URBANIZAÇÃO ESTRATÉGICA E SEUS IMPACTOS NAS FAVELAS CARIOCAS: FAVELA-BAIRRO, PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO E MORAR CARIOCA

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1 XV SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO A Cidade, o Urbano, o Humano Rio de Janeiro, 18 a 21 de setembro de 2018 URBANIZAÇÃO ESTRATÉGICA E SEUS IMPACTOS NAS FAVELAS CARIOCAS: FAVELA-BAIRRO, PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO E MORAR CARIOCA VILAS E CIDADES, URBANIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO Karyne Cristine Maranhão de Matos (PROURB - UFRJ) - Mestranda em Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Arquiteta e Urbanista graduada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). RESUMO O presente artigo, inscrito no campo dos estudos urbanos, em especial no que diz respeito às políticas públicas de urbanização, pretende demonstrar a relação entre as favelas cariocas e a violação do direito à cidade e à moradia. Neste caso, foram debatidas questões relativas ao princípio da urbanização de favelas cariocas, oficialmente através da Reforma Pereira Passos na primeira década do século XX - que se limitou a demolição de centenas de cortiços, marcada até hoje por muitos acadêmicos como uma iniciativa de modernização excludente. Na cidade do Rio de Janeiro, os programas de urbanização de favelas começaram a fazer parte da agenda política dos governos a partir da década de 1980, inclusive dos mais conservadores. No entanto, somente no Plano Diretor da cidade do Rio de Janeiro de 1992, foi exposta oficialmente a intenção de desenvolver um programa de urbanização e de regularização fundiária das favelas, um programa de urbanização e de regularização fundiária dos loteamentos de baixa renda, um programa de lotes urbanizados e um programa de construção de habitações para a população de baixa renda. Concomitantemente a efetivação das políticas públicas, a violação do direito à moradia cometida pelo poder público através da prática das remoções não foram casos isolados, já que foram utilizadas como estratégia de reorganização do lugar dos pobres no Rio de Janeiro. Em consequência, identifica-se um aprofundamento da desigualdade social e da concentração de renda e um resultado inverso ao que se pretendia com a implementação dos programas de urbanização nas favelas cariocas. PALAVRAS-CHAVE: Urbanização; Favela; Rio de Janeiro.

2 URBANIZACIÓN ESTRATÉGICA Y SUS IMPACTOS EN LAS FAVELAS CARIOCAS: FAVELA-BAIRRO, PROGRAMA DE ACELERACIÓN DEL CRECIMIENTO Y MORAR CARIOCA RESUMEN El presente artículo, inscrito en el campo de los estudios urbanos, en especial en lo que se refiere a las políticas públicas de urbanización, pretende demostrar la relación entre las favelas cariocas y la violación del derecho a la ciudad y a la vivienda. En este caso, se discutieron cuestiones relativas al principio de la urbanización de favelas cariocas, oficialmente a través de la Reforma Pereira Pasos en la primera década del siglo XX - que se limitó la demolición de cientos de cortijos, marcada hasta hoy por muchos académicos como una iniciativa de modernización excluyente. En la ciudad de Río de Janeiro, los programas de urbanización de favelas comenzaron a formar parte de la agenda política de los gobiernos a partir de la década de 1980, incluso de los más conservadores. Sin embargo, sólo en el Plan Director de la ciudad de Río de Janeiro de 1992, se expuso oficialmente la intención de desarrollar un programa de urbanización y de regularización agraria de las favelas, un programa de urbanización y de regularización agraria de las parcelas de baja renta, un programa de lotes urbanizados y un programa de construcción de viviendas para la población de bajos ingresos. Concomitantemente la efectividad de las políticas públicas, la violación del derecho a la vivienda cometida por el poder público a través de la práctica de las remociones no fueron casos aislados, ya que fueron utilizadas como estrategia de reorganización del lugar de los pobres en Río de Janeiro. En consecuencia, se identifica una profundización de la desigualdad social y de la concentración de renta y un resultado inverso a lo que se pretendía con la implementación de los programas de urbanización en las favelas cariocas. PALABRAS CLAVE: Urbanización; Favela; Río de Janeiro. 2

3 POLÍTICAS PÚBLICAS E URBANIZAÇÃO DE FAVELAS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO AVANÇOS E RETROCESSOS Se até a década de 1980 as favelas eram tratadas com descaso pelo poder público, a partir desse decênio, elas passaram a ser protagonistas de políticas sociais. A solução para a problemática da favela se dividiu em duas frentes: a primeira, na remoção total das edificações e seus respectivos moradores; e a segunda, na urbanização do seu núcleo e a permanência dos mesmos. Segundo com Licia Valladares (1980), essa transformação ocorreu perante diversos conflitos e a participação da comunidade acadêmica teve um papel importante, demonstrando e tornando pública a inviabilidade da reprodução da transferência dos moradores removidos para áreas distantes do mercado de trabalho, em conjuntos habitacionais situados na extrema periferia da cidade. Ermínia Maricato (2011a) relata que: A generalização dessa prática não significa que despejos e remoção dos moradores contra sua vontade não ocorram com frequência. Além disso, em muitos casos a remoção é necessária pela favela ocupar área de risco geotécnico ou de outra natureza, o que não significa, portanto, uma defesa incondicional da não remoção. (MARICATO, 2011a: p.108) Anterior à implantação do Favela-Bairro, programa de urbanização que ocorreu entre os anos 1994 e 2008 no Rio de Janeiro, as únicas intervenções nas favelas cariocas foram basicamente relacionadas ao campo da infraestrutura urbana, como por exemplo, a implantação de novas linhas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de drenagem pluvial, assim como programas de saúde comunitários. No entanto, somente no Plano Diretor da cidade do Rio de Janeiro de Lei Complementar nº 16, de 04 de junho de , elaborado na administração do prefeito Marcello Alencar ( ), na Seção IV - Dos programas, foi exposta oficialmente a intenção de desenvolver um programa de urbanização e de regularização fundiária das favelas, um programa de urbanização e de regularização fundiária dos loteamentos de baixa renda, um programa de lotes urbanizados e um programa de construção de habitações para a população de baixa renda, orientados pelas seguintes diretrizes: Integração da favela ao bairro formal onde está inserida; Preservação da tipologia da ocupação local; Previsão de implantação das redes de infraestrutura; Regularização urbanística e fundiária. Para o Plano Diretor (1992), as favelas cariocas são áreas da cidade predominantemente habitacionais, caracterizadas pela ocupação da terra por população de baixa renda, pela precariedade da infraestrutura urbana, pela ausência de equipamentos e serviços públicos, pelas vias 1 Disponível em < Acesso em março de

