UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
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1 1 UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RICARDO KAZUITI OMURA JÚNIOR ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA DE UMA APMPLIAÇÃO RESIDENCIAL Lages 2017
2 2 RICARDO KAZUITI OMURA JÚNIOR ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA DE UMA APMPLIAÇÃO RESIDENCIAL Relatório de Estágio apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense como requisito necessário para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Diogo Felipe Steinheuser Lages 2017
3 3 Sumário 1 INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DO PROBLEMA HISTÓRICO DA EMPRESA SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA JUSTIFICATIVA Oportunidade do projeto Viabilidade do projeto Importância do projeto OBJETIVO Objetivo Geral Objetivo Específico REVISÃO DA LITERATURA PROJETO ESTRUTURAL CONCRETO ARMADO VANTAGENS DESVANTAGENS COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS METODOLOGIA DELINEAMENTO DA PESQUISA PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS PLANOS DE ANÁLISE DE DADOS DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO REMOÇÃO DAS PARTES NÃO APROVEITADAS DO PROJETO EXECUTANDO AS SAPATAS E VIGAS DE BALDRAMES CONCRETAGEM DAS SAPATAS E VIGAS DE BALDRAMES MONTAGEM E CONCRETAGEM DO PILARES MONTAGEM E CONCRETAGEM DA LAJE LEVANTAMENTO DA ALVENARIA SUGESTÃO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA... 24
4 4 1 INTRODUÇÃO Ao falar sobre ampliação de uma edificação existente, o engenheiro se depara com vários pontos em que precisam ser estudados na hora do projeto, e, mesmo assim, causam algum transtorno durante a sua execução. Quando é necessário o redimensionamento da estrutura, tendo em vista o acomodamento do projeto arquitetônico juntamente com a necessidade de reaproveitamento de alguns elementos da obra já executada, o projetista necessita trabalhar sobre algumas limitações devido aos requisitos da edificação. Muitas vezes é necessário projetar sem alterar as características pré-existentes na edificação, o que pode causar desalinhamento com o conceito do projeto arquitetônico. Já na hora da execução, é comum o projeto realizado pelo engenheiro não ser possível de ser realizado. Isso não é exclusividade de uma ampliação, em edificações novas é muito comum. Porém, agrava-se bastante no caso das ampliações. Os principais motivos, são que o engenheiro precisa prever a existência dos elementos que já estão prontos. Toda via, é difícil conseguir unir o já existente com a parte nova da edificação, pois um elemento pode atrapalhar ou impossibilitar a execução da nova parte.
5 5 2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 2.1 HISTÓRICO DA EMPRESA A Tokken Engenharia LTDA-ME foi fundada no fim do ano de A empresa atua no ramo de engenharia civil, executando e projetando os principais projetos abrangidos pela área. 2.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA O desenvolvimento do projeto e consequente execução de uma ampliação sobre, ou anexo a uma edificação, caracteriza-se por ser mais trabalhosa em comparação a uma construção iniciada do zero. Conseguir elaborar um projeto no qual é previsto todos os empecilhos que podemos encontrar durante a execução, é essencial para a economia de tempo, dinheiro e material. 2.3 JUSTIFICATIVA Oportunidade do projeto Este trabalho apresenta ao aluno a chance de obter conhecimento em uma área muito específica da engenharia civil, a qual é muito pouca retratada em salas de aulas, pois não há grandes estudos e bibliografias que se referem ao assunto Viabilidade do projeto Com o desenvolvimento do trabalho, será possível descrever todos as dificuldades entradas na ampliação, suas causas, prevenção e solução serão citadas.
6 Importância do projeto Facilitar que futuras obras com características parecidas com esta, sejam executadas com mais eficiência, podendo assim, economizar tempo e dinheiro, e ainda poder evitar que a obra seja mal executada. 2.4 OBJETIVO Objetivo Geral Acompanhar o desenvolvimento do projeto e execução, em uma ampliação de uma residência em Lages-SC Objetivo Específico Encontrar os pontos que, durante o projeto, apresentem necessidade de soluções; Verificar qual a resposta encontrada para resolver; Identificar se foi possível ou não a execução da solução encontrada; Durante a execução anotar os pontos que estão em conflito com o projeto; Listar todos os problemas da obra para que na próxima seja corrigido tudo durante o projeto.
