Arrumação no Transporte de Cargas

Transcrição

1 Arrumação no Transporte de Cargas

2 A Frota Brasileira O Brasil tem uma frota aproximada de cinco milhões de veículos de carga de diferentes tipos (caminhões, cavalos mecânicos, reboques e semirreboques) O transporte rodoviário não é uma atividade isolada, mas faz parte de uma cadeia logística, envolvendo tanto os remetentes da carga, como os destinatários, até chegar ao consumidor final.

3 Arrumação da Carga = Transporte Eficiente A arrumação correta da carga faz com que acidentes sejam evitados e custos sejam minimizados, gerando eficiência e produtividade no desempenho do transportador. Toda a cadeia produtiva ganha. O tempo é um bem muito precioso e perdas de tempo representam desperdício de dinheiro. Uma carga mal arrumada pode gerar diversos problemas, desde embarques e desembarques demorados até acidentes no transporte.

4 Os Veículos de Carga A produção de veículos de carga segue padrões predefinidos, sendo que as dimensões (comprimento, largura e altura) e o peso máximo são controlados pela legislação para garantir a segurança nas vias do país. O transporte de carga pode ser efetuado por diferentes tipos de veículos. No transporte rodoviário, o principal veículo é o caminhão, que pode apresentar diferentes composições.

5 Classificação: Caminhões de Carga Há várias maneiras de classificar os caminhões de carga. Uma delas é dividi-los entre veículos rígidos e veículos articulados. Veículos rígidos são aqueles que trazem o motor e a unidade de transporte em um só veículo. Veículos articulados são aqueles que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são formados por um cavalo mecânico e um semirreboque.

6 Classificação: Caminhões de Carga Veículo Urbano de Carga (VUC) é o caminhão de menor porte, apropriado para áreas urbanas. Toco ou caminhão semipesado é o caminhão que tem eixos simples na carroceria, ou seja, um eixo frontal e outro traseiro de rodagem. Truck ou caminhão pesado é o caminhão que tem eixo duplo na carroceria, ou seja, dois eixos juntos.

7 Veículos de Carga: Conceitos Tara Lotação Peso Bruto Total (PBT) Peso Bruto Total Combinado (PBCT) Capacidade Máxima de Tração (CMT)

8 Tipos de Carrocerias Carroceria ou Semirreboque é o equipamento que transporta as cargas, tracionado por um caminhão-trator do tipo cavalo mecânico. Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carrocerias: Carga seca ou gaiola Lonado (sider) Carga seca ou gaiola Lonado (sider)

9 Tipos de Carrocerias Baú Caçamba Basculante Baú Caçamba Basculante

10 Tipos de Carrocerias Fueiro Tanque Fueiro Tanque

11 Tipos de Carrocerias Cegonha Plataforma Cegonha Plataforma

12 Dimensões Máximas Para Veículos de Transporte de Cargas Comprimento: Veículos não articulados: 14m; Largura: 2,60m; ƒaltura: 4,40m. Veículos articulados (cavalo-trator/semirreboque): 18,60m; Veículos articulados (caminhão/reboque): 19,80m. Peso: O peso máximo autorizado depende do tipo de veículo, sempre respeitando a Capacidade Máxima de Tração do veículo tracionador. Veículos com peso superior a esses valores só podem circular com autorização prévia dos órgãos executivos rodoviários responsáveis pela via, que expedirão uma Autorização Especial de Trânsito (AET).

13 Tipos de Carga Carga Geral É conhecida também por carga seca e, de modo geral, é embalada e acondicionada em embrulhos, engradados, fardos, pacotes, sacas, caixas, caixotes, tambores etc. Pode ser subclassificada em cargas especiais, contêineres e granéis.

14 Tipos de Carga Carga a Granel Composta por mercadorias transportadas sem embalagem individual. O veículo é o elemento de contenção durante a viagem: Granéis sólidos, minerais ou agrícolas, como grãos e minérios; Granéis líquidos, minerais ou vegetais, como derivados claros e escuros de petróleo e óleos vegetais; Granéis gasosos, de alta ou baixa pressão, como o GLP (gás de cozinha) e o cloro.