4 estreitas com alinhamentos desiguais, pelos lotes com formas e tamanhos irregulares e pelas construções não licenciadas. Sendo assim, a urbanização e a regularização fundiária serão desenvolvidas mediante intervenções graduais e progressivas em cada área, visando maximizar a aplicação dos recursos públicos e disseminar os benefícios entre o maior número de habitantes possível. Com isso, as favelas integrarão o processo de planejamento da cidade, constando nos mapas, cadastros, planos, projetos e legislações relativos ao controle do uso e ocupação do solo, da manutenção dos serviços e da conservação dos equipamentos públicos nelas instalados. Em 1993, no início de seu primeiro mandato, o prefeito César Maia ( ) empreendeu o desenvolvimento de um programa de integração social e urbanística entre as cidades formal e informal: o programa Favela-Bairro. Como descreve Luiz Paulo Conde (2003), nesse momento Secretário Municipal de Urbanismo, o programa Favela-Bairro tinha como objetivo a integração das favelas com a cidade formal, através da abertura de novas vias, da construção ou reconstrução das redes de infraestrutura e da oferta de equipamentos e serviços sociais. O Favela-Bairro foi idealizado como uma tentativa de dar respostas à crescente fragmentação do tecido urbano da cidade do Rio de Janeiro, no qual as favelas eram retratadas como territórios segregados e desconectados da cidade dita formal. Através de entrevista concedida pelo arquiteto e urbanista Humberto Kzure-Cerquera 2 (2017), observa-se que o programa Favela-Bairro deu prosseguimento a projetos executados anteriormente na cidade do Rio de Janeiro como, por exemplo, o Projeto Mutirão ( ) e sua perspectiva de retomar a urbanização dos tecidos favelizados, principalmente com a ampliação dos serviços públicos. Cabe lembrar, porém, que a crise econômica que o Brasil atravessou na década de 1980 gerou, dentre outros desdobramentos, a extinção do Banco Nacional de Habitação e a consequente ausência de políticas habitacionais de interesse social (LEITÃO; BARBOZA; DELECAVE, 2014: s.p.), que levou à multiplicação de moradias e assentamentos marcados pela informalidade. Nesse contexto brasileiro de fragmentação urbana nos anos 1980, a expansão das periferias na área metropolitana não significou o estancamento do crescimento das favelas no interior do município do Rio de Janeiro (VAZ; KZURE-CERQUERA, 2000: p.71). Com base nos Censos Demográficos, FIBGE e IPLANRIO, nos idos de 1991, esses autores destacam que: Ao final dos anos 80 estimava-se que meio milhão de pessoas habitassem nas periferias e um milhão nas 545 favelas em toda a cidade. Nesta época e no início da década de 90 observaram-se novas formas de habitação popular, estampando no espaço as crescentes dificuldades de se morar na metrópole. (VAZ; KZURE-CERQUERA, 2000: p.71) Para Lilian Vaz e Humberto Kzure-Cerquera (2000), é possível observar que o grande aumento da população favelada não se deu mais em paralelo ao crescimento da população total do município já que não crescia mais no ritmo anterior (VAZ; KZURE-CERQUERA, 2000: p.71), como era percebido 2 Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Coordenador de Planos e Projetos Urbanísticos como, por exemplo, o Projeto de Estruturação Urbana (PEU), o 4

5 em meados do século XX com as migrações urbanas. O aumento da pobreza no final desse século, à luz das reflexões dos referidos autores, contribuiu para o surgimento de novos assentamentos pauperizados. Vale lembrar, que as favelas cariocas, que também resultam das chamadas disfunções urbanas e das disputas desiguais pelo espaço de moradia, refletem os processos históricos de exclusão social no Rio de Janeiro, que impõem limitações de oportunidades para as camadas de baixa renda por parte das elites econômicas e da negligência do poder público. Mas entre os períodos de recessão e os impactos da globalização econômica vistos nas últimas décadas do século XX, Humberto Kzure- Cerquera (2017) sublinha que: A cidade do Rio de Janeiro, entre as décadas 1980 e 1990, também refletia a crise econômica pela qual passava o país. O pouco dinamismo econômico da cidade era percebido, inclusive no baixo desempenho do setor da construção civil. A cidade estava atravessando por um estado visível de decadência em suas estruturas urbanas. Mas a implantação do programa Favela-Bairro nesse momento, assim como outros projetos voltados para melhoria da condição urbana, revelou-se em uma das alternativas que propiciou, a partir de empréstimos contraídos com instituições financeiras nacionais e internacionais, um novo fluxo de capitais para a cidade, e nesse contexto surgiu o programa Favela-Bairro da Secretaria Municipal de Habitação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. (KZURE-CERQUERA, 2017: s.p.) Para o financiamento do programa Favela-Bairro, em 1995, César Maia ( ) assinou um contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Nesse contrato, para a primeira fase do programa, foram fornecidos U$ 180 milhões, somados a U$ 120 milhões providos pela prefeitura da cidade. No início dos anos 2000, para o desenvolvimento da segunda fase do programa, foi determinado um orçamento idêntico ao anterior. Conforme Catherine Osborn (2013): Para selecionar as favelas que iriam receber as primeiras obras, os planejadores organizaram todas as favelas cariocas por tamanho: pequenas (Favela-Bairrinho), médias (Favela-Bairro) ou grandes (Grandes-Favelas). As favelas médias de entre 500 e habitações, que em conjunto representavam 40% dos moradores de favela em toda a cidade, seriam as primeiras beneficiadas. Estas comunidades foram então analisadas e classificadas por dificuldade de construção no local. Os 40 lugares mais viáveis foram escolhidos e, dentre estes, 15 foram selecionados pelo prefeito e subprefeitos para receberem os primeiros projetos 3. (OSBORN, 2013: s.p.) Em 1994, para a elaboração dos projetos de intervenção da primeira fase do programa Favela-Barirro ( ), o Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Rio de Janeiro organizou o Concurso Público para Seleção de Propostas Metodológicas e Físico-Espaciais Relativas à Programa Favela-Bairro, o Programa de Regularização Fundiária - Moradia Legal e o Plano Municipal de Integração de Assentamentos Precários Informais Morar Carioca. 3 As 15 primeiras favelas contempladas no programa Favela-Bairro foram: Andaraí / Jamelão (Zona Norte), Caminho do Job (Complexo do Chapadão - Zona Norte), Canal das Tachas / Vila Amizade (Recreio - Zona Oeste), Chácara de Del Castilho (Zona Norte), Conjunto Residencial Fernão Cardin (Engenho de Dentro - Zona Norte), Ladeira dos Funcionários (Caju - Zona Central), Mata Machado (Alto da Boa Vista - Zona Norte), Morro da Fé (Penha - Zona Norte), Morro dos Prazeres / Escondidinho (Santa Teresa - Zona Central), Morro União (Coelho Neto - Zona Norte), Parque Proletário do Grotão (Penha - Zona Norte), Parque Royal (Ilha do Governador - Zona Norte), Serrinha (Madureira - Zona Norte), Três Pontes (Santa Cruz - Zona Oeste) e Vila Cândido / Guarapes / Cerro-Corá (Cosme Velho - Zona Sul). 5

