AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA. Instrutor: Prof. Jorge Madeira Nogueira PLANO DE AULAS
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1 Universidade de Brasília Bacharelado em Ciências Ambientais Primeiro Semestre Letivo de 2015 AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA Carga horária: 60 horas-aula Créditos: 4 (quatro) Segundas e Quartas 19hs às 20hs40min Local: BSA S B2 41 Prof. Jorge Madeira Nogueira PLANO DE AULAS 1. Objetivos Gerais O licenciamento ambiental de atividades humanas potencialmente poluidoras ou degradadoras é regulamentado no Brasil há 30 anos. A avaliação de impactos ambientais (AIA) é inclusive referenciada em nosso texto constitucional. No entanto, o licenciamento e a AIA limitam-se a subsidiar as decisões de aprovação de projetos de empreendimentos individuais no caso brasileiro. Elas contribuem marginalmente para a avaliação dos processos de planejamento de decisões políticas e estratégicas que os originam. Para superar as dificuldades da não consideração dos impactos cumulativos, regionais e globais, muitos especialistas e organizações internacionais têm apoiado fortemente o uso da avaliação ambiental estratégica AAE (Strategic Environmental Assessment SEA). 1 A AAE permite fazer um diagnóstico e um prognóstico de uma dada área/região (ou de um setor de atividade produtiva) que será objeto de políticas, planos e programas (PPP). Assim, pode se converter em um instrumento de política ambiental capaz de promover a articulação das várias dimensões de PPP de desenvolvimento, explicitando com clareza seus objetivos e as questões ambientais relacionadas à sua implantação. Além disto, tem a possibilidade de fornecer as orientações necessárias para a viabilização econômica, social e ambiental de determinadas atividades na área objeto da ação pública ou privada, favorecendo, deste modo, a percepção de impactos cumulativos decorrentes das diversas ações a serem desenvolvidas. Nesse contexto, a AAE pode ser definida como um processo de avaliação ambiental de PPP que é identificada com a aplicação dos procedimentos de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) na fase inicial e mais estratégica da hierarquia de tomada de decisão de políticas, planos, programas e projetos individuais. Uma definição mais simples poderia ser: a AAE representa o processo de avaliação ambiental de políticas, planos e programas. Uma terceira definição é a proposta por Sadler e Verheem (1996): AAE é um processo sistemático para avaliar as consequências ambientais de uma política, plano ou programa, de forma a assegurar que elas sejam integralmente incluídas e apropriadamente consideradas no estágio inicial e apropriado do processo de tomada de decisão, juntamente com as considerações de ordem econômica e social.
2 A disciplina Avaliação Ambiental Estratégica analisará os aspectos robustos e frágeis da AAE como instrumento de escolha de políticas públicas, comparando-a à experiência de outros países e relacionando-a à experiência brasileira com EIA/RIMA. Formular, escolher e implantar adequadas políticas de gestão ambiental são decisões essenciais em qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável ou de uma Economia Verde. AAE pode (ou não) ser um instrumento poderoso de auxílio nessa empreitada. É isso que iremos avaliar ao longo de nossa disciplina. Nesse contexto, esta disciplina fornece uma moldura teórica fundamental para a análise do processo de formulação de política pública, em geral, e de política de meio ambiente, em particular. 