Amazônia Belezas e Verdades dos Rios

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1 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Jânio Felix Filho Filho, Jânio Felix Amazônia: belezas e verdades do rios/ Jânio Felix Filho ed. -- São Paulo: All Print Editora, Amazônia - Descrição e viagens I. Título CDD Índices para catálogo sistemático: 1. Amazônia: Descrição: Abordagem multidisciplinar Entrevistas: Philip M. Fearnside Doutor em Ciências Biológicas University of Michigan - Ann Arbor - Pesquisador do INPA - AM Amazônia Belezas e Verdades dos Rios Direitos autorais reservados Fevereiro de 2013

2 4.4. E o que, o Governo Federal diz? Hoje o governo federal já iniciou a construção da hidroelétrica de Jirau, lá em Rondônia. Aquela é um espelho para o povo de Santarém, Aveiro, Itaituba e da região da bacia to Tapajós olhar e saber a história real do que será para a natureza e os povos que vivem na área da construção. Lá em Rondônia, mal começou o serviço, mais de 120 famílias foram expulsas de seus lotes. Apenas R$: 1.500,00 foi a indenização para cada um. Quem quis ganhou uma casinha na periferia de Porto Velho, mas não pode mais utilizar sua canoa, sua casa de farinha e nem colher alguma fruta do quintal de sua casa O que a empreiteira diz? Fala angustiado Pe. Edilberto. A explicação da empreiteira para a miséria da indenização foi que eles não tinham documento de propriedade. O governo terceirizou a construção, assim não comete injustiça social, mas a empreiteira sim. E a posse de 40, 60, 80 e muito mais anos de uso pacífico daquela terra? E o uso campeão, não vale? Por que não vale? E este é só um dos impactos iniciais. Nas usinas do Tapajós haverá inundações de mais de quilômetros quadrados, alagando florestas, expulsando milhares de famílias, que vivem da pesca, da roça e dos frutos da floresta Para quem servirá a energia do complexo Tapajós? Alguém pergunta mas para quem servirá a eletricidade de cinco grandes hidroelétricas, quando o Pará já tem Tucuruí? O linhão já chegou a Itaituba, Santarém e só não chegou às comunidades ribeirinhas por falta de vontade política e você sabe muito bem por quê? Veja a construção da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia começa destruindo natureza e expulsando famílias. Será diferente na hidroelétrica de São Luiz do Tapajós, de jatobá e do Jamanxim? Por que enganar os povos do Tapajós? Quem pode impedir tais desastres? Só os povos esclarecidos, unidos e organizados de Santarém, Aveiro, Itaituba e outros... Mas, estão atentos para isso? O que acontecerá no Alto Tapajós atingirá o povo de Santarém? Sim, e por fim, eticamente justifica sacrificar povos e comunidades inteiras em nome do progresso? Quem viver verá! Pe. Edilberto Sena- Rádio Rural de Santarém. 5. Hidrelétricas na Amazônia e a Política de Energia Philip M. Fearnside Doutor em Ciências Biológicas University of Michigan Ann Arbor (1978). Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O ecólogo Philip Fearnside é pesquisador do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia tem dedicado mais de três décadas de sua vida, trabalhando na maior floresta tropical do mundo, descrevendo detalhadamente através de estudos os impactos sociais e ambientais causados pelos complexos hidrelétricos na Amazônia, em especial na região do Rio Xingu, Madeira, Tocantins e a bacia do Tapajós, que sedia o lago verde de Santarém no estado do Para, e em entrevista a Revista Política Ambiental, o ecólogo afirma qual será o futuro da Amazônia, e os prejuízos que as barragens vão deixar para a sociedade de Altamira, que já se manifestaram contra, entretanto o governo empurrou licenciamento ambiental de goela abaixo e a barragem de Belo Monte já esta em obra mesmo sem a vontade do povo daquela região, que já viram às desgraças da cidade de Tucuruí e na região de Itaituba a sociedade até agora, não se manifestou contra, principalmente na região baixa do Tapajós. Ser contra não é ser contra á construção, simplesmente. E sim contra a formar em que será construída Por que as barragens não são VERDES? Explica Philip M. Fearnside Doutor em Ciências Biológicas University of Michigan Ann Arbor (1978). Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Terça feira, 27/09/2011 Segue uma breve revisão das razões para os resultados muito dispares sobre o impacto das barragens no aquecimento global. Estas são explicações técnicas; discussão das explicações mais profundas na sociologia da ciência, especialmente a influência da indústria hidrelétrica e o papel dos conflitos de interesse, pode ser encontrada em Fizzy Science(Ciência Efervescente), a publicação da ONG International Rivers, que foi nomeada em homenagem à controvérsia sobre bolhas na Coca-Cola versus o guaraná [1]. Em primeiro lugar, a omissão das emissões da água que passa pelas turbinas e vertedouros deveriam ser óbvios. Esta omissão tem sido uma 62 Jânio Felix Filho 63

