Curso de Vitrinismo EAD: uma narrativa sobre o processo de desenvolvimento de um curso a distância.
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- Márcia Quintanilha Vasques
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1 Curso de Vitrinismo EAD: uma narrativa sobre o processo de desenvolvimento de um curso a distância. Liana Haussen Bacharel em Design de Moda Mestranda em Design no Porto Alegre/RS Bolsista Fapergs lianahaussen@hotmail.com Renata Pedron Esp. Fashion Marketing and Communication Istituto Europeo di Design - IED Mestranda em Design no Porto Alegre/RS Bolsista UniRitter re_pedron@hotmail.com André Luis Marques da Silveira Doutor em Informática na Educação UFRGS-PPGIE Professor do Porto Alegre/RS andre@um.pro.br Resumo: Através dos avanços que Internet e as tecnologias digitais de informação e comunicação trouxeram, novas maneiras de aprender surgiram, como a educação a distância (EAD). Este contexto que trouxe facilidade a vidas das pessoas bem como novas possibilidades de aprendizagem, também trouxe uma preocupação quanto a evasão de alunos e o porquê desta evasão. Para uma melhor compreensão deste tema e dos papéis que desempenham alunos e professores no ambiente EAD, o presente estudo teve como objetivo, relatar a experiência de sala de aula em desenvolver um curso EAD, que neste caso foi de um curso de vitrinismo. Esta experiência trouxe aos alunos, uma compreensão por estar desempenhando o papel de professor, e também de aluno, sendo possível assim, verificar todas as dificuldades de construir um curso EAD e perceber o que estimula ou desestimula a participação de alunos nestes ambientes. Ao final da experiência foram verificadas algumas melhorias a serem realizadas como disponibilizar maior tempo para as atividades propostas, maior envolvimento por parte das professoras nos fóruns de discussão e glossário para as atividades propostas para melhor entendimento dos conceitos a quem não possui um conhecimento prévio sobre o assunto. 1 Introdução A Internet trouxe ao mundo contemporâneo, novas e variadas formas de comunicarse, divertir-se, informar-se, comprar, aprender, entre outros. Foi a partir de seu surgimento, que as tecnologias digitais de informação e comunicação começaram a evoluir trazendo novos dispositivos como computadores, celulares, tablets e afins, assim como também num ciclo natural, a sociedade evoluiu juntamente com as tecnologias e vice-versa. A Internet não trouxe somente a globalização, mas através dela possibilitou por exemplo, que na área
2 da educação, novos formatos de cursos fossem disponibilizados, como os cursos EAD (Educação a Distância) que facilitaram a vida de muitas pessoas ao redor do mundo todo. Este modelo de educação a distância por sua vez, tem como característica, muitos recursos disponíveis na Internet, conforme Almeida (2003, p. 331): Os recursos dos ambientes digitais de aprendizagem são basicamente os mesmos existentes na internet (correio, fórum, bate-papo, conferência, banco de recursos, etc.), com a vantagem de propiciar a gestão da informação segundo critérios preestabelecidos de organização definidos de acordo com as características de cada software. Possuem bancos de informações representadas em diferentes mídias (textos, imagens, vídeos, hipertextos), e interligadas com conexões constituídas de links internos ou externos ao sistema. Neste contexto e ressaltando a importância dos cursos EAD, no presente estudo, será relatada a experiência que foi desenvolver um curso a distância de vitrinismo, de duas unidades com conteúdo e atividades, focado aos profissionais da área de Moda, bem como a donos de empresas ou lojas (e suas equipes) e também ao público que tenha curiosidade ou vontade de aprender sobre o tema. O presente estudo está dividido em quatro partes contando com esta introdução como a primeira parte. O objetivo foi ressaltar a importância de alunos e futuros professores a atualizarem-se e compreender como funciona o ambiente de educação a distância, bem como utilizar as ferramentas disponíveis dentro deste. Foi possível também, entender todas as dificuldades que os professores encontram para ministrar, administrar e avaliar seus alunos a distância. Como plataforma de aprendizado, utilizou-se