2. Estrutura da Disciplina Unidade I Revisão de Aspectos Básico de AIA/EIA/RIMA 1.1. AIA e seus componentes 1.2. Relembrando os componentes básicos de EIA/RIMA 1.3. Uma avaliação geral da experiência brasileira com EIA/RIMA 1.4. Limites do EIA/RIMA que podem ser suplantados pela AAE Unidade II Aspectos Introdutórios da AAE 2.1. O que é avaliação ambiental estratégica? 2.2. Por que e quando AAE é relevante? 2.3. Como a AAE se relaciona com outros instrumentos de regulação? 2.4. As inúmeras denominações da AAE 2.5. Componentes de uma AAE. 2 Unidade III Uma Breve Linha do Tempo da AAE 3.1. A AAE estava na AIA da década de 1970? 3.2. A falta que AAE fez nos anos 1980s O embrião da AAE: 1990s Por que a AAE se difunde no século XXI? Unidade IV Interfaces da AAE com Outros Instrumentos de Política 4.1. AAE e sistemas de gestão ambiental 4.2. AAE e ordenamento do espaço e do território 4.3. AAE e gestão da biodiversidade 4.4. AAE e redução da pobreza Unidade V Aplicações Setoriais da AAE 5.1. AAE e o planejamento de transporte 5.2. AAE e a política de turismo 5.3. AAE e a gestão dos recursos hídricos 5.4. AAE e a atividade extrativa 5.5. AAE e a gestão costeira
3 Unidade VI Aspectos Centrais na Implementação da Prática de AAE 6.1. AAE e os efeitos cumulativos 6.2. Interconectar o EIA e a AAE 6.3. Indicadores ambientais na AAE 6.4. Participação cidadã na AAE 6.5. AAE e escala política-geográfica Aprovar ou não aprovar uma AAE? Unidade VII Experiências com AAE: estrutura e implementação 7.1. AAE na Oceania 7.2. AAE na Ásia 7.3. A experiência europeia com AAE 7.4. AAE na África 7.5. AAE na América do Norte 7.6. AAE na América Latina 7.7. A experiência brasileira Unidade VIII Avaliação Ambiental Integrada: retrospecto e perspectiva 8.1. De onde viemos? 8.2. Onde estamos? 8.3. A incorporação da AAE 8.4. AAE+EIA/RIMA = AIA Integrada? 3 3. Avaliação Cada participante deverá apresentar dois breves seminários ao longo da disciplina. No primeiro deles, ele ou ele fará uma apresentação com duração de 15 minutos de uma AAE efetivamente realizada em qualquer país do mudo, exceto o Brasil. O segundo seminário será composto de uma apresentação de, também, 15 minutos de uma AAE brasileira. Em ambos os casos a escolha é uma livre opção do/da participante. A ordem de apresentação do seminário é escolhida pelo professor. Haverá duas provas ao longo do semestre. A primeira a ser marcada até o final de mês de abril. A segunda será em meados do mês de junho. Cada participante não poderá ultrapassar o limite máximo de faltas. A nota final será a média aritmética das notas das duas provas e das duas apresentações, considerado o limite de faltas.
4 4. Cronograma de Aulas Data: 9 de março de Apresentação e 1.1. O que é avaliação ambiental estratégica? CASTRO, Matheus Braga de. Avaliação Ambiental Estratégica: Eficácia no Planejamento Público de Transportes? Brasília: Dissertação de Mestrado em Economia - Gestão Econômica do Meio Ambiente do Programa de Pós-Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Agosto de 2014, 87p. Ler Introdução e Capítulo 1. Data: 11 de março de Relembrando os componentes básicos de EIA/RIMA NOGUEIRA, Jorge Madeira e ARAUJO, Romana Coelho de. Evaluación de impactos ambientales como componentes de una política ambiental. Sus límites y potencialidades con base en lecciones de la experiencia brasileña. Revista Latinoamericana de Derecho y Políticas Ambientales, Data: 16 de março de Uma avaliação geral da experiência brasileira com EIA/RIMA NOGUEIRA, Jorge Madeira e ARAUJO, Romana Coelho de. Evaluación de impactos ambientales como componentes de una política ambiental. Sus límites y potencialidades con base en lecciones de la experiencia brasileña. Revista Latinoamericana de Derecho y Políticas Ambientales, Data: 18 de março de 2015 Atividade dirigida Não haverá aula presencial. ROMACHELI, Regina de