7 7 3 REVISÃO DA LITERATURA 3.1 PROJETO ESTRUTURAL Os projetos estruturais de concreto armado devem seguir à risca, as orientações que estão registradas na NBR 6118:2004 Projeto de estrutura de concreto Procedimento. Nela são descritos os procedimentos que devem ser adotados quando será efetuado o dimensionamento de uma estrutura. São métodos e procedimento que irão assegurar as estabilidade e desempenho condizente com os padrões adotados em todos os projetos estruturais do país. 3.2 CONCRETO ARMADO Segundo Carvalho (2017), o concreto armado é obtido por meio da associação entre concreto simples e armadura convenientemente colocada (armadura passiva), de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforções solicitantes. Ou seja, o concreto armado consiste na junção da resistência à compressão do concreto, junto com a resistência a tração do aço, tornando a estrutura resistente às solicitações da edificação. O concreto além de resistir bem contra a compressão, ajuda o aço a se proteger contra as corrosões causadas pelas intempéries. Ao relatar como surgiu o concreto armado, Botelho e Marchetti (2013) dizem: em média o concreto resiste à compressão dez vezes mais que à tração. Uma ideia brotou: por que não usar uma mistura de material bom para compressão na parte comprimida e um bom para tração na parte tracionada? Essa é a ideia do concreto armado. Na parte tracionada do concreto, mergulha-se aço, na parte comprimida, deixa-se só concreto (o aço resiste bem à tração). Assim, temos a ideia da viga de concreto armado.
8 VANTAGENS O concreto armado apresenta boa resistência à maioria das solicitações. Com uma união de boa trabalhabilidade e mão-de-obra farta, possibilita que a execução ocorra com fluidez. Além disso, dentre os materiais estruturais existentes no mercado, possui um dos melhores desempenhos contra o fogo e desgastes por intemperismo DESVANTAGENS O concreto armado é um bom condutor de som e temperatura, o que pode vir a ser um problema dependendo do uso da edificação. A principal desvantagem na utilização do concreto armado, deve-se a necessidade de utilização de forma e escoramentos, os quais aumentam o custo da obra. 3.3 COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS A Compatibilização de projeto consiste em unir os diferentes tipos de projeto e traçar os principais pontos onde haverá objeção uma com a outra. Atualmente quando se trata de projetos elaborados desde o começo, é possível ser realizados em plataformas BIM. Com isso, poderá ser visto previamente onde um projeto poderá atrapalhar o outro. 4 METODOLOGIA 4.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA A pesquisa terá delineamento qualitativo, onde será analisado o desenvolvimento da obra e averiguado a sua qualidade e comparado com uma obra que se inicia do zero.
9 9 4.2 PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS A coleta de dados e informações para esta pesquisa serão realizadas dentro da obra com o auxílio do projeto previamente desenvolvida em escritório. Serão analisados as dificuldades e entraves encontrados para o andamento da obra. 4.3 PLANOS DE ANÁLISE DE DADOS Os dados obtidos serão analisados fazendo um comparativo de tempo e custo em relação a estimativa do mesmo serviço realizado em uma obra onde não haverá elementos previamente construídos. 5 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 5.1 REMOÇÃO DAS PARTES NÃO APROVEITADAS DO PROJETO Como em toda reforma, há a necessidade de demolir as partes que não serão utilizadas no projeto. Nessa obra, foi aconselhado ao dono para que seja demolido tudo e começar a partir do zero, o que pouparia tempo e dinheiro. Porém, o proprietário resolveu manter algumas paredes em pé para que sejam reaproveitadas. Assim sendo, foi retirado todo o telhado da edificação antiga, junto com uma boa parte do piso. O telhado foi retirado porque será usado laje no lugar, e posteriormente será reaproveitado. O piso teve que ser quebrado para que seja realizado os reforços necessários na estrutura para suportar o segundo pavimento. No decorrer do desmanche da obra, foram levantados alguns pontos onde haverá um contratempo por se tratar de uma reforma. Como foi necessário a remoção do piso já existente, com a cerâmica e contra piso feitos, para a colocação das formas das vigas de baldrames, foi preciso cortar uma vez o piso com uma serra circular na área onde seria necessário a remoção do piso, e ainda quebrar o
