Agravamento exoftalmia Desencadeante de oftalmopatia Pouco efeito em grandes bócios Teratogenicidade (?) Alterações cognitivas (?) Mortallidade precoce (?) ATS antitiroideus de síntese 4. β-bloqueantes Os β-bloqueantes (propranolol, atenolol ou bisoprolol) devem ser utilizados com o metibasol nos casos mais graves, logo após o diagnóstico, pois são importantes no controlo da sintomatologia adrenérgica (taquicardia, tremores, ansiedade, sudação, intolerância ao calor). O mais utilizado é o propranolol (20 mg/2 x dia). A. Galvão-Teles, J. Garcia e Costa, Zulmira Jorge, Teresa Dias. NEDO Núcleo de Endocrinologia Diabetes e Obesidade Lisboa

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal Dossier Informativo Osteoporose Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal 2008 1 Índice 1. O que é a osteoporose? Pág. 3 2. Factores de risco Pág. 4 3. Prevenção Pág. 4 4. Diagnóstico

Leia mais

DOENÇAS DA TIRÓIDE. Figura nº1 Localização da Tiróide e da Hipófise

DOENÇAS DA TIRÓIDE. Figura nº1 Localização da Tiróide e da Hipófise DOENÇAS DA TIRÓIDE O que é a Tiróide? A Tiróide é uma glândula situada na base do pescoço imediatamente abaixo da maçã de Adão (fig.nº1) e é constituída por dois lobos unidos por uma parte central chamada

Leia mais

26 de Março de 2008. Professor Perseu. Tireóide

26 de Março de 2008. Professor Perseu. Tireóide 26 de Março de 2008. Professor Perseu. Tireóide Embriologia A tireóide apresenta origem endodérmica: de um espessamento do assoalho da cavidade oral primitiva (faringe), a partir do 16 (décimo-sexto) dia

Leia mais

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

Hipotireoidismo. O que é Tireóide? Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hipotireoidismo O que é Tireóide? É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo

Leia mais

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS)

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS) ANEXO III 58 ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS) Adições aparecem em itálico e sublinhado; rasuras

Leia mais

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada comprimido contém 0,1 mg de levotiroxina sódica

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada comprimido contém 0,1 mg de levotiroxina sódica RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO Letter 0,1 mg comprimido 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido contém 0,1 mg de levotiroxina sódica Excipientes: 0,75

Leia mais

MEDICAMENTOS CONTENDO IODOCASEÍNA/TIAMINA AUTORIZADOS NA UNIÃO EUROPEIA Titular de Autorização de Introdução no Mercado.

MEDICAMENTOS CONTENDO IODOCASEÍNA/TIAMINA AUTORIZADOS NA UNIÃO EUROPEIA Titular de Autorização de Introdução no Mercado. ANEXO I LISTA DAS DENOMINAÇÕES, FORMA FARMACÊUTICA, DOSAGEM, VIA DE ADMINISTRAÇÃO, TITULARES DAS AUTORIZAÇÕES DE INTRODUÇÃO NO MERCADO NOS ESTADOS-MEMBROS (EEA) 1 Estado Membro Itália MEDICAMENTOS CONTENDO

Leia mais

DOENÇAS DA TIREÓIDE. A Tireóide é uma glândula endócrina produtora de 2 hormônios do tipo amina:

DOENÇAS DA TIREÓIDE. A Tireóide é uma glândula endócrina produtora de 2 hormônios do tipo amina: Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira DOENÇAS DA TIREÓIDE 1 - HORMÔNIOS DA TIRÓIDE: A Tireóide é uma glândula endócrina produtora de 2 hormônios

Leia mais

Informação de Segurança para os Profissionais de Saúde

Informação de Segurança para os Profissionais de Saúde Agomelatina Informação de Segurança para os Profissionais de Saúde Monitorização da função hepática 03 Valdoxan está indicado para o tratamento de episódios de depressão major em adultos. Para assegurar

Leia mais

Osteoporose 2. Definição de Osteoporose 3. Fisiopatologia da Osteoporose 4. Como se faz o diagnóstico de osteoporose 8 Diagnóstico 9

