Universidade Tecnológica Federal do Paraná V SEMAPA 2009

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1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná V SEMAPA 2009 PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ A Química no Cotidiano do Projeto EcoCidadão formação de facilitadores no manuseio dos resíduos sólidos urbanos domiciliares Profª Maclovia Correa da Silva Samira Leme Marilene Vilhena de Oliveira

2 O método experimental de observação dos fenômenos, estimulando a descoberta de leis ou princípios, é expresso por fórmulas poéticas em que entes e espécies se misturam dentro da realidade. André Gardel 2

3 André Gardel O universo é um todo composto sem dualidades demarcadas. O observador assume uma importância nesse contexto, uma vez que apreende o mundo de um modo específico, sem compromisso com uma única realidade. GARDEL,André. A Letra múltipla de Arnaldo Antunes, o pedagogo da estranheza. Disponível em 3

4 V SEMAPA 2009 Introdução FORMAÇÃO ACADÊMICA SEGURANÇA DOS CATADORES PRODUÇÃO AO DESCARTE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Química Ambiental GESTÃO e COMPARTILHADA o Saber fazer dos Catadores POSTURA DOS CIDADÃOS RISCOS AMBIENTAIS 4

5 V SEMAPA 2009 Palavras-chave do MINICURSO: A química no cotidiano do Projeto Eco Cidadão Projeto Eco Cidadão Química ambiental Resíduos sólidos Facilitadores Riscos 5

6 Justificativa do Minicurso Cidades Consumo de produtos Geração de resíduos sólidos domiciliares Universidade e Catadores Formação de facilitadores Problemas com relação à produção, armazenamento, descarte e destinação dos resíduos Ações preventivas 6

7 Objetivo Geral Oportunizar a reflexão, vivência e discussão do Projeto Eco Cidadão entremeando conhecimentos acadêmicos sobre química ambiental e o saber fazer do catador nas suas atividades com materiais recicláveis. Eledir Rodrigues Parque do Boqueirão 7

8 Metodologia: Mãos à obra Oficina didática A Universidade Tecnológica Federal do Paraná espelhando-se no Projeto EcoCidadão organizado pelo Prefeitura Municipal de Curitiba 8

9 Criar relações entre as atividades de extensão para a comunidade e os cursos de formação oferecidos pelas universidades brasileiras; Oportunizar trocas de experiências entre docentes, discentes e servidores; Trabalhar com conceitos de interdisciplinaridade na visão sistêmica de mundo; Apresentar dinâmicas de grupos e de pesquisa-ação; Introduzir práticas e metodologias científicas. Objetivos da Oficina 9

10 Com que idéias pensamos... Meio Ambiente Educação Ambiental Sustentabilidade Risco Projeto Eco-Cidadão 10

11 Meio ambiente como resultado da interação sociedade-natureza XV de Novembro/1902 Processos dinâmicos de múltiplas relações num tempo e espaço determinados voltados para a realidade local. O ser humano é um ser social identificável. 11

12 Educação Ambiental como construção social Processo de formação Fundamentado numa visão de mundo que valoriza a solidariedade entre os povos, a sustentabilidade o respeito ao planeta e a todos os seres com ele conectados. 12

13 Educação Ambiental como construção social Construção de estratégias educativas contextualizadas e significativas para a comunidade envolvida; criar oportunidades para reflexão, ação e disseminação de idéias e práticas de proteção ambiental. 13

14 Sustentabilidade: padrão de desenvolvimento Ecologicamente prudente Economicamente viável Socialmente justo Politicamente participativo Culturalmente equitativo, respeitoso e sem discriminação de gênero GUTIERREZ & PRADO, 1999 / RATTNER in VIEIRA

15 Risco Medida de incerteza que define a probabilidade (freqüência) esperada de ocorrência dos danos resultantes da exposição a condições adversas ou a um evento indesejado (MAZZINI,2008, p.308). 15

16 Metodologia: etapas da oficina A oficina está organizada do seguinte modo: 1. Introdução 2. Apresentação do Projeto Eco-Cidadão e objetivos da oficina 3. Explicação da atividade simulada para a oficina 4. Preparação das atividades pelas equipes ( escolha do tema, material, elaboração) 5. Apresentação das atividades pelas equipes 6. Intervalo 7. Exposição dialogada sobre os resultados obtidos 8. Avaliação do material impresso 9. Avaliação do minicurso 10 Exposição dialogada com os participantes sobre a oficina Encerramento