6 Urbanização de Favelas no Município do Rio de Janeiro, indicado inicialmente para 15 favelas de pequeno e médio porte. Segundo Izabel Mendes (2006), através da análise das propostas metodológicas apresentadas para o desenvolvimento do programa Favela-Bairro, verifica-se que o foco das intervenções das áreas de projeto estava na transformação da imagem das favelas. Anteriormente, as favelas eram apresentadas como lugar da informalidade e, ao longo do desenvolvimento do programa Favela- Bairro, passaram a ser consideradas pertencentes da cidade formal, através da inserção de elementos que aproximam a favela dos padrões urbanos da cidade e, ao mesmo tempo, preservando e valorizando a sua tipologia irregular, característica entendida como expressão cultural da população residente do local. Na primeira fase do programa Favela-Bairro ( ) 38 favelas receberam intervenções, incluindo favelas beneficiadas por programas derivados do Favela-Bairro, como o Favela-Bairrinho, para comunidades com menos de 500 habitações, e o Grandes-Favelas, para comunidades com mais de habitações. A segunda fase do programa Favela-Bairro ( ) iniciou durante o mandato do prefeito Luiz Paulo Conde ( ) e perdurou durante o segundo mandato de César Maia ( ), contando com a urbanização de 62 favelas e 24 loteamentos irregulares. Além disso, o desenvolvimento da segunda fase do programa também envolveu a construção de unidades educacionais, creches, centros profissionalizantes e algumas titulações de propriedade (OSBORN, 2013). A política urbana proposta através do Favela-Bairro, que representou a primeira experiência de política pública de planejamento urbano abrangente e de urbanização de favelas, alcançou proporções mais amplas em relação às inicialmente previstas. O programa, em sua essência, surpreendeu tanto no que se refere ao volume de assentamentos envolvidos no projeto, quanto pelo reconhecimento das pré-existências, ou seja, a possibilidade de permanência no lugar da antiga política extremista de remoção. Para Humberto Kzure-Cerquera (2017), durante a administração do prefeito Luiz Paulo Conde ( ), período de execução das obras do Favela-Bairro, identifica-se um comprometimento eleitoral, através da presença de representantes políticos, nas favelas integrantes do programa para que as intervenções fossem realizadas - caracterizando, assim, uma política clientelista em troca de apoio político. Nesse mesmo intervalo, percebe-se, também, o não cumprimento da contratação dos profissionais que desenvolveram os projetos para que realizassem a fiscalização das obras nas respectivas áreas. Humberto Kzure-Cerquera (2017) menciona que toda política pública que valorize o aspecto social e os recursos financeiros investidos em intervenções desse porte deve prever a manutenção e a fiscalização do que foi realizado. Porém, assim como na maior parte das políticas públicas no Brasil, após a realização das obras do programa Favela-Bairro, muitas vezes inacabadas, as intervenções foram totalmente abandonadas por parte do poder público, inclusive sem a regularização fundiária prometida. Como descreve Ermínia Maricato (2000): 6

