As NTICs e a transformação do ensino superior no Brasil As promessas, os desafios e realizações do período

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1 As NTICs e a transformação do ensino superior no Brasil As promessas, os desafios e realizações do período João Vianney Os ciclos da educação a distância no Brasil, tradicionalmente caracterizados no século XX pelas gerações do ensino por correspondência, da rádio-educação, da tele-educação, pelo cenário de uso de Internet e de videoconferência na segunda metade da década de 1990, e de uma nova expansão da teleeducação por TV digital nos anos de 2002 a 2004, podem agora também ser agrupados em uma dimensão diferenciada no aspecto da profissionalização da gestão dos programas de educação a distância no ensino superior a partir da virada do século. As universidades brasileiras, que somente buscaram atuar na educação a distância em caráter regular a partir de 1994, quando a Universidade Federal do Mato Grosso criou um curso de licenciatura para formar professores leigos no exercício do magistério nas séries iniciais do ensino fundamental, atuam, desde então, num crescente em direção à educação a distância, buscando qualificação docente e técnica, tecnologia, e competência para a gestão administrativa em educação a distância. Enquanto que no período de 1994 até 2000 os principais programas de educação a distância implementados tinham como característica uma modelagem de projeto com finalidade, financiamento e duração específica, quase sempre conduzidos por instituições públicas e orientados para atender demandas sociais e com subsídio público, o período seguinte marca a entrada de agentes privados no ensino superior a distância, que por conseqüência da própria natureza institucional necessitam profissionalizar a administração dos programas fora da modelagem de projeto com duração determinada. O ingresso das universidades brasileiras no cenário da educação superior a distância coincide, portanto, com a chegada às instituições de ensino superior do uso intensivo e crescentemente ampliado das tecnologias digitais e do uso das mesmas na comunicação educacional. As chamadas novas tecnologias da comunicação e da informação (NTICs) trouxeram para o campo da educação a distância um espectro de possibilidades que potencializava em escalas impensadas o cenário desta modalidade educacional, que até então se operacionalizava tradicionalmente como ensino por correspondência, ou, a partir da metade do século XX, como tele-educação. O espectro de possibilidades das NTICs impactou profundamente a discussão emergente da educação a distância no Brasil. Assim, as possibilidades de transformação universitária nos anos 90 no Brasil foram marcada pela força de vaticínios,de prognósticos que se apresentavam como determinantes para o ensino superior, em especial: Diretor da UnisulVirtual Educação Superior a Distância. Universidade do Sul de Santa Catarina Unisul. vianney@unisul.br 1

2 1. Peter Drucker fez a previsão de que em 30 anos as universidades serão como desertos ou cemitérios, sem alma alguma 2. Nicholas Negroponte anunciava que os bits iriam substituir os átomos, sepultando a cultura do papel e do estudo em impressos. 3. Os especialistas brasileiros em NTICs anunciaram que a Universidade Virtual seria uma realidade no novo milênio, rompendo os paradigmas anteriores. A conjugação destes vaticínios com a emergência do ensino superior a distância resultava num conjunto de possibilidades de realização de grandes projetos, de soluções que se apresentavam como realizadoras de desafios fundantes num país de carência educacional e de dimensões continentais como o Brasil. Os quesitos abaixo ilustram o que pontuava a discussão acadêmica que sugeria uma educação a distância nascente no Brasil. - Custos reduzidos - Acesso ampliado:democratizar e universalizar o ES - Maior qualidade - Pedagogia inovadora - Acesso a qualquer tempo e lugar - Interatividade total e redes de aprendizagem - Bibliotecas digitais (virtuais) - Conteúdos de qualidade - Programas de características internacionais - O fim das iniqüidades Porém, ao contrário da estimativa de Peter Drucker, os campi universitários, praticamente dez anos depois, estão cheios de tecnologia e de alunos. A ociosidade de vagas o ensino superior presencial no Brasil ocorre em instituições privadas onde a mensalidade a ser paga pelos alunos está acima da capacidade de compra das classes de menor poder aquisitivo. No ensino superior gratuito a demanda de alunos permanece superior à capacidade de atendimento; O crescimento da oferta de vagas no ensino superior no Brasil ocorreu principalmente no ensino presencial privado, com a criação de faculdades em cidades de pequeno e de médio porte, desconcentrando a oferta que até então estava centrada nas capitais e regiões metropolitanas. E, ao 2