o Moodle (Modular Object Oriented Learning Enviroment) que conforme Salvador & Gonçalves (2006), é um ambiente de aprendizagem virtual, sendo um software livre utilizado pelas escolas e universidades em vários países do mundo. Ele vem sendo um dos softwares com mais incidência de utilização, pois além de ser livre, é considerado um dos mais completos e de fácil compreensão e interação com seus usuários. Para a segunda parte deste estudo, será apresentado uma breve história sobre o ensino do Design no Brasil, contextualizando também algumas Leis que estão em vigor sobre o tema. Na terceira parte deste estudo, será explanado como base teórica o Design Instrucional e através de sua aplicação, como ele auxiliou no desenvolvimento tanto do planejamento como na construção do curso proposto. Já na quarta parte, será apresentado o curso de vitrinismo e todos recursos que foram utilizados para o desenvolvimento do mesmo plano de ensino, matriz instrucional, conteúdos e atividades propostas e ainda será apresentado como foi a aplicação e avaliação do curso. Por fim, este estudo utilizou-se além da experiência prática de desenvolvimento e aplicação de um curso a distância, de uma revisão bibliográfica sobre educação a distância,
3 ensino de design no Brasil e design instrucional, tendo como principais autores referenciados: Almeida (2003), Couto (2008), Filatro (2008) E Salvador & Gonçalves (2006). 2 Um pouco de história sobre o ensino de Design no Brasil O ensino de Design no Brasil é relativamente jovem levando-se em consideração que a primeira escola de design do país foi a ESDI Escola Superior de Desenho Industrial e Couto (2008, p. 19) diz que: O ensino do design no Brasil possui um marco inicial, ainda que simbólico: a criação da Escola Superior de Desenho Industrial ESDI no Rio de Janeiro, em O marco é simbólico, lembra Bomfim (1978), pois é preciso que se diga que o ensino formal do design iniciou-se antes, em 1950, com uma iniciativa, de fato efêmera, de Lina Bo Bardi e de Giancarlo Pallanti, com um curso regular de design, no Instituto de Arte Contemporânea - Museu de Arte de São Paulo IAC-MASP de São Paulo. Além disso, as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira LDB - levou um longo tempo (no ano de 1996) até conseguir colocar em cena as novas Diretrizes Curriculares Nacionais, trazendo uma flexibilização para o antigo modelo de ensino das universidades dos Currículos Mínimos (LDB 4.024/61). (COUTO, 2006). Foi então que em Recife, em abril de 1997, aconteceu o I Fórum de Dirigentes de Cursos de Desenho Industrial, onde foram levantados questionamentos quanto a reforma curricular. Neste fórum, constatou-se a existência de quarenta IES com Bacharelados e Cursos de Educação Superior em Design. As questões debatidas neste fórum, serviram como subsídio para o processo da criação das Novas Diretrizes Curriculares específicas para os Bacharelados em Design. Somente em 2003, que a Câmara de Educação Superior nacional de Educação, por intermédio dos Pareceres CES/ CNE 0146/ /2003 e 0195/2003, que as novas Diretrizes Curriculares Nacionais deveriam orientar a elaboração dos currículos que deveriam ser respeitados por todas instituições de ensino. (COUTO, 2006). A partir destas novas diretrizes, as IES deveriam além destes currículos, implantar seus próprios instrumentos de avaliação, assumindo a responsabilidade pelos cursos oferecidos. Com isto, buscando-se então, estabelecer um perfil do educando, para que este esteja apto a atuar nas áreas profissionais e as possíveis mudanças que podem ocorrer. Cada instituição, deve enfim atentar-se as Diretrizes gerais, onde deve conter (se assim for necessário, conforme o currículo da instituição) alguns pontos específicos como organização do curso, projeto pedagógico, organização curricular, estágio supervisionado, atividades complementares, monografias, projetos, trabalho de conclusão, entre outros. Tendo em vista este contexto, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais, deram maior autonomia aos cursos de design e melhoraram um modelo de ensino que até então era muito rígido e fechado, trazendo novas oportunidades de ensino aos estudantes não somente de design, como também aos de todos os outros cursos.
