DIREITO IMOBILIÁRIO. Prof. Marcelino Fernandes

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1 DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Marcelino Fernandes

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3 Tema Intervenção do Estado na propriedade 3

4 Intervenção do Estado na propriedade: 1. Desapropriação 2. Limitação Administrativa 3. Servidão Administrativa 4. Requisição Administrativa 5. Ocupação Temporária 6. Tombamento 4

5 DESAPROPRIAÇÃO FORMA ORIGINÁRIA DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE: Ficam subrogados no preço quaisquer ônus ou direitos que recaiam sobre o bem expropriado. 5

6 Direito a propriedade Art. 5º da CF XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 6

7 Desapropriação ordinária, geral ou clássica Pressupostos: 1. Necessidade Pública (DL nº 3.365/41); 2. Utilidade Pública (DL nº 3.365/41); 3. Interesse Social (Lei nº 4.132/62). 7

8 Art. 2 do DL 3.365/41: QUEM PODE DESAPROPRIAR? União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal. Obs.: Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa (Art. 3º, DL 3.365/41) 8

9 Art. 3º do DL 3.365/41: QUEM PODE DESAPROPRIAR? Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato. 9

10 CONSIDERAM-SE CASOS DE UTILIDADE PÚBLICA: a) a segurança nacional; b) a defesa do Estado; c) o socorro público em caso de calamidade; (Necessidade) d) a salubridade pública; (Necessidade) e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência; f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica; g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes medicinais; h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos; i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos industriais; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 10

11 CONSIDERAM-SE CASOS DE UTILIDADE PÚBLICA: j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo; k) a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza; l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico; m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios; n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves; o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária; p) os demais casos previstos por leis especiais. 11

12 INTERESSE SOCIAL A desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social. 12

13 Considera-se de interesse social: I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico; II - a instalação ou a intensificação das culturas nas áreas em cuja exploração não se obedeça a plano de zoneamento agrícola; III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola: IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a tolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham construído sua habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez) famílias; 13

14 Considera-se de interesse social: V - a construção de casa populares; VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de saneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento de água e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas socialmente aproveitadas; VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas florestais. VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas. 14

15 Procedimento de Desapropriação (DL nº 3.365/41) Fase Declaratória: 1. União, Estados, DF e Municípios; 2. Por lei ou decreto (edital e contrato); 3. Decadência: 5 anos para utilidade pública e 2 anos para interesse social. 15

16 Procedimento de Desapropriação Fase executória: 1. Administrativa; 2. Judicial; (DL nº 3.365/41) 2.1. Imissão Provisória da Posse (declaração de urgência e depósito prévio); 2.2. Prazo: 120 dias a contar da Declaração de urgência. 16

17 Alterações Lei nº , de 2017 Art. 34-A. Se houver concordância, reduzida a termo, do expropriado, a decisão concessiva da imissão provisória na posse implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o consequente registro da propriedade na matrícula do imóvel. 1 o A concordância escrita do expropriado não implica renúncia ao seu direito de questionar o preço ofertado em juízo. 17

18 Alterações Lei nº , de o Na hipótese deste artigo, o expropriado poderá levantar 100% (cem por cento) do depósito de que trata o art. 33 deste Decreto- Lei. 3 o Do valor a ser levantado pelo expropriado devem ser deduzidos os valores dispostos nos 1 o e 2 o do art. 32 deste Decreto-Lei, bem como, a critério do juiz, aqueles tidos como necessários para o custeio das despesas processuais. 18

19 Procedimento de Desapropriação extraordinária Urbana: Art. 182, 4º, Inc. III da CF. Estatuto da Cidade ( Lei nº /01) Rural: Art. 184 a 186 da CF. ( Lei nº 8.629/93; LC 76/93, LC 88/96) Confisco (expropriação): Art. 243 da CF. (E.C. 81/14) (Lei nº 8.257/91) 19