3 contrário do que previu Negroponte, o número de títulos e a quantidade de livros publicados e vendidos cresce e bate recordes de vendas a cada ano. NO aspecto da expansão da educação a distância, embora tenha se tornado realidade no Brasil neste interregno de 1994 a 2005, ao contrário do que previram especialistas em NTICs, as Universidades Virtuais não alcançam ainda 5% das matrículas. O fascínio que as possibilidades de uso das TICs trouxeram, com uma grande diversidade nas interfaces de aplicabilidade, parece ter provocado em muitos dos especializas incluindo o autor deste artigo, uma impressão de que as tecnologias determinariam as mudanças institucionais. Não estivemos nós especialistas em educação a distância no Brasil, atentos a fatores como diversidade cultural, cultura institucional, cultura organizacional, custos progressivos, barreiras idiomáticas e, por que não, sem mesmo fazer uma reflexão mais aprofundada sobre o ser humano e suas características gregárias. Como que numa síntese por tópicos, poderíamos colocar que, no Brasil, no período selecionado: 1. As Universidades Virtuais foram criadas buscando, de fato, explorar as possibilidades de uso pedagógico das tecnologias digitais, porém enfrentando custos superiores para criar produtos multimídia; 2. Os sistemas anteriores de Educação a Distância incorporaram progressivamente as TICs, modernizando tecnologia e praticas pedagógicas; 3. O ensino presencial está incorporando as TICs e promovendo modelos híbridos de relacionamento com os estudantes, professores e investigadores; 4. Universidades tradicionais criam núcleos/campus de EaD, e passam a oferecer educação flexível (presencial, a distancia, e semipresencial). 5. As IES tradicionais investiram em novas tecnologias, mas não esperam e tampouco estimulam mudanças revolucionárias em seus processos com uso das TICs; 6. O uso das TICs está promovendo mudanças incrementais na prática docente, mas a aula magistral permanece como principal meio de instrução; 7. Os docentes sentem aumentar a sua carga de trabalho com o uso das TICs, porém sem compensação financeira para o novo esforço; 8. A brecha digital impede que os produtos/cursos da Universidade Virtual cheguem aos excluídos 3

4 Nestes primeiros anos, portanto, de 1994 a 2005, a educação superior a distância comportou-se com um pêndulo no Brasil, tendo, em cada pólo da amplitude do movimento, de um lado as universidades públicas e, do outro, as instituições privadas. Na área pública, uma boa parte das instituições ainda tem no seio da academia uma representação social de ser a educação a distância uma modalidade de caráter supletivo ou emergencial. Esta visão está refletida no perfil de cursos a distância criados e em oferta pelas universidades federais e estaduais, e que são em sua quase totalidade licenciaturas para formação de professores leigos em exercício no ensino fundamental e no ensino médio. É claro que com este produto estas instituições cumprem uma função social de relevância na formação de mestres, mas, por outro lado, revela também um entendimento de educação emergencial para a educação a distância. Parece persistir uma dúvida de origem no setor público. Na gestão do exministro Paulo Renato à frente do Ministério da Educação, de 1995 a 2002, os investimentos em educação a distância do ministério estiveram concentrados justamente em gerar tecnologia e produtos educacionais de apoio à sala de aula no ensino básico. O ex-ministro Cristóvam Buarque, durante o ano de 2003, alardeou grandes metas para a educação a distância. Porém, limitando-a, quase sempre, também às licenciaturas. Tarso Genro, empossado ministro em 2004, não teceu loas em público para a educação a distância, mas implementou ações com o lançamento de editais para a criação de conteúdos e produção de materiais didáticos direcionados à oferta de licenciaturas de caráter emergencial, e no limite da sua despedida do MEC, em meados de 2005, conduzia os entendimentos de integração entre empresas estatais e universidades federais em direção à criação da Universidade Aberta do Brasil, política que teve seguimento pelo substituto de Tarso genro, Mauro Haddad. Sem, porém, uma caracterização formal de criação de estrutura pública ou de aporte de verbas federais para este último projeto. O setor privado tenta ainda decodificar os meandros de como se criar e ofertar educação a distância com sustentabilidade financeira. De um cenário ilusório ao final da década de 1990, quando se anunciava uma corrida do ouro em direção à educação a distância, onde o aumento do número de alunos e da receita de IES privada parecia viável, o setor privado entra na década de 2000 enfrentando a crueza de planilhas que demonstram ter a educação a distância custos praticamente equivalentes aos do ensino presencial para uma oferta de qualidade. O exemplo de sucesso da Phoenix University, dos Estados Unidos, sempre citado como prova da viabilidade empresarial para educação a distância nos fóruns brasileiros de ensino superior, quase nunca é analisado em profundidade. Naquela instituição a educação a distância tem preços de venda acima dos preços para um mesmo curso presencial, mostra uma leitura com a lupa na mão. Como alternativa para baixar custos e, conseqüentemente, ter preços de venda compatíveis com a capacidade de compra da população brasileira, é um aumento na escala, com um maior número de alunos por curso. O detalhe é que este modelo, que no Brasil emerge como educação telepresencial de massa em 2003 e 2004, pode levar à concentração do mercado em poucos 4