Osteoporose 2. Definição de Osteoporose 3. Fisiopatologia da Osteoporose 4. Como se faz o diagnóstico de osteoporose 8 Diagnóstico 9 2011/2012 Módulo V.II Endocrinologia Tema da Aula: Patologia Mineral - Osteoporose Docente: Dr. Mário Rui Mascarenhas Data: 11/01/2012 Número da Aula Previsto: 30 Desgravador: Francisca Costa, Joana Carvalho

Leia mais

Nódulo da Tireóide. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Serviço de Cirurgia Turma 5 - Grupo D

Nódulo da Tireóide. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Serviço de Cirurgia Turma 5 - Grupo D Nódulo da Tireóide Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Serviço de Cirurgia Turma 5 - Grupo D Alberto Paulo Costa Ana Filipa Pedrosa Ana Rita Pombal João Carlos Costa João Cláudio Antunes Setembro

Leia mais

Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013)

Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013) Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013) Van Lieshout J, Felix-Schollaart B, Bolsius EJM, Boer AM, Burgers JS, Bouma M., Sijbom M. traduzido do original em holandês por Luiz

Leia mais

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si A função da insulina é fazer com o que o açúcar entre nas células do nosso corpo, para depois poder

Leia mais

MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO. Susana Carmona

MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO. Susana Carmona MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO Susana Carmona Medicina Nuclear Terapêutica de hipertiroidismo Indicações/contra-indicações Actividade de I-131 a administrar Procedimento Experiência do

Leia mais

A ENDOCRINOLOGIA CLÍNICA

A ENDOCRINOLOGIA CLÍNICA 9º Curso Pós-Graduado NEDO A ENDOCRINOLOGIA CLÍNICA Andropausa A. Galvão-Teles Lisboa, Fevereiro de 2010 Disfunção testicular no adulto Disfunção eixo hipotálamo-hipófise-gónada Hipogonadismo Testosterona

Leia mais

Existem três tipos de glândulas: endócrinas (tireóide, suprarrenal), exócrinas (lacrimais, mamárias) e anfícrinas ou mistas (pâncreas)

Existem três tipos de glândulas: endócrinas (tireóide, suprarrenal), exócrinas (lacrimais, mamárias) e anfícrinas ou mistas (pâncreas) Existem três tipos de glândulas: endócrinas (tireóide, suprarrenal), exócrinas (lacrimais, mamárias) e anfícrinas ou mistas (pâncreas) É formado pelas glândulas endócrinas Essas tem origem no tecido epitelial

Leia mais

Mulheres grávidas ou a amamentar*

Mulheres grávidas ou a amamentar* Doença pelo novo vírus da gripe A(H1N1) Fase Pandémica 6 OMS Mulheres grávidas ou a amamentar* Destaques: A análise dos casos ocorridos, a nível global, confirma que as grávidas constituem um grupo de

Leia mais

Propil* propiltiouracila

Propil* propiltiouracila Propil* propiltiouracila PARTE I IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome: Propil* Nome genérico: propiltiouracila Forma farmacêutica e apresentação: Propil* 100 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. USO ADULTO

Leia mais

1. O QUE É PARACETAMOL BLUEPHARMA E PARA QUE É UTILIZADO. Grupo Farmacoterapêutico: 2.10 - Sistema Nervoso Central - Analgésicos e antipiréticos

1. O QUE É PARACETAMOL BLUEPHARMA E PARA QUE É UTILIZADO. Grupo Farmacoterapêutico: 2.10 - Sistema Nervoso Central - Analgésicos e antipiréticos Folheto Informativo Informação para o utilizador Paracetamol Bluepharma Paracetamol Este folheto contém informações importantes para si. Leia-o atentamente Este medicamento pode ser adquirido sem receita

Leia mais

População pediátrica A dose de manutenção é normalmente 100 a 150 microgramas por m2 de área de superfície corporal.