Amorim. Avaliação de Impactos Ambientais: Potencialidades e Fragilidades. Brasília: Dissertação de Mestrado em Economia - Gestão Econômica do Meio Ambiente do Programa de Pós-Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), 2009, 109p. 5 Data: 23 de março de Limites do EIA/RIMA que podem ser suplantados pela AAE NOGUEIRA, Jorge Madeira e ARAUJO, Romana Coelho de. Evaluación de impactos ambientales como componentes de una política ambiental. Sus límites y potencialidades con base en lecciones de la experiencia brasileña. Revista Latinoamericana de Derecho y Políticas Ambientales, Data: 25 de março de O que é avaliação ambiental estratégica? Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Fevereiro 2012, 121p Data: 30 de março de Por que e quando AAE é relevante? e 2.3.Como a AAE se relaciona com outros instrumentos de regulação? Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Fevereiro 2012, 121p
5 Data: 1 de abril de As inúmeras denominações da AAE e 2.5. Componentes de uma AAE. Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Fevereiro 2012, 121p Data: 6 de abril de A AAE estava na AIA da década de 1970? e 3.2. A falta que AAE fez nos anos 1980s. Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Fevereiro 2012, 121p. Data: 8 de abril de O embrião da AAE: 1990s e 3.4. Por que a AAE se difunde no século XXI? Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Fevereiro 2012, 121p Data: 13 de abril de AAE e sistemas de gestão ambiental e 4.2. AAE e ordenamento do espaço e do território PARTIDÁRIO, Maria Rosário. Manual de apoio ao curso de formação sobre avaliação ambiental estratégica. Portugal, Data: 15 de abril de AAE e gestão da biodiversidade e 4.4. AAE e redução da pobreza PARTIDÁRIO, Maria Rosário. Manual de apoio ao curso de formação sobre avaliação ambiental estratégica. Portugal, Data: 20 de abril de 2015 PRIMEIRA PROVA 13 Toda a matéria lecionada. Data: 22 de abril de AAE e o planejamento de transporte CASTRO, Matheus Braga de. Avaliação Ambiental Estratégica: Eficácia no Planejamento Público de Transportes? Brasília: Dissertação de Mestrado em Economia - Gestão Econômica do Meio Ambiente do Programa de Pós-Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Agosto de 2014, 87p. Ler os demais capítulos..
6 Data: 27 de abril de AAE e a política de turismo e 5.3. AAE e a gestão dos recursos hídricos OLIVEIRA, Isabel Silva Dutra de. Alternativas para a Implementação da Avaliação Ambiental Estratégica no Brasil. São Carlos, SP: Tese de Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental. Universidade Federal de São Carlos (UFSC), 2008, 205 p. Data: 29 de abril de AAE e a atividade extrativa e 5.5. AAE e a gestão costeira OLIVEIRA, Isabel Silva Dutra de. Alternativas para a Implementação da Avaliação Ambiental Estratégica no Brasil. São Carlos, SP: Tese de Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental. Universidade Federal de São Carlos (UFSC), 2008, 205 p. 17 Data: 04 de maio de AAE e os efeitos cumulativos OCDE. Applying Strategic Environmental Assessment. Paris: Organization for Economic Co-operation and Development Data: 06 de maio de Interconectar o EIA e a AAE OCDE. Applying Strategic Environmental Assessment. Paris: Organization for Economic Co-operation and Development Data: 11 de maio de Indicadores ambientais na AAE OCDE. Applying Strategic Environmental Assessment. Paris: Organization for Economic Co-operation and Development Data: 13 de maio de Participação cidadã na AAE NICOLAIDIS, Denise Christina de Rezende. A Avaliação de Impacto Ambiental: uma análise de eficácia. Brasília: Dissertação de Mestrado em Economia - Gestão Econômica do Meio Ambiente do Programa de Pós- Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB),. 2005, 136p. 21 Data: 18 de maio de AAE e escala política-geográfica. OCDE. Applying Strategic Environmental Assessment. Paris: Organization for Economic Co-operation and Development