7 O urbanismo brasileiro (entendido aqui como planejamento e regulação urbanística) não tem comprometimento com a realidade concreta, mas com uma ordem que diz respeito a uma parte da cidade, apenas. Podemos dizer que se trata de ideias fora do lugar porque, pretensamente, a ordem se refere a todos os indivíduos, de acordo com os princípios do modernismo ou da racionalidade burguesa. Mas também podemos dizer que as ideias estão no lugar por isso mesmo: porque elas se aplicam a uma parcela da sociedade reafirmando e reproduzindo desigualdades e privilégios. Para a cidade ilegal não há planos, nem ordem. Aliás, ela não é conhecida em suas dimensões e características. Trata-se de um lugar fora das ideias. (MARICATO, 2000: p.122) Com o passar dos anos, muitos foram os obstáculos para que o programa Favela-Bairro prosseguisse. As favelas continuaram se expandindo, as obras sofreram atrasos, o programa perdeu seus investidores e as construções para os Jogos Pan Americanos de 2007, passaram a ser prioridade do governo municipal. Em 2008, foi declarado o fim do programa Favela-Bairro, mesmo ano em que acabaria o terceiro mandato do prefeito Cesar Maia ( ). A partir desse momento, surgiram novos projetos habitacionais governamentais, como, por exemplo, o Programa Minha Casa Minha Vida, segmento do Programa de Aceleração do Crescimento implantado pelo governo federal, e o Programa Morar Carioca, desenvolvido pela administração municipal. O Programa de Aceleração do Crescimento foi anunciado em dezembro de 2006, no final do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( ) e lançado oficialmente em janeiro de 2007, logo após sua reeleição, como um novo plano de desenvolvimento econômico e social do Governo Federal Brasileiro, para o quadriênio No caso da cidade do Rio de Janeiro, o programa teve seu foco voltado para o investimento em projetos de urbanização das favelas cariocas, através da união entre os governos federal, estadual e municipal. Seus objetivos principais eram promover a ampliação da infraestrutura urbana no território brasileiro e dinamizar a economia a partir da adoção de um modelo de desenvolvimento econômico e social diferente do estabelecido no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso ( e ), que construiu suas estratégias de crescimento e desenvolvimento social a partir de reformas de caráter neoliberais, de acordo com a literatura acadêmica que trata sobre o conteúdo. Conforme o Ministério do Planejamento 4, a primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC-1 ( ), tinha como objetivo alavancar o ritmo do setor econômico, combinando o aumento da oferta de empregos, a geração de renda e a elevação do investimento público e privado em obras fundamentais para o desenvolvimento do país. O PAC-1 foi desmembrado em cinco blocos: 1º bloco - Investimento em infraestrutura; 2º bloco - Estímulo ao crédito e ao financiamento; 3º bloco - Melhoria do ambiente de investimento; 4º bloco - Desoneração e aperfeiçoamento do sistema tributário; 5º bloco - Medidas fiscais de longo prazo. 4 Disponível em < Acesso em fevereiro de

8 As ações do PAC-1 em relação às medidas do primeiro bloco, considerado o principal bloco pelo governo federal, foram direcionadas para investimentos em infraestrutura urbana e social, incluindo a urbanização de favelas, a provisão de habitação de interesse social, a implantação de redes de saneamento básico e o desenvolvimento do sistema de transporte público em massa. Segundo Ermínia Maricato (2011a), faziam parte do escopo do 1º bloco do PAC-1, projetos e obras relacionados à: Infraestrutura Social e Urbana: programa Minha Casa Minha Vida, programa de urbanização de assentamentos precários, mobilidade urbana, prevenção de áreas de risco, saneamento, recursos hídricos, equipamentos sociais, pavimentação, cidades históricas, luz para todos, infraestrutura turística, equipamentos de esporte de alto rendimento, educação, saúde - com orçamento inicial de R$ 170,8 bilhões; Infraestrutura Logística: rodovias, ferrovias, portos, hidrovias, aeroportos, defesa, comunicações, ciência e tecnologia - com orçamento inicial de R$ 58,3 bilhões; Infraestrutura Energética: geração e transmissão de energia elétrica, petróleo e gás natural, combustíveis renováveis, geologia e mineração, revitalização da indústria naval - com orçamento inicial de R$ 274,8 bilhões. O segmento de Infraestrutura Social e Urbana dá sequência à política de intervenções em áreas de favela no Rio de Janeiro, entretanto, diferente do Favela-Bairro, o Programa de Aceleração do Crescimento investiu expressivos aportes financeiros nos grandes assentamentos e complexos de favelas. A questão da habitação também foi abordada em uma escala diferente, uma vez que as ações do Programa de Aceleração do Crescimento foram direcionadas para a eliminação das habitações em áreas precárias e para a oferta de grande quantidade de novas unidades habitacionais com condições dignas de moradia. A urbanização de assentamentos precários ou, de modo geral, a recuperação de áreas urbanas degradadas, prevista no PAC-1, asseguraria, de fato, uma condição urbana saudável exatamente para a camada social mais pobre da sociedade, consolidando sua localização e também relações já construídas com o entorno. O PAC-1 remete a maior parte dos recursos relativos à moradia e infraestrutura social para urbanização de favelas e, por isso, dialoga mais com o desenvolvimento urbano do que o pacote habitacional lançado pelo Governo federal em 2009, o Programa Minha Casa Minha Vida, destinado a impulsionar a construção de moradias como forma de reagir à anunciada crise internacional de Para Ermínia Maricato (2011a): O Programa de Aceleração do Crescimento não ignora a cidade existente, mas propõe justamente incorporar esse passivo urbano elevando seu padrão de urbanidade. Já o PMCMV retoma a política habitacional com interesse apenas na quantidade de moradias, e não na sua fundamental condição urbana. (MARICATO, 2011a: p.67) Em 2011, o Programa de Aceleração do Crescimento entrou na sua segunda fase, o PAC-2 ( ), durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff ( ). O PAC-2 manteve o mesmo pensamento estratégico da fase anterior e deu seguimento às ações já estabelecidas. No Rio 8

9 de Janeiro, o PAC-2 priorizou as ações de infraestrutura social e urbana, investindo na urbanização de favelas, em saneamento ambiental, em obras de pavimentação, drenagem pluvial e contenção de encostas. Popularmente conhecido como PAC-Favelas, a vertente do programa cujas intervenções se dão em áreas de assentamento precário, emprega diretrizes do Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários do Ministério das Cidades. A proposta tem como objetivo principal a implantação de ações necessárias à regularização fundiária, segurança pública, salubridade e habitabilidade de população localizada em área de moradia inadequada, visando a sua permanência ou relocação, por intermédio da execução de ações integradas de habitação, infraestrutura e inclusão social. No decorrer do PAC-2, o Governo do Estado e a União investiram na execução de projetos e obras de urbanização e infraestrutura em favelas cariocas, como por exemplo, Cantagalo (Ipanema), Complexo de Manguinhos, Complexo do Alemão, Complexo do Caju, Complexo do Lins de Vasconcelos, Jacarezinho, Pavão-pavãozinho (Copacabana), Rocinha, Santa Marta (Botafogo), entre outras. Em 2013, foi anunciado o investimento de R$ 2,66 bilhões 5 para a execução das obras de urbanização das favelas do Complexo do Lins de Vasconcelos, Jacarezinho e Rocinha. As áreas contempladas receberiam sistemas de abastecimento de água, drenagem pluvial, esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos, iluminação pública, regularização do traçado viário, construção de equipamentos sociais, educacionais, culturais e de lazer. Além disso, foram previstos investimentos para realocação de famílias que viviam em áreas de risco, através da construção de novas unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida. No Complexo do Lins de Vasconcelos, foi prevista a construção de 960 novas habitações; no Jacarezinho, novas unidades; e na Rocinha, 475 novas moradias. Como descreve o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, as unidades habitacionais prometidas pelo Governo do Estado no âmbito do PAC-2 não foram cumpridas. São mais de quatro mil famílias vivendo em aluguel social, há mais de cinco anos, quando suas casas foram removidas em razão de obras do referido programa. No Complexo do Alemão são mais de famílias, no Jacarezinho mais de famílias e no Complexo de Manguinhos famílias, das comunidades CCPL (403 famílias), CONAB (662 famílias), Parque João Goulart (10 famílias), Vila São Pedro (10 famílias) e Vila União (5 famílias). Problema agravado pelo atraso sistemático no recebimento deste pagamento, além da defasagem no valor do mesmo que continua de R$ 400, desde o início das remoções, há mais de 5 anos. (IBASE 6, 2016: s.p.) 5 Disponível em < Acesso em fevereiro de Disponível em < Acesso em fevereiro de