5 operadores, e que, pela falta de competitividade, poderiam acomodar-se em patamar de cobrança de mensalidade mais altos do que se poderia desejar, sem a necessária contrapartida em um atendimento tutorial aos alunos. Tanto no setor público quanto no setor privado, o que se observa nesta década de 1994 até 2005, é uma alta taxa de mortalidade nas iniciativas universitárias na área. Em que pese mais de duas centenas de instituições terem já estruturado núcleos de educação a distância, pouco mais de cinqüenta alcançavam a condição de instituições credenciadas pelo Ministério da Educação para atuar com a oferta de cursos de graduação, seqüenciais e de pós-graduação lato sensu até o final de E, destas, não mais que duas dezenas com oferta regular de programas. Neste cenário, em 2001, nasce o projeto UnisulVirtual, como uma proposta da Universidade do Sul de Santa Catarina para a construção de modelos flexíveis de educação superior. O conceito de educação flexível busca superar as dicotomias que se estabeleciam até então, entre educação presencial e educação a distância. Se a educação a distância era definida por oposição à educação presencial, pela separação em tempo e em espaço entre professores e alunos, esta característica era em si superada pela chegada do conceito de Universidade Virtual, onde o uso intensivo das novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) virtualizava as relações, tornando irrelevantes as questões de tempo e de espaço enquanto separação, uma vez que o uso das TICs trouxe a possibilidade da instantaneidade, quebrando o tempo, e o do pertencimento, quebrando o espaço. A Educação Flexível, por outro lado, busca compreender a educação sem a distinção entre educação a distância ou educação presencial, ou entre universidade virtual e universidade não virtual. O que se busca é compreender, decodificar, criar instrumentos e implementar estratégias e programas de modernização da educação como um todo. Assim, numa universidade convencional como a Unisul, já aos 40 anos de idade, o conceito de educação flexível permitiria não apenas modernizar práticas e estratégias do ensino até então praticado, como preparar a instituição para os desafios do cenário da educação a distância. A flexibilidade viria a se traduzir em que professores e alunos da educação presencial pudessem utilizar no seu dia-a-dia recursos e estratégias de ensino e de aprendizagem tidos até então como da educação a distância, tais como uso de instrumentos mediadores da aprendizagem previamente estruturados em metodologia e conteúdos específicos, produzidos em escala, contato entre professores e alunos para além do espaço presencial, ampliando as possibilidades de trocas de aprendizagem, e alcançando a possibilidade de que, mesmo sendo alunos do ensino presencial, pudessem estes cursar disciplinas por educação a distância. E, na educação a distância, que os alunos de carreiras ofertadas nesta modalidade pudessem contar com recursos de apoio tidos como exclusivos da educação presencial, tais como assistência permanente de professores e técnicos especializados, participar de grupos de estudo, de formar comunidades virtuais de aprendizagem, de poder utilizar acervos físicos ou digitais da biblioteca universitária. 5