20 Tresdestinação e a retrocessão (direito de preferência) : Quando ocorrer a tresdestinação o bem expropriado poderá retornar ao antigo proprietário pelo instituto da retrocessão. O novo Código Civil (art. 519) estabelece que se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. 20

21 Limitação Administrativa Limitação administrativa: para o inesquecível e festejado mestre Hely Lopes Meirelles: Limitação administrativa é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bemestar social. 21

22 Características da Limitação Administrativa: 1. Ônus Real 2. Generalidade 3. Gratuito 4.Pode ser positiva (fazer), negativa (não fazer) ou permissiva (permitir fazer) 5. Permanente 22

23 Servidão administrativa Ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário; a Instituição faz-se por acordo administrativo ou por sentença judicial, precedida sempre de ato declaratório de servidão. 23

24 Características da Servidão Administrativa: 1. Ônus Real 2. Individual 3. Indenizável se houver dano 4. Pode ser administrativa ou judicial 5. Somente para bens imóveis 6. Permanente 24

25 Ocupação Temporária É a forma de intervenção na propriedade pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços. É o que normalmente ocorre quando a Administração tem a necessidade de ocupar terrenos privados para depósito de equipamentos e materiais destinados à realização de obras e serviços públicos nas vizinhanças. 25

26 Características da Ocupação Temporária: 1. Natureza de caráter não-real; 2. Individual; 3. Indenizável se houver dano; 4. Somente para bens imóveis 5. Transitoriedade. 26

27 Requisição Administrativa É instrumento de intervenção na propriedade pelo poder estatal por meio do qual a Administração Pública utiliza bens imóveis, móveis ou serviços privados com indenização posterior, caso se comprove o dano ou prejuízo. A requisição tem fundamentação constitucional (art. 5º, XXV da CF/88) estabelecendo que no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. 27

28 Características da Requisição Administrativa: 1. pode ser militar ou civil; 2. presença de perigo iminente que a motive; 3. o ato administrativo de requisição tem o atributo da auto-executoriedade; 4. intervenção transitória, será extinta com o desaparecimento da situação de perigo público iminente que a motivou; e 5. indenização posterior se houver dano. 28

29 Tombamento: É uma intervenção na propriedade que visa proteger o patrimônio histórico, artístico, paisagístico, turístico, cultural ou científico da nação. A competência para legislar sobre este instituto é concorrente entre a União, Estadosmembros e Distrito Federal conforme estatui o artigo 24, inciso VII da CF/88. Insta pontuar que por força do artigo 30 inciso II da Carta Democrática os municípios poderão de forma suplementar legislar sobre o tema. 29

30 Fundamento Constitucional O comando constitucional que prevê a possibilidade jurídica do tombamento está previsto no artigo 216, 1º da CF/88, que aduz o seguinte: O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação 30

31 Norma Infraconstitucional Decreto-lei 25 de 30 de Novembro de Origem da palavra tombamento. 31

32 Espécies de Tombamento a) De ofício; b) Voluntário; c) Compulsório; d) Provisório e Definitivo; e) Parcial e Total; f) Geral e individual. 32

33 Características do tombamento 1. Não poderá o proprietário destruir o bem tombado ou ainda modificá-lo; 2. A reforma do bem somente poderá ser feita após autorização da Administração Pública. O Poder Público pode sem autorização do proprietário realizar obras de conservação do bem; 3. Quando o proprietário não tiver verbas para a conservação deverá notificar o Poder Público que poderá fazê-lo a suas expensas; 4. Não está o poder público obrigado a indenizar o proprietário de bem tombado; e 5. O direito de preferência no caso de Leilão Art º CPC. 6. Foi revogado pelo CPC direito de preferência do Poder Público no caso de venda (O Art. 1072, inc. I do CPC revogou o Art. 22 do Decreto-lei nº 25/37) 33

34 Características do tombamento 6. No caso de bens móveis não poderá ser vendido a estrangeiros. 7. A. coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Poder Público; 8. Não se poderá sem autorização do poder público, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra ou retirar o objeto; 34

35 BENS PÚBLICOS

36 Na Constituição Federal Art. 20 São Bens da União: I (...) Art. 26 Incluem-se entre os bens dos Estados: I(...) (recepciona o Decreto-lei 9.760/46)

37 Conceito doutrinário É o conjunto de coisas corpóreas e incorpóreas, móveis, imóveis e semoventes de que o Estado se vale para poder atingir as suas finalidades.