10 Através de entrevista concedida pela arquiteta e urbanista Ruth Jurberg 7, ressalta-se que foram realizadas remoções para atender às demandas das obras do Programa de Aceleração do Crescimento nas seguintes favelas: Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, Complexo de Manguinhos, Complexo do Alemão, Complexo do Caju, Jacarezinho, Rocinha e Santa Marta. REMOÇÕES EM CONSEQUÊNCIA DO PAC ( ) FAVELA HABITAÇÕES REMOVIDAS CANTAGALO-PAVÃO-PAVÃOZINHO 360 COMPLEXO DE MANGUINHOS COMPLEXO DO ALEMÃO COMPLEXO DO CAJU 301 JACAREZINHO ROCINHA 765 SANTA MARTA 5 TOTAL Tabela 1: Remoções em consequência do PAC-2 de 2012 a 2016 (Fonte: JURBERG / Ano: 2017) No decorrer do desenvolvimento do projeto e das obras do Programa de Aceleração do Crescimento nas favelas citadas anteriormente, o Governo do Estado iniciou uma negociação com os moradores das habitações que seriam removidas, possibilitando a oportunidade de escolha do procedimento de reassentamento para cada família. Existem três modalidades reassentamento previstas para esses casos: Compra assistida: a família desapropriada recebe auxílio do Estado para comprar um imóvel de valor equivalente ao seu anterior, com o acréscimo de até 40% desse valor como forma de indenização; Indenização prévia: a família desapropriada recebe o pagamento pelo imóvel antes da desocupação; Programa Minha Casa Minha Vida: a família desapropriada aceita a troca do imóvel por uma unidade habitacional do programa; REASSENTAMENTO EM CONSEQUÊNCIA DO PAC ( ) SITUAÇÃO FAMÍLIAS REASSENTADAS COMPRA ASSISTIDA INDENIZAÇÃO PRÉVIA 524 PMCMV ALUGUEL SOCIAL (aguardando Coordenadora Geral do Programa de Aceleração do Crescimento, entre 2012 e 2016, na Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro. 10

11 PMCMV) SEM DEFINIÇÃO TOTAL Tabela 2: Reassentamento em consequência do PAC-2 de 2012 a 2016 (Fonte: JURBERG / Ano: 2017) No Complexo do Alemão, apenas 54% das unidades habitacionais previstas foram entregues. O Teleférico do Alemão, destaque do Programa de Aceleração do Crescimento, inaugurado em 2011 e orçado em cerca de R$ 253 milhões, está inoperante devido à falta de pagamento ao consórcio por parte do Estado desde As obras de urbanização no entorno das seis estações não foram concluídas e o projeto do Parque Serra da Misericórdia não foi executado. O gasto total com a favela foi de aproximadamente R$ 843 milhões 8. Na Rocinha, o cenário não foi diferente. A construção dos três planos inclinados que levariam ao topo da favela, com previsão de entrega em 2013, está paralisada. O Mercado Popular, que abrigaria cerca de 200 unidades comerciais, que começou a ser construído em 2013 segue inacabado. O córrego da Rua do Canal, que seria totalmente canalizado, ainda se encontra a céu aberto. Apenas algumas etapas do Programa de Aceleração do Crescimento, como por exemplo, o Complexo Esportivo da Rocinha e a Passarela da Rocinha, projetada por Oscar Niemeyer, foram finalizadas. O gasto total com a Rocinha foi de aproximadamente R$ 259 milhões 9. Com prazo de conclusão previsto para o final de 2016, as intervenções urbanísticas, habitacionais e de infraestrutura nos três complexos de favelas citados anteriormente não foram realizadas. No Complexo da Tijuca e na Mangueira as obras do PAC-2 foram canceladas. No Complexo do Lins de Vasconcelos, no Jacarezinho e na Rocinha, as obras estão sendo licitadas pelo Governo Estadual, mas não há previsão para serem iniciadas. Os recursos federais e estaduais previstos que somavam R$ 2,9 bilhões para as cinco comunidades não foram liberados. O Minha Casa Minha Vida e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas, lançado pelo Governo Federal em 2009, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( ), têm como finalidade representar condições de ampliação do mercado habitacional para acolhimento das famílias de baixa renda - inicialmente até 2 salários mínimos. Ademais, para as Disposições 10 do Programa Minha Casa Minha Vida - Lei nº , de 07 de julho de 2009: O Programa Minha Casa, Minha Vida tem por finalidade criar mecanismos de incentivo à produção e aquisição de novas unidades habitacionais ou requalificação de imóveis urbanos e produção ou reforma de habitações rurais, para famílias com renda mensal de até R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais) e compreende os seguintes subprogramas: I - o Programa Nacional de Habitação Urbana; e II - o Programa Nacional de Habitação Rural. (BRASIL, 2009: s.p.) 8 Disponível em < Acesso em agosto de Disponível em < Acesso em agosto de Disponível em < Acesso em fevereiro de