3 característica de longa data das estimativas produzidas pelo grupo da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, liderado por Luis Pinguelli Rosa, que era o presidente da Eletrobras durante o debate memorável sobre esta matéria na revista Climatic Change [2-5]. Este mesmo grupo produziu as estimativas das emissões de barragens na primeira comunicação nacional do Brasil no âmbito da Convenção do Clima [6, 7], com resultados mais de dez vezes inferiores aos resultados deste autor no caso de barragens como Tucuruí e Samuel [8, 9]. A omissão das emissões originadas das turbinas e vertedouros foi a principal explicação. No primeiro inventário de gases de efeito estufa, as emissões de hidrelétricas foram calculadas para nove das 223 barragens do Brasil, mas os resultados foram confinados a uma seção a parte e não incluídos na contagem das emissões totais do País [6, p ]. No segundo inventário nacional [10], as emissões hidrelétricas foram omitidas por completo (embora a emissão de CO 2 devido à perda de biomassa na conversão de floresta para áreas alagadas fosse incluída como uma forma de mudança de uso da terra). A omissão das emissões das turbinas e dos vertedouros não pode ser explicada com base na falta de conhecimento, já que o importante papel desempenhado pelas emissões provenientes destas fontes é claro a partir de medições diretas acima e abaixo das barragens de Petit Saut, na Guiana Francesa [11-15] e de Balbina, no Brasil [16-18]. A omissão das emissões de CO 2 proveniente de árvores mortas no reservatório, mas que se projetam acima d água, é uma omissão importante por muitos daqueles que concluíram que as emissões hidrelétricas são mínimas quando comparadas com as de combustíveis fósseis. Isso inclui os grupos financiados por FURNAS e Eletrobrás, já mencionados. O exagero da emissão pré-represa é outra contribuição para as conclusões favoráveis às hidrelétricas. Como já mencionado, as áreas alagadas naturais são importantes fontes de metano, e isso tem sido usado para argumentar que a paisagem inundada por uma barragem emitiria grandes quantidades de metano de qualquer forma mesmo que não tivesse sido construída a barragem. Por exemplo, a Associação Internacional de Energia Hidrelétrica (IHA) considerou as emissões das hidrelétricas uma questão de soma zero porque elas não seriam superiores às emissões pré-barragem [19]. Belo Monte No caso de Belo Monte, presumiu-se que a área a ser inundada emitiria 48 miligramas de CH 4 por m2 por dia antes da criação do reservatório, baseado em dois conjuntos de medidas da emissão da superfície do rio e do solo perto da margem [20; veja 21]. A maioria das medidas da emissão do solo na estação da cheia foi em solos encharcados que haviam sido expostos recentemente pela queda do nível da água no rio [20, p. 72], resultando em elevadas emissões de CH 4 que influenciariam pesadamente a média usada para toda a área de terra a ser inundada pela Belo Monte. No entanto, as hidrelétricas normalmente são construídas em lugares com solos bem drenados, sendo escolhidos locais de corredeiras e cachoeiras em vez de áreas alagadas e planas. Isso ocorre porque a topografia íngreme resulta em uma maior geração de energia. Os solos sazonalmente alagados encontrados ao longo do rio não podem ser generalizados para a área de um reservatório, que, na Amazônia, geralmente é coberta de floresta de terra firme. O solo sob floresta de terra firme é geralmente considerado como um sumidouro de metano, em vez de uma fonte [22, 23]. Uma estimativa mais elevada do que seria realista para a emissão pré- -represa conduz a uma sub-estimativa do impacto líquido. No caso do EIA de Belo Monte, o valor de 48 miligramas de CH 4 por m2 por dia de emissão pré-represa foi subtraído da estimativa de 70,7 miligramas para a emissão do reservatório. Isto implica em uma subestimativa por várias razões, entre as quais o uso, para metade da estimativa, de medidas na represa de Xingó, em clima semiárido do Nordeste, onde as emissões seriam menores do que em uma represa amazônica. Este fator reduz as emissões, deixando apenas 70,7 48,0 = 22,7 miligramas por m2 por dia como a emissão líquida de metano. Outra explicação de estimativas mais baixas para emissões de hidrelétricas no Brasil é uma correção pela lei de potência de uma forma matematicamente errada que tem sido repetidamente aplicada pelo grupo liderado por Luis Pinguelli Rosa no cálculo das emissões de bolhas e difusão a partir das superfícies de reservatório. Isto se originou da tese de doutorado de Marco Aurélio dos Santos [24], que é a base de um relatório da Eletrobrás [25] que calcula e tabula as emissões para as 223 barragens no Brasil naquela época, com uma superfície total de água de km 2, ou seja, uma área maior do que a Bélgica. A correção equivocada continua a ser aplicada pelo grupo (por exemplo, 26). Estes ajustes utilizados pela ELETROBRÁS reduzem as estimativas das emissões de superfícies em 76%, quando comparado com a média simples dos valores medidos [ver 27]. O problema é que as bolhas da superfície do reservatório normalmente ocorrem em episódios esporádicos, com intenso aborbulhamento por um curto período, seguido por longos períodos com poucas bolhas. Como o número de amostras é inevitavelmente insuficiente para representar esses eventos relativamente raros, pode ser aplicada uma correção conhecida como a lei de potência para os 64 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 65

