AVALIAÇÃO DO QUADRIL
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- Ronaldo da Rocha Canário
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1 AVALIAÇÃO DO QUADRIL 1. Anatomia Aplicada Articulação do Quadril: É uma articulação sinovial esferóidea com 3 graus de liberdade; Posição de repouso: 30 de flexão, 30 de abdução, ligeira rotação lateral; Posição de aproximação máxima: extensão, rotação medial e abdução. 2. História Clínica Qual é a idade do paciente? Qual é a ocupação? Se trauma esteve envolvido, qual foi o mecanismo da lesão? Há dor? Onde? Que Tipo? É difusa? Contínua? Há irradiação da dor? Existem posturas ou ações que aumentam ou diminuam a dor? Há quaisquer movimentos que o paciente sinta que são fracos ou anormais? Qual é a atividade usual ou de lazer do paciente? 3. Observação e Triagem Exame das outras articulações adjacentes, acrescentando uma avaliação postural global; Avaliação da Marcha; Observação Geral: evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido ou crepitação; Observar as articulações periféricas. 4. Inspeção São observados os seguintes aspectos nas vistas anterior, posterior e lateral: Postura: observar obliquidade pélvica; Observar simetria de sustentação de peso; Equilíbrio: verificar o controle proprioceptivo nas articulações avaliadas; Observar posições dos membros se são iguais e simétricas; Cor e textura da pele, cicatrizes, fístulas, etc. Observar anormalidade dos contornos ósseos e dos tecidos moles. INSTITUTO Long Tao Página 1
2 5. Palpação Durante a palpação do quadril e músculos associados, deve-se observar qualquer dor à palpação, temperatura, espasmo muscular ou outros sinais e sintomas. Face Anterior: Crista Ilíaca, trocânter maior e EIAS, articulação do quadril e sínfise púbica; Face Posterior: Crista Ilíaca, EIPS, túber isquiático, trocânter maior, articulações sacroilíacas, e lombossacrais. INSTITUTO Long Tao Página 2
3 Figura 1 Figura 2 Palpação Crista Ilíaca / Espinha Ilíaca Postero-superior INSTITUTO Long Tao Página 3
4 Figura 3 6. Mobilidade dos Segmentos Triagem para amplitude de movimento: Consiste em determinar onde e se é necessária uma avaliação goniométrica específica; Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das restrições, estabilização e registro das limitações. 6.1 Mobilização Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do indivíduo. Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos (Levangie & Norkin, 1997). 6.2 Movimento Ativo Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; A quantidade de restrição observável; O padrão de movimento; O ritmo e a qualidade do movimento; O movimento das articulações associadas; Qualquer limitação e sua natureza. 6.3 Movimento Passivo Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; INSTITUTO Long Tao Página 4
5 Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; O padrão de limitação do movimento; A sensação final do movimento; O movimento das articulações associadas; A amplitude de movimento disponível. Figura 4 Flexão Figura 5 Abdução Figura 6 Adução INSTITUTO Long Tao Página 5
6 Figura 7 - Rotação Lateral Figura 8 - Rotação Medial 7. Movimento do Jogo Articular O teste para folga articular determina a integridade da cápsula; A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação aberta) na qual a frouxidão da cápsula e dos ligamentos é maior e o contato ósseo é menor. Deslizamento caudal do fêmur (tração longitudinal da perna ou extensão no eixo longitudinal); Compressão; Distração lateral. INSTITUTO Long Tao Página 6
7 8. Princípios dos testes de comprimento muscular A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste em determinar se a ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou excessiva em virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos músculos que cruzam as articulações; O comprimento do músculo é determinado pela distância entre as extremidades proximal e distal do músculo, sendo medido por seu efeito sobre a ADM da articulação. 8.1 Testes de comprimento muscular Músculos flexores da articulação do quadril (iliopsoas, adutor longo e pectíneo, sartório, tensor da fáscia lata, reto femoral); Músculos extensores do quadril (glúteo máximo, semitendíneo e semimembranáceo). Figura 9 - Teste de Comprimento Muscular - Isquitibiais 9. Testes Musculares Manuais Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico diferencial, prognóstico e tratamento de patologias musculoesqueléticas e neuromusculares; A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras limitações articulares ou INSTITUTO Long Tao Página 7
8 musculares (encurtamentos) impedindo ou dificultando o movimento. Músculo Psoas Maior e Ilíaco; Músculo Sartório; Músculo Glúteo Máximo; Músculos Glúteo Médio e Mínimo; Músculo Tensor da Fáscia Lata; Músculos Adutores Longo, Magno e Curto, Grácil e Pectíneo; Músculos Obturador, Interno e Externo, Gêmeo Superior e Inferior, Quadrado Femoral e Piriforme. 10. Avaliação Funcional Há várias escalas de graduação numérica para avaliar a função do quadril; A escala funcional de quadril de Harris (J. Bone Joint Surg. Am. 51: , 1969) é útil para graduar o quadril antes e depois da cirurgia (enfatiza a dor e a função); O teste de Palmer e Apler, 1990 ( Clinical Assessment Procedures in Physical Therapy ) apresenta um esquema de testes da força e da resistência funcionais do quadril Testes Funcionais do Quadril Agachar-se; Subir e descer escadas um degrau de cada vez; Cruzar as pernas; Subir e descer escadas 2 ou mais degraus de cada vez; Correr reto à frente; Correr e desacelerar; Correr e fazer voltas; Pular em uma perna; Saltar. 11. Testes Clínicos Especiais Sinal de Trendelenburg; INSTITUTO Long Tao Página 8
9 Discrepâncias no comprimento dos membros inferiores. Teste de Ortolani INSTITUTO Long Tao Página 9
10 Teste de Allis Teste de Patrick (FABERE) Teste de Ely; INSTITUTO Long Tao Página 10
11 Teste de Thomas Teste de Ober INSTITUTO Long Tao Página 11
12 Manobra de Grava Teste do Piriforme. INSTITUTO Long Tao Página 12
13 Referências Bibliográficas 1. Marques AP. Ângulos articulares dos membros inferiores. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São Paulo: Manole; p Magee DJ. Quadril In: Magee, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed. São Paulo: Manole; p Palmer, LM.; Epler, ME. Quadril: In: Palmer, LM.; Epler, ME. Fundamentos das Técnicas de Avaliação Musculoesquelética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; p Gardner E, Gray DJ, O Rahilly R. Anatomia. Estudo Regional do Corpo Humano. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Hoppenfeld, S. Exame do Quadril e Pelve. Propedêutica Ortopédica. Coluna e Extremidades. Rio de Janeiro: Atheneu, 1987 pp Sobotta, J. Atlas de Anatomia. 20ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, INSTITUTO Long Tao Página 13
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