7 Data: 20 de maio de Aprovar ou não aprovar uma AAE? 22 Data: 25 de maio de AAE na Oceania e 7.2. AAE na Ásia Data: 27 de maio de A experiência europeia com AAE e 7.4. AAE na África Data: 01 de junho de AAE na América do Norte e 7.6. AAE na América Latina Data: 03 de junho de A experiência brasileira Data: 08 de junho de A experiência brasileira Data: 10 de junho de 2015 SEGUNDA PROVA A matéria lecionada desde a Primeira Prova
8 Data: 15 de junho de A experiência brasileira Data: 17 de junho de De onde viemos? e 8.2. Onde estamos? Data: 22 de junho de A incorporação da AAE e 8.4. AAE+EIA/RIMA = AIA Integrada? Data: 29 de junho de 2015 Data disponível para complementação 32 8 Data: 01 de Julho de Data disponível para complementação Data: 06 de julho de Data disponível para complementação Data: 08 de julho de Data disponível para complementação
9 Referências Bibliográficas Observação: serão indicadas outras referências ao longo do semestre. AGRA FILHO, Severino Soares. Os Estudos de Impactos Ambientais no Brasil: uma análise de sua efetividade. Documento de Política No. 18, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Rio de Janeiro: IPEA, 1993), 73p. ARAUJO, Mariangela Borges de. O Uso da Avaliação Econômica e Social no Licenciamento Ambiental de Projetos de Geração de Energia. Brasília: Dissertação de Mestrado em Economia - Gestão Econômica do Meio Ambiente - do Programa de Pós-Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), 2002, 150p. BANCO DO NORDESTE. Manual de impactos ambientais orientações básicas sobre aspectos ambientais de atividades produtivas. 1ª ed. Fortaleza: Banco do Nordeste, BRITO, Francisco A.; CÂMARA, João B. D. Democratização e gestão ambiental em busca do desenvolvimento sustentável. 1ªed. Petrópolis: Vozes, CANTER, Larry C. Manual de Evaluación de Impacto Ambiental. Técnicas para Ia elaboración de estudios de impacto. Madrid: McGraw-Hill, Segunda Edición, HEYES, A. Law and Economics of the environment: an overview. Capítulo 1 de Anthony HEYES (Ed). The Law and Economics of the Environment. (Cheltenham: Inglaterra, 2001, 409p.), pp FREITAS, Lúcia Helena Michels. Implicações do Licenciamento Ambiental na Expansão da Capacidade de Geração de Energia Elétrica. Brasília: Dissertação de Mestrado em Economia - Gestão Econômica do Meio Ambiente - do Programa de Pós-Graduação em Economia, Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), 2003, 81p. 9 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Avaliação ambiental estratégica. 1ª ed. Brasília: MMA/SQA, MOREIRA, Iara Verocai Dias. Origem e Síntese dos Principais Métodos de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) Manual de Avaliação de Impactos Ambientais. Curitiba: IAP e GTZ, 1993, 35p. PHILIPPI JR,, Arlindo y Alaôr Caffé ALVES (Eds). Curso Interdisciplinar de Direito Ambiental. São Paulo: Editora Manole, Universidade de São Paulo, Faculdade de Direito, Núcleo de Informações em Saúde Ambiental, SANCHEZ, L.E. Textos Avaliação de Impactos Ambientais: conceitos e métodos. 1ª ed. São Paulo: Oficina de SANTOS, R. F. Planejamento Ambiental: Teoria e Prática. São Paulo: Oficina de Textos, VEIGA, E. Economia socioambiental. SENAC, São Paulo, Normas da disciplina A tolerância para a entrada em sala de aula é de 15 minutos, impreterivelmente. De acordo com a Lei Distrital no1184 de 05/09/96, fica proibido o uso de aparelho celular durante as aulas e provas, devendo os aparelhos permanecer desligados.
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