4 dados de medição. No entanto, os eventos raros de maior impacto aumentam, ao invés de reduzirem, as emissões em comparação com a média simples. Na verdade, há pelo menos cinco grandes erros matemáticos no cálculo da Eletrobrás, incluindo uma inversão do sinal de positivo para negativo. Observa-se, no entanto, que a subavaliação devido aos erros na aplicação da correção da lei de potência não somente se aplicam ao metano, mas também a emissão de CO 2, e nem toda essa emissão é uma contribuição líquida ao aquecimento global. A correta aplicação da lei de potência resulta em estimativas das emissões de metano a partir da superfície do reservatório que são 345% maiores do que a ELETROBRÁS estima [ver 27]. Erros Uma metodologia de amostragem inadequada é outra maneira que pode resultar em estimativas de emissões várias vezes menores do que deveriam ser. Como já mencionado, a tentativa de estimar as emissões de turbinas e vertedouros por meio apenas de medições de fluxo, a partir da superfície do rio abaixo de uma barragem, fatalmente perderá uma boa parte das emissões, resultando em uma grande subestimação do impacto total. Este é um fator importante nas baixas estimativas realizadas por FURNAS e Eletrobrás. Mesmo estimativas com base em concentração (incluindo as minhas próprias) tem subestimado as emissões por causa da metodologia utilizada para obter amostras de água próximas ao fundo do reservatório. O método quase universal é a garrafa de Ruttner, que é um tubo com portas que abrem em cada extremidade. O tubo é submergido usando uma corda, com as duas portas abertas e, próximo ao fundo, fecha-se as portas e a garrafa é puxada até a superfície. Água é então retirada para análise química. O problema é que gases dissolvidos na água sob pressão formarão bolhas dentro da garrafa de Ruttner quando ela é puxada para a superfície. O gás vaza em torno das portas (que não são herméticas) e, de qualquer modo, este gás seria perdido quando a água é removida na superfície, com uma seringa, para a determinação do volume de gás (pelo método conhecido como head-space ) e para análise química. Este problema tem recentemente sido abordado por Kemenes e colaboradores [16]. Alexandre Kemenes inventou a garrafa de Kemenes, que recolhe a água em uma seringa que é submersa até a profundidade necessária. A seringa tem um mecanismo de mola que suga a água para a amostra, e as bolhas de gás que surgem quando a amostra é puxada até a superfície são capturadas e medidas. Uma comparação entre os dois métodos de amostragem indica que a concentração média de metano para uma amostra colhida a 30 m de profundidade é 116% maior se medido com a garrafa de Kemenes, assim, mais do que dobrando a quantidade de metano estimada que passasse através das turbinas em Balbina. A diferença seria ainda maior para reservatórios com turbinas mais profundas, como em Tucuruí. Outro fator importante que afeta o cálculo do impacto de hidrelétricas é o potencial de aquecimento global (conhecido como o GWP, da sigla em inglês) de metano. Este é o fator de conversão para traduzir toneladas de metano em toneladas de CO 2 equivalente. Os valores para esta conversão aumentaram em sucessivas estimativas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) e em publicações desde o último relatório do IPCC em As conversões são baseadas no horizonte de tempo de 100 anos aprovado pelo Protocolo de Quioto. O relatório intercalar de 1994 do IPCC estimou um valor de 11 para o GWP de metano, ou seja, o lançamento de uma tonelada de metano equivaleria ao impacto sobre o aquecimento global de 11 toneladas de CO 2 [28]. Este valor foi elevado para 21 no Segundo Relatório de Avaliação, de 1995, usado pelo Protocolo de Quioto [29]. Em 2001 foi elevado para 23 no Terceiro Relatório de Avaliação [30] e, em seguida, para 25 em 2007 no Quarto Relatório de Avaliação [31]. Desde então, um trabalho publicado na revista Science, que inclui efeitos indiretos não considerados no Quarto Relatório de Avaliação, estimou o valor em 34, com o intervalo de incerteza estendendo-se até um valor de mais de 40 [32]. Em comparação com o valor de 21 adotado pelo Protocolo de Quioto para o primeiro período de compromisso ( ), o valor de 34 representa um aumento de 62%, ou seja, um grande aumento do impacto das hidrelétricas. Para hidrelétricas, as emissões de metano representam a maior parte do impacto, considerando que para combustíveis fósseis quase todas as emissões ocorrem sob a forma de CO 2. Futuro O valor de tempo é crucial para comparar o impacto do aquecimento global de hidrelétricas e combustíveis fósseis ou outras fontes de energia. As hidrelétricas tem uma grande emissão nos primeiros anos oriunda da morte das árvores, da decomposição subaquática do carbono do solo e das folhas da floresta original e a explosão de macro fitas nos primeiros anos devido à fertilidade maior da água. Nos anos seguintes, esta emissão cairá para um nível inferior, mas que irá ser mantido indefinidamente, proveniente de fontes renováveis como a inundação anual da vegetação tenra na zona de deplecionamento. O pico das emissões nos primeiros anos cria uma dívida que vai lentamente ser paga, na medida em que a geração de energia pela barragem substitua a geração a partir de combustíveis fósseis nos anos subsequentes. O tempo 66 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 67

5 decorrido pode ser substancial. Por exemplo, no caso de Belo Monte mais a primeira barragem a montante (Babaquara/Altamira), o tempo necessário para saldar a dívida da emissão inicial é estimado em 41 anos [33]. Isto é, mesmo com o verdadeiro impacto sendo subestimado, usando o valor do Protocolo de Quioto de 21 como o GWP de metano e usando as concentrações de metano medidas com as tradicionais garrafas de Ruttner. Um período de 41 anos tem uma enorme importância para a Amazônia, onde a floresta está sob ameaça das mudanças climáticas projetadas sobre esta escala de tempo [por exemplo, 34]. Uma fonte de energia que leva 41 anos ou mais apenas para chegar ao ponto zero em termos de aquecimento global dificilmente pode ser considerada como energia verde [35]. Conclusão As hidrelétricas amazônicas têm impactos que são muito mais graves e abrangentes do que o que vem sendo retratado pelos proponentes de barragens. Impactos sociais são devastadores para as pessoas que vivem na área da represa, incluindo não apenas aquelas na área inundada, mas também aquelas a jusante e a montante da barragem que perdem recursos vitais, tais como peixes. Os povos indígenas e residentes tradicionais (riberinhos) frequentemente são as vítimas. Impactos ambientais estendem para a bacia hidrográfica como um todo, incluindo alterações de fluxos de sedimentos e de água, bem como a perda da fauna aquática e a perda ou perturbação de vastas áreas de florestas, várzeas e outros ecossistemas. Barragens também emitem quantidades substanciais de gases de efeito estufa, muitas vezes ultrapassando as emissões cumulativas da geração a partir de combustíveis fósseis durante décadas. O valor do tempo é especialmente crítico para a Amazônia, onde as mudanças climáticas previstas colocam a floresta em risco na escala de tempo em que as mega-barragens planejadas criariam um impacto líquido sobre o aquecimento global. Por todos estes motivos, a geração hidrelétrica está longe de ser energia verde, e o Brasil precisa fazer mudanças rápidas na política energética para reduzir a expansão anunciada de barragens amazônicas Estratégia de avestruz na questão energia LIMPA Quarta feira, 16/09/2009 Em outubro de 2009, o pesquisador e ecologista Philip Fearnside, comprova que hidrelétricas emitem gás metano, um gás de efeito estufa com 25 vezes mais impacto sobre o aquecimento global por tonelada de gás do que o gás carbônico e afirma que o governo faz: Estratégia de avestruz na questão energia, LIMPA. Hidrelétricas emitem metano, um gás de efeito estufa com 25 vezes mais impacto sobre o aquecimento global por tonelada de gás do que o gás carbônico, de acordo com as atuais conversões do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC). O EIA-RIMA (estudo e relatório de impacto ambiental) da Usina de Belo Monte afirma que uma das conclusões principais dos estudos realizados até o momento indica que, em geral, as UHEs [Usinas Hidrelétricas] apresentam menores taxas de emissão de GEE [Gases de Efeito Estufa] do que as Usinas Termelétricas (UTEs) com a mesma potência (1). Infelizmente, pelo menos para a época dos inventários nacionais sob a Convenção de Clima (1990), todas as grandes hidrelétricas na Amazônia brasileira (Tucuruí, 2 Samuel, Curuá-Una e Balbina) tinham emissões bem maiores do que a geração da mesma energia com termelétricas (2). O EIA-RIMA afirma que o trabalho realizado no Rio Xingu, na área do futuro reservatório do AHE [Aproveitamento Hidrelétrica] Belo Monte, aponta para a estimativa de emissão de metano de 48 kg/km2/dia, da mesma ordem de grandeza que os reservatórios de Xingó e Miranda (3). Xingó e Miranda são duas hidrelétricas não amazônicas que os autores calculam ter um impacto bem menor do que uma termoelétrica do tipo mais eficiente (4). Os autores calculam essas baixas emissões de metano das hidrelétricas por ignorar duas das principais rotas para emissão desse gás: a água que passa pelas turbinas e pelos vertedouros. Essa água é tirada de uma profundidade suficiente para ser isolada da camada superficial do reservatório, e tem uma alta concentração de metano dissolvido. Quando a pressão é subidamente reduzida ao sair das turbinas ou dos vertedouros, muito desse metano é liberado para a atmosfera, como tem sido medido em hidrelétricas como Balbina, no Amazonas (5) e Petit Saut, na Guyana Francesa (6). O EIA-RIMA considera apenas o metano emitido na superfície do próprio lago, e nem menciona as emissões das turbinas e vertedouros. A revisão da literatura incluída nos EIA-RIMA sobre emissões de gases por hidrelétricas está restrita aos estudos 68 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 69

