FILTRAGEM ESTOCÁSTICA APLICADA A SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FILTRAGEM ESTOCÁSTICA APLICADA A SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES"

Transcrição

1 FILTRAGEM ESTOCÁSTICA APLICADA A SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES DIEGO FIGUEIRÊDO E SILVA, RAFAEL SANTOS MENDES, LAURENT HARDOUIN, CARLOS ANDREY MAIA, BERTRAND COTTENCEAU Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação - UNICAMP DCA/FEEC/UNICAMP-C.P Campinas - SP - Brasil Laboratoire d Ingénierie des Systèmes Automatisés - ISTIA/Université d Angers Av. Notre Dame du Lac Angers - França Depto. de Engenharia Elétrica - UFMG Av. Antônio Carlos Pampulha Belo Horizonte - MG - Brasil s: dfs@dr.com, rafael@dca.fee.unicamp.br, laurent.hardouin@istia.univ-angers.fr, maia@cpdee.ufmg.br, bertrand.cottenceau@istia.univ-angers.fr Abstract This paper proposes a particle filter for linear max-plus systems. A brief introduction to discrete event systems is presented in a max-plus context. The paper describes some fundamental results in particle filtering and applies these results to the max-plus linear systems leading to a stochastic filtering algorithm. An example illustrates the method and some conclusions are drawn. Keywords Stochastic Filtering, Discrete Event Systems, Max-plus Algebra, Particle Filters Resumo Este trabalho propõe um filtro estocástico do tipo filtro de partículas para sistemas max-plus lineares. Uma pequena introdução aos sistemas a eventos discretos no contexto da abordagem max-plus é apresentada. Em seguida os fundamentos de filtros de partículas, aplicados aos sistemas max-plus, são descritos, chegando assim a um algoritmo de filtragem estocástica. Um exemplo ilustrativo é apresentado e são esboçadas conclusões. Palavras-chave Filtragem Estocástica, Sistemas a Eventos Discretos, Álgebra Max-plus, Filtros de Partículas 1 Introdução O desenvolvimento das técnicas de filtragem estocástica (Brown and Hwang, 1997) vem permitindo os avanços em várias áreas de pesquisa, em especial na geração de tecnologia espacial e militar (Bar-Shalom et al., 2001). Pode-se citar particularmente o filtro de Kalman (Brown and Hwang, 1997), cuja presença se tornou indispensável em equipamentos eletrônicos de comunicação via frequência modulada (FM) e em sistemas de rastreamento aéreo e de navegação (Bar- Shalom et al., 2001). Os Sistemas a Eventos Discretos (SED) (Cassandras and Lafortune, 1999) constituem uma classe de sistemas caracterizados pelo fato de sua dinâmica ser dirigida pela ocorrência de eventos, em oposição aos sistemas contínuos cuja dinâmica é determinada pela passagem do tempo. Num SED as mudanças de estado ocorrem única e exclusivamente devido à ocorrência de eventos. O estudo destes sistemas é de fundamental importância em diversas áreas como redes de computadores, sistemas de tráfego e no planejamento de atividades de carácter logístico, podendo-se destacar a sua aplicação nos sistemas de manufatura, onde é utilizado para otimizar o tempo de produção e o uso do estoque (Maia et al., 2005). Dentre os modelos existentes para o tratamento de tais sistemas, destacam-se as Redes de Petri (RP) (Murata, 1989) e a abordagem baseada na álgebra de dióides, ou mais simplesmente, na álgebra max-plus (Baccelli et al., 1992). Esta última é a abordagem utilizada neste trabalho. Um enfoque possível para os SED considera como variáveis de modelagem os datadores, isto é, as informações relativas aos instantes de ocorrência de eventos. Neste contexto, podem ocorrer situações práticas onde nem todos os datadores são diretamente observados, de forma análoga ao que ocorre em sistemas contínuos nos quais o estado não é totalmente observado. Além disso, é comum que os datadores não observados tenham seus valores influenciados por variáveis aleatórias, que combinadas com os aspectos estruturais do sistema provocam variações aleatórias nos instantes de ocorrência dos eventos. O presente trabalho pretende abordar exatamente esta situação, tratando do problema de obter estimativas ótimas, num contexto ruidoso, de instantes de ocorrência de eventos não-observáveis em SED. Estas estimativas deverão ser obtidas de modo análogo ao utilizado nos filtros de Kalman para sistemas contínuos, isto é, a partir de observações de algumas variáveis do sistema, obter-se-ão estimativas de outras variáveis não-observadas sujeitas a perturbações estocásticas previamente modeladas. A técnica de filtragem conhecida como Filtro de Partículas será utilizada neste trabalho. Os filtros de partículas utilizam o conceito de simulação de Monte-Carlo, isto é, produzem uma aproximação de uma distribuição proba- ISSN: Vol. X 1388

2 bilística através de um grande número de amostras às quais são atribuídos pesos. Estas amostras evoluem de acordo com a dinâmica do sistema e têm seus pesos atualizados a partir da existência de medidas das saídas do sistema. O artigo está organizado como segue. Na seção 2 os sistemas max-plus são brevemente descritos, definindo-se também o cenário de perturbações que afetam o sistema. A seção 3 descreve o princípio de funcionamento do filtro de partículas e a maneira pela qual ele pode ser aplicado aos sistemas maxplus lineares com perturbação. Finalmente, na seção 4 apresentam-se alguns resultados de simulação numérica e na seção 5 esboçam-se algumas conclusões. 2 Álgebra Max-Plus É possível modelar um sistema a eventos discretos como uma rede de Petri (Baccelli et al., 1992). Uma rede de Petri é um objeto abstrato constituído de um grafo bi-partido e de uma marcação (função). No grafo os nós podem ser de dois tipos: lugares e transições. A marcação associa a cada lugar um número inteiro (diz-se que o lugar contém fichas). As transições estão relacionadas aos eventos do sistema e os lugares definem condições para que estes eventos ocorram. Uma transição pode disparar se os lugares acima dela contêm fichas. Neste trabalho consideraremos RP p-temporizadas, nas quais os lugares têm um tempo de permanência mínimo para as fichas. O disparo de uma transição altera a marcação da rede, redefinindo as condições de disparo e produzindo a dinâmica do sistema. Neste contexto, os recursos do sistema são representados por fichas nas diversas posições do processo de produção, as durações das atividades são representadas pelo tempo de permanência das fichas nos lugares e as ocorrências dos eventos são representadas pelos disparos das transições, que consomem fichas nos lugares anteriores à transição e produzem fichas nos lugares seguintes à transição. Uma classe importante de redes de Petri são os Grafos de Eventos Temporizados (GET), caracterizados por apresentarem um único arco de entrada e um único arco de saída em cada lugar. Na figura 1 apresenta-se um grafo de eventos temporizado. Figura 1: Exemplo de Grafo de Eventos Temporizado Nesta figura é importante observar a existência de transições não condicionadas por nenhuma outra transição do sistema (transição u na figura) e transições que não condicionam nenhuma outra transição do sistema (transição z na figura). Estas transições são chamadas respectivamente de entrada e de saída do sistema; as outras transições são chamadas de internas ou transições de estado. Assume-se que apenas as transições de saída do sistema são observadas no contexto de filtragem desenvolvido na próxima seção. Pode-se associar a cada transição de um GET uma seqüência crescente de números inteiros {x(k)}, para k = 0, 1, 2,..., onde cada elemento da série representa o instante do k-ésimo disparo dessa transição. Supondo agora conhecida a seqüência associada às transições de entrada de um GET, é possível determinar as seqüências de disparo de todas as transições do GET. De fato, considerando novamente o GET da figura 1, é possível escrever as seguintes relações entre os instantes de disparo das transições: x 1 (k) = 1 + x 2 (k 1) x 2 (k) = max{2 + x 2 (k 1); u(k)} z(k) = max{2 + x 1 (k); 1 + x 2 (k)} (1a) (1b) (1c) Renomeando o operador max como sendo e o operador + como sendo, pode-se reescrever: x 1 (k) = 1 x 2 (k 1) x 2 (k) = 2 x 2 (k 1) u(k) ou, em forma matricial: sendo: A = x k = ( x 1 (k) z(k) = 2 x 1 (k) 1 x 2 (k) (2a) (2b) (2c) x k = A x k 1 B u k (3) z k = C x k ( ) 1 ; B = 2 ( ) ; C = ( 2 1 ) 0 x 2 (k) ) T ; uk = u(k) e z k = z(k) Tem-se portanto um sistema de equações recursivas lineares numa nova álgebra. De modo geral, um semi-anel idempotente (ou dióide) é caracterizado por um conjunto e duas operações (soma e produto), notado (D,, ), tal que a soma seja associativa, comutativa e idempotente (a a = a), e o produto seja associativo (mas não necessariamente comutativo) e distributivo à esquerda e à direita em relação à soma. Além disso, devem existir elementos neutros para ambas as operações, notados por ε (elemento nulo) e por e (elemento unitário), e o elemento nulo deve ser absorvente em relação ao produto. Isto é, a D, a ε = a, a e = a, a ε = ε. É imediato perceber que o conjunto Z { } munido das duas operações max e + é um dióide, no qual ε = e e = 0. Um dióide é completo se ele for fechado em relação a somas infinitas e se o produto for ISSN: Vol. X 1389