12 Observa-se que o Programa representou uma ruptura em relação às práticas públicas anteriores, sobretudo ao trazer a questão da habitação para o centro da agenda governamental, assim como pela escala de intervenção, pelo volume de recursos empregados, pelas concessões de subsídios de até 96% para as camadas com renda de até R$1.600,00 e de subsídios parciais para as camadas de renda de até R$5.000,00, viabilizando o acesso à moradia para os setores de mais baixa renda, historicamente excluídos dos financiamentos para aquisição do imóvel próprio. A primeira etapa do programa, em parceria com estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos, com um orçamento inicial de R$ 34 bilhões, 75% provenientes do Orçamento Geral da União e 25% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, previa a construção de um milhão de unidades habitacionais, de modo a reduzir em 14% o déficit habitacional do país. Como descreve o Relatório 11 do Tribunal de Contas da União, até o fim de 2010, 100% dos contratos para a construção ou financiamento de unidades habitacionais já haviam sido firmados, ou seja, 1,6 milhão de novas moradias. No entanto, a quantidade de residências produzidas no período de 2012 a 2015 foi de cerca de 732 mil unidades, o que representa 46% da previsão inicial. Além disso, o Tribunal de Contas da União identificou que a quantidade de unidades habitacionais construídas nas capitais e nas regiões metropolitanas foi significativamente inferior à esperada. As dificuldades encontradas dizem respeito à pouca oferta de terrenos e ao alto valor dos mesmos, o que acaba desestimulando as empresas em adquiri-los. Para suprir a demanda, o Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério das Cidades que volte a priorizar investimentos na requalificação de moradias existentes e na urbanização de favelas nas cidades em que há baixa disponibilidade de terrenos e elevado déficit qualitativo. Já em relação à qualidade das construções do Minha Casa Minha Vida, em 9 dos 10 empreendimentos da amostra foram identificados alguns problemas construtivos sistêmicos nas unidades habitacionais. Foram encontradas falhas na pintura externa, deterioração dos pavimentos, fissuras não estruturais, problemas em instalações hidrossanitárias, caimento inadequado dos pisos, problemas de estanqueidade de esquadrias, entre outros. Também foram encontradas moradias sem ligações com a rede formal de abastecimento de água potável. Foram identificados, também, problemas relativos à demora na entrega da lista de beneficiários. Em alguns casos, essa situação tem gerado problemas de invasão e/ou depredação dos empreendimentos concluídos. Nesse sentido, o Tribunal de Contas da União recomendou ao Ministério das Cidades alterar as regras do Minha Casa Minha Vida, para que a definição da lista de beneficiários seja realizada antes do início da execução das obras, com o objetivo de estimular o controle das unidades e, ainda, reduzir o risco de empreendimentos finalizados sem a devida ocupação. Ocorreram também diversos casos de comercialização, venda ou aluguel, das unidades habitacionais entregues, situação que se deve à falta de fiscalização, registro da propriedade em cartório e à ausência de informações aos beneficiários do programa, acerca da impossibilidade e das 11 Disponível em < Acesso em fevereiro de

13 consequências da comercialização. Nesse sentido o Tribunal de Contas da União determinou a elaboração de um estudo estatístico para conhecer, por amostragem, o percentual de moradias do Minha Casa Minha Vida que estão sendo comercializadas irregularmente, de modo a viabilizar a posterior adoção de controles compatíveis com o risco e o impacto que essa prática pode causar na efetividade do programa. De acordo com Ermínia Maricato (2011a), o referido programa destaca a necessidade de inserção da moradia a ser construída em meio urbano, porém o pacote de propostas não garante essa condição devido aos agentes que estão envolvidos em sua formulação e operação. Avanços conceituais sobre a temática da habitação de interesse social, tanto no que se refere à legislação urbanística, quanto ao que se refere aos projetos arquitetônicos, não são incorporados à sua operação. Conforme a autora: A maior parte da localização das novas moradias - grandes conjuntos sendo alguns, verdadeiras cidades - será definida nos municípios e metrópoles, por agentes do mercado imobiliário sem obedecer a uma orientação pública, mas à lógica do mercado. (MARICATO, 2011a: p.69) Segundo o Relatório 12 sobre o Programa Minha Casa Minha Vida elaborado pela Rede Cidade e Moradia, o poder público limita-se a aprovar os empreendimentos, flexibilizando as legislações vigentes para adaptá-las ao modelo do Programa e permitir a construção dos empreendimentos em localizações mais distantes do centro urbano e, portanto, mais baratas, como por exemplo, antigas zonas rurais englobadas por alterações nos perímetros urbanos. O modelo adotado para atender primordialmente aos interesses do setor privado reproduz um padrão de cidade fragmentada, segregada e sem urbanidade, já que o território em que seus empreendimentos são inseridos é mal servido de transporte público, redes de infraestrutura ou ofertas de serviços urbanos adequados ao desenvolvimento econômico e social. Do ponto de vista do atendimento da demanda, verificou-se que os moradores dos conjuntos habitacionais realmente pertencem às camadas de menor renda e que, em sua maioria, de fato, teriam grande dificuldade em acessar a moradia formal antes da existência do Minha Casa Minha Vida. Entretanto, os processos de seleção realizados por meio de cadastros nem sempre são transparentes. Além disso, o Programa vem sendo utilizado para viabilizar remoções forçadas, muitas vezes não justificadas por necessidades habitacionais. Particularmente nestes casos, verifica-se a inadequação das alternativas ofertadas em relação às estratégias de sobrevivência das famílias, especialmente em função da localização periférica e distante das fontes de emprego da cidade. Uma política habitacional de abrangência nacional, em um país de dimensões continentais, não pode ter como único programa a construção e a transferência de propriedade de novas unidades habitacionais. É preciso associar programas de urbanização de favelas e assentamentos precários, melhorias habitacionais, regularização fundiária, ocupação de áreas vazias e subutilizadas, recuperação de imóveis em áreas centrais para moradia social e, ainda, um programa de locação social para as famílias de menor renda, que não têm condição de arcar com os custos decorrentes da propriedade individual. (REDE CIDADE E MORADIA, 2014: s.p.) 12 Disponível em < Acesso em fevereiro de