6 dos grupos ELETROBRAS e FURNAS, como se o resto do mundo não existisse (7). A revisão é tão seletiva que não há a menor chance de ser explicado por omissões aleatórias. Apenas são mencionados trabalhos que não desmentem a crença dos autores do EIA-RIMA, de que as emissões de hidrelétricas são muito pequenas. Não é mencionado o corpo volumoso de pesquisa na hidrelétrica de Petit Saut, na Guyana Francesa, onde há uma série de monitoramento de metano bem mais completa do que em qualquer barragem brasileira (8). Também não são mencionados os trabalhos do grupo que estuda o assunto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE (9), nem os estudos do grupo na Universidade de Quebec, no Canadá, que também estudou barragens amazônicas (10), nem os estudos do laboratório de Bruce Forsberg, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA (11), e, tampouco, as minhas próprias contribuições a essa área, também no INPA (12). Os resultados de todos esses grupos contradizem, de forma esmagadora, o teor do EIA-RIMA em sugerir que hidrelétricas têm pequenas emissões de metano. Desacreditada A conclusão do grupo que assina a parte do EIA-RIMA sobre emissões supostamente modestas de metano pelas hidrelétricas tem sido desacreditada por observadores independentes no meio 3 acadêmico, devido às obvias omissões da emissão pelas turbinas e vertedouros (13). As Organizações Não Governamentais (ONGs) vão mais longe, com acusações explícitas de conflito de interesse (14). A essa altura, o grupo que assina a parte do EIA-RIMA sobre emissões não tem a menor desculpa para omitir as emissões das turbinas e vertedouros, sendo que o primeiro autor dessa parte do EIARIMA tem sido presente em múltiplas reuniões onde resultados que contradizem as suas conclusões foram apresentados, incluindo o evento da UNESCO em dezembro de 2007, ocorrido em Foz de Iguaçu, que é mencionando no EIA (15). Ele até tem o seu nome incluído na lista de autores de um trabalho sobre as emissões em Petit Saut no qual os dados desmentem frontalmente as conclusões dos grupos da ELETROBRÁS e FURNAS (16). Fingir que emissões apenas ocorrem pela superfície do lago, sem considerar a água passando pelas turbinas e vertedouros, é uma distorção ainda mais grave no caso de Belo Monte do que para outras barragens, uma vez que a área do reservatório de Belo Monte é relativamente pequena, porém, com grande volume de água passando pelas turbinas. No caso de Belo Monte junto com Babaquara/Altamira, as emissões das turbinas são enormes, especialmente nos primeiros anos, e esse conjunto de barragens levaria 41 anos para começar a ter um saldo positivo em termos do efeito estufa (17). Concentrar as análises de emissões das hidrelétricas apenas na superfície dos reservatórios, como foi feito no EIA-RIMA, é igual a não observar um elefante no meio de uma pequena sala, por fixar os olhos em um dos cantos da sala Impactos de barragens em série Segunda feira, 19/09/2011 Em Impactos de barragens em serie, o ecologista e pesquisador do INPA - Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia, afirma o caso extremo da hidrelétrica de belo monte no Rio Xingu na cidade de Altamira/Pá, no Rio Madeira em Rondônia a barragem de Jirau, no Rio Tocantins a barragem de Tucuruí, e o mais novo alvo do PAC Programa de Aceleração de Crescimento é região do Complexo Hidrelétrico do Tapajós na Bacia do Rio Tapajós, em Itaituba/Pá. Um aspecto das represas com grandes impactos, e que escapam do atual processo de licenciamento ambiental, é a interconexão com outras barragens existentes ou previstas no mesmo rio. Esta é uma diferença importante de outros tipos de produção de energia elétrica, onde cada usina é independente das outras usinas. A geração de energia pelas barragens a jusante é aumentada pela regulação das vazões de água de um rio, armazenando água durante o período de enchente e liberando a água durante o período de vazante. Esta água armazenada gera eletricidade várias vezes Uma vez na barragem a montante e novamente em cada barragem a jusante. Isso cria uma tentação embutida para construir mais barragens a montante de qualquer barragem que esteja sendo avaliada para o licenciamento. Rio Xingu O caso extremo é Belo Monte, cuja represa em si tem uma capacidade de armazenamento muito pequena (praticamente zero em armazenamento ativo) relativo à sua capacidade instalada de MW. No rio Xingu o volume de água varia tanto ao longo do ciclo anual que os MW de potência da usina principal ficarão completamente inativos durante cerca de quatro meses de cada ano, e apenas parcialmente utilizados para a maior parte do restante. Esta é a raiz do maior perigo que representa Belo Monte, já que por si só é insustentável sem a água armazenada nas barragens a montante que eram publicamente propostas até 2008, quando a política declarada mudou para afirmar que Belo Monte seria a única barragem no rio Xingu. Esta alegação foi feita em uma decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que é composto por Ministros que mudam a cada administração presidencial. 70 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 71