3 distributivo em relação a somas infinitas. A estrutura (Z { } { }, max, +) é um dióide completo usualmente denominado Max-plus e notado por Z max. Este exemplo utiliza o que se convenciona chamar de datadores, isto é, sequências crescentes {x(k)} que representam as datas ou instantes de ocorrência dos disparos da transição x. Observa-se que, formalmente, as equações 3 são muito similares às equações de estado em sistemas com dinâmica contínua. Os sistemas abordados neste trabalho são, por definição os sistemas a eventos discretos que podem ser descritos pelas equações 3 admitindo-se em geral que x k R n 1, u k R p 1 e z k R q 1 e que as matrizes A, B e C tem dimensões apropriadas. Além disso, duas hipóteses adicionais são consideradas. Por um lado admite-se que a matriz C contém exatamente um elemento e em cada linha, sendo todos os outros iguais a ɛ havendo no máximo um elemento e em cada coluna. Esta hipótese não é restritiva pois qualquer sistema do tipo da equação 3 pode ser colocado nesta forma pela inclusão de linhas e colunas nas matrizes A e B (Hardouin et al., 2010). Em outras palavras assume-se que a matriz C tem a matriz identidade como sub-matriz e que algumas das variáveis internas são diretamente observadas. Pode-se portanto reescrever o modelo dado pela equação 3 da seguinte forma: x k = A x k 1 B u k (4) z k = x k ( ) ( ) x sendo x k = k A e A =. A partir destas x k equações é possível escrever: A z k = A x k 1 B u k (5) Por outro lado, assume-se que as perturbações que afetam o sistema atuam exclusivamente nos elementos da matriz A e da matriz B, admitindo-se que os elementos a ij e b ij destas matrizes são variáveis aleatórias independentes entre si com distribuições uniformes e conhecidas. No contexto deste trabalho o problema de filtragem consiste portanto em obter estimativas para os estados não diretamente observados x k conhecendose uma sequência de medidas z j e de entradas u j, j = 1,..., k e a distribuições de probabilidade dos elementos das matrizes A e B. 3 Filtros de Partículas aplicados a Sistemas Max-Plus Os Filtros de Partículas utilizam uma representação por partículas da densidade de probabilidade do estado do sistema para realizar uma estimação sequencial de Monte-Carlo 1 deste estado. Uma representação por partículas é um conjunto de amostras da variável que se deseja estimar, amostradas de acordo com 1 Uma estimação sequencial de Monte-Carlo é uma técnica para a implementação de um filtro Bayesiano recursivo através de simulações de Monte-Carlo (Ristic et al., 2004) uma densidade chamada "densidade de importância". O método de Monte-Carlo é baseado no seguinte fato. Seja I = g(x) dx uma integral que se deseja avaliar e π(x) uma densidade de probabilidade tal que g(x) = f(x) π(x). Se for possível sortear N amostras da variável x de acordo com a densidade π(x) {x i, i = 1,..., N}, então I N = 1 N N f(xi ) é uma estimativa não-polarizada da integral I. Além disso, se as amostras da variável x forem sorteadas segundo uma outra densidade q(x), similar 2 a π(x), então I N = N f(xi ) w(x i ), sendo w(x i ) = 1 N w(x i ) e N j=1 w(xj ) w(xi ) = π(xi ) q(x i ) a densidade de importância.. A densidade q(x) é Considerando agora um sistema max-plus linear conforme descrito na seção anterior, seja X k = {x j }, j = 0,..., k o conjunto de todos os valores das variáveis de estado x até o instante k e seja Z k definido de modo análogo. Uma abordagem comum para o problema de filtragem consiste em realizar o cálculo da probabilidade p(x k Z k ) a partir da probabilidade p(x k 1 Z k 1 ) e do valor da medida z k. Contudo, levando em conta a equação 4 e que os elementos da matriz A são variáveis aleatórias independentes, concluise que, dado x k 1, os vetores x k e x k = z k são independentes. Em outras palavras: p(x k X k 1, z k ) = p(x k X k 1 ). A melhor estimativa que se pode ter do estado x k depende exclusivamente da estimativa do estado x k 1. Por este motivo busca-se neste trabalho um procedimento recursivo para a obtenção da probabilidade p(x k 1 Z k ), em função da probabilidade p(x k 2 Z k 1 ) e da medida z k. A representação para as densidades de probabilidade acima é feita através do conceito de "partículas", isto é, supõe-se a existência de um conjunto de amostras (ou partículas) {X i k 1 }, i = 1,..., N amostrado segundo a densidade de importância q(x k 1 Z k ) com os respectivos pesos {wk i } que representam a probabilidade p(x k 1 Z k ), isto é: p(x k 1 Z k ) = N wk i δ(x k 1 X i k 1) (6) Conforme a discussão ao início desta seção temse que: w i k p(xi k 1 Z k) q(x i k 1 Z k) Deseja-se portanto, a partir de uma representação de p(x k 2 Z k 1 ) (do tipo definido pela equação 6) e da medida z k, obter uma representação por partículas para p(x k 1 Z k ). Para obter fórmulas recursivas adequadas, deve-se escolher uma densidade de importância que satisfaça a seguinte condição de fatorização: q(x k 1 Z k ) q(x k 1 X k 2, Z k ) q(x k 2 Z k 1 ). (7) 2 Uma densidade de probabilidade q(x) é similar a π(x) se x : π(x) > 0 q(x) > 0. ISSN: Vol. X 1390