População pediátrica A dose de manutenção é normalmente 100 a 150 microgramas por m2 de área de superfície corporal. RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO Letter 0,1 mg comprimido 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido contém 0,1 mg de levotiroxina sódica Excipientes: 0,75

Leia mais

HIPOTIROIDISMO INTRODUÇÃO

HIPOTIROIDISMO INTRODUÇÃO HIPOTIROIDISMO INTRODUÇÃO Deficiência hormonal mais comum Produção ou ação deficiente dos hormônios tiroidianos Prevalência de 2 a 3% na população geral Mais comum em mulheres (10:1), idosos e brancos

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. 1. O QUE É Doxazosina Normon E PARA QUE É UTILIZADA

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. 1. O QUE É Doxazosina Normon E PARA QUE É UTILIZADA FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Doxazosina Normon 2 mg comprimidos Doxazosina Normon 4 mg comprimidos Doxazosina APROVADO EM Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.

Leia mais

Hormônios Metabólicos da

Hormônios Metabólicos da Hormônios Metabólicos da Tireóide Tireóide Produz Calcitoninahomeostasia de CA Produz hormôniocolóide [Ca +2 ] plasmática (inibe osteoclastos) [Ca +2 ] plasmática Síntese dos Hormônios Capilar Bomba de

Leia mais

APROVADO EM 04-08-2011 INFARMED. Folheto Informativo: Informação para o utilizador. Paracetamol Azevedos, 500 mg, comprimidos Paracetamol

APROVADO EM 04-08-2011 INFARMED. Folheto Informativo: Informação para o utilizador. Paracetamol Azevedos, 500 mg, comprimidos Paracetamol Folheto Informativo: Informação para o utilizador Paracetamol Azevedos, 500 mg, comprimidos Paracetamol Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação

Leia mais

Doenças do Comportamento. Alimentar

Doenças do Comportamento. Alimentar Doenças do Comportamento Sinais de alarme: Alimentar Diminuição da ingestão alimentar Ingestão de grandes quantidades de alimentos Aumento do consumo de água Omissão de refeições Restrição da qualidade

Leia mais

PROPILRACIL propiltiouracila

PROPILRACIL propiltiouracila PROPILRACIL propiltiouracila Comprimido 100 mg MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE MODELO DE BULA RDC 47/2009 I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO: Nome comercial: Propilracil Nome genérico: propiltiouracila

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite de lyme Versão de 2016 1. O QUE É ARTRITE DE LYME 1.1 O que é? A artrite de Lyme é uma das doenças causadas pela bactéria Borrelia burgdorferi (borreliose

Leia mais

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org FAÇA COM que A SUA PRIMEIRA FRATURA SEJA A SUA ÚLTIMA www.iofbonehealth.org Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas www.spodom.org O QUE É A OSTEOPOROSE? A osteoporose é uma doença

Leia mais

predisposição a diabetes, pois Ablok Plus pode mascarar os sinais e sintomas da hipoglicemia ou causar um aumento na concentração da glicose

predisposição a diabetes, pois Ablok Plus pode mascarar os sinais e sintomas da hipoglicemia ou causar um aumento na concentração da glicose ABLOK PLUS Ablok Plus Atenolol Clortalidona Indicações - ABLOK PLUS No tratamento da hipertensão arterial. A combinação de baixas doses eficazes de um betabloqueador e umdiurético nos comprimidos de 50

Leia mais

Os Rins. Algumas funções dos Rins?

Os Rins. Algumas funções dos Rins? Os Rins Os Rins Algumas funções dos Rins? Elimina água e produtos resultantes do metabolismo como a ureia e a creatinina que, em excesso são tóxicas para o organismo; Permite o equilíbrio corporal de líquidos

Leia mais

Assunto: Fibromialgia Nº: 45/DGCG DATA: 09/09/05. Administrações Regionais de Saúde e Médicos dos Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde

Assunto: Fibromialgia Nº: 45/DGCG DATA: 09/09/05. Administrações Regionais de Saúde e Médicos dos Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Informativa Assunto: Fibromialgia Nº: 45/DGCG DATA: 09/09/05 Para: Contacto na DGS: Administrações Regionais de Saúde e Médicos dos Serviços Prestadores

