Só por estar contigo: efeitos do contexto social na percepção de riscos. Maria Luísa Pedroso de Lima
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- Luiz Felipe Rocha Belmonte
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1 Só por estar contigo: efeitos do contexto social na percepção de riscos Maria Luísa Pedroso de Lima Seminário Educação para o risco Pavilhão do Conhecimento, 27 de Junho de 2012
2 Maria Luísa Pedroso de Lima Seminário Educação para o risco Pavilhão do Conhecimento, 27 de Junho de 2012
3 Risco Quais as hipóteses de ocorrer? Probabilidade de ocorrência de um evento negativo Qual a gravidade das consequências? Extensão e gravidade dos danos
4 Risco e Ciência Percepção de risco Leigos Risco subjectivo Ciências sociais Avaliação de risco Especialistas Risco objectivo Ciências naturais
5 Exemplos de discordância
6 Em que riscos há maiores diferenças entre técnicos e leigos? Desvalorisados Percepção < Avaliação Sobrevalorisados Percepção > Avaliação Características dos riscos: Exposição voluntária Origem natural Risco conhecido Controlável Antigo Crónico Características dos riscos: Exposição involuntária Origem tecnológica Risco desconhecido Incontrolável Novo Catastrófico
7 Em que riscos há maiores diferenças entre técnicos e leigos? Desvalorisados Percepção < Avaliação Sobrevalorisados Percepção > Avaliação Problema para mobilizar para a prevenção Problema para pensar racionalmente sobre eles provocam alteração emocional (falta de recursos pessoais e de confiança)
8 Percepção de riscos e comportamento A percepção de riscos tem um papel muito secundário na determinação dos comportamentos
9 Percepção de riscos e comportamento Percepção de risco de acidente de trabalho Comportamentos de protecção Comportamentos de risco
10 Percepção de riscos e comportamento Percepção de risco de acidente de trabalho r=.01 r=.01 r=-.04 r=-.04 Comportamentos de protecção Comportamentos de risco Gonçalves, Silva, Melià & Lima (2005) Gonçalves, Silva, Melià & Lima (2005)
11 Percepção de riscos e comportamento Percepção de risco Comportamentos de saúde Modelo das crenças de saúde (Rosenstock, 1974) Modelo da motivação para a protecção (Rogers, 1975) Modelo de auto-regulação (Leventhal et al., 1980) Teoria do comportamento planeado (Ajzen, 1985)
12 Percepção de riscos e comportamento Percepção de risco Harrison et al., 1992 McCaul et al., 1996 Floyd et al., 2000 Milne et al., 2000 Brewer et al., 2007 Comportamentos de saúde Meta-análises: efeitos fracos ou inexistentes
13 Percepção de riscos e comportamento Ameaça Percepção de risco Comportamentos prevenção face a desastres
14 Percepção de riscos e comportamento Ameaça Percepção de risco Cheias: Siegrist & Gutscher, 2006 Miceli et al., 2008 Sismos: Jackson, 1981 Rustemli & Karanci, 1999 Lindel & Whitney, 2000 Tornados: Weinstein et al., 2000 Vulcões: Patton et al., 2000 Comportamentos prevenção face a desastres efeitos fracos ou inexistentes
15 Percepção de riscos e comportamento A percepção de riscos tem um papel muito secundário na determinação dos comportamentos Preditor indirecto do comportamento
16 Novas direcções na percepção de riscos Provavelmente porque a deliberação sistemática e racional não é a base do nosso comportamento habitual
17 Novas direcções na percepção de riscos Provavelmente porque a deliberação sistemática e racional não é a base do nosso comportamento habitual Aumento substancial do poder preditivo quando se considera uma dimensão afectiva
18 Novas direcções na percepção de riscos Heurística do afecto (Finucane et al., 2000; Slovic & Peters, 2006) Afecto +/- Risco percebido Benefícios percebidos
19 Novas direcções na percepção de riscos Ameaça Probabilidade (qual a probabilidade?) Afecto (quanto o preocupa?) Comportamentos prevenção face a cheias Miceli et al., 2008
20 Os pais? Níveis mais elevados de percepção de riscos
21 Os pais? Os riscos que os pais temem (Rapto, pedofilia, morte súbita) Os danos que ocorrem aos filhos (Acidentes: 1ª causa de morte e incapacidade temporária e permanente em crianças e jovens ) A visão das crianças (a i(n)segurança e a ameaça como aspectos recorrentes na avaliação dos espaços)
22 Em que riscos há maiores diferenças entre técnicos e leigos? Desvalorisados Percepção < Avaliação Sobrevalorisados Percepção > Avaliação Acidentes domésticos Obsidade Rapto Bulling Abuso sexual Alcool
23 Consequências? Mundo exterior, não supervisionado é perigoso Visão paranoide do mundo Manter os filhos em casa Limitar a interacção social
24 Consequências? Outros riscos são desvalorizados Acidentes domésticos Obesidade Falta de contactos sociais Falta de autonomia Medo de explorar Falta de confiança
25 Apoio social para as opções dos pais Cultura de segurança partilhada e normativa das crianças pequenas, responsabilização dos pais Pouco sensível às diferenças individuais e ao desenvolvimento da criança
26 Apoio social para as opções dos pais Cultura de permissividade igualmente partilhada nos pais dos adolescentes
27 Que fazer? Proteger é criar uma bolha de segurança? OU é ensinar a viver com o risco - empowerment da segurança? As decisões de proteger as crianças são individuais ou deve haver protecção estrutural? Os amigos são mesmo bons conselheiros?
28 Maria Luísa Pedroso de Lima Seminário Educação para o risco Pavilhão do Conhecimento, 27 de Junho de 2012
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