4 A densidade q(x k 1 X k 2, Z k ) deve ser utilizada para expandir a partícula X i k 2 para Xi k 1, incluindo um novo estado x i k 1. A equação de atualização do respectivo peso wk i é obtida a seguir. Tem-se: mas dado que: p(x k 1 Z k ) = = p(x k 1 z k, Z k 1 ) = p(z k X k 1, Z k 1 ) p(x k 1 Z k 1 ), (8) p(z k Z k 1 ) p(x k 1 Z k 1 ) = = p(x k 1 X k 2, Z k 1 ) p(x k 2 Z k 1 ) = p(x k 1 x k 2 ) p(x k 2 Z k 1 ), (9) pode-se substituir (9) em (8) obtendo-se a seguinte expressão: Mas: p(x k 1 Z k ) = = p(z k x k 1 ) p(x k 1 x k 2 ) p(x k 2 Z k 1 ) p(z k Z k 1 ) p(z k x k 1 ) p(x k 1 x k 2 ) p(x k 2 Z k 1 ). w i k p(xi k 1 Z k) q(x i k 1 Z k) Portanto: p(z k x i k 1 ) p(xi k 1 xi k 2 ) p(xi k 2 Z k 1) q(x i k 1 Xi k 2, Z k) q(x i k 2 Z k 1) p(z k x i k 1 ) p(xi k 1 xi k 2 ) q(x i k 1 Xi k 2, Z k) w i k 1, wk i = wk 1 i p(z k x i k 1 ) p(xi k 1 xi k 2 ) q(x i k 1 Xi k 2, Z. k) Admite-se ainda: q(x i k 1 X i k 2, Z k ) = q(x i k x i k 2, z k ) e finalmente: wk i = wk 1 i p(z k x i k 1 ) p(xi k 1 xi k 2 ) q(x i k 1 xi k 2, z.(10) k) Desde que respeitada a condição de similaridade citada no início desta seção, em princípio a função de densidade de importância pode ser escolhida com liberdade. Entretanto, segundo (Ristic et al., 2004) esta escolha é um aspecto crítico em filtros de partículas. Mostra-se em (Doucet and Andrieu, 2000) que a escolha ótima é dada por: q opt (x i k 1 x i k 2, z k ) = p(x i k 1 x i k 2, z k ). Visando a simplicidade do algoritmo, neste trabalho adotar-se-á uma escolha sub-ótima para a densidade de importância dada por: q(x i k 1 x i k 2, z k ) = p(x i k 1 x i k 2). (11) Esta escolha permite avançar o contador k no processo de filtragem simplesmente multiplicando-se ( ) uma nova realização das matrizes A e B por cada partícula x i k 2, i = 1,..., N e pelos valores conhecidos de u k 1, expandindo assim a partícula X i k 2 para X i k 1. Esta etapa é similar, em filtragem de Kalman, ao procedimento de previsão do estado. A substituição da equação 11 na equação 10 resulta em: w i k = w i k 1 p(z k x i k 1). (12) Esta equação é utilizada para atualizar os pesos das partículas no momento em que a medida z k se torna disponível. Em filtragem de Kalman isto equivale ao procedimento de atualização das previsões, isto é, o procedimento de correção da estimativa feita no procedimento de previsão, à luz de uma nova medida. Levando-se em conta que tanto a medida z k quanto a partícula x i k 1 e as variáveis de entrada u k são conhecidas no momento deste cálculo, conclui-se que a atualização deve ser feita por: w i k = w i k 1 V (η k, z k ), (13) sendo a função de verossimilhança V (η, z) deduzida no apêndice (equação 15) e ηk T = [xit k 1 ut k ]. Observa-se que o procedimento de previsão baseado na equação 11 não depende da ocorrência da k- ésima medida z k. Portanto nada impede que seja realizado logo após a atualização da estimativa de X k 1, resultando, conforme discutido anteriormente, na melhor estimativa possível para x k dadas as medidas em k. A estimativa de x k é portanto dada por: ˆx k = N x i k wk. i (14) É usual na evolução de um algoritmo de filtragem por partículas a observação de um fenômeno de colapso de probabilidades no qual ao longo das iterações, muitas partículas adquirem pesos muito baixos e poucas assumem peso não desprezível. A ocorrência deste fato leva a um mal-condicionamento da representação por partículas da densidade de probabilidade de X k. Para evitar este problema, quando se detecta que o número efetivo de partículas que representa a função de densidade de probabilidade é muito baixo, utiliza-se um procedimento de reamostragem de partículas, que pode ser resumido como segue. Cada partícula é clonada um número de vezes proporcional ao seu peso. Como o número total de partículas deve permanecer igual a N, resulta que as patículas com peso muito baixo não terão clones, sendo assim abandonadas. Após o procedimento de clonagem, os pesos das partículas sobreviventes são reajustados, assumindo o valor 1/N. Este procedimento é formalmente descrito em (Ristic et al., 2004). Finalmente, é possível sintetizar o algoritmo proposto para filtragem por partículas de sistemas maxplus da seguinte forma: ISSN: Vol. X 1391

5 1. k=0; 2. Inicializar N partículas, X i 0, i = 1,..., N; 3. Para cada k: Ler a medida z k ; Atualizar os pesos de X i k 1 (eq. 13); Se necessário, reamostrar; Gerar as partículas para k (eq. 4); Estimar x k (eq. 14); 4. Fim Na próxima seção um exemplo permite avaliar o desempenho do algoritmo de filtragem proposto. 4 Resultados Consideremos o sistema descrito pela matriz A abaixo, proposto em (Loreto et al., 2010). Supõe-se que as entradas sejam nulas (sistema autônomo) e que os estados de número 3, 6 e 8 sejam diretamente observados. Os elementos (2, 1), (5, 2), e (5, 4) da matriz A são variáveis aleatórias uniformemente distribuídas segundo os valores entre colchetes. Os outros valores são determinísticos. ε ε 4 ε ε ε 2 ε ε [1, 7] ε ε ε ε ε ε 3 ε ε 5 ε ε ε ε ε ε 1 4 ε ε ε ε 3 ε ε ε A = ε [3, 5] ε [1, 3] ε ε ε ε ε ε ε 5 ε 4 ε ε ε ε ε ε ε 4 ε ε ε ε 3 ε ε ε ε 3 ε 5 ε ε ε ε ε ε ε 2 ε ε ε A este sistema foi aplicado o filtro de partículas descrito anteriormente e comparado com o observador de estado proposto em (Hardouin et al., 2010), caracterizado por determinar um limite inferior para cada variável de estado. As figuras 2 e 3 e as tabelas comparativas dos erros médio e máximo para cada estado são apresentadas a seguir. Figura 2: Trajetória da transição 2 Figura 3: Trajetória da transição 5 Erro Médio Est. Filt. Obs. x 1 0,00 0,00 x 2 1,19 2,61 x 3 0,00 0,00 x 4 0,00 0,00 x 5 0,58 3,17 x 6 0,00 0,00 x 7 0,00 0,00 x 8 0,00 0,00 x 9 0,00 0,00 Erro Máximo Est. Filt. Obs. x 1 0,00 0,00 x 2 2,44 5,85 x 3 0,00 0,00 x 4 0,00 0,00 x 5 1,25 5,66 x 6 0,00 0,00 x 7 0,00 0,00 x 8 0,00 0,00 x 9 0,00 0,00 Observa-se que, exceto os estados 2 e 5, todos os outros são observados e filtrados com precisão. As figuras mostram que nos trechos selecionados as estimativas produzidos pelo filtro de partículas são em geral mais próximas do estado real que o seu limiar inferior. Este fato é confirmado pelas estimativas de erro dos dois algoritmos mostradas nas tabelas. 5 Conclusão Neste trabalho desenvolveu-se um algoritmo de filtragem estocástica para sistemas max-plus lineares baseado na técnica conhecida como filtro de partículas. Mostrou-se uma maneira simples de realizar a amostragem por importância, baseada na geração de previsões a partir de partículas do estado no valor precedente de contagem. Mostrou-se também como atualizar os pesos das partículas a partir da obtenção de uma nova medida, utilizando unicamente a função de verossimilhança obtida a partir da probabilidade da medida condicionada ao estado. Uma expressão para esta função de verossimilhança foi deduzida para o caso max-plus linear em que as perturbações estocásticas estão associadas aos elementos das matrizes A e B do modelo dinâmico do sistema, sendo variáveis aleatórias uniformemente distribuídas. Os resultados apresentados mostram que as técnicas de filtragem de partículas aplicadas a sistemas max-plus lineares, embora envolvendo uma escolha sub-ótima da densidade de ISSN: Vol. X 1392