15 Tipos de Carga Carga Frigorificada Forma uma classe à parte, em função do manejo diferenciado que exige, com manutenção permanente de temperaturas baixas e controladas. Carga Especial Produtos cujos elementos apresentam, individualmente, volume expressivo. Também são tratadas como especiais as cargas de produtos perigosos.

16 Tipos de Carga Carga de Produto Perigoso Em função do risco que oferece, exige procedimento especial para o manuseio. O motorista, para poder transportá-la, tem que fazer um curso específico. É dividida nas seguintes classes: Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5 Classe 6 Classe 7 Explosivos Gases Líquidos inflamáveis inflamáveis Sólidos inflamáveis inflamáveis Substâncias oxidantes; Substâncias tóxicas tóxicas (venenosas) e (venenosas) e Substâncias infectantes. Materiais Radioativos Classe 8 Corrosivos Classe 9 Substâncias Perigosas Diversas.

17 Unitização de Cargas Unitizar uma carga significa agrupar volumes para facilitar o manuseio, movimentação, armazenagem e transporte da carga.? CURIOSIDADE A unitização de carga tem sido uma tendência no transporte de mercadorias, para otimizá-lo, no carregamento e no descarregamento. Um bom exemplo disso é o transporte de tijolos, que agora também são embalados e unitizados. Imagine o tempo gasto em carregar e descarregar um caminhão de tijolos, um por um. É muito mais rápido manuseálos se estiverem paletizados, ou seja, agrupados sobre paletes.

18 Unitização de Cargas: Vantagens Redução de danos e furtos de mercadorias; Redução do manuseio das mercadorias e, consequentemente, da necessidade de mão-de-obra e de equipamentos de movimentação; Embarques e desembarques de mercadorias mais rápidos, reduzindo custos; Número menor de volumes de mercadorias; Utilização de recipientes de unitização padronizados internacionalmente.

19 Unitização de Cargas: Recipientes Paletes São estrados planos de madeira, podendo também ser feitos de plástico, alumínio, polipropileno ou outro material resistente. Têm características que facilitam a unitização, armazenagem e transporte de pequenos volumes. Sua movimentação é mecanizada por meio de veículos com garfos (empilhadeiras ou paleteiras). O palete mais utilizado é o PBR1. Há também o PBR2.

20 Unitização de Cargas: Recipientes Contêineres Recipientes construídos em aço, alumínio ou fibra, para o transporte unitizado de mercadorias. São suficientemente fortes para resistir ao uso repetitivo. Existe uma grande variedade de contêineres, dependendo do tipo de produto e da modalidade de transporte utilizada. Quanto às dimensões, a ISO aprovou dez tipos de contêineres, cada um subdividido em grupos de dois ou três.

21 Embalagens: Proteção Contra Danos Para a maioria dos produtos a embalagem deve funcionar como uma barreira contra temperatura, odores, luz, oxigênio e umidade. A embalagem tem outra função: facilitar o transporte e o consumo; manter a carga como uma unidade para manuseio de transferência e transporte. Para a arrumação correta das mercadorias, é fundamental conhecer os tipos de embalagens existentes.

22 Embalagens Embalagem primária (ou embalagem de venda) Embalagem secundária (ou embalagem agrupada) Embalagem terciária (ou embalagem de transporte) Embalagem quaternária (agrupa embalagens terciárias)

23 Técnicas de Movimentação e Arrumação das Cargas A movimentação envolve toda a operação de mudança de um produto de um local para outro e pode ser feita de várias formas, de acordo com a origem do movimento: manual ou por equipamentos, motorizados ou não. No Brasil, as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho tratam de itens referentes à movimentação manual de cargas. O National Institute for Ocupational Safety and Health, dos Estados Unidos, apresenta observações importantes quanto aos limites de peso recomendados, que indicaremos a seguir.