7 Diversos indícios sugerem fortemente que os investidores de Belo Monte (e funcionários chaves do governo no setor elétrico) não têm nenhuma intenção de seguir a política do CNPE. Acredita-se que a falta de viabilidade econômica de Belo Monte sem barragens a montante seja a chave para uma crise planejada, onde a necessidade de mais água seria de repente descoberta depois de Belo Monte ser construída, proporcionando assim uma justificativa para a aprovação de outras barragens [1, 2]. Outro indicativo é que, quando Marina Silva, então Ministra do Meio Ambiente, propôs a criação de uma Reserva Extrativista em parte da área a ser inundada por represas a montante, a proposta foi bloqueada pela Dilma Rousseff [atual presidente do Brasil] quando era chefe da Casa Civil, alegando que a reserva iria dificultar a construção de barragens a montante de Belo Monte [3]. As barragens que foram planejadas a montante de Belo Monte de 1975 até 2008 (Tabela 1) inundariam vastas áreas de terras indígenas, quase tudo isso sob floresta tropical [ver 4, 5]. A primeira destas barragens (Babaquara, renomeada de Altamira ) iria inundar km 2, ou mais de duas vezes a área da notória represa de Balbina. Nada disto foi considerado no EIA-RIMA de Belo Monte concluído em 2009 [6] e também foi excluído da versão anterior preparada em 2002 [7]. Tabela 1. Barragens na Bacia do Xingu. Rio Barragem Situação Capacidade instalada (MW) Xingu Belo Monte Babaquara/ Altamira Kokraimoro Ipixuna Jarina Em construção Área do reservatório (ha) População afetada (oficial) * * * * Iriri Iriri * Totais Fontes: Belo Monte: outras barragens: ver [4]. * Barragens a montante de Belo Monte foram oficialmente retiradas dos planos pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 17 de julho de No entanto, há fortes indícios de que os planos para essas barragens possam ser concretizados em uma data futura após uma crise planejada de falta de água em Belo Monte. Ver [4, 8]. Rio Madeira Hidrelétricas no rio Madeira, duas sob construção e mais duas planejadas (Tabela 2), também representam uma configuração em cascata, mas por motivo diferente. No lugar do papel de barragens adicionais para armazenar água, as três barragens da série que estariam localizadas no rio principal teriam que ser completadas para viabilizar o uso do rio como hidrovia. O trecho do rio entre Porto Velho e Guajará Mirim não é navegável, devido à presença de cachoeiras, fato que motivou a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré durante o boom da borracha. O relatório de inventário [9, pág. 6.22] é entusiástico sobre os benefícios potenciais das represas na melhoria dos transportes fluviais, afirmando que Os ótimos solos da Bolívia, de alta produtividade e custos operacionais competitivos, terão seu potencial significativamente aumentado, podendo sobrepujar os melhores no mundo. Considerando que a navegação possui a melhor relação de custo entre todos os modais de transporte podemos afirmar que a implantação do sistema hidroviário integrado ora proposto acarretará, em seu pleno uso, reflexos diretos nos índices da economia agrícola nacional e regional. O contraste é evidente entre o entusiasmo pelos benefícios da hidrovia na descrição das vantagens das represas e a falta de inclusão dos impactos da expansão da soja quando se fala dos custos ambientais da obra. Estimativas preliminares de transporte de grãos totalizaram 28 milhões de toneladas/ano de Mato Grosso e 24 milhões de toneladas/ano da Bolívia [9, pág. 6.4]. O inventário alega que há 8 milhões de hectares de terras apropriadas para soja nas partes da Bolívia a serem servidas pelo transporte 72 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 73

8 hidroviário ligado ao rio Madeira [9, pág. 6.4]. Se 8 milhões de hectares de terra apropriadas para grãos existem na Bolívia e esta área for convertida em soja, então os impactos das hidrelétricas e do projeto de hidrovia deveriam incluir a perda desta área de ecossistemas naturais, que por si só totaliza mais de 150 vezes a área dos reservatórios hidrelétricos. A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) menciona que a expansão agrícola (i.e., soja) estimulada pela hidrovia resultará em perda de vegetação natural nas savanas de Beni, na Bolívia [10, pág ]. Além de impactos sobre a biodiversidade, a possibilidade de afetar o regime hidrológico negativamente no rio Madeira é mencionada como um problema para o qual esta mudança contribuiria. A contramedida proposta é ação integrada Brasil/Bolívia, necessária para viabilizar ordenamentos ambiental e territorial visando o controle da ocupação das terras e a manutenção da integridade das áreas protegidas. Evidentemente, embora tais medidas sejam desejáveis para frear a perda de ainda mais áreas, elas não iriam contrabalançar o impacto da hidrovia em estimular a conversão de tanta área natural em soja. Tabela 2. Barragens na Bacia do Madeira Rio Barragem Situação Madeira Beni [Bolívia] Capacidade Instalada (MW) Santo Antônio Em construção Jirau Em construção Guajará Mirim* Planejada 3.000? Cachuela Esperanza Planejada Totais ? Fontes:[11]; * Também denominada a usina Rio Madeira. Área do reservatório (ha) Rio Tocantins O projetotucuruí-ii ( ), que duplicou a capacidade instalada de Tucuruí de 4 mil para 8 mil MW, sem ter um EIA-RIMA, tem entre seus diversos impactos o aumento da pressão para regular a vazão do rio Tocantins, assim podendo utilizar a capacidade adicional instalada em Tucuruí durante mais meses do ano. Os planos para construção de hidrelétricas a montante de Tucuruí vêm evoluindo constantemente, mas desde muito tempo prevêem um grande número de barragens com pesados impactos. Inicialmente, incluíram 26 barragens [ver 12-14], mas uma lista da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) da situação dos planos em 2002 aumentou isto para 46 barragens, incluindo pequenos aproveitamentos [15]. Mougeot [16, pág. 97) estimou que todas as barragens na bacia Tocantins/Araguaia deslocariam pessoas. Esta estimativa foi baseada na presunção que a população destas áreas vai permanecer constante nos seus níveis de 1985; como Mougeot [16, pág. 97) reconhece, estes valores serão ultrapassados em muitas vezes até a data que todos os prováveis reservatórios seriam formados. Um deles seria o reservatório Santa Isabel no baixo rio Araguaia, que deslocaria uma população, provavelmente, bem maior que a estimativa de 1980 de pessoas [17, pág. 98]. Uma lista parcial dos planos atuais consta na Tabela 3. Observa que os números oficiais para pessoas a serem desalojadas são, geralmente, grosseiramente subestimados, inclusive para Santa Isabel. Uma das primeiras prioridades no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) [18] é a hidrelétrica Marabá, planejada para construção logo acima do reservatório de Tucuruí. Essa barragem desalojaria mais de 40 mil pessoas e inundaria parte da terra indígena Gavião. As barragens no rio Tocantins (como a barragem de Marabá) e no rio Araguaia (como a barragem de Santa Isabel) teriam o duplo papel de armazenar água para geração de energia e de tornar esses rios navegáveis como hidrovias. As eclusas nas barragens de Tucuruí e de Lajeado/Luis Eduardo Magalhães já foram construídas, sem ter primeiro a aprovação de um EIA-RIMA para a hidrovia como um todo. Evidentemente, a grande despesa já realizada para construir essas eclusas seria perdida se não for feito o resto da hidrovia, com a construção das demais barragens e as suas respectivas eclusas. Isto cria uma força política grande para a aprovação das demais obras. Neste caso, a situação é mais grave ainda devido ao EIA-RIMA da hidrovia ter sido declarado como fraudulento pela justiça brasileira, devido à remoção de trechos que tratavam dos impactos nas populações indígenas na Ilha de Bananal [ver 4, 19]. 74 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 75