17 Catador de material reciclável são aqueles que... Catam, selecionam e vendem materiais recicláveis como papel, papelão e vidro, bem como materiais ferrosos e não ferrosos e outros materiais reaproveitáveis organizados de forma autônoma ou em cooperativas. (Classificação Brasileira de Ocupações/ Código ; no Código internacional CIUO 88: Recolectores de basura) 17

18 Projeto EcoCidadão Lançamento em 2008 Objetivo: Os Parques de Reciclagem oferecem condições dignas de trabalho e melhoria na renda e na vida dos trabalhadores da coleta informal. Administrado pela Aliança Empreendedora, com participação da Fundação Avina Comitê Gestor do programa, com a participação do Ministério Público do Trabalho, por meio do Fórum Estadual Lixo e Cidadania, do Movimento Nacional dos Catadores, de Secretarias municipais e de organizações parceiras 18

19 Projeto EcoCidadão Cinco parques de Reciclagem: Natureza Livre (Uberaba) Sociedade Boqueirão (Boqueirão) Itatiaia (CIC) Vida Nova (Pinheirinho) Catamare (Matriz). 19

20 Apresentando o Guia de Multiplicadores de Catadores do Projeto Ecocidadão 20

21 Apresentando o Guia de Multiplicadores de Catadores do Projeto Ecocidadão 21

22 Módulo III - Saúde e Segurança do catador no trabalho e no trânsito Riscos de acidentes Riscos ambientais Segurança no trânsito Guarda responsável dos animais 22

23 Atividade simulada: Alunos e Catadores IMAGINEM QUE VOCES SÃO FACILITADORES QUE ESTÃO ATUANDO COM OS MULTIPLICADORES QUE ORIENTAM OS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS 23

24 Trabalho em grupo Organizar uma atividade didática oral, visual ou cinestésica sobre os riscos de acidentes de trabalho, riscos químicos e ambientais. Escolha do tema e de dos procedimentos metodológicos objetivos e justificativas Identificação e caracterização do risco no manuseio dos resíduos domiciliares; Apresentação da atividade para os demais participantes da oficina 24

25 Roteiro da atividade didática a ser elaborada Grupo: Tema: Nome da atividade: Justificativa: Objetivos: Metodologia: Recursos necessários: 25

26 Apresentação das atividades didáticas elaboradas pelas equipes 26

27 Didática O indivíduo aprende não apenas usando a razão e o intelecto, mas também mobilizando sensações, emoções, sentimentos, e a sua intuição. Como um ser contextualizado, o indivíduo é uma organização viva, um sistema aberto, possuidor de uma estrutura própria de auto-regulação. A construção do conhecimento se faz a partir do autoconhecimento, do crescimento interno para chegar a uma consciência da realidade que o rodeia. O conhecimento se constrói por força da ação do sujeito sobre o mundo real e pela repercussão deste último sobre aquele.(santos, p ). 27

28 Linguagem Também os envolvidos com educação ambiental ressaltam a importância da participação popular no processo educativo. Na obra Pedagogia para o Desenvolvimento Sustentável, Perez (1994) enfatiza que o discurso, a afirmação e a declaração são apenas um primeiro passo do longo caminhar inerente ao processo educativo. Ele aponta três dimensões importantes da educação ambiental: a pedagógica, a política e a técnica. A proposta pedagógica seria baseada num fazer que parte do cotidiano do educando em três momentos: o de perceber o problema e sentir necessidade de soluciona-lo; o de objetivar a realidade para encontrar as soluções; e o analisar as causas e conseqüências do problema. 28

29 Linguagem A proposta política defende que a participação popular é imprescindível, na medida em que o poder político de uma pessoa ou grupo advém da participação nas decisões que afetam sua existência. Já a dimensão técnica é a que requer o saber fazer, uma vez que não adianta traçar objetivos se não se detêm conhecimentos que permitam a viabilização das ações que levarão a esses objetivos. (VARGAS;RIBEIRO, 2001, p.75) 29