10 10 piso para que, depois de retirado o entulho, seja retirado o solo para a colocação das formas. Além disso, durante a retirada de solo para a execução das sapatas, foi quebrado um cano de drenagem pluvial que estava próximo da edificação. Este tubo após o término da reforma deverá ser realocado, pois no seu alinhamento haverá um pilar. Algo que não estava previsto no projeto original. Na Figura1, é perceptível a marca deixada pelo telhado após a sua remoção. Já na Figura 2, é possível visualizar o corte que foi realizado no piso da edificação para a futura execução das vigas de baldrames. Figura 1
11 11 Figura 2 Durante o processo de remoção do piso, e posterior retirada de solo, os operários encontraram uma tubulação de drenagem pluvial, que acabou sendo atingido e quebrado. Na Figura 3 é possível a melhor visualização. Figura 3
12 EXECUTANDO AS SAPATAS E VIGAS DE BALDRAMES Após a retirada e limpeza dos materiais que não serão reaproveitados, foram executados as formas e ferragens das vigas e sapatas. Ambas tiveram que se adequar aos novos esforços solicitados pelas novas lajes. Além disso, com a inserção de novos alinhamentos de paredes, foi necessário acrescentar mais vigas de baldrames, e, consequentemente, mais alguns pilares. Nessa etapa, as vigas de baldrames tiveram que ser colocadas paralelas as já existentes, pois não é possível a retirada devido as paredes que permaneceram em pé. Em contrapartida, os pilares foram acrescidos dentro das paredes. Assim sendo, foi necessário quebrar as paredes existentes para que fosse possível passar os pilares. Nesse processo, a existência de uma edificação antiga atrapalha na execução e montagens das formas e ferragens. A Figura 4 e 5 mostram as caixarias e ferragem para a futura concretagem das vigas de baldrames. Figura 4
13 13 Figura 5 Na Figura 6 é possível visualizar os arranques dos pilares. Figura 6
14 CONCRETAGEM DAS SAPATAS E VIGAS DE BALDRAMES Após o término das montagens das formas e ferragens, a concretagem das sapatas e viga de baldrames ocorreram sem mais contratempos significativos. As formas foram utilizadas para evitar o uso excessivos de materiais na hora da concretagem, fazendo com que, apesar de gastos com madeira, o custo final seja menor. Com a presença do piso da antiga edificação, houve mais facilidade de locomoção por parte dos operários durante a concretagem. As Figuras 7, 8 e 9 mostram as sapatas e vigas antes da concretagem. Figura 7
15 15 Figura 8 Figura MONTAGEM E CONCRETAGEM DO PILARES Após a concretagem das sapatas e vigas, foi iniciado a montagem dos pilares, sendo necessário a montagem das caixarias e armaduras. Com isso, foi necessário quebrar as paredes existentes para dar espaço aos pilares
16 16 novos, causando mais retrabalho para ser realizado. A Figura 10 apresenta alguns operários removendo trechos de paredes. Figura 10 Nas Figuras 11, 12 e 13, é possível ver as caixarias dos pilares. Figura 11
17 17 Figura 12 Figura 13 Para a realização da concretagem com êxito, é necessário que as caixarias de
18 18 pilares sejam escoradas. Para isso são utilizadas madeiras que serão fixadas em alguns pontos que sejam firmes. Os escoramentos além de auxiliar no reforço da caixaria, contribui para que não ocorra diferença na prumada do pilar, evitando assim, retrabalho no decorrer da obra. 5.5 MONTAGEM E CONCRETAGEM DA LAJE As figuras 14, 15 e 16 mostram a montagem da laje, com escoras, caixarias, apoio e travamento. Figura 14 Figura 15
19 19 Com a presença prévia das paredes, foi possível diminuir alguns pontos de apoio da laje com escoras, fazendo com que as paredes em si sirvam de apoio, aumentando o vínculo entre os elementos e diminuindo o custo com escoras. Figura 16
20 LEVANTAMENTO DA ALVENARIA A Figura 17 mostra o levantamento da alvenaria. Figura 17 Após a concretagem da laje e sua secagem, foi iniciado o levantamento da alvenaria do segundo pavimento. Como se trata de uma parte nova da edificação, não é possível fazer um comparativo de retrabalho devido à presença ou não de uma antiga edificação. Além disso, serviços futuros também não poderão ser comparados, pois o telhado será feito novo, assim como todo o acabamento do pavimento superior. 6 SUGESTÃO No decorrer da elaboração deste trabalho, foi verificado que para melhor execução desta ampliação, seria mais conveniente economicamente e temporalmente, mais eficiente a demolição total da edificação. Uma das partes mais delicadas para a demolição, o telhado teve que ser
21 21 retirado de qualquer forma. Se fosse bem planejado com os operários, seria de grande valia a locação de maquinário por um ou dois dias, o que resultaria em economia para ambos os lados. De acordo com o mestre de obras, foi perdido muitas horas com a necessidade de remoção da edificação antiga, e a economia de material não se compara com o desperdício da mão de obra, pois basicamente o que foi reaproveitado foram alguns trechos de alvenaria, algo que não se pode dizer que é algo caro para a obra em si.