4 3. Design Instrucional para o curso de Vitrinismo EAD O design instrucional explanado nesta terceira parte do estudo, foi utilizado como base teórica para a construção do curso de vitrinismo elaborado pelas autoras, como anteriormente referidos. Contextualizando o cenário do design instrucional, Filatro (2006, p. 3) diz que: Como ponto de partida para entender o que é design instrucional, consideramos que design é o resultado de um processo ou atividade (um produto), em termos de forma e funcionalidade, com propósitos e intenções claramente definidos, enquanto instrução é a atividade de ensino que se utiliza da comunicação para facilitar a aprendizagem. Este produto a que se referiu Filatro (2006), para este estudo, é o próprio curso de vitrinismo desenvolvido. A autora diz que o aprendizado eletrônico pode ser conceituado como um conjunto de práticas onde são empregadas as abordagens pedagógicas e diferentes tipos de tecnologias. Para compreender sobre o design instrucional e o EAD, é necessário primeiramente atentar-se as unidades de aprendizagem, onde segundo Filatro (2006), uma unidade de aprendizagem visa o objetivo de ensino/aprendizagem não podendo ser quebrada, ou seja, deve existir uma continuação para que o significado dos conteúdos não se perca. Uma unidade deve conter ainda um tempo limitado para sua realização e deve ter expostos claramente todos os conteúdos, processos e objetivos do curso. Ainda segundo Filatro (2006), o design das unidades de aprendizagem, deve basearse em algumas premissas, seguindo uma ordem natural dos acontecimentos, ou seja, uma unidade visa um ou mais objetivos de aprendizagem e resultados esperados. Para alcançar estes objetivos, se faz necessário que se assumam papéis, como o de professor, aluno, tutor e outros. Cada usuário, ou cada papel desempenhado por cada usuário, terá atividades a desenvolver, estas atividades por sua vez, devem seguir um fluxo e são realizadas em um tempo previamente determinado. As atividades ainda, devem ter como apoio conteúdos e ferramentas como fórum, bate-papo, entre outros e estes conteúdos e ferramentas devem estar organizados no ambiente virtual de modo a facilitar o ensino/aprendizagem. Por fim, a avaliação final, verificará se a unidade ou as unidades de aprendizagem disponibilizadas, alcançaram os objetivos propostos. Os objetivos de aprendizagem por sua vez, são dados através de uma matriz de design instrucional, visando o ponto de vista do aluno e descrevem os resultados pretendidos do curso. Para o curso de vitrinismo, desenvolveu-se uma matriz instrucional, contendo as duas unidades desenvolvidas com seus objetivos, papéis dos usuários, as atividades propostas, as ferramentas disponibilizadas bem como os conteúdos e os critérios de avaliação. Esta matriz está representada na figura 1 e será explicada com mais detalhes na quarta parte deste estudo.
5 Figura 1: Matriz Instrucional do curso de Vitrinismo EAD. Fonte: Elaborada pelas autoras. Na matriz instrucional, além dos objetivos de aprendizagem são colocados todos os outros pontos específicos para a montagem do curso. Esta matriz instrucional desenvolvida para o curso de vitrinismo, serviu como base para a construção do curso, e conforme foram transformando-se as unidades, esta foi sendo alterada para que no fim, todo o curso estivesse de acordo com a matriz proposta. Para que um curso EAD obtenha sucesso e que a evasão dos alunos seja o menor número possível, deve-se sempre lembrar que não basta apenas ter um bom projeto, mas também que haverá uma interação entre aluno, colegas, professores, conteúdos, ferramentas, onde especificidades como infraestrutura tecnológica devem ser requeridas anteriormente do início do curso. Para Filatro (2006), levando-se em consideração todos estes aspectos, pode-se dividir os cursos em modelos aos quais são: modelo informacional, modelo suplementar, modelo essencial, modelo colaborativo e modelo imersivo. Para o curso de vitrinismo, que foi o objeto deste estudo, o modelo utilizado, foi o modelo suplementar que com base em Filatro (2006, p. 18) compreende: Esse modelo fornece basicamente conteúdo, como leituras, anotações e tarefas selecionadas e publicadas pelo educador. A maior parte da experiência de aprendizagem ocorre off-line. Requer alguma competência tecnológica do educador.