Leia mais

Tireoidites e Comportamento Tireoidiano

Tireoidites e Comportamento Tireoidiano Tireoidites e Comportamento Tireoidiano Dr Semy Krillos Orientação: prof. Dr. Romeu Carillo Jr Hipotálamo Células do sistema parvicelular Secretam TRH ( hormônio liberador de tireotropina) Secretam CRH

Leia mais

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Nome: n.º Barueri, / / 2009 1ª Postagem Disciplina: Educação Física 3ª série E.M ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Orientações para desenvolvimento da atividade: Esse será um texto a ser utilizado no

Leia mais

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE 01 CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE A obesidade é uma doença crónica que se caracteriza pelo excesso de gordura corporal e que atinge homens, mulheres e crianças de todas as etnias e idades. A sua prevalência

Leia mais

Aula 23 Sistema endócrino

Aula 23 Sistema endócrino Aula 23 Sistema endócrino O sistema endócrino é formado por órgãos e tecidos que secretam hormônios. Os hormônios são lançados na corrente sangüínea e influenciam a atividade de células, órgãos ou sistemas.

Leia mais

Gripe A. Dr. Basil Ribeiro. Prof. Doutor Manuel Teixeira Veríssimo. Faculdade de Medicina de Coimbra Medicina Interna e Medicina Desportiva

Gripe A. Dr. Basil Ribeiro. Prof. Doutor Manuel Teixeira Veríssimo. Faculdade de Medicina de Coimbra Medicina Interna e Medicina Desportiva Gripe A Dr. Basil Ribeiro Medicina Desportiva Prof. Doutor Manuel Teixeira Veríssimo Faculdade de Medicina de Coimbra Medicina Interna e Medicina Desportiva Vírus H1N1 - Introdução Gripe dos porcos altamente

Leia mais

GLICOCORTICÓIDES PRINCIPAIS USOS DOS FÁRMACOS INIBIDORES DOS ESTERÓIDES ADRENOCORTICAIS

GLICOCORTICÓIDES PRINCIPAIS USOS DOS FÁRMACOS INIBIDORES DOS ESTERÓIDES ADRENOCORTICAIS GLICOCORTICÓIDES - Hormônios esteroidais: Hormônios sexuais e Hormônios do Córtex da Adrenal. - Hormônios do Córtex da Adrenal: o Adrenocorticosteróides [glicocorticóides e (cortisol) e Mineralocorticóides

Leia mais

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 2º ano Módulo nº5- Semiologia Psíquica Portefólio de Psicopatologia Ana Carrilho- 11ºB

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 2º ano Módulo nº5- Semiologia Psíquica Portefólio de Psicopatologia Ana Carrilho- 11ºB Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 2º ano Módulo nº5- Semiologia Psíquica Portefólio de Psicopatologia Ana Carrilho- 11ºB É uma doença psiquiátrica que leva as pessoas a acreditarem que

Leia mais

Tiaprida Generis é um neuroléptico indicado no tratamento de perturbações do comportamento.

Tiaprida Generis é um neuroléptico indicado no tratamento de perturbações do comportamento. Folheto informativo: Informação para o utilizador Tiaprida Generis 100 mg comprimidos Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação importante para

Leia mais

MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO!

MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO! MAIO, MÊS DO CORAÇÃO MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO! 12 A 31 DE MAIO DE 2008 EXPOSIÇÃO ELABORADA PELA EQUIPA DO SERVIÇO DE CARDIOLOGIA, COORDENADA PELA ENFERMEIRA MARIA JOÃO PINHEIRO. B A R R

Leia mais

FOLHETO INFORMATIVO. Folheto informativo: Informação para o utilizador. Proglau 20 mg/ml Colírio, solução Dorzolamida

FOLHETO INFORMATIVO. Folheto informativo: Informação para o utilizador. Proglau 20 mg/ml Colírio, solução Dorzolamida FOLHETO INFORMATIVO Folheto informativo: Informação para o utilizador Proglau 20 mg/ml Colírio, solução Dorzolamida Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento pois