30 Articulação entre conhecimentos acadêmicos (disciplinas), saber fazer (técnicas); e fazer, criatividade e interatividade Analisando-se a literatura a respeito da interface entre educação ambiental e a questão do lixo, observa-se uma excessiva predominância da discussão a respeito dos aspectos técnicos, psicológicos e comportamentos da gestão do lixo, em detrimento de seus aspectos políticos. A discussão conduzida pela educação ambiental está consideravelmente deslocada do eixo da formação da cidadania como atuação coletiva na esfera pública, já que há um expressivo silêncio no que se refere à implementação de alternativas para o tratamento do lixo por intermédio da regulação estatal ou dos mecanismos de mercado (LAYRARQUES, ). 30

31 Articulação entre conhecimentos acadêmicos (disciplinas), saber fazer (técnicas); e fazer, criatividade e interatividade A educação ambiental progressista, concebida como instrumento de transformação social, no entender de Almeida Jr. (1992), não visa apenas a internalização da pauta ambiental na escola e na sociedade. Seu verdadeiro sentido é a promoção da reflexão dos valores fundamentais da sociedade moderna e das instituições que se valem desses princípios para dominar, oprimir e explorar tanto a natureza como certas camadas da sociedade (LAYRARQUES, p.212). 31

32 Articulação entre conhecimentos acadêmicos (disciplinas), saber fazer (técnicas); e fazer, criatividade e interatividade [...] uma discussão mais ampla, com a participação dos cidadãos nas decisões da problemática ambiental, na qual sejam priorizadas as relações econômicas, políticas, sociais e culturais que influenciam decisivamente a relação entre a humanidade e a natureza. Caso contrário, estaremos praticando não uma educação ambiental, mas sim um adestramento ou um treinamento ambiental contribuindo, dessa maneira, para que a educação exerça somente a função de perpetuar o status quo (PALOS; MENDES, p.63). 32

33 Avaliação do minicurso Em relação ao desenvolvimento do minicurso, escolha a(s) alternativa(s) em relação à sua vivência, e complemente, caso deseje: 1. Prazer ( ) Que bom! ( ) Que tal! ( ) Que pena! 2. Trabalho em grupo ( ) Que bom! ( ) Que tal! ( ) Que pena 3. Planejamento ( ) Que bom! ( ) Que tal! ( ) Que pena! 4 Replicabilidade: pra você, enquanto multiplicador, em qual ambiente você pode fazer isso acontecer? (escola, rua, órgãos institucionais, casa de amigos, parques; associações; grupos religiosos; outros). ( ) Que bom! ( ) Que tal! ( ) Que pena! 5. Alguma coisa que você aprendeu hoje e vai usar imediatamente: 33

34 Conclusão Cidades sustentáveis para um Planeta Sustentável 34

35 Referências Bibliográficas BAIARD, Colin. Gerenciamento de resíduos e solos contaminados. In: BAIARD, Colin Química Ambiental. Porto Alegre, Bookman, 2002, p CAVALCANTE, Enoque G. Sustentabilidade do desenvolvimento: fundamentos teóricos e metodológicos do novo paradigma. Recife/PE: Ed. Universitária da UFPE, GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, p VIEIRA, Paulo Freire. A problemática ambiental e as ciências sociais no Brasil ( ). In HOGAN, Daniel & VIEIRA, Paulo Freire (orgs.) Dilemas socioambientais e desenvolvimento sustentável. Campinas, SP, UNICAMP Editora,1995. p. p LAYRARGUES, Philippe Pomier. O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. In: LAYRARGUES, Pomier; CASTRO, Ronaldo S.(org.) Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo, Cortez, 2002, p MANZINI, Ezio & VEZZOLI, Carlo. O impacto ambiental do nosso sistema de produção e consumo. In: MANZINI, Ezio & VEZZOLI, Carlo; tradução de Astrid de Carvalho. O desenvolvimento de produtos sustentáveis. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2008, MAZZINI, Ana Luiza D. Dicionário educativo de termos ambientais. Belo Horizonte, A.L.D. Amorin Mazzini, MOREIRA, Herivelto; CALEFFE, Luiz G. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. Rio de Janeiro, Lamparina, PALOS, Cássia M.; MENDES, Rosilda. Problematização da Educação Ambiental através da Oficina. In: Vargas, Heliana; RIBEIRO, Helena (orgs.) Novos instrumentos de gestão ambiental urbana. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2001, p SANTOS, Akiko. Didática sob a ótica do pensamento complexo. Porto Alegre: SULINA, 2004.