6 Requer ainda manutenção diária ou semanal, bem como um espaço de memória e uma largura de banda de baixa a moderada. O modelo suplementar, conforme as descrições da autora referenciada, foi o que mais se adequou as características do curso de vitrinismo. Faz-se importante ressaltar também que além do modelo suplementar, utilizou-se como base o DI aberto design instrucional aberto que Filatro (2006, p.20) denomina como bricolage ou design on-thefly que segundo ela privilegia um design mais artesanal e orgânico e tem foco maior nos processos de aprendizagem. Este tipo de design, proporciona a personalização dos conteúdos, produzindo um ambiente menos estruturado e mais aberto para outras experiências. 4. O curso de Vitrinismo O curso proposto para prática no Moodle, entitulou-se Vitrinismo e teve como base outro curso que já fora anteriormente ministrado pelas autoras, sendo que antes este era presencial. Assim, fez-se necessário que as unidades bem como os conteúdos, fossem devidamente reformulados para que o curso se adaptasse ao ambiente de educação a distância. Utilizou-se como base o plano de ensino inicial do primeiro curso presencial e modificou-se, dando origem ao curso de vitrinismo EAD, onde estão descritos os objetivos, conteúdos, as atividades, os critérios de avaliação e as bibliografias utilizadas, sendo que inicialmente desenvolveu-se o curso completo com cinco unidades. Mas para a prática no Moodle, foram desenvolvidas apenas duas unidades que serão descritas em breve. O plano de ensino completo está representado na figura 2:
7 Figura 2: Plano de Ensino do curso de Vitrinismo EAD Fonte: Elaborado pelas autoras. Após a reformulação do plano de ensino ao curso proposto, fez-se necessário reformular também os conteúdos, onde teve como resultado para a unidade 1, o contexto histórico da vitrina e seus tipos e funções. Neste conteúdo disponibilizado aos alunos através de um documento em formato PDF, onde encontrava-se disponível o contexto histórico da vitrina, conceitos sobre vitrinismo e funções e tipos de vitrinas. Na figura 3 estão representados alguns dos slides que foram disponibilizados:
8 Figura 3: Slides do conteúdo disponibilizado. Fonte: Elaborado pelas autoras. Além deste material, disponibilizou-se um texto de Sylvia Demetresco para leitura, um vídeo sobre Visual Merchandising e um texto explicando como deveria ser feito o exercício sobre funções e tipos de vitrine. Após a leitura de todos os materiais, duas atividades deveriam ser realizadas: o resumo do que foi compreendido sobre o conteúdo e um exercício sobre as funções e tipos de vitrina, baseando-se no PDF apresentado. Para a unidade 2, também reformulou-se o conteúdo a ser apresentado, onde um documento em formato PDF, trazia informações sobre elementos de composição de uma vitrina que compreendem como suportes, manequins, formas, linhas, equilíbrio, proporção, repetição e a importância da luz e sombra nas vitrinas. Ainda, disponibilizou-se um texto para leitura de Luis Alves sobre Visual Merchandising e Vitrinismo e dois vídeos. Ao término da leitura dos conteúdos, a atividade proposta foi de desenvolver uma maquete que representasse uma vitrine, sendo disponibilizado ideias de materiais possíveis de se utilizar para a construção de uma. Não foi especificado se esta maquete deveria ser feita manualmente ou se poderia utilizar-se softwares para sua execução, dando liberdade aos alunos que cursaram de escolher as ferramentas que achassem melhor para cada um. O curso de vitrinismo deveria ser cursado por seis pessoas, onde todas as seis realizaram a atividade um e apenas quatro realizaram a maquete proposta. Os resultados serão apresentados nos próximos tópicos. 4.1 Aplicação do curso A aplicação do curso de Vitrinismo EAD, teve como base um plano de ensino inicial de cinco unidades, onde apenas duas foram escolhidas, aplicadas e cursadas pelos alunos. A unidade 1 que intitulava-se Contexto Histórico, compreendia a história da vitrine e conceitos de vitrinismo e as funções e tipos de vitrina; e a unidade 2 Elementos de
9 Composição onde apresentou-se os suportes, manequins, formas, linhas, equilíbrio, proporção, repetição e a importância da aplicação da luz e sombra nas vitrinas. Para a unidade 1, foi proposta a leitura do material em PDF e de um texto sobre vitrina, e ainda um vídeo sobre visual merchandising, onde o aluno, após ler os materiais e assistir o vídeo, deveria postar um resumo sobre o que compreendeu do tema e realizar um exercício descrevendo as funções e tipos de vitrinas com base em fotos do material disponibilizado. Para a avaliação da unidade 1 e seguindo a matriz instrucional, os critérios foram: verificar se o aluno baixou todos os conteúdos, se assistiu ao vídeo, postou o resumo e fez o exercício. Na unidade 2, os critérios de avaliação foram: verificar se o aluno baixou todo material, se visualizou os vídeos e se postou a (s) foto (s) da maquete. A figura 4 traz um dos trabalhos realizados pelos alunos: Figura 4: Maquete desenvolvida por aluno Fonte: Realizado por aluna do curso de Vitrinismo. Os graus (como notas de avaliação) foram separados de A, B, C e D, onde A obteria o aluno que realizasse com excelência as atividades propostas, demonstrasse comprometimento e assiduidade, participasse efetivamente, pontualidade e qualidade na entrega dos trabalhos; B quando o aluno realizasse as atividades propostas, demostrasse comprometimento e assiduidade, participasse efetivamente, pontualidade e qualidade na entrega dos trabalhos; C quando o aluno realizasse o mínimo das atividades propostas, entregando apenas os exercícios solicitados; D quando o aluno não cumprisse com as atividades previstas, ou cumprisse apenas uma. Nas figuras 5 e 6, estão representadas as duas unidades do curso de vitrinismo e como elas foram organizadas dentro do ambiente Moodle.