Leia mais

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR DORMIDINA 25 mg, Pó Efervescente Succinato de Doxilamina APROVADO EM Este folheto contém informações importantes para si. Leia-o atentamente. Este medicamento

Leia mais

Reabilitação fisioterapêutica do idoso com osteoporose

Reabilitação fisioterapêutica do idoso com osteoporose Definição Reabilitação fisioterapêutica do idoso com osteoporose Distúrbio osteometabólico, de origem multifatorial, caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea e deterioração de sua micro

Leia mais

artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares

artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares A artrite reumatoide não é o único desafio na vida dos pacientes. Mas muitos problemas

Leia mais

Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite (PFAPA)

Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite (PFAPA) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite (PFAPA) Versão de 2016 1. O QUE É A PFAPA 1.1 O que é? PFAPA significa Febre Periódica, Estomatite

Leia mais

Terapia medicamentosa

Terapia medicamentosa www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Terapia medicamentosa Versão de 2016 13. Medicamentos biológicos Nos últimos anos foram introduzidas novas perspetivas terapêuticas com substâncias conhecidas

Leia mais

Tireóide. Prof. Thais Almeida

Tireóide. Prof. Thais Almeida Tireóide Prof. Thais Almeida Anatomia Localização: região cervical, anterior à laringe 2 lobos + istmo Histologia Folículos tireoidianos: células foliculares; material colóide (tireoglobulina). Septos

Leia mais

Bula com informações ao Paciente soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético. solução injetável IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Bula com informações ao Paciente soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético. solução injetável IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético solução injetável IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético APRESENTAÇÃO O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético,

Leia mais

Papiloma Vírus Humano - HPV

Papiloma Vírus Humano - HPV VACINAÇÃO HPV 2015 Papiloma Vírus Humano - HPV O vírus HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição. A sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa

Leia mais

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 197/XIII/1.ª

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 197/XIII/1.ª b Grupo Parlamentar PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 197/XIII/1.ª RECOMENDA AO GOVERNO A DISPONIBILIZAÇÃO DE TERAPÊUTICA COM SISTEMA DE PERFUSÃO CONTÍNUA DE INSULINA (SPCI) A TODAS AS CRIANÇAS COM DIABETES ATÉ

Leia mais

Anexo I - Questionário

Anexo I - Questionário Anexo I - Questionário Joana Alexandra de Jesus Amorim, aluna do 4º ano da Licenciatura em Enfermagem da Universidade Fernando Pessoa, encontra-se a realizar um trabalho de investigação com o título Cirurgia

Leia mais

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência 1 - Forte desejo ou compulsão para usar a substância. 2 - Dificuldade em controlar o consumo da substância, em termos de início, término e quantidade.

Leia mais

Doenças da Tireóide. Prof. Fernando Ramos

Doenças da Tireóide. Prof. Fernando Ramos Doenças da Tireóide Prof. Fernando Ramos Introdução A tireóide é uma glândula localiza na porção anterior do pescoço e responde pela produção de hormônios como Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4) que

Leia mais

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue Universidade Estadual Paulista DIABETES E EXERCÍCIO FÍSICO Profª Dnda Camila Buonani da Silva Disciplina: Atividade Física e Saúde Tópicos da Aula 1. Carboidrato como fonte de energia 2. Papel da insulina

Leia mais

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL] fundação portuguesa de cardiologia TUDO O QUE DEVE SABER SOBRE ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL Nº. 12 REVISÃO CIENTÍFICA: Dr. João Albuquerque e Castro [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

Leia mais

O aumento das concentrações de prolactina pode ocorrer em várias situações, sejam elas fisiológicas ou patológicas.

O aumento das concentrações de prolactina pode ocorrer em várias situações, sejam elas fisiológicas ou patológicas. Hiperprolactinemia A hiperprolactinemia é alteração endocrinológica mais comum que ocorre no sistema nervoso central, sendo mais comum no sexo feminino. Além disso, é uma causa freqüente de infertilidade.