14 Dando continuidade ao processo de urbanização dos assentamentos informais na cidade do Rio de Janeiro, em julho de 2010, durante o primeiro mandato da administração do prefeito Eduardo Paes ( ), a Secretaria Municipal de Habitação lançou o Programa Morar Carioca, com o objetivo de urbanizar todas as favelas da cidade até o ano de 2020, como parte do legado social dos Jogos Olímpicos de De acordo com as diretrizes apresentadas, o Morar Carioca pretendia constituir, um novo estágio de abordagem das intervenções urbanísticas nas favelas, propondo a incorporação dos conceitos de sustentabilidade ambiental, moradia saudável e a ampliação das condições de acessibilidade. Com a publicação do Decreto , de 1º de janeiro de , o Programa Morar Carioca passou a fazer parte do segundo volume do Plano Estratégico da cidade do Rio de Janeiro: O Rio Mais Integrado e Competitivo (2012). Formalmente uma extensão do programa Favela-Bairro, o Morar Carioca pretendeu ser o programa mais abrangente de urbanização de favelas na história da cidade, construído em cima de uma geração de conhecimentos técnicos acumulados nessas últimas três décadas. Como descreve Humberto Kzure-Cerquera (2017), o diferencial entre o programa Favela-Bairro, implementado anteriormente, e o programa Morar Carioca era o investimento prometido pelo poder público municipal na produção qualificada da habitação, fator que despertou o interesse de arquitetos e urbanistas e demais profissionais das áreas de infraestrutura urbana, meio ambiente e trabalho técnico social, por exemplo, em desenvolver os planos e projetos voltados para a urbanização de favelas, que contemplassem a construção de novas moradias e novos equipamentos de uso coletivo. Com um orçamento inicial de R$ 8 bilhões 14, o programa tinha como objetivo principal integrar todas as favelas cariocas à cidade formal e, além disso, implementar melhorias no sistema de infraestrutura, ou seja, nas redes de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem pluvial, no sistema de iluminação pública, pavimentação de ruas e calçadas, construção de espaços públicos verdes e áreas de recreação, melhoria na conectividade dos sistemas de transportes públicos, estabilização de moradias e a construção de centros de serviços sociais. Para viabilizar o referido Programa, a Prefeitura firmou uma parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil, promovendo um concurso de metodologias de urbanização de favelas, no qual se inscreveram 86 escritórios com equipes multidisciplinares, obrigatoriamente lideradas por arquitetos e urbanistas. Em janeiro de 2011, o concurso foi homologado, qualificando 40 escritórios de várias partes do Brasil como aptos a conduzir os processos de urbanização e regularização fundiária das favelas cariocas. Para Gerônimo Leitão e Jonas Delecave (2013): A implementação de um programa deste porte deverá enfrentar, inevitavelmente, um conjunto significativo de desafios. Inicialmente, há que se considerar as questões referentes à permanência dessas intervenções, que dependem de um investimento contínuo, após a realização dos eventos, e da articulação da Secretaria de Habitação com as demais Secretarias Municipais, outras esferas do poder público e, inclusive, com agentes do setor privado, além - e sobretudo - das entidades de representação comunitária. (LEITÃO; DELECAVE, 2013: p.273) 13 Disponível em < DE-1%C2%BA-DE-JANEIRO-DE-2013.pdf>. Acesso em fevereiro de Disponível em < Acesso em fevereiro de

15 O Morar Carioca seria responsável pela urbanização de 815 favelas, o que representa aproximadamente 232 mil domicílios, desmembrados em 40 agrupamentos divididos entre os escritórios de arquitetura e urbanismo que ganharam o processo licitatório. A proposta para a realização dos projetos e obras de urbanização foi dividida em três ciclos: Ciclo a 2012: contempla 69 favelas, representando um investimento previsto de R$ 2,1 bilhões - obras de urbanização de favelas que já estavam em curso anteriormente e que foram inseridas no Morar Carioca; Ciclo a 2016: contempla 124 favelas, representando um investimento previsto de R$ 2,65 bilhões; Ciclo a 2020: contempla 622 favelas, representando um investimento previsto de R$ 8,5 bilhões. No início de 2011, o Secretário Municipal de Habitação, Jorge Bittar, declarou que o objetivo da prefeitura era de que os ciclos 01 e 02 fossem concluídos até a realização da Copa do Mundo de Nessa mesma época, a Prefeitura anunciou que as favelas selecionadas para dar início aos trabalhos do Morar Carioca seriam aquelas que estivessem localizadas em um raio de quatro quilômetros das futuras instalações olímpicas 15. Porém, na realidade, os recursos começaram a ser liberados em junho de Inicialmente, foi contratado o escritório para desenvolver o projeto de urbanização da favela Barreira do Vasco, em São Cristóvão - área estratégica para as obras de infraestrutura em função da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Posteriormente, somente 10 escritórios foram contratados para o desenvolvimento do ciclo 02. Apesar da promessa da Prefeitura em dar continuidade ao Programa, inúmeros conflitos relativos à sua execução provocaram o esvaziamento e o abandono de suas obras iniciadas. Problemas relativos ao superfaturamento das obras, à ausência de discussão dos projetos com a população, a falta de informação sobre remoções e reassentamentos, a pouca ou nenhuma divulgação dos dados referentes ao andamento e resultados dos processos de urbanização têm provocado a resistência dos moradores quanto à implantação dos projetos. Conforme Ermínia Maricato (2011a): Protagonizar esse programa sem uma política social mais ampla que assegure o direito à cidade implica uma ação semelhante a enxugar gelo. Enquanto o processo de urbanização for uma máquina de produzir favelas, urbanizar as existentes não assegura um futuro melhor para o conjunto da cidade. (MARICATO, 2011ª: p.156) A violação de direitos tem sido sistematicamente denunciada por movimentos sociais e moradores que atuam no âmbito do direito à moradia e à cidade, e têm auxiliado a organização dos moradores na luta pelo direito à permanência na cidade. Para isso, é importante garantir a implantação da legislação proposta de uso do solo e zoneamento dessas comunidades como Áreas de Especial Interesse Social para que, assim, sejam reconhecidas e mantidas como áreas de habitação popular. Mas isso não tem sido cuidadosamente aplicado e mesmo quando é aplicado não tem sido capaz de 15 Disponível em < Acesso em fevereiro de