38 Bens Públicos Definição: Código Civil Art. 98: São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

39 C.C. :Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº , de 2005) V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

40 CLASSIFICAÇÃO 1. Quanto à titularidade; 2. Quanto à disponibilidade; 3. Quanto à destinação.

41 Quanto à titularidade 1. Federais; 2. Estaduais; 3. Distritais; 4. Municipais; Obs.: Quando pertencerem as autarquias e fundações de direito público os bens pertencerão em última instância aos entes aos quais elas se relacionam.

42 Quanto à disponibilidade 1. Bens indisponíveis; 2. Bens patrimoniais indisponíveis; 3. Bens patrimoniais disponíveis.

43 Quanto à destinação Art. 99 do C.Cv. 1. Bens de uso comum do povo; 2. Bens de uso especial; 3. Bens dominicais.

44 Bens de uso comum do povo São aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, que podem ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por parte do Poder Público. Ex.: ruas, praças, mares, etc.

45 Bens de uso especial São todos aqueles que visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. São todos aqueles utilizados pela Administração pública para prestação dos serviços públicos. Ex.: hospitais, museus, escolas, cemitérios e mercados, etc., todos públicos.

46 Bens dominicais São os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São aqueles que por não terem uma destinação definida podem ser utilizados para fazer renda. (terras devolutas e terrenos de marinha)

47 Peculiaridades dos bens públicos. 1. Inalienabilidade 2. Impenhorabilidade 3. Imprescritibilidade 4. Não-onerosidade 5. Imunidade tributária 6. Intangibilidade

48 Aquisição de bens para o patrimônio público: a) doação; b) compra; c) desapropriação; d) Expropriação (confisco) art. 91, I do CP e art. 243 da CF/88; e) permuta; f) dação em pagamento; g) direito hereditário; e h) usucapião.

49 GESTÃO DOS BENS PÚBLICOS Utilização especial de bens públicos por particulares todos podem eventualmente ser utilizados de forma especial por particulares, mediante : 1. Autorização de uso 2. Permissão de uso 3. Concessão de uso 4. Concessão de direito real de uso 5. Cessão de uso.

50 autorização de uso serve para auxiliar interesses particulares em eventos ocasionais ou temporários (ex.: uso de uma rua para uma quermesse). É ato unilateral, discricionário, de título precário, podendo ser revogado a qualquer tempo; Independe de licitação e de lei autorizadora; Pode ser em caráter gratuito ou oneroso; Por tempo determinado ou indeterminado.

51 permissão de uso é semelhante à autorização, mas é dada no interesse público, tem grau menor de precariedade, depende, em regra, de licitação e cria para o permissionário um dever de utilização, sob pena de revogação (ex.: permissão de instalação de uma banca de jornal na via pública).

52 concessão de uso é contrato entre a Administração e um particular, tendo por objeto uma utilidade pública de certa permanência (ex.: instalação de restaurante num zoológico municipal). Exige, em regra, autorização legislativa e licitação.

53 concessão de direito real de uso aplica-se apenas a bens dominicais. É instituto de direito privado, de natureza contratual. Consiste na aquisição, pelo particular, de direito resolúvel do uso de um terreno público, de modo gratuito ou remunerado, para fins de interesse social de certo vulto, como urbanização ou cultivo. Exige autorização legislativa e licitação. (Vide Estatuto da Cidade: L /01, Art. 21)

54 Cessão de uso: é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo, por tempo certo ou determinado. Ex: É o uso de um andar da Secretaria da Segurança Pública pela Secretaria da Saúde, enquanto esta reforma seu prédio.