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana

Anatomia e Fisiologia Humana Introdução Boa parte do funcionamento do corpo humano depende da comunicação entre as células por meio de mensageiros químicos que viajam pelos sangue. Conjunto de células produtoras de hormônios. Hormônios

Leia mais

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV 1) A vacina é mesmo necessária? Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de

Leia mais

Conceito. Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma

Conceito. Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma AUTOIMUNIDADE Conceito Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma série de antígenos próprios Doença Autoimune é uma síndrome provocada por lesão tissular ou alteração funcional

Leia mais

Sexualidade Humana. Mensagem Importante. O sexo é uma necessidade humana básica, essencial para uma vida equilibrada e satisfatória.

Sexualidade Humana. Mensagem Importante. O sexo é uma necessidade humana básica, essencial para uma vida equilibrada e satisfatória. Como Superar a Disfunção Erétil (DE) e a Ejaculação Precoce (EP). Maximen Urologia Especializada O sexo é uma necessidade humana básica, essencial para uma vida equilibrada e satisfatória. Mensagem Importante

Leia mais

Folheto informativo: Informação para o utilizador. Broncoliber 3 mg/ml xarope. Ambroxol

Folheto informativo: Informação para o utilizador. Broncoliber 3 mg/ml xarope. Ambroxol Folheto informativo: Informação para o utilizador Broncoliber 3 mg/ml xarope Ambroxol Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação importante para

Leia mais

BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA

BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA Esta brochura fornece informação de segurança importante para o doente com AIJp e para os seus pais/responsáveis

Leia mais

www.fisiofitsenior.com.br

www.fisiofitsenior.com.br www.fisiofitsenior.com.br Índice Definição... Dados estatísticos... pg 03 pg 06 Causas e fatores de risco... pg 09 Tratamentos... pg 14 Atividades físicas e osteoporose... pg 15 Nutrientes recomendados...

Leia mais

Medicina Nuclear Diagnóstico

Medicina Nuclear Diagnóstico Medicina Nuclear Diagnóstico André Henrique Dias RADIOFÁRMACOS RADIONUCLÍDEOS 123 Iodo 131 Iodo 99m TcO 4- RADIONUCLÍDEOS PROPRIEDADES FÍSICAS 99m TcO 4- Semi-vida: 6 horas Energia gama: 140 kev 123 Iodo

Leia mais

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune. MANUAL DO PACIENTE - ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Leia mais

Artropatias inflamatórias crônicas

Artropatias inflamatórias crônicas Disciplina de Traumato-Ortopedia e Reumatologia Artropatias inflamatórias crônicas Prof. Marcelo Bragança dos Reis Introdução Principais manisfestações músculo-esqueléticas das doenças reumatológicas -

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de tórax

Imagem da Semana: Radiografia de tórax Imagem da Semana: Radiografia de tórax Figura: Radiografia de tórax em PA. Enunciado Paciente masculino, 30 anos, natural e procedente de Belo Horizonte, foi internado no Pronto Atendimento do HC-UFMG

Leia mais

Grupo farmacoterapêutico: 10.1.1 Medicação antialérgica. Anti-histamínicos. Antihistamínicos

Grupo farmacoterapêutico: 10.1.1 Medicação antialérgica. Anti-histamínicos. Antihistamínicos Folheto Informativo: Informação para o utilizador Fenergan 25 mg Comprimidos revestidos Cloridrato de prometazina Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. - Conserve este folheto.

Leia mais

PROPIL* Comprimidos. 100mg

PROPIL* Comprimidos. 100mg PROPIL* Comprimidos 100mg Propil* propiltiouracila I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Nome comercial: Propil* Nome genérico: propiltiouracila APRESENTAÇÕES Propil* comprimidos de 100 mg em embalagem contendo

Leia mais

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO YODAFAR 200 microgramas comprimidos YODAFAR 300 microgramas comprimidos 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA YODAFAR 200 microgramas

Leia mais

Drenol hidroclorotiazida. Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. Cada comprimido de Drenol contém 50 mg de hidroclorotiazida.