9 Tabela 3. Barragens na Bacia do Tocantins (Parcial) Araguaia Rio Barragem Situação Capacidade instalada (MW) Área do reservatório (ha) Perdida Santa Isabel Planejada Tocantins Perdida-2 Planejada Tucuruí Serra Quebrada Construída Planejada Sono Paranã Novo Acordo Planejada Marabá Planejada Paranã Planejada Estreito Planejada Tupiratins Planejada Ipueiras Planejada Peixe Angical Cana Brava São Salvador Serra da Mesa Construída 2006 Construída 2002 Construída 2009 Construída Palma Tocantinzinho Foz do Bezerra Planejada Nova Roma Planejada São Domingos Barra de Palma Planejada Planejada Mirador Planejada Lajeado/ Luis Eduardo Magalhães Construída Das Almas 76 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 77

10 Burití Queimado Planejada Tabela 4. Barragens na Bacia do Tapajós Maranhão Maranhão Baixo Planejada Rio Barragem Ano previsto Tapajós Capacidade instalada (MW) Área do reservatório (ha) Área inundada de unidades de conservação (ha) Totais Fonte: Rio Tapajós Após a aprovação da Licença de Instalação de Belo Monte em 01 junho de 2011 (sem cumprir os condicionantes, e, portanto, de forma irregular), as atenções do setor energético passaram a enfocar o rio Tapajós como a próxima prioridade. Estão planejadas 13 grandes barragens na bacia até 2019 (Tabela 4). Destas, estão planejadas sete barragens no Pará nos rios Tapajós (São Luiz do Tapajós, Jatobá e Chacorão) e Jamanxim (Cachoeira do Caí, Jamanxim, Cachoeira dos Patos e Jardim do Ouro), e seis barragens no Mato Grosso nos rios Teles Pires (Teles Pires, São Manoel, Colider, Sinop e Magessi) e Apiacás (Foz do Apacás). As oito barragens nos Tapajós e Teles Pires formam uma hidrovia que levaria a produção de soja de Mato Grosso para Santarém. Os planos para a Bacia do Tapajós que se baseavam em um inventário feito pela Eletronorte e a Camargo Correia, em 2008, [20] foram aumentados com o PDE 2019 [21] e o Programa de Aceleração do Crescimento-2 (PAC 2 ), lançado em março de 2010, que incluíram mais duas grandes barragens: Jardim de Ouro (227 MW) no rio Jamanxim e Chacorão (3.336 MW) no rio Tapajós. A mais polêmica é a barragem de Chacorão, pois inundaria ha da terra indígena dos Munduruku. Os reservatórios também inundariam áreas em unidades de conservação, tanto federais como estaduais [e.g., 22]. No caso de Chacorão, a barragem teria a dupla função de armazenar água para energia e tornar o rio navegável como hidrovia para o transporte de soja, assim configurando o padrão de força econômica e política para conseguir a aprovação de obras mesmo com impactos ambientais e sociais gravíssimos. Trata-se da consequência mais perversa do fenômeno de barragens em série [23]. Teles Pires São Luiz do Tapajós Jatobá Chacorão?* Cachoeira de Caí Jamanxim Jamanxim Cachoeira dos Patos Jardim do Ouro Teles Pires Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 79