6 importância, levam a estimativas próximas aos valores reais do estado do sistema. Estudos estão em curso visando a utilização da amostragem ótima, que tem como contrapartida maior complexidade tanto na fase de previsão como na fase de atualização. Agradecimentos Este trabalho é parte das atividades do projeto CA- PES/COFECUB 642/09 e contou com o financiamento do CNPq através do projeto PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - Unicamp) Referências Baccelli, F., Cohen, G., Olsder, G. and Quadrat, J. (1992). Synchronization and Linearity: An Algebra for Discrete Event Systems, John Wiley and Sons, New York. Bar-Shalom, Y., Li, X. and Kirubarajan, T. (2001). Estimation with Applications to Tracking and Navigation, Artech House, Norwood. Brown, R. and Hwang, P. (1997). Introduction to Random Signals and Applied Kalman Filtering, John Wiley and Sons, New York. Cassandras, C. G. and Lafortune, S. (1999). Introduction to Discrete Event Systems, Kluwer Academic Publishers. Doucet, A., G. S. and Andrieu, C. (2000). On sequential monte-carlo sampling methods for bayesian filtering, Statistics and Computing 10: Hardouin, L., C.A.Maia, Cottenceau, B. and Lhommeau, M. (2010). Observer design for (max,+) linear systems, IEEE Trans. on Automatic Control 55-2: Loreto, M. D., Gaubert, S., Katz, R. D. and Loiseau, J. (2010). Duality between invariant spaces for max-plus linear discrete event systems, SIAM J. on Control and Optimaztion 48-8: Maia, C., Santos-Mendes, R., Luders, R. and Hardouin, L. (2005). Estratégias de controle por modelo de referência de sistemas a eventos discretos max-plus lineares, SBA 16(3): Murata, T. (1989). Petri nets : properties, analysis and applications., Proceedings of the IEEE 77(4): Ristic, B., Arulampalam, S. and Gordon, N. (2004). Beyond the Kalman Filter - Particle Filters for Tracking Applications, Artech House. Apêndice: Cálculo da função de verossimilhança Consideremos a equação max-plus z = A x B u, sendo x R n 1, z R q 1, u R p 1, A R q n e B R q p. Definindo η T = [x T u T ], e H = [A B], tem-se z = H η, sendo η R r 1, H R q r e r = n + p. Supõe-se que os elementos da matriz H, notados por h ij, sejam variáveis aleatórias independentes e uniformemente distribuídas entre h ij e h ij, sendo suas funções de probabilidade acumulada e de densidade de probabilidade respectivamente dadas por: 0 se τ h ij τ h ij F ij (τ) = se h h ij < τ h ij ij h ij 1 se τ > h ij 1 se h h ij < τ h ij p ij (τ) = ij h ij 0 se τ h ij ou τ > h ij Determina-se a seguir a densidade de probabilidade da variável aleatória z, condicionada pelo vetor η, isto é, p z (t η), sendo t = [t 1... t q ] T R q 1. Em razão da independência dos elementos de H tem-se que: q P [z t] = P [z 1 t 1 e... e z q t q ] = P [z i t i ] Porém: P [z i t i ] = P [max(h ij + η j ) t i ] j = P [h i1 t i η 1 e... e h ir t i η r ] = F ij (t i η j ) j=1 Portanto a função de probabilidade acumulada conjunta do vetor z, condicionada por η, é dada por: q F z (t η) = F ij (t i η j ) j=1 Derivando-se sucessivamente em relação a t 1... t q obtém-se a densidade de probabilidade procurada: q p z (t η) = ( F ij (t i η j )) t i = = q r ( j=1 j=1 j=1 t i (F ij (t i η j )) q r ( p ij (t i η j ) F ik (t i η k )) k j F ik (t i η k )) k j Se o vetor z for conhecido, a função acima é chamada de função de verossimilhança de η. Neste caso, substituindo-se t pelo valor conhecido de z, obtém-se: q r V (η, z) = ( p ij (z i η j ) F ik (z i η k )) j=1 k j (15) ISSN: Vol. X 1393

FILTRO DE PARTÍCULAS PARA SISTEMAS MAX PLUS COM DENSIDADE DE

FILTRO DE PARTÍCULAS PARA SISTEMAS MAX PLUS COM DENSIDADE DE FILTRO DE PARTÍCULAS PARA SISTEMAS MAX PLUS COM DENSIDADE DE IMPORTÂNCIA ÓTIMA Renato Markele Ferreira Cândido, Rafael Santos Mendes DSE/FEEC/UNICAMP Av. Albert Einsten, 400, 13083-852 Campinas, SP, Brasil

Leia mais

CONTROLE DE SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES SUJEITOS A RESTRIÇÕES NO ESTADO: APLICAÇÃO A SISTEMAS DE TRANSPORTE

CONTROLE DE SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES SUJEITOS A RESTRIÇÕES NO ESTADO: APLICAÇÃO A SISTEMAS DE TRANSPORTE CONTROLE DE SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES SUJEITOS A RESTRIÇÕES NO ESTADO: APLICAÇÃO A SISTEMAS DE TRANSPORTE Cíntia Ribeiro Andrade 1, Carlos Andrey Maia 1,2 1 PPGEE - Programa de Pós-Graduação em Engenharia

Leia mais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais Capítulo 7: Filtro de Kalman Estendido Discreto Davi Antônio dos Santos Departamento de Mecatrônica Instituto Tecnológico de Aeronáutica davists@ita.br

Leia mais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais Capítulo 5: Aspectos Computacionais do Filtro de Kalman Davi Antônio dos Santos Departamento de Mecatrônica Instituto Tecnológico de Aeronáutica davists@ita.br

Leia mais

Comparação entre Algoritmos para a Solução do Controle Just-in-Time em Sistemas Max-Plus Lineares

Comparação entre Algoritmos para a Solução do Controle Just-in-Time em Sistemas Max-Plus Lineares 1 Comparação entre Algoritmos para a Solução do Controle Just-in-Time em Sistemas Max-Plus Lineares Guilherme Gomes da Silva Universidade Federal de Minas Gerais - Programa de Pós-Graduação em Engenharia

Leia mais

3 Filtro de Kalman Discreto

3 Filtro de Kalman Discreto 3 Filtro de Kalman Discreto As medidas realizadas por sensores estão sujeitas a erros, como pode ser visto no Capítulo 2. Os filtros são aplicados aos sinais medidos pelos sensores para reduzir os erros,

Leia mais

APLICAÇÃO DO FILTRO DE KALMAN A UM SISTEMA DE POSICIONAMENTO DE VEÍCULO AQUÁTICO

APLICAÇÃO DO FILTRO DE KALMAN A UM SISTEMA DE POSICIONAMENTO DE VEÍCULO AQUÁTICO APLICAÇÃO DO FILTRO DE KALMAN A UM SISTEMA DE POSICIONAMENTO DE VEÍCULO AQUÁTICO André TEIXEIRA DE AQUINO; André LUIZ CARNEIRO DE ARAÚJO (1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará,

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE CONTROLE POR MODELO DE REFERÊNCIA DE SISTEMAS A EVENTOS DISCRETOS MAX-PLUS LINEARES

ESTRATÉGIAS DE CONTROLE POR MODELO DE REFERÊNCIA DE SISTEMAS A EVENTOS DISCRETOS MAX-PLUS LINEARES ESTRATÉGIAS DE CTRLE PR MDEL DE REFERÊCIA DE SISTEMAS A EVETS DISCRETS MAX-PLUS LIEARES Carlos Andrey Maia maia@cpdee.ufmg.br Rafael Santos Mendes rafael@dca.fee.unicamp.br Ricardo Lüders luders@dainf.cefetpr.br

Leia mais

5 Filtro de Kalman Aplicado ao Modelo de Schwartz e Smith (2000)

5 Filtro de Kalman Aplicado ao Modelo de Schwartz e Smith (2000) 5 Filtro de Kalman Aplicado ao Modelo de Schwartz e Smith (2000) A primeira parte deste capítulo, referente à passagem dos modelos estocásticos para as equações do Filtro de Kalman, já foi previamente

Leia mais

XIII Simpósio Brasileiro de Automação Inteligente Porto Alegre RS, 1 o 4 de Outubro de 2017