6 No cenário da educação flexível, portanto, é possível aos alunos do ensino presencial virtualizar parte da sua formação, utilizando para a aprendizagem recursos da educação a distância e mesmo cursar disciplinas a distância. A formação que era 100% presencial torna-se híbrida. E, aos alunos da educação a distância, da mesma forma, as possibilidades colocadas pelo uso intensivo das TICs permitem a este gozar de uma ambiência universitária impensada até a década de 90 para a educação a distância. Ao invés de uma oposição entre os conceitos de presencial e de a distância, há uma integração constante e virtuosa entre ambos. A seguir, como que num decálogo, uma síntese da UnisulVirtual: 6

7 1. A UnisulVirtual? UnisulVirtual, campus da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), é a unidade responsável pela oferta de cursos superiores a distância da instituição. A UnisulVirtual promove a preparação de professores universitários para criar conteúdos e atividades para educação a distância, a formação de professores tutores encarregados do atendimento aos alunos, desenvolve tecnologias da informação e da comunicação aplicadas à educação a distância, e faz o treinamento de técnicos que atuam nos serviços de secretaria, monitoria, logística, produção industrial e de publicações para educação a distância. A UnisulVirtual atua também no suporte ao ensino presencial da Unisul, criando disciplinas a distância, e capacitando professores e técnicos para o uso pedagógico das novas tecnologias e da educação a distância como apoio à educação presencial. De 2001 a 2005 a UnisulVirtual criou e ofertou 12 carreiras de graduação a distância, ofertando programas nas áreas de gestão financeira, gestão de varejo e de serviços, administração pública, matemática, turismo rural, ciências contábeis, gestão de tecnologia da informação, webdesign e programação, segurança pública, administração, formação pedagógica e comércio exterior. Na pós-graduação, no mesmo período, ofertou programas de especialização em saúde coletiva e da família, formação de educadores em enfermagem, direito civil, prática docente, gestão governamental, software livre, educação matemática e em metodologia da educação a distância. No segundo semestre de 2005 contabilizava mais de seis mil alunos matriculados em programas de graduação, pós-graduação e de aperfeiçoamento profissional a distância. 2. Os Credenciamentos junto ao Ministério da Educação A Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina foi credenciada pelo Ministério da Educação como universidade em 1989, pela Portaria MEC 028/89, de 27 de janeiro daquele ano. Para atuar com educação superior a distância, em atenção ao parágrafo primeiro do artigo 80 da Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a Unisul também foi devidamente credenciada pela União, conforme os seguintes dispositivos: - Abrangência Nacional: Portaria MEC 2.146, publicada no Diário Oficial da União de 20 de julho de Página 99, seção 1, autorizando a Unisul a atuar em todo o território nacional na oferta de cursos superiores a distância; - Nível de Graduação - Portaria MEC n.º 1.067, de 8 de maio de 2003, publicada no Diário Oficial da União em 9 de maio de 2003; 7

8 - Nível de Pós-Graduação (lato sensu) - Portaria MEC n.º 2.132/2002, publicada no Diário Oficial da União de 23/7/2002, e Despacho Ministerial publicado no Diário Oficial da União de 9 de dezembro de 2002, página 20, Seção 1; - Curso Seqüencial: Portaria n.º MEC 238/2003, publicada no Diário Oficial da União em 21 de fevereiro de 2003; Autonomia Universitária: O Parecer 0301/2003, da Câmara de Ensino Superior do Conselho Nacional de Educação, homologado pelo Ministério da Educação e publicado no Diário Oficial da União em 9 de agosto de 2004, Seção I, página 26, define que desde que credenciada a universidade para a oferta de educação a distância, nos termos do artigo 80 da LDB, a criação de cursos, a fixação do número de vagas e a abrangência de atuação, respeitam o preceito da autonomia universitária. E, em cumprimento ao parágrafo terceiro do artigo 80 da Lei 9.394/96, as normas para produção, controle, avaliação e reconhecimento dos cursos criados atendem à Resolução 77/04 do Conselho Estadual de Educação do Estado de Santa Catarina, uma vez estar a Unisul vinculada ao Sistema Estadual de Educação de Santa Catarina. 3. Os cursos a distância com o mesmo valor de um curso presencial A única diferença entre cursos a distância e cursos presenciais no Brasil, diante da legislação educacional, é a forma com que o curso é realizado, mas a validade é a mesma. Os cursos superiores a distância oferecidos pela Unisul estão em conformidade com a legislação educacional brasileira. Os diplomas conferidos aos alunos que concluem com aproveitamento os cursos superiores a distância têm a mesma validade dos diplomas conferidos aos alunos de cursos presenciais equivalentes. 4. O conceito da Educação a Distância De acordo com a legislação educacional brasileira, Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. Esta é a definição que consta no Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB lei n.º 9.394/96. 8