11 Apiacás São Manoel Colíder Sinop Magessi?* Foz do Apiacás Totais Fontes: [20, 21]; * Barragens acrescentadas após o PDE 2019 [21]. ** tapajosvivo.org 5.4. O uso da energia de uma Hidrelétrica A questão de qual uso vai ser feito da energia produzida deve ser a primeira pergunta a ser respondida, antes de se propor uma hidrelétrica. Neste caso, este aspecto não foi discutido e vem sendo apresentado de forma enganosa, implicando que a usina irá fornecer energia para os lares da população brasileira. De fato, o plano tem evoluído ao longo do planejamento da obra. Inicialmente, uma boa parte da energia gerada seria transmitida para São Paulo, incluída à rede de distribuição nacional. Os planos passaram a destinar a maior parte da energia para usinas de alumina e alumínio no próprio Pará, na medida em que ficou óbvio que o custo de linhas de transmissão até São Paulo seria excessivo, sendo que a produção em plena capacidade de Belo Monte (sem Babaquara) é de apenas 2-3 meses ao ano. O resto do tempo á linha de transmissão teria que ficar com energia reduzida, e durante vários meses ficaria sem energia alguma. A solução encontrada é de ter uma linha de transmissão para a região Sudeste, com capacidade menor (e cujos detalhes e custos são ainda indefinidos). A mudança não só diminui o benefício social da energia, mas também aumenta o impacto ambiental. O plano original de transmitir o grosso da energia para o Sudeste casaria com o ritmo anual de geração de energia nas hidrelétricas daquela região, que é o inverso do ritmo do rio Xingu. Quando as usinas do Sul-Sudeste produzem pouco, a diferença seria preenchida pela energia recebida de Belo Monte, assim evitando os custos e as emissões de gases de efeito estufa com geração com combustíveis fósseis. Porém, com a opção de usar a geração altamente sazonal de Belo Monte para abastecer usinas de alumina e alumínio, a Belo Monte acaba justificando a construção de grandes usinas termoelétricas em Juriti e Barcarena, para suprir energia às indústrias do setor de alumínio durante o resto do ano. Assim as emissões de gases de efeito estufa aumentam ainda mais, além de consumir ainda mais dinheiro brasileiro. O grande beneficiário seria a China. Em negociações decorrentes de uma visita presidencial a China em 2004, foi acordada a implementação de uma usina sino-brasileira para alumina em Barcarena (PA), que se espera ser a maior do mundo quando finalizada (1). A usina sino-brasileira (ABC Refinaria) espera produzir 10 milhões de toneladas de alumina anualmente, um marco originalmente previsto para ser atingido em Isto seria maior que a produção anual de sete milhões de toneladas da empresa nipo-brasileira Alunorte no mesmo local um aumento enorme quando comparado à produção atual de Alunorte de 2,4 milhões de toneladas anuais (2). Além disso, a empresa Alcoa, dos Estados Unidos, planeja usar energia transmitida de Belo Monte para produzir 800 mil toneladas de alumina anualmente em uma usina nova em Juriti (na margem do Rio Amazonas em frente à foz do rio Trombetas). A produção anual de alumínio da usina nipo-brasileira (Albrás) aumentaria de 432 para 700 mil toneladas (3). Também são previstas expansão das usinas da Alcoa/Billiton (Alumar) no Maranhão e da usina CAN (Companhia Nacional de Alumínio) em Sorocaba, São Paulo. O setor de alumínio no Brasil emprega apenas 2,7 pessoas por cada GWh de energia elétrica consumida, um saldo infeliz que apenas perde para as usinas de ferro-liga (1,1 emprego/gwh), que também consomem grandes quantidades de energia para um commodity de exportação (4). Diferentemente de produzir metais para o consumo dos próprios brasileiros, produzir para exportação é essencialmente sem limites em termos das 80 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 81

12 quantidades que o mundo possa querer comprar. Portanto, não há limites sobre o número de hidrelétricas necessárias para essa exportação, a não ser que o País tome uma decisão soberana sobre quanto quer exportar desses 3 produtos, se é que quer exportar uma quantidade qualquer. Até hoje, o assunto não foi discutido pela sociedade brasileira. Essencialmente, o resto do mundo está exportando os impactos ambientais e sociais do seu consumo para o Brasil, país que não só aceita, mas até subsidia e facilita a destruição que isto implica. A atual história da indústria de alumínio deve deixar revoltado qualquer brasileiro que tenha um mínimo de senso patriótico (5). O suprimento de energia para essa indústria de exportação, que é a principal razão de ser de Belo Monte, causa os mais variados impactos ambientais e sociais através da construção de hidrelétricas, além de requerer pesados subsídios de várias formas, especialmente a construção das barragens com o dinheiro dos contribuintes brasileiros, deixando as conhecidas faltas de recursos financeiros para saúde, educação e outros serviços governamentais. O aumento da capacidade geradora com a construção de hidrelétricas é sempre apresentado como uma necessidade, fornecedora de energia para lâmpadas, televisores, geladeiras e outros usos nos lares do povo do País (6). Mal se menciona que grande parte da energia vai para alumínio e outros produtos eletrointensivos para exportação, e que a energia já exportada anualmente em forma de lingotes de alumínio excede em muito a produção de qualquer uma das obras atualmente em discussão. O cenário de referência, ou linha de base, para a hipótese de não ter a hidrelétrica é sempre apresentado como sendo a geração da mesma energia com petróleo, nuclear, ou outra fonte indesejável. Mas no caso de Belo Monte, a alternativa real seria simplesmente não gerar a energia e ficar com menos exportação de alumínio (e de empregos) para o resto do mundo. Enquanto isso, poderiam ser realizadas aquelas discussões ainda inexistentes ou escassas sobre o desenvolvimento econômico da Amazônia, o uso da energia do País, e a maneira com que são tomadas as decisões Belo Monte: Justificativas goela abaixo Em 22 de julho de 2009, o Presidente Lula afirmou que não vai empurrar goela abaixo a hidrelétrica de Belo Monte (1). É fundamental o debate sobre esta obra: de como ela se insere em questões maiores sobre o desenvolvimento da Amazônia; o uso da energia do País para exportação de alumínio e outros produtos de alto impacto ambiental; e a maneira com que são tomadas as decisões. Com as audiências públicas sobre Belo Monte marcadas para de setembro de 2009, essas questões são urgentes. 82 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 83