16 impedir a gentrificação, seja pela remoção em si ou pelo aumento do valor da terra e dos imóveis, impossibilitando a permanência das famílias em seu local de origem. Segundo Gerônimo Leitão e Jonas Delecave (2013): Concretizar as propostas contidas no Programa Morar Carioca - e materializadas nos projetos apresentados pelas equipes técnicas no concurso promovido pelo IAB/RJ - é algo que dependerá do que se convencionou chamar de vontade política daqueles que estão à frente do poder público municipal e, também, estadual, uma vez que essa interação é absolutamente necessária, considerando as características das intervenções urbanísticas previstas. (LEITÃO; DELECAVE, 2013: p ) Tendo em vista o desinteresse do poder público municipal e a falta de recursos financeiros para o andamento do Morar Carioca, percebe-se que o programa saiu da agenda política da cidade do Rio de Janeiro. Em entrevista ao Rio On Watch 16, o ex-coordenador de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Habitação, Antônio Augusto Veríssimo, relata que a ordem para a suspensão dos contratos referente às trinta empresas restantes para o desenvolvimento do projeto do Morar Carioca veio diretamente do prefeito Eduardo Paes. Para Humberto Kzure-Cerquera (2017): O programa Morar Carioca, desde o início, foi utilizado como marketing político e urbano. Ele nunca foi, de fato, pensado para resolver o problema da população residente nas favelas cariocas. Todos os projetos implantados na cidade do Rio de Janeiro, nesse período, estavam vinculados diretamente às obras de infraestrutura demandadas pelos megaeventos esportivos. O Morar Carioca não foi organizado verdadeiramente para mudar a vida das pessoas e com o objetivo de elaborar um programa de integração total para assegurar os direitos democráticos de todo e qualquer cidadão no usufruto da cidade. Isso nunca existiu. (KZURE-CERQUERA, 2017: s.p.) O desenvolvimento dos projetos de urbanização do programa Morar Carioca não foi prioridade na agenda política no final da administração do prefeito Eduardo Paes ( ). Os representantes do poder público não atenderam às contrapartidas firmadas como legados dos megaeventos esportivos, principalmente os Jogos Olímpicos de E a perspectiva de urbanizar todas as favelas da cidade do Rio de Janeiro até 2020 está cada vez mais distante da realidade carioca. Como descreve Humberto Kzure-Cerquera (2017): O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Rio de Janeiro, que foi contratado pelo poder público com recursos significativos para realizar a consultoria do concurso do Morar Carioca e depois a gestão dos projetos junto aos escritórios, foi submisso ao desmonte do programa. Não demonstrou firmeza e posicionamento em relação ao fortalecimento da redução dos abismos sociais na cidade do Rio de Janeiro e da consolidação da importância da organização dos movimentos sociais nos processos de gestão urbana. O discurso do Instituto de Arquitetos do Brasil, atualmente, ainda é semelhante ao discurso oficial da Prefeitura. E o Conselho de Arquitetura e Urbanismo seguiu o mesmo caminho. (KZURE-CERQUERA, 2017: s.p.) As explicações para o arrasamento do Morar Carioca permanecem obscuras, inclusive no site da Cidade Olímpica 17, que anuncia o programa como uma verdadeira revolução em termos de 16 Disponível em < Acesso em fevereiro de Disponível em < Acesso em fevereiro de

17 integração social, e ainda identifica o programa como um dos legados olímpicos mais importantes da cidade. O que resta aparente é que um programa ambicioso que se gabava da participação comunitária e integração de toda a cidade foi desmantelada pela ausência de diálogo e transparência. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n o , de 07 de julho de Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida. BrasíliaImprensa da República, CONDE, L. P. Renovação urbana em processos de crescimento explosivo. In: Urbanismo em questão. Rio de Janeiro: UFRJ / PROURB, p JURBERG, R. Entrevista: Coleta de dados sobre o Programa de Aceleração do Crescimento no Rio de Janeiro ( ). Rio de Janeiro, KZURE-CERQUERA, H. Entrevista: Programas de Urbanização de Favelas na cidade do Rio de Janeiro - Favela-Bairro, Morar Carioca e Vila Autódromo. Rio de Janeiro, LEITÃO, G.; BARBOZA, S.; DELECAVE, J. Projeto Mutirão, Programas Favela-Bairro e Morar Carioca: Três décadas de urbanização de favelas na cidade do Rio de Janeiro. Tempos e escalas da cidade e do urbanismo - Anais do XIII Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, v. Brasília, LEITÃO, G.; DELECAVE, J. O programa Morar Carioca: novos rumos na urbanização das favelas cariocas? O Social em Questão, v. XVI, n. 29, p , MARICATO, E. As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias. In: A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. 1. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, p MARICATO, E. O impasse da política urbana no Brasil. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, MENDES, I. Programa Favela-Bairro: uma inovação estratégica? Estudo do Programa Favela- Bairro no contexto do Plano Estratégico da cidade do Rio de Janeiro. [s.l.] Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo (USP), OSBORN, C. A história das urbanizações nas favelas: Favela-Bairro ( ). Disponível em: < PCRJ. Plano Diretor Decenal da cidade do Rio de Janeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: Prefeitura - Imprensa da Cidade, PCRJ. Plano Estratégico da cidade do Rio de Janeiro: O Rio Mais Integrado e Competitivo (Volume II ). Rio de Janeiro: Prefeitura - Imprensa da Cidade, VALLADARES, L. DO P. Passa-se uma casa: Análise do programa de remoção de favelas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, VAZ, L.; KZURE-CERQUERA, H. Padrões de habitação popular no Rio de Janeiro. In: SCHWEIZER, P. J.; CESARIO, S. (Eds.). Planejamento participativo na reestruturação urbana. Rio de Janeiro: 7 letras,

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