XIII Simpósio Brasileiro de Automação Inteligente Porto Alegre RS, 1 o 4 de Outubro de 2017 Porto Alegre RS, 1 o 4 de Outubro de 217 MODELAGEM, ANÁLISE TEMPORAL E CONTROLE DE SISTEMA DINÂMICO MAX-PLUS LINEAR: APLICAÇÃO EM SISTEMA FLEXÍVEL DE MANUFATURA DIDÁTICO Márcio J. Nunes, Vinícius M. Gonçalves,

Leia mais

Um Sistema de Numeração Aplicado a Grafos a Eventos

Um Sistema de Numeração Aplicado a Grafos a Eventos Um Sistema de Numeração Aplicado a Grafos a Eventos A Numbering System Applied to Event Graphs Jos é Ca r l o s Mag o s s i Universidade Estadual de Campinas magossi@ft.unicamp.br Re s u m o O objetivo

Leia mais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais

MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais MP-208: Filtragem Ótima com Aplicações Aeroespaciais Capítulo 1: Introdução Davi Antônio dos Santos Departamento de Mecatrônica Instituto Tecnológico de Aeronáutica davists@ita.br São José dos Campos,

Leia mais

Modelagem e Avaliação de Desempenho. Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2014

Modelagem e Avaliação de Desempenho. Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2014 Modelagem e Avaliação de Desempenho Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2014 Análise de desempenho São disponíveis duas abordagens para realizar a análise de desempenho:

Leia mais

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Ralph dos Santos Silva Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Introdução Solução de equações não lineares

Leia mais

7 Conclusões e desenvolvimentos futuros

7 Conclusões e desenvolvimentos futuros 7 Conclusões e desenvolvimentos futuros 7.1 Conclusões Este trabalho apresentou novas soluções para a determinação da posição de terminais de comunicações móveis com base em medidas de ToA. Nos métodos

Leia mais

Metodologia de inversão

Metodologia de inversão 6 Metodologia de inversão Nesta tese, a transformação de velocidades em pressão de poros é encarada como um problema de inversão. Pela natureza do problema, essa transformação apresenta caráter não único

Leia mais

Modelagem e Avaliação de Desempenho. Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2017

Modelagem e Avaliação de Desempenho. Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2017 Modelagem e Avaliação de Desempenho Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2017 Análise de desempenho São disponíveis duas abordagens para realizar a análise de desempenho:

Leia mais

CÍNTIA RIBEIRO ANDRADE CONTROLE DE SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES SUJEITOS A RESTRIÇÕES NO ESTADO: APLICAÇÃO A SISTEMAS DE TRANSPORTE

CÍNTIA RIBEIRO ANDRADE CONTROLE DE SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES SUJEITOS A RESTRIÇÕES NO ESTADO: APLICAÇÃO A SISTEMAS DE TRANSPORTE CÍNTIA RIBEIRO ANDRADE CONTROLE DE SISTEMAS MAX-PLUS LINEARES SUJEITOS A RESTRIÇÕES NO ESTADO: APLICAÇÃO A SISTEMAS DE TRANSPORTE Belo Horizonte 18 de novembro de 2008 Universidade Federal de Minas Gerais

Leia mais

Modelagem e Avaliação de Desempenho. Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2018

Modelagem e Avaliação de Desempenho. Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2018 Modelagem e Avaliação de Desempenho Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2018 Análise de desempenho São disponíveis duas abordagens para realizar a análise de desempenho:

Leia mais

A análise de séries temporais é uma área da estatística dedicada ao estudo de dados orientados no tempo (MONTGOMERY, 2004).

A análise de séries temporais é uma área da estatística dedicada ao estudo de dados orientados no tempo (MONTGOMERY, 2004). 3 Séries temporais A análise de séries temporais é uma área da estatística dedicada ao estudo de dados orientados no tempo (MONTGOMERY, 2004). 3.1. Princípios fundamentais Conforme Box et al. (1994), uma

Leia mais

Guilherme Gomes da Silva. Estudo e Desenvolvimento de Técnicas de Controle Para Grafos de Eventos Temporizados

Guilherme Gomes da Silva. Estudo e Desenvolvimento de Técnicas de Controle Para Grafos de Eventos Temporizados Guilherme Gomes da Silva Estudo e Desenvolvimento de Técnicas de Controle Para Grafos de Eventos Temporizados Belo Horizonte 2012 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Programa de

Leia mais

PRE29006 LISTA DE EXERCÍCIOS #

PRE29006 LISTA DE EXERCÍCIOS # INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS SÃO JOSÉ COORDENADORIA DE ÁREA DE TELECOMUNICAÇÕES ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES PRE9006 LISTA DE EXERCÍCIOS #3 06. Exercícios. [, Exercício 7.] Seja A uma variável

Leia mais

Redes de Petri. Marcação e seu comportamento dinâmico. Marcação

Redes de Petri. Marcação e seu comportamento dinâmico. Marcação Redes de Petri A rede de Petri, técnica de modelagem original de onde derivou mais tarde o SFC, foi introduzida em 962 por Carl Adam Petri. Consiste de uma ferramenta gráfica e matemática extremamente

Leia mais

Controle Ótimo - Aula 8 Equação de Hamilton-Jacobi

Controle Ótimo - Aula 8 Equação de Hamilton-Jacobi Controle Ótimo - Aula 8 Equação de Hamilton-Jacobi Adriano A. G. Siqueira e Marco H. Terra Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de São Paulo - São Carlos O problema de controle ótimo Considere

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica ENG04037 Sistemas de Controle Digitais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica ENG04037 Sistemas de Controle Digitais Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica ENG04037 Sistemas de Controle Digitais 1 Introdução Identificação via Mínimos Quadrados Prof. Walter Fetter

Leia mais

6. Predição Linear e Controlo de Variância Mínima

6. Predição Linear e Controlo de Variância Mínima 1 6. Predição Linear e Controlo de Variância Mínima Objectivo: Projectar controladores discretos lineares para sistemas com perturbações estocásticas. Preparação para o Controlo Adaptativo. Referência:

Leia mais

Cálculo Numérico BCC760

Cálculo Numérico BCC760 Cálculo Numérico BCC760 Resolução de Sistemas de Equações Lineares Simultâneas Departamento de Computação Página da disciplina http://www.decom.ufop.br/bcc760/ 1 Introdução! Definição Uma equação é dita

Leia mais

Introdução ao Processamento Estatístico de Sinais

Introdução ao Processamento Estatístico de Sinais Charles Casimiro Cavalcante charles@gtel.ufc.br Grupo de Pesquisa em Telecomunicações Sem Fio GTEL Departamento de Engenharia de Teleinformática Universidade Federal do Ceará UFC http://www.gtel.ufc.br/

Leia mais

étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE ATITUDE EM DSP

IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE ATITUDE EM DSP Anais do 15 O Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA XV ENCITA / 2009 Instituto Tecnológico de Aeronáutica São José dos Campos SP Brasil Outubro 19 a 21 2009. IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA

Leia mais

Método de amostragem por conglomerados em dois estágios para estimativa de população canina/felina domiciliada.