9 Na UnisulVirtual, este processo de aprendizagem é enriquecido com a integração entre alunos e professores, dos alunos com os seus colegas, e dos alunos com as equipes de apoio da UnisulVirtual. A comunicação ocorre com o uso de tecnologias da comunicação e da informação, formando comunidades virtuais de aprendizagem. Os alunos contam ainda com materiais didáticos impressos e on-line que são disponibilizados no início de cada disciplina. Recebem guias de estudo para orientar a aprendizagem na educação a distância, guias com as orientações específicas de cada curso, e ainda, contam com manuais de orientação e com equipes de monitores que auxiliam o aluno a utilizar os recursos da Internet na educação a distância. A UnisulVirtual auxilia os alunos para que eles possam alcançar sucesso na aprendizagem a distância. Orienta para que eles façam um planejamento com organização do tempo para o estudo individual e para a interação com professores e outros colegas do curso, além, é claro, de estratégias que o próprio aluno estabelece para estudar de acordo com suas características pessoais. Nos cursos superiores os alunos participam de aulas inaugurais de integração à universidade, que são transmitidas via satélite para pólos em todo o Brasil. Os professores oferecem atendimento para tirar as dúvidas dos alunos durante o período de oferta das disciplinas. As etapas de avaliação são presenciais, e as provas acontecem ao final de cada bimestre letivo nas cidades-pólo que são indicadas no processo seletivo ao início de cada curso. 9

10 5. As vantagens da educação a distância O aluno pode escolher e gerenciar com autonomia o seu horário e o seu local de estudo, conforme suas necessidades. O acesso à educação se torna mais flexível. Isto permite que muitas pessoas que, por exemplo, por questões de distância geográfica, de horários de trabalho, ou que por outras razões não puderam ou não podem estar cursando o ensino presencial possam, agora, realizar o sonho de um ensino superior de qualidade. Veja na tabela abaixo outras vantagens para se estudar a distância: Características da UnisulVirtual 1. Custos reduzidos 2. Pedagogia inovadora 3. Autonomia do aluno 4. Materiais didáticos já incluídos no preço 5. Democratização do ensino superior 6. Acesso dos alunos a qualquer tempo e lugar 7. Interatividade entre alunos, professores e técnicos de apoio 8. Apoio com conteúdos digitais adicionais 9. Metodologia orientada para educação de adultos 10. Conteúdos desenvolvidos com orientação de aplicabilidade 6. Breve histórico da UnisulVirtual A história da educação a distância na Unisul tem suas origens nos anos de 1998 e de 1999, quando a universidade cria o programa UnisulAberta, orientado para a pesquisa em modelos, metodologias e tecnologias aplicadas à educação a distância. Em 2001 a instituição cria também o programa UnisulVirtual, orientado para a preparação de professores e o desenvolvimento de cursos a distância. Em 2002 a universidade unifica os dois programas e cria uma Diretoria de Educação a Distância, vinculada à Pró-reitoria Acadêmica, alcança o primeiro credenciamento do MEC para educação a distância, e lança os primeiros cursos superiores a distância. No ano de 2005, contando já com a oferta de oito cursos de graduação, de nove cursos de pósgraduação, e com alunos a distância, a reitoria da Unisul cria, então, o Campus UnisulVirtual. Nestes sete anos de trajetória a Unisul já preparou 776 docentes da própria instituição para que pudessem atuar como autores de conteúdos e como tutores em cursos a distância. A produção 10