55 Exemplos de bens públicos a) Terras devolutas; b) Mar territorial; c) Terras tradicionalmente ocupadas por índios; d) Plataforma continental; e) Terrenos de marinha; f) Terrenos marginais ou reservados; g) Lagos, rios e correntes de água; h) Álveos ou leitos abandonados; i) Faixa de fronteira; j) Minas, jazidas e potenciais de energia hidráulica; k) Ilhas (vide EC 46/05); l) Fauna silvestre (Lei n 5.197/67 art. 1º ).

56 ESTATUTO DA CIDADE LEI Nº DE 10 DE JULHO 2001

57 Quase 18 anos da Lei e pouca coisa mudou

58 Por que pouca coisa mudou? Possíveis respostas: Porque os pontos de vistas da cidades são diferentes entre cidadãos e políticos; Os munícipes são diferentes (comerciantes, investidores, moradores, trabalhadores, industriais; Investimentos que visam apenas lucros e não melhoria para a população; Interesses em dificultar mudanças; Etc.

59 QUANDO A LEI ENTROU EM VIGOR: 1. Muita euforia pelos políticos; 2. Expectativa e curiosidade pelos técnicos (arquitetos, engenheiros, urbanistas); 3. Desconfiança pelos cidadãos e investidores

60 REFORMA URBANA Princípios : 1. Combate ao déficit habitacional brasileiro; 2. Acesso a terra urbana; 3. Preço da terra controle estatal.

61 Censo 2010 revela que política habitacional tem que ir além do simples fomento à construção civil

62 Como resolver os contrastes sociais?

63 DÉFICIT DE MORADIA NO BRASIL IBEGE: 2010

64 POLÍTICA URBANA NA CF/88 Art A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

65 POLÍTICA URBANA NA CF/88 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

66 POLÍTICA URBANA NA CF/88 Art Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

67 ESTATUDO DA CIDADE 1. DIRETRIZES GERAIS 2. INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS URBANAS 3. PLANO DIRETOR 4. GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE 5. DISPOSIÇÕES GERAIS

68 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS: Planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econômico e social;

69 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS: Institutos tributários e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; b) contribuição de melhoria; c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

70 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS: institutos jurídicos e políticos: a) desapropriação; b) servidão administrativa; c) limitações administrativas; d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano; e) instituição de unidades de conservação; f) instituição de zonas especiais de interesse social; g) concessão de direito real de uso; h) concessão de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; j) usucapião especial de imóvel urbano;

71 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS:

72 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS: institutos jurídicos e políticos: l) direito de superfície; m) direito de preempção; n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso; o) transferência do direito de construir; p) operações urbanas consorciadas; q) regularização fundiária; r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; s) referendo popular e plebiscito; t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; u) legitimação de posse. ( t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; u) legitimação de posse.

73 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS: Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:

74 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS: I adensamento populacional; II equipamentos urbanos e comunitários; III uso e ocupação do solo; IV valorização imobiliária; V geração de tráfego e demanda por transporte público; VI ventilação e iluminação; VII paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. OBS.: A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.

75 ESTATUDO DA CIDADE PLANO DIRETOR: A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos

76 ESTATUDO DA CIDADE PLANO DIRETOR: No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: I a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade; II a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; III o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.

77 ESTATUDO DA CIDADE GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE: Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: I órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal; II debates, audiências e consultas públicas; III conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal; IV iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.

78 ESTATUDO DA CIDADE DISPOSIÇÕES GERAIS: O Poder Público municipal poderá facultar ao proprietário de área atingida pela obrigação de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, a requerimento deste, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel.

79 ESTATUDO DA CIDADE DISPOSIÇÕES GERAIS: Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Público municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.

80 ESTATUDO DA CIDADE DISPOSIÇÕES GERAIS: Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Público municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas. OBS.: O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.

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