Método de amostragem por conglomerados em dois estágios para estimativa de população canina/felina domiciliada. étodo de amostragem por conglomerados em dois estágios para estimativa de população canina/felina domiciliada. Fernando Ferreira, Ricardo Augusto Dias, José Soares Ferreira Neto, arcos Amaku 1 de fevereiro

Leia mais

[a11 a12 a1n 7. SISTEMAS LINEARES 7.1. CONCEITO. Um sistema de equações lineares é um conjunto de equações do tipo

[a11 a12 a1n 7. SISTEMAS LINEARES 7.1. CONCEITO. Um sistema de equações lineares é um conjunto de equações do tipo 7. SISTEMAS LINEARES 7.1. CONCEITO Um sistema de equações lineares é um conjunto de equações do tipo a 11 x 1 + a 12 x 2 +... + a 1n x n = b 1 a 11 x 1 + a 12 x 2 +... + a 1n x n = b 2... a n1 x 1 + a

Leia mais

EES-20: Sistemas de Controle II. 20 Novembro 2017

EES-20: Sistemas de Controle II. 20 Novembro 2017 EES-20: Sistemas de Controle II 20 Novembro 2017 1 / 57 Recapitulando: Filtro de Kalman para sistema de 1a ordem Foi considerado o caso de estado x[k] escalar, com G = 1 e C = 1, por simplicidade: Equação

Leia mais

Algoritmo Array Rápido para Filtragem de Sistemas Lineares Sujeitos a Saltos Markovianos com Variação Estruturada dos Parâmetros no Tempo

Algoritmo Array Rápido para Filtragem de Sistemas Lineares Sujeitos a Saltos Markovianos com Variação Estruturada dos Parâmetros no Tempo Trabalho apresentado no XXXVII CNMAC, SJ dos Campos - SP, 2017 Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Algoritmo Array Rápido para Filtragem de Sistemas Lineares

Leia mais

3 Aprendizado por reforço

3 Aprendizado por reforço 3 Aprendizado por reforço Aprendizado por reforço é um ramo estudado em estatística, psicologia, neurociência e ciência da computação. Atraiu o interesse de pesquisadores ligados a aprendizado de máquina

Leia mais

ACH Introdução à Estatística Conteúdo Teórico: 12 - Simulação

ACH Introdução à Estatística Conteúdo Teórico: 12 - Simulação ACH2053 - Introdução à Estatística Conteúdo Teórico: Marcelo S. Lauretto Referências: Morris DeGroot, Mark Schervish. Probability and Statistics. 4th Ed. - 4o capítulo Ilya M. Sobol. A Primer for the Monte

Leia mais

Introdução. Geovany A. Borges

Introdução. Geovany A. Borges 167657 - Controle para Automação Curso de Graduação em Engenharia de Controle e Automação Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de Brasília Introdução Geovany A. Borges gaborges@ene.unb.br Controle

Leia mais

AST203-CVR 4-1 AST203-CVR. Observação eletromagnética. Processamento de sinais importante em várias áreas, além da astronomia telecomunicações

AST203-CVR 4-1 AST203-CVR. Observação eletromagnética. Processamento de sinais importante em várias áreas, além da astronomia telecomunicações Bloco 4 Estatística Atualizado: 2012 4-1 Bibliografia Lena Cap. 4 (parte) - só a inspiração... Wall & Jenkins, Practical statistics for astronomers Brandt Statistical and computacional methods in data

Leia mais

Sistemas Dinâmicos Não-Lineares aplicados ao Design Sonoro

Sistemas Dinâmicos Não-Lineares aplicados ao Design Sonoro Sistemas Dinâmicos Não-Lineares aplicados ao Design Sonoro Marcelo Albejante Hoffmann 1,2, Jonatas Manzolli 2,3 1 Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação 2 Núcleo Interdisciplinar de Comunicação

Leia mais

Modelagem Computacional. Parte 8 2

Modelagem Computacional. Parte 8 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Parte 8 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2/2016 2 [Cap. 10 e 11] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning,

Leia mais

Noções de Processos Estocásticos e Cadeias de Markov

Noções de Processos Estocásticos e Cadeias de Markov Noções de Processos Estocásticos e Cadeias de Markov Processo Estocástico Definição: Processo Estocástico é uma coleção de variáveis aleatórias indexadas por um parâmetro t R (entendido como tempo). X={

Leia mais

Disciplina: Processamento Estatístico de Sinais (ENGA83) - Aula 06 / Classes Especiais de Processos Aleatórios

Disciplina: Processamento Estatístico de Sinais (ENGA83) - Aula 06 / Classes Especiais de Processos Aleatórios Disciplina: Processamento Estatístico de Sinais (ENGA83) - Aula 06 / Classes Especiais de Processos Aleatórios Prof. Eduardo Simas (eduardo.simas@ufba.br) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica/PPGEE

Leia mais

Modelação, Identificação e Controlo Digital 2003/04 Segundo Exame

Modelação, Identificação e Controlo Digital 2003/04 Segundo Exame Lic. Em Engª Electrotécnica e de Computadores Modelação, Identificação e Controlo Digital 003/04 Segundo Exame 4 de Fevereiro de 004, 9 horas - sala E5 Quotação: P-4, P-4, P3-4, P4-3, P5-3, P6-. P Considere

Leia mais

Sistemas de equações lineares

Sistemas de equações lineares É um dos modelos mais u3lizados para representar diversos problemas de Engenharia (cálculo estrutural, circuitos elétricos, processos químicos etc.) Conservação da carga: i 1 i 2 i 3 = 0 i 3 i 4 i 5 =

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO. Teoria da Estimação II CAR Área de Concentração AQUISIÇÃO, ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ESPACIAIS

PROGRAMA DE ENSINO. Teoria da Estimação II CAR Área de Concentração AQUISIÇÃO, ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ESPACIAIS PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Código Estimação II CAR 1061 Semestre Ano Letivo 3 o Quadrimestre 2018 Área de Concentração AQUISIÇÃO, ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ESPACIAIS Curso: MESTRADO ( x

Leia mais

MATRIZES - PARTE Definição e Manipulação de Matrizes AULA 21

MATRIZES - PARTE Definição e Manipulação de Matrizes AULA 21 AULA 21 MATRIZES - PARTE 1 21.1 Definição e Manipulação de Matrizes Sabemos como definir variáveis de um novo tipo de dados, denominado vetor, que representam seqüências de valores de um mesmo tipo. Por

Leia mais

INTRODUÇÃO À INTELIGÊNCIA COMPUTACIONAL. Aula 06 Prof. Vitor Hugo Ferreira

INTRODUÇÃO À INTELIGÊNCIA COMPUTACIONAL. Aula 06 Prof. Vitor Hugo Ferreira Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica INTRODUÇÃO À INTELIGÊNCIA COMPUTACIONAL Aula 06 Prof. Vitor Hugo Ferreira Representação por cromossomos Codificação

Leia mais

Processos Estocásticos e Cadeias de Markov Discretas

Processos Estocásticos e Cadeias de Markov Discretas Processos Estocásticos e Cadeias de Markov Discretas Processo Estocástico(I) Definição: Um processo estocástico é uma família de variáveis aleatórias {X(t) t T}, definidas em um espaço de probabilidades,

Leia mais

Geração de cenários de energia renovável correlacionados com hidrologia: uma abordagem bayesiana multivariada.

Geração de cenários de energia renovável correlacionados com hidrologia: uma abordagem bayesiana multivariada. Geração de cenários de energia renovável correlacionados com hidrologia: uma abordagem bayesiana multivariada [alessandro@psr-inc.com] Conteúdo Introdução Estimação não paramétrica (Kernel density) Transformação

Leia mais

Resolução de Sistemas Lineares. Ana Paula

Resolução de Sistemas Lineares. Ana Paula Resolução de Sistemas Lineares Sumário 1 Introdução 2 Alguns Conceitos de Álgebra Linear 3 Sistemas Lineares 4 Métodos Computacionais 5 Sistemas Triangulares 6 Revisão Introdução Introdução Introdução

Leia mais

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA MP-272: CONTROLE E NAVEGAÇÃO DE MULTICÓPTEROS VI. NAVEGAÇÃO Prof. Davi Antônio dos Santos (davists@ita.br) Departamento de Mecatrônica

Leia mais

f(h) δ h p f(x + h) f(x) (x) = lim

f(h) δ h p f(x + h) f(x) (x) = lim Capítulo 6 Derivação numérica Nesta seção vamos desenvolver métodos para estimar a derivada de uma função f calculada em um ponto x, f (x, a partir de valores conecidos de f em pontos próximos ao ponto

Leia mais

SCX5005 Simulação de Sistemas Complexos II. Problemas em Simulação

SCX5005 Simulação de Sistemas Complexos II. Problemas em Simulação SCX5005 Simulação de Sistemas Complexos II Alguns Marcelo S. Lauretto Referências: Morris DeGroot, Mark Schervish. Probability and Statistics. 4th Ed. - 4o capítulo Ilya M. Sobol. A Primer for the Monte