22 22 CONCLUSÃO O reaproveitamento da estrutura da antiga edificação solicitada pelo responsável da obra, veio como um pedido para tentar economizar dinheiro, na tentativa de reaproveitar os elementos já existentes. Assim como todas as obras civis, o levantamento do orçamento consiste num processo minucioso e quase nunca preciso. Por se tratar de uma edificação pequena, foi possível fazer um levantamento prévio, sem muito detalhamento. Foi repassado ao proprietário que seria mais barato, muito por conta da mão de obra, derrubar a edificação inteira e levantar a parte nova do zero. O principal fator que favoreceu esse aconselhamento, é o fato da necessidade de refazer a estrutura por completa, pois apenas reforços nos pilares e vigas iriam causar trincas e fissuras a médio prazo, o que não comprometia a sua resistência, mas causaria custos adicionais com pinturas, pois a edificação nova e a antiga trabalhariam fora de sincronia. Apesar disso, foi decidido reaproveitar as paredes existentes, assim como alguma parte do piso. Como isso, para a realização das sapatas e vigas de baldrames, foi necessário a remoção, em partes, do piso. Nesse momento que o retrabalho começa a pesar no orçamento e andamento da obra. Se fosso optado por um desmancha completo, poderia utilizar maquinário e agilizar a sua demolição, o que facilitaria muito na hora de executar a nova parte. Entretanto, com a necessidade de quebra apenas onde era necessário, foi exigido dos operários tempo e dedicação extra para que seja removido apenas onde era realmente necessário. Isso acarreta uma demora extra, em relação a utilização das maquinas, pois ao mesmo tempo que a máquina custa mais, ela rende muito mais e quando for executar a nova parte, será mais fácil para o operário. Após a remoção das partes antigas para a execução das sapatas, foi possível levantar alguns pontos onde será necessário a execução de retrabalho. O que mais se destaca vem da parte de fora da edificação, onde é será necessário
23 23 refazer a calçada e a tubulação do esgoto pluvial, algo que certamente não era esperado quando foi começado a obra. Na execução dos pilares, foi necessário mais uma vez a remoção de alguns trechos de paredes para que seja possível a montagem da ferragem e caixaria para a execução dos pilares, um retrabalho que mais uma vez, poderia ser evitado. Quando foi executado as caixarias da laje e consecutivamente o escoramento da mesma, a presença de parede ajudou a reduzir o número de escorar utilizadas. Após a análise dos fatores citados durante este trabalho, foi possível concluir que, para essa obra em particular, valeria mais a pena a remoção total da edificação antiga e em consequência a execução da nova estrutura. Os valores economizados nos trechos de paredes reaproveitados não justificam monetariamente. Ainda mais quando levado em conta a mão de obra dedicada para a execução da parte nova.
24 24 BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 6118: Pojeto de estruturas de concreto Procedimentos. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS : Execução de estruturas de concreto Procedimento. CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de. Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado. 4. ed. São Carlos: Edufscar, BOTELHO, Manoel Henrique Campos; MARCHETTI, Osvaldemar. Concreto Armado Eu Te Amo. 7. ed. São Paulo: Blucher, 2013.
FIGURA 15 - Ferragem do pilar amarrada no arranque do bloco. Fonte: Acervo da autora, 2016.
29 instaladas e passaram por um devido nivelamento (figura 17) e posterior escoramento (figura 18), as ferragens foram colocadas dentro das formas e amarradas nas ferragens dos blocos (arranque figura
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