24 Técnicas de Movimentação e Arrumação das Cargas Homens não podem manipular cargas de mais de 30kg e mulheres não podem carregar objetos com peso superior a 10kg; Cargas acima de 50kg não devem ser levantadas a uma altura superior a um metro sem ajuda mecânica; As cargas não podem ser movimentadas, manualmente, por uma distância maior do que 60m;; As áreas de carga e de descarga devem ser cobertas.

25 Técnicas de Movimentação e Arrumação das Cargas Os equipamentos não motorizados servem para auxiliar a movimentação e são operados manualmente. O uso desse tipo de equipamento é recomendado: Quando o volume a ser transportado for limitado ou o transporte puder ser realizado em períodos mais longo; Quando o tipo de construção do depósito ou do armazém limitar o uso de equipamento motorizado; Quando as cargas forem leves e o equipamento tiver de ser movido manualmente.

26 Técnicas de Movimentação e Arrumação das Cargas A movimentação com equipamentos motorizados ou elétricos utiliza: Transportadores contínuos: transportador de rolos, de correia, plano inclinado, transportador de correntes, de caçamba e pneumático; Equipamentos suspensos: ponte rolante, pórtico rolante, guindaste giratório de lança, talha; Veículos industriais: empilhadeiras, carrinhos hidráulicos ou paleteiras.

27 Técnicas de Arrumação de Cargas nos Veículos Peso da carga Volume da carga Dimensões da carga e/ou unidades de carga

28 Técnicas de Arrumação de Cargas nos Veículos Fragilidade da carga Perecibilidade da carga Nível de periculosidade da carga Compatibilidade entre cargas diversas

29 Cuidados Importantes! A carga e a descarga têm que ser realizadas de maneira cuidadosa, controlada e planejada, para evitar danos; Verificar as condições das embalagens antes de fazer o carregamento e avisar o contratante sobre eventuais danos; Observar os símbolos de manuseio, os rótulos de risco e de segurança afixados nas embalagens; Nas operações de carga, acomodar os recipientes e as embalagens de forma que o peso seja distribuído uniformemente sobre os eixos dianteiro e traseiro do caminhão; Não sobrecarregar um lado da carroceria. O excesso de peso em um dos lados prejudica o equilíbrio do veículo e exige maior esforço da suspensão e dos pneus.

30 Cuidados Importantes! Arrumar cuidadosamente as embalagens, de modo que as mercadorias mais leves fiquem sobre as mais pesadas, evitando avarias; Não colocar mercadorias líquidas sobre as mercadorias secas; As mercadorias que oferecem algum grau de periculosidade devem permanecer próximas à porta/grade para acesso mais fácil; Ao empilhar as embalagens deve-se seguir a recomendação do fabricante quanto à altura máxima das pilhas de caixas, latas etc. Os produtos colocados próximo às portas/grades devem estar bem amarrados para evitar que caiam ou forcem a abertura das portas. Assegurar que a carga total esteja bem firme, para não se mover no veículo durante o transporte.

31 Para Relembrar O transporte rodoviário de carga é uma parte importante na cadeia logística de um produto. O produto tem sua qualidade avaliada não só por suas características, mas também pelos valores agregados a ele, como sua integridade física e a chegada ao destino no tempo certo. É importante que se conheça bem o produto que será transportado e que se tenha o cuidado de organizálo de forma correta, de acordo com suas características, evitando desperdícios ou perda de sua qualidade. O transporte de produtos perigosos só é permitido a motoristas que tenham concluído o curso de MOPP. O SEST SENAT oferece este curso especializado e outros que contribuem para uma melhor capacitação dos motoristas profissionais.

32 O SEST SENAT está presente em todas as regiões do país, oferecendo cursos presenciais e a distância para os profissionais do setor de transporte. Pesquise no site do SEST SENAT ( e entre em contato com uma de nossas Unidades Operacionais. Descubra novas possibilidades de aperfeiçoamento profissional!