11 acadêmica acumulada é de 184 disciplinas já formatadas, o que inclui a publicação total de volumes que foram distribuídos para alunos em todo o Brasil, na África, na Europa e na América do Norte. 7. O Sistema Tutorial da UnisulVirtual A UnisulVirtual coloca à disposição de seus alunos um completo sistema de apoio, com professores e monitores preparados para tirar as dúvidas em relação aos conteúdos, às atividades, à utilização das tecnologias de comunicação e a questões administrativas. O Sistema Tutorial é formado por especialistas em educação a distância e na área do conhecimento específico do curso. A equipe que faz parte deste sistema engloba: o coordenador do curso, o professor conteudista, o professor tutor e o monitor. O coordenador do curso é o responsável pela organização e o desenvolvimento do projeto pedagógico e do curso. Coordena o andamento didático-pedagógico zelando pela qualidade do ensino, adequação do currículo e as atividades de pesquisa e extensão. Reúne os professores responsáveis para ministrar as diferentes disciplinas. Articula os conteúdos com os professores autores. Orienta e acompanha o trabalho dos professores tutores e supervisiona o andamento dos aspectos técnicos do curso com o trabalho dos monitores. O professor conteudista é o responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas que integram o curso. Ele faz também a seleção das estratégias de ensino e aprendizagem que serão aplicadas. Além disso, quando não exerce a tutoria, orienta o professor tutor nas questões relativas ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos, no processo de ensino-aprendizagem e de avaliação. O professor tutor é um mediador no processo de ensino-aprendizagem, sendo o responsável pela motivação dos alunos e pela criação de oportunidades de aprendizagem. Ele acompanha os alunos durante o desenvolvimento das atividades de cada disciplina ou módulos, orientando-os na realização das mesmas. É o responsável pela realização da avaliação da aprendizagem, fornecendo conceitos ou notas ao final do curso. É um profissional que domina o conteúdo do curso de forma que pode auxiliar os alunos a sanar suas dúvidas. O monitor é um profissional que auxilia o aluno de forma sistemática e colaborativa em questões administrativas, na motivação para os estudos e no acompanhamento do processo ensino aprendizagem. O monitor colabora no sentido de humanizar e auxiliar o aluno no desenvolvimento de sua autonomia de estudos. A monitoria não está envolvida com questões de conteúdo, nem influencia no processo de avaliação da aprendizagem. O foco da monitoria é dar o suporte técnico, administrativo e motivacional, garantindo ao aluno segurança e bem-estar.estes profissionais estão à disposição do aluno durante todo o curso. 11

12 8. A Metodologia da UnisulVirtual Os avanços da educação a distância têm comprovado que um aluno pode aprender eficazmente, de maneira independente, diversos conteúdos científicos, sempre que possa contar com uma tecnologia educacional adequada para garantir a qualidade científica e pedagógica dos conteúdos. São fundamentais na metodologia a distância quatro elementos: - o material e os recursos didáticos: manual do aluno, livros didáticos e materiais digitalizados on-line, videoconferência, compactados ou distribuídos em outras mídias (CD-Rom, áudio, vídeo); - o sistema de apoio tutorial: tutoria via Ambiente Virtual de Aprendizagem e monitoria via Ambiente Virtual de Aprendizagem, e telefone; - os sistemas de avaliação: a distância e presencial; - as vias de comunicação interpessoal: e ferramentas do Ambiente Virtual de Aprendizagem. 9. O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) De modo simples, um AVA é um conjunto de elementos tecnológicos disponíveis na Internet. É um local virtual onde são disponibilizadas ferramentas destinadas a permitir acesso a um curso ou disciplina e também permite a interação entre a comunidade envolvida no processo de ensino-aprendizagem (alunos, professores e monitores). Existem vários AVA s no Brasil, e que são utilizados tanto para suporte ao ensino presencial como para o oferecimento de cursos a distância. A característica comum entre eles é a possibilidade de ofertar uma sala de aula virtual para o acompanhamento dos alunos e a realização de atividades de aprendizagem. Os ambientes virtuais de aprendizagem rompem os limites da sala de aula presencial e favorecem a formação de comunidades virtuais de aprendizagem. De maneira geral, entende-se comunidades virtuais como comunidades de pessoas compartilhando interesses comuns, idéias e relacionamentos por meio da Internet ou outras redes colaborativas. 10. O uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem na UnisulVirtual O AVA pode ser usado para: 12

13 acessar conteúdos e atividades do curso/disciplina; realizar diferentes atividades planejadas para propiciar sua aprendizagem ativa; interagir com os colegas virtuais trocando idéias, debatendo ou colaborando com seus trabalhos; interagir com o professor tutor; acompanhar sua trajetória através do relatório de atividades. João Vianney Florianópolis, 15 de outubro de