10 Figura 5: Unidade 1 do curso de Vitrinismo Fonte: Elaborado pelas autoras. A figura 5 apresenta como foram dispostos no ambiente Moodle os conteúdos e atividades a serem realizadas na unidade 1 do curso de vitrinismo. Faz-se importante ressaltar que o fórum para discussões e dúvidas foi aberto mas houveram poucas participações. Figura 6: Unidade 2 do curso de Vitrinismo Fonte: Elaborado pelas autoras.
11 Na figura 6 está representada a unidade 2 e como os conteúdos e atividades foram disponibilizados no ambiente Moodle. Estavam programados a cursar as duas unidades, seis alunos, onde todos participaram, sendo que na unidade 2 apenas quatro alunos realizaram a atividade de maquete. Para a avaliação final, verificou-se no ambiente Moodle, através da ferramenta log, como foi a participação dos alunos e um exemplo está representado na figura 7: Figura 7: Log dos alunos. Fonte: Retirado do Moodle em 08/09/2014. Após análise de todos os logs, bem como de todas as atividades postadas, e baseando-se nos critérios de avaliação propostos e descritos anteriormente, resultou-se nas seguintes avaliações: Aluno 1: grau A; Aluno 2: grau B; Aluno 3: grau A; Aluno 4: grau D; Aluno 5: grau D; Aluno 6: grau B. Todos os alunos que participaram do curso de vitrinismo, fizeram também suas avaliações sobre o curso e serão apresentadas na próxima parte deste artigo. 4.2 Avaliação do curso As avaliações do curso de vitrinismo foram feitas somente pelos alunos que o cursaram, sendo o total de seis alunos, as avaliações do curso foram entregues por apenas cinco alunos, onde a maioria dos avaliadores concordou que faltou comunicação entre os professores e colegas. Como ponto positivo, a maioria concordou que os conteúdos e atividades estavam bem claros e objetivos. Ressaltou-se ainda, que o tempo disponível para a realização do curso de duas unidades, foi muito curto pela quantidade de material que haveria de ser estudado. Por fim, analisando todas as avaliações, pode-se concluir que para que o curso de vitrinismo proposto seja interessante e de fácil compreensão, haverá que dar-se maior tempo para a realização das leituras e atividades propostas. Os alunos de uma forma geral
12 gostaram do material disponibilizado e sugeriram que pudesse ter mais vídeos explicando os conteúdos bem como um glossário. 4 Considerações Finais A realização desta atividade de desenvolvimento de um curso EAD, foi relevante para o aprendizado e experiência dos alunos, pois através dela, foi possível estar no papel de professor e aluno e assim enxergar todas as dificuldades às quais ambos estão suscetíveis. Além disso, pode-se colocar em prática alguns dos conceitos abordados, fazendo com que os alunos, realizando o papel de professor, pudessem verificar e experimentar as melhores estratégias de aprendizagem estudadas, bem como pensar através das teorias apresentadas. Após a avaliação discente, algumas melhorias foram traçadas para a aplicação futura do mesmo curso, como numeração de slides nas apresentações, fomento por parte do professor aos comentários nos fóruns de discussão e glossário para melhor entendimento dos conceitos a quem não possui um conhecimento prévio sobre o assunto. Referências bibliográficas ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.2, p , jul./dez COUTO, R. M. S. Escritos sobre Ensino de Design no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Books, FILATRO, A. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, SALVADOR, José Antonio; GONÇALVES, Jean Piton. O Moodle como ferramenta de apoio a uma disciplina presencial de Ciências Exatas. Anais do XXXIV COBENGE. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, Setembro de 2006.
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