13 6. Belo Monte como indutora da destruição do Xingu Explica o ecólogo Philip Fearnside Nunca se deve perder de vista a questão das barragens planejadas a montante de Belo Monte. O plano original para o rio Xingu compunha um total de seis barragens, a maior sendo a hidrelétrica de Babaquara com 6140 km2, extensão duas vezes maior que Balbina ou Tucuruí (2). As cinco barragens acima de Belo Monte, sendo em grande parte em terras indígenas, foram vistas como politicamente inviáveis a partir de outubro de 1988, quando a nova Constituição exigiu a aprovação do Congresso Nacional para qualquer hidrelétrica em área indígena (Artigo 231, Parágrafo 3). E, sobretudo a partir de fevereiro de 1989, quando a manifestação de Altamira deixou claro o grau de resistência local a esses planos. Após a manifestação de Altamira, menções às barragens a montante de Belo Monte sumiram do discurso público da Eletronorte, retornando em 1998, quando a hidrelétrica de Babaquara reapareceu repentinamente, com um novo nome (barragem de Altamira), listada no Plano Decenal de Eletrobrás para o período , com sua conclusão prevista, na época, para 2013, ou sete anos após a conclusão prevista, na época, para Belo Monte (3). Um estudo de viabilidade e um Estudo de Impacto Ambiental Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) foram preparados para Belo Monte em 2002 (4). No entanto, decisões judiciais impedirem que essa versão do EIA-RIMA fosse oficialmente entregue para aprovação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA. As versões de 2002, diferente dos planos dos anos 1980, excluíram do texto cálculos que incluíssem as barragens a montante. No entanto, o texto incluiu a menção explícita de que qualquer barragem a montante a Belo Monte aumentaria bastante a produção de energia da usina (5). Os autores dos 36 volumes do atual EIA-RIMA (6) não mencionaram este detalhe, que diz respeito ao assunto mais básico da discussão sobre Belo Monte: se esta seria, de fato, a única barragem no rio Xingu. Os planos em 2002 foram para uma capacidade instalada de ,3 MW, mas no próximo ano foram consideradas configurações da barragem com 5.500, e MW, para serem mais razoáveis com a vazão natural do rio Xingu, sem a regulação da vazão por meio de Babaquara/Altamira (7). 85

14 No entanto, a barragem de Babaquara/Altamira continuou a ser incluída em apresentações dos planos do setor elétrico (8), e verbas foram incluídas no orçamento federal de 2005 para um estudo de viabilidade melhorado da barragem de Altamira/Babaquara. Em 2005, o Congresso Nacional subitamente aprovou a construção de Belo Monte, sem debate e muito menos com consultas aos povos indígenas, como mencionado na Constituição. A facilidade com que a proteção da Constituição foi rompida no caso de Belo Monte levantou a possibilidade de contar com a regulação do rio Xingu com Babaquara/Altamira. Embora nenhuma conexão com 3 Babaquara/Altamira seja admitida pelo setor, a evolução dos planos para Belo Monte seguiu exatamente como este autor previu (9): os desenhos revisados com potências mais modestas para Belo Monte foram abandonados, com o plano atual até ultrapassando um pouco a potência prevista no plano de 2002, ficando em ,1 MW. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) divulgou em 17 de julho de 2008 uma resolução dizendo que não seriam construídas mais hidrelétricas no rio Xingu, além de Belo Monte (10). Trata-se de uma notícia muito bem-vinda, mas que pode ser revertida quando chegar o momento no cronograma para construir Babaquara/Altamira. Se for seguir o cronograma previsto no Plano Decenal , este momento chegaria sete anos após a construção de Belo Monte. Assim, há necessidade de uma ferramenta jurídica para que compromissos deste tipo (de não fazer determinadas obras) sejam feitos de forma realmente irrevogável. A história recente do setor hidrelétrico na Amazônia não é promissora. Há dois casos documentados em que as autoridades desse setor dizem não dar continuidade a determinada obra devido ao impacto ambiental, mas na realidade, quando chegou a hora no cronograma, fizeram exatamente o que haviam prometidos não fazer. De fato, o que aconteceu seguiu os planos originais, sem nenhuma modificação resultante das promessas feitas por preocupações ambientais. Um caso foi o enchimento de Balbina, que era para permanecer durante vários anos na cota de 46 metros acima do nível do mar, mas foi diretamente enchido, além da cota originalmente prevista de 50 metros (11). O outro caso foi Tucuruí-II, onde a construção foi iniciada em 1998, sem um EIA-RIMA, baseado no argumento (duvidoso) de que sua construção não ocasionaria impacto ambiental, por não aumentar o nível da água acima da cota de 70 metros de Tucuruí-I, mas, na realidade, a partir de 2002 o reservatório simplesmente foi operado na cota de 74 metros conforme o plano original (12). Estes casos (Balbina e Tucurui-II) são paralelos a atual situação de Belo Monte e a promessa de não construir Babaquara/Altamira Impactos e Tomadas de Decisões Explica o ecólogo pesquisador do INPA. Segunda feira, 12/09/2011 Autoridades do setor energético anunciaram planos para dezenas de hidrelétricas na região Amazônica do país, bem como nas partes amazônicas de países vizinhos, como Peru e Bolívia. O atual Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), ainda em discussão, prevê 48 novas grandes barragens na Região Norte [1]. Essas barragens implicam em enormes impactos que tem sido sistematicamente subestimado pelo Governo e pela indústria hidrelétrica. Além disso, os benefícios para a população brasileiras são muito menores do que aqueles retratados pelos proponentes de barragens, porque uma parcela significativa da energia é voltada para produção de produtos eletro-intensiva para exportação, como lingotes de alumínio primário, que geram poucos empregos no Brasil. Impactos incluem deslocamento de pessoas e perda de meios de subsistência para quem vive ao longo dos rios que são represados, incluindo os povos indígenas e residentes tradicionais (riberinhos). As perdas de peixes e outros recursos aquáticos ocorrem por toda bacia do rio onde uma represa é construída. A biodiversidade é perdida em habitats aquáticos e terrestres, e gases de efeito estufa são emitidos em escalas que excedem a produzida por combustíveis fósseis durante muitos anos. Esses impactos fornecem a justificativa para o governo brasileiro revisar com profundidade a sua política de energia e seus planos de expansão das represas amazônicas. O Brasil precisa desenvolver fontes alternativas de energia, mas isso é apenas uma parte do que é necessário melhorar na política energética do País. A eficiência energética vem antes de fontes alternativas, e antes de tudo há a necessidade de repensar a finalidade da energia e em que medida esses usos são do interesse nacional. Reconhecer os impactos de hidrelétricas, particularmente em comparação com outras opções, representa uma parte central desta tarefa. Hidrelétricas têm enormes impactos, muitos dos quais não são amplamente conhecidos pelo público em geral e muitos dos quais não são considerados, ou não são devidamente avaliados, no atual sistema de licenciamento ambiental no Brasil e em muitos outros países. Os impactos maiores e benefícios menores das hidrelétricas, tanto em comparação com a imagem que a indústria hidrelétrica e o Governo têm promovido quanto em comparação com muitas outras opções. 86 Jânio Felix Filho Amazônia - Belezas e Verdades dos Rios 87

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