Leia mais

2 Modelos em Espaço de Estado Lineares: Formulação Geral

2 Modelos em Espaço de Estado Lineares: Formulação Geral 2 Modelos em Espaço de Estado Lineares: Formulação Geral 2.1 Definição Geral de um Modelo Linear Apresenta-se uma definição de modelos em EE lineares que seja a mais geral e flexível possível, e que segue

Leia mais

Resolução do Exame Tipo

Resolução do Exame Tipo Departamento de Matemática e Engenharias Análise e Computação Numérica Resolução do Exame Tipo 1. O computador IBM 3090 possuía um sistema de vírgula flutuante F F(16, 5, 65, 62) (em precisão simples),

Leia mais

Simulação Usando Rede de Petri Software PIPE

Simulação Usando Rede de Petri Software PIPE LSA Laboratório de Sistemas de Automação www.pmrlsa.poli.usp.br Simulação Usando Rede de Petri Software PIPE PMR 5023 - Modelagem e Análise de Sistemas de Automação Escola Politécnica da Universidade de

Leia mais

4 Método Proposto CR AD PA NDVI Descrição geral do modelo

4 Método Proposto CR AD PA NDVI Descrição geral do modelo 34 4 Método Proposto 4.1. Descrição geral do modelo Neste trabalho, cada classe (cobertura vegetal) possui um HMM específico. Os estágios fenológicos correspondem a estados e os símbolos observáveis a

Leia mais

Plano Básico Processos Estocásticos

Plano Básico Processos Estocásticos Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia Elétrica Programa de Educação Tutorial Plano Básico Processos Estocásticos Autores: Luís Paulo Carvalho dos Santos Luiz Fernando Almeida Fontenele

Leia mais

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS LINEARES PARTE 2

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS LINEARES PARTE 2 FUNDAMENTOS DE SISTEMAS LINEARES PARTE 2 Prof. Iury V. de Bessa Departamento de Eletricidade Faculdade de Tecnologia Universidade Federal do Amazonas Agenda Resposta no espaço de estados Representações

Leia mais

Métodos Não Paramétricos

Métodos Não Paramétricos Modelação, Identificação e Controlo Digital Métodos Não Paramétricos 1 Métodos Não Paramétricos Estimação da resposta impulsiva e da resposta em frequência Análise espectral e métodos de correlação J.

Leia mais

Modelização do Sistema Produtivo Teoria das Filas de Espera

Modelização do Sistema Produtivo Teoria das Filas de Espera Modelização do Sistema Produtivo Teoria das Filas de Espera http://www.fe.up.pt/maspwww Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Gil M. Gonçalves Gil.Goncalves@fe.up.pt 2004/2005 Outline

Leia mais

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos 1 Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos Documento auxiliar à disciplina de Modelação, Identificação e Controlo Digital Alexandre Bernardino IST-Secção de Sistemas e Controlo

Leia mais

3 Equação de Estado. 3.1 Introdução

3 Equação de Estado. 3.1 Introdução Equação de estado 3 Equação de Estado 3.1 Introdução No capítulo anterior, foi apresentado um método para representação de redes elétricas. O método apresentado contém integrais de tensão e corrente, que

Leia mais

Implementação de Técnicas de Controle Max-Plus em um Simulador Realista Marcelo Xavier Reis Souza

Implementação de Técnicas de Controle Max-Plus em um Simulador Realista Marcelo Xavier Reis Souza Implementação de Técnicas de Controle Max-Plus em um Simulador Realista Marcelo Xavier Reis Souza Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR AULA 2

ÁLGEBRA LINEAR AULA 2 ÁLGEBRA LINEAR AULA 2 Luís Felipe Kiesow de Macedo Universidade Federal de Pelotas - UFPel 1 / 14 Sistemas de 1 2 3 4 5 6 7 2 / 14 matrizes Muitos problemas em várias áreas da Ciência recaem na solução

Leia mais

2 Provisão de Reservas IBNR - Conceitos Básicos

2 Provisão de Reservas IBNR - Conceitos Básicos 2 Provisão de Reservas IBNR - Conceitos Básicos Este capítulo trata dos conceitos básicos para organização dos dados utilizados para cálculo da reserva IBNR assim como apresenta a tradicional técnica Chain

Leia mais

Avaliação de Desempenho

Avaliação de Desempenho Avaliação de Desempenho Aula passada Métricas, Técnicas, Erros Aula de hoje Conceitos importantes de probabilidade Como fazer a análise de desempenho? Modelos Matemáticos Modelos de Simulação Como fazer

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES

ÁLGEBRA LINEAR SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES ÁLGEBRA LINEAR SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Luís Felipe Kiesow de Macedo Universidade Federal de Pelotas - UFPel 1 / 14 Sistemas de Equações Lineares 1 Sistemas e Matrizes 2 Operações Elementares 3 Forma

Leia mais

O teorema do ponto fixo de Banach e algumas aplicações

O teorema do ponto fixo de Banach e algumas aplicações O teorema do ponto fixo de Banach e algumas aplicações Andressa Fernanda Ost 1, André Vicente 2 1 Acadêmica do Curso de Matemática - Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas - Universidade Estadual do

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Métodos Computacionais Marcelo Nogueira

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Métodos Computacionais Marcelo Nogueira Universidade Federal do Rio Grande do Norte Métodos Computacionais Marcelo Nogueira Método de Jacobi Método iterativo: produz uma sequencia de soluções,,,, que aproximam a solução do sistema a partir de

Leia mais

Neste capítulo é introduzido um conceito que permite definir eventos de uma forma mais

Neste capítulo é introduzido um conceito que permite definir eventos de uma forma mais Capítulo 2 A variável aleatória Neste capítulo é introduzido um conceito que permite definir eventos de uma forma mais consistente. Este novo conceito é o de variáveis aleatórias e se constitui em uma

Leia mais

Cadeias de Markov em Tempo Continuo

Cadeias de Markov em Tempo Continuo Cadeias de Markov em Tempo Continuo Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Capitulos 6 Taylor & Karlin 1 / 44 Análogo ao processo

Leia mais

Aplicação da metodologia Box & Jenkins para previsão de vendas de emulsificante

Aplicação da metodologia Box & Jenkins para previsão de vendas de emulsificante Aplicação da metodologia Box & Jenkins para previsão de vendas de emulsificante Eduardo Campana Barbosa1 Carlos Henrique Osório Silva2 Resumo: Utilizou-se a metodologia Box & Jenkins para previsão da demanda

Leia mais

Teoria de Filas Aula 10

Teoria de Filas Aula 10 Aula Passada Comentários sobre a prova Teoria de Filas Aula 10 Introdução a processos estocásticos Introdução a Cadeias de Markov Aula de Hoje Cadeias de Markov de tempo discreto (DTMC) 1 Recordando...