Drenol hidroclorotiazida. Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. Cada comprimido de Drenol contém 50 mg de hidroclorotiazida. Drenol hidroclorotiazida PARTE I IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome: Drenol Nome genérico: hidroclorotiazida Forma farmacêutica e apresentações: Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. USO ADULTO

Leia mais

Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013

Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013 ISSN: 2183-0762 Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo www.dgs.pt Portugal. Direção-Geral da Saúde. Direção de Serviços de

Leia mais

OSTEOPOROSE VS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS USANDO A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA QUANTITATIVA

OSTEOPOROSE VS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS USANDO A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA QUANTITATIVA Universidade do Minho Escola de Engenharia OSTEOPOROSE VS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS USANDO A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA QUANTITATIVA José Artur Rodrigues Nº 55574 Orientador: Prof. Higino Correia Mestrado

Leia mais

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

INTRODUÇÃO. Diabetes & você INTRODUÇÃO Diabetes & você Uma das coisas mais importantes na vida de uma pessoa com diabetes é a educação sobre a doença. Conhecer e saber lidar diariamente com o diabetes é fundamental para levar uma

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO PROFESSOR CLERSON

SISTEMA ENDÓCRINO PROFESSOR CLERSON SISTEMA ENDÓCRINO PROFESSOR CLERSON CARACTERÍSTICAS FUNCIONAMENTO DO CORPO COMUNICAÇÃO COM CÉLULAS: AÇÃO HORMONAL LIBERAÇÃO POR DETERMINADAS CÉLULAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: CÉLULAS PRODUTORAS DE HORMÔNIOS

Leia mais

Hipotiroidismo Canino. Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado

Hipotiroidismo Canino. Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado Hipotiroidismo Canino Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado O que é uma glândula? Órgão que tem como função produzir uma secreção específica e eliminá-la do organismo, ou lançá-la no sangue ou na

Leia mais

Alterações de comportamento nos cães geriátricos secundárias a problemas de saúde. Daniel Gonçalves MV

Alterações de comportamento nos cães geriátricos secundárias a problemas de saúde. Daniel Gonçalves MV Alterações de comportamento nos cães geriátricos secundárias a problemas de saúde www.hospvetmontenegro.com CÃO SEM SEGREDOS CÃO SEM SEGREDOS SEM SEGREDOS Os cães seniores são os melhores: conhecem-nos

Leia mais

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria Diretrizes Assistenciais Medicina Psicossomática e Psiquiatria Versão eletrônica atualizada em fev/2012 TRATAMENTO DE TABAGISMO Indicação: Pacientes tabagistas atendidos na SBIBAE Contraindicação: Não

Leia mais

Adjuvante mucolítico do tratamento antibacteriano das infeções respiratórias, em presença de hipersecreção brônquica.

Adjuvante mucolítico do tratamento antibacteriano das infeções respiratórias, em presença de hipersecreção brônquica. Folheto informativo: Informação para o utilizador Mucoral 20 mg/ml xarope Carbocisteína Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação importante para

Leia mais

O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI)

O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI) PLANO ESTRATÉGICO 2012 O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI) A Osteogénese imperfeita (OI) é uma doença rara com uma incidência abaixo de 1:20 000. As pessoas com OI e as suas famílias vivem frequentemente

Leia mais

Obesidade Infantil. O que é a obesidade

Obesidade Infantil. O que é a obesidade Obesidade Infantil O que é a obesidade A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar

Leia mais

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Anexo III Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Nota: Este Resumo das Características do Medicamento, rotulagem e folheto informativo

Leia mais

NEDO 2012 Cursos NEDO 20º-14e15Abril Évora 21º-16e17Junho Luso 22º-13e14Out. Viseu 23º-24e25Nov.-Algarve

NEDO 2012 Cursos NEDO 20º-14e15Abril Évora 21º-16e17Junho Luso 22º-13e14Out. Viseu 23º-24e25Nov.-Algarve NEDO 2012 Cursos NEDO 20º-14e15Abril Évora 21º-16e17Junho Luso 22º-13e14Out. Viseu 23º-24e25Nov.-Algarve 19º CURSO PÓS GRADUADO NEDO 2012 Causas Secundárias de Diabetes A. Galvão-Teles Lisboa Auditório

Leia mais