Leia mais

Sistemas de equações lineares

Sistemas de equações lineares DMPA IM UFRGS Cálculo Numérico Índice Sistema de Equações Lineares 1 Sistema de Equações Lineares 2 com pivoteamento parcial 3 Método de Jacobi Método Gauss-Seidel Sistema de Equações Lineares n equações

Leia mais

X. MÉTODOS DE ESPAÇO DE ESTADOS

X. MÉTODOS DE ESPAÇO DE ESTADOS INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA-AERONÁUTICA MPS-43: SISTEMAS DE CONTROLE X. MÉTODOS DE ESPAÇO DE ESTADOS Prof. Davi Antônio dos Santos (davists@ita.br) Departamento de

Leia mais

Primeiro Exercício programa: Como o Google ordena páginas. MAP-2121 para EPUSP

Primeiro Exercício programa: Como o Google ordena páginas. MAP-2121 para EPUSP Primeiro Exercício programa: Como o Google ordena páginas MAP-2121 para EPUSP 1 Instruções gerais Os exercícios computacionais pedidos na disciplina Cálculo Numérico têm por objetivo fundamental familiarizar

Leia mais

Unidade 1 - O que é Álgebra linear? A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 9 de agosto de 2013

Unidade 1 - O que é Álgebra linear? A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 9 de agosto de 2013 MA33 - Introdução à Álgebra Linear Unidade 1 - O que é Álgebra linear? A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa PROFMAT - SBM 9 de agosto de 2013 O que é Álgebra linear? Atualmente,

Leia mais

Matriz de Variância e Covariância e o Teorema de Gauss-Markov

Matriz de Variância e Covariância e o Teorema de Gauss-Markov Matriz de Variância e Covariância e o Teorema de Gauss-Markov Reginaldo J Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais http://wwwmatufmgbr/~regi regi@matufmgbr 26 de setembro

Leia mais

Métodos Não Paramétricos

Métodos Não Paramétricos Modelação, Identificação e Controlo Digital Métodos ão Paramétricos 1 Métodos ão Paramétricos Estimação da resposta impulsiva e da resposta em frequência Análise espectral e métodos de correlação J. Miranda

Leia mais

Considerações sobre a Condição Inicial na Construção do Diagrama de Bifurcação para o Mapa Logístico

Considerações sobre a Condição Inicial na Construção do Diagrama de Bifurcação para o Mapa Logístico Trabalho apresentado no DINCON, Natal - RN, 2015. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Considerações sobre a Condição Inicial na Construção do Diagrama de

Leia mais

O Algoritmo Talus para Otimização Global

O Algoritmo Talus para Otimização Global O Algoritmo Talus para Otimização Global André Leite Luís Henrique de Santana Programa de Pós-Graduação em Eng. Elétrica Programa de Pós-Graduação em Eng. de Produção leite.andre@gmail.com santanalh@ahoo.com.br

Leia mais

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS NUMÉRICOS. Solução de Sistemas Lineares

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS NUMÉRICOS. Solução de Sistemas Lineares INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS NUMÉRICOS Solução de Sistemas Lineares Introdução Uma variedade de problemas de engenharia pode ser resolvido através da análise linear; entre eles podemos citar: determinação do

Leia mais

Modelo para estimativa de risco operacional e previsão de estoque para equipamentos da Comgás

Modelo para estimativa de risco operacional e previsão de estoque para equipamentos da Comgás Modelo para estimativa de risco operacional e previsão de estoque para equipamentos da Comgás 1. Introdução Marcos Henrique de Carvalho 1 Gabriel Alves da Costa Lima 2 Antonio Elias Junior 3 Sergio Rodrigues

Leia mais

2 FUNDAMENTACÃO TEÓRICA

2 FUNDAMENTACÃO TEÓRICA 2 FUNDAMENTACÃO TEÓRICA Este capítulo apresenta os modelos de séries temporais chamados estruturais, nos quais o valor das observações é visto como composto de uma parte sistemática, modelada por uma equação

Leia mais

Mineração de Dados. Análise e Seleção de Variáveis

Mineração de Dados. Análise e Seleção de Variáveis Mineração de Dados Análise e Seleção de Variáveis 1 Análise e Seleção de Variáveis Parte da uma área chamada de Redução de Dados Obtenção de uma representação reduzida em volume mas que produz resultados

Leia mais

Redes Neurais: MLP. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação

Redes Neurais: MLP. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação Redes Neurais: MLP DCA0121 Inteligência Artificial Aplicada Heitor Medeiros 1 Tópicos Redes diretas de múltiplas

Leia mais

Universidade Federal do Paraná.

Universidade Federal do Paraná. UMA ABORDAGEM UNIFICADA PARA GERAÇÃO DE GRAFOS DE CLASSES DE ESTADOS EM REDES DE PETRI TEMPORAIS Evangivaldo A. Lima, Ricardo Lüders, Luis Allan Künzle Departamento de Ciências Exatas e da Terra Universidade

Leia mais

Noções de Simulação. Ciências Contábeis - FEA - Noturno. 2 o Semestre MAE0219 (IME-USP) Noções de Simulação 2 o Semestre / 23

Noções de Simulação. Ciências Contábeis - FEA - Noturno. 2 o Semestre MAE0219 (IME-USP) Noções de Simulação 2 o Semestre / 23 Noções de Simulação Ciências Contábeis - FEA - Noturno 2 o Semestre 2013 MAE0219 (IME-USP) Noções de Simulação 2 o Semestre 2013 1 / 23 Objetivos da Aula Sumário 1 Objetivos da Aula 2 Motivação 3 Geração

Leia mais

Redes Neurais e Sistemas Fuzzy

Redes Neurais e Sistemas Fuzzy Redes Neurais e Sistemas Fuzzy O ADALINE e o algoritmo LMS O ADALINE No contexto de classificação, o ADALINE [B. Widrow 1960] pode ser visto como um perceptron com algoritmo de treinamento baseado em minimização

Leia mais

Instituto Tecnológico de Aeronáutica Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica. Professora: Denise Beatriz T. P. do Areal Ferrari

Instituto Tecnológico de Aeronáutica Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica. Professora: Denise Beatriz T. P. do Areal Ferrari Instituto Tecnológico de Aeronáutica Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica Professora: Denise Beatriz T. P. do Areal Ferrari denise@ita.br Distribuições Discretas Uniforme Bernoulli Binomial Poisson

Leia mais

Inferência Bayesiana Exata para Processos de Cox Level-Set

Inferência Bayesiana Exata para Processos de Cox Level-Set Inferência Bayesiana Exata para Processos de Cox Level-Set Bárbara da Costa Campos Dias 1 Flávio Bambirra Gonçalves 2 Resumo Este trabalho propõe uma metodologia de inferência exata para processos de Cox

Leia mais

Observabilidade, Decomposição Canônica

Observabilidade, Decomposição Canônica Observabilidade, Decomposição Canônica 1. Observabilidade de Sistemas LIT 2. Dualidade 3. Índices de Observabilidade 4. Decomposição Canônica pag.1 Teoria de Sistemas Lineares Aula 16 Observabilidade Sistemas

Leia mais

Estimação na Presença de Ruído colorido

Estimação na Presença de Ruído colorido 36 Estimação na Presença de Ruído colorido Como se viu, em presença de ruído colorido, os mínimos quadrados fornecem uma estimativa polarizada. Quer dizer, ao fazer muitas observações a estimativa não

Leia mais

Renato Martins Assunção

Renato Martins Assunção Análise Numérica Renato Martins Assunção DCC - UFMG 2012 Renato Martins Assunção (DCC - UFMG) Análise Numérica 2012 1 / 84 Equação linear Sistemas de equações lineares A equação 2x + 3y = 6 é chamada linear

Leia mais

Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins

Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries temporais: Modelos de Box-Jenkins Profa. Dra. Liane Werner Metodologia de Box-Jenkins Para os modelos de decomposição e os modelos

Leia mais

Parte 1 - Matrizes e Sistemas Lineares

Parte 1 - Matrizes e Sistemas Lineares Parte 1 - Matrizes e Sistemas Lineares Matrizes: Uma matriz de tipo m n é uma tabela com mn elementos, denominados entradas, e formada por m linhas e n colunas. A matriz identidade de ordem 2, por exemplo,

Leia mais

Interpolação polinomial

Interpolação polinomial Cálculo Numérico Prof. Daniel G. Alfaro Vigo dgalfaro@dcc.ufrj.br Departamento de Ciência da Computação IM UFRJ Motivação: População do Brasil Ano População (milhões) 1960 70, 992343 1970 94, 508583 1980

Leia mais

Matriz de Variância e Covariância e o Teorema de Gauss-Markov

Matriz de Variância e Covariância e o Teorema de Gauss-Markov 1 Matriz de Variância e Covariância e o Teorema de Gauss-Markov Reginaldo J Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais http://wwwmatufmgbr/~regi 26 de setembro de 2001

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares.

Leia mais