REVISTA ÂMBITO JURÍDICO Taxa e tarifa: semelhan? e diferen? no?ito financeiro e tribut?o

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "REVISTA ÂMBITO JURÍDICO Taxa e tarifa: semelhan? e diferen? no?ito financeiro e tribut?o"

Transcrição

1 REVISTA ÂMBITO JURÍDICO Taxa e tarifa: semelhan? e diferen? no?ito financeiro e tribut?o Resumo: Este artigo tem a finalidade de analisar as semelhanças e diferenças entre taxa e tarifa, tanto no Direito Financeiro, quanto no Tributário, enfatizando os pontos comuns e divergentes na doutrina brasileira. Nesse diapasão, serão apresentados os conceitos de Direito Financeiro e de Direito Tributário. Na sequência, haverá a explanação do instituto da taxa e da tarifa, sob a ótica financeira e, logo após, no campo tributário, a fim de levantar as questões mais relevantes. Este trabalho foi orientado pelo Professor Marcelo A. Britto. Palavras-chave: taxa. Tarifa. Financeiro. Tributário Abstract: This article has the purpose to analyze the similarities and differences between tax and tariff, as much in the Financial Right, how much in the Tributary, emphasizing the common and divergent points in the Brazilian doctrine. In this diapasão, the concepts of Financial Right and Tax law will be presented. In the sequência, it will have the communication of the institute of the tax and the tariff, under financial optics e, then after, in the field tributary, in order to raise the questions most excellent. Keywords: tax. Tariff. Financier. Tributary. Sumário: Introdução. Conclusão. Referências. INTRODUÇÃO A proposta deste artigo é analisar as semelhanças e diferenças entre taxa e tarifa, tanto no Direito Financeiro, quanto no Tributário, enfatizando os pontos comuns e divergentes existentes entre alguns doutrinadores. Nesse diapasão, primeiramente serão apresentados os conceitos de Direito Financeiro e de Direito Tributário. Na sequência, haverá a explanação do instituto da taxa e da tarifa, primeiramente, sob a ótica financeira, e, em seguida, no campo do Direito Tributário, a fim de levantar as questões mais relevantes. A fim de iniciar o desenvolvimento do trabalho, apresentar-se-á os conceitos de Direito Financeiro e Direito Tributário. Segundo Regis Fernandes de Oliveira (2010, p. 91), o Direito Financeiro possui como objeto de estudo as normas financeiras, e visa trabalhar sobre o dado posto, isto é, sobre a norma editada seja ela de que nível for, buscando compreendê-la e dar-lhe as consequências jurídicas pretendidas. Na mesma linha de raciocínio, Luiz Celso de Barros e Ricardo Lobo Torres, concordam com tal definição. É significante destacar que, para este autor, o Direito Financeiro se encontra estritamente imbricado com todos os demais ramos do direito (TORRES, 2010, p. 115) e representa um conjunto de normas e princípios próprios e inerentes ao Direito Constitucional e Administrativo que estabelecem as regras da atividade financeira, incumbindo-lhe a regulamentação da constituição e da gestão da Fazenda Pública (TORRES, 2010, p. 12). Por outro lado, assim como Luiz Celso de Barros, Torres (2010, p. 13) entende que o Direito Tributário é o conjunto de normas e princípios, utilizados pelo Direito Administrativo e Financeiro, que regulam a atividade financeira relacionada com a instituição e cobrança de tributos: impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios. Ao enfatizar a existência de autonomia entre o Direito Financeiro e o Tributário, cujo objeto é o tributo, Regis Fernandes (2010, p ), esclarece que um ramo do direito apenas possui autonomia quando logra apresentar um objeto que lhe seja próprio. Diferentemente, Barros (1991, p. 135) compreende que o Direito Tributário é uma das ramificações do Direito Financeiro. Dando continuidade ao presente artigo, passar-se-á à análise da diferença entre taxa e tarifa na seara financeira e, logo depois, na tributária. Tratando-se do Direito Financeiro, Geraldo Ataliba (2010, p. 165) afirma que no plano pré-jurídico, ou seja, para a ciência das finanças, as taxas se confundem com as tarifas ou preços. Por outro lado, o posicionamento de Luiz Celso de Barros, Regis Fernandes de Oliveira e Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior é no sentido de diferenciar as taxas, os preços públicos e as tarifas. No parecer de Barros e Regis Fernandes, assim como para o Direito Tributário, o exercício do poder de polícia e a efetiva utilização de Serviço Público acarretam em cobrança de taxa, diante do exposto no art. 145, II, da Constituição Federal. Nesse sentido, Barros (1991, p. 212) entende que o diferenciador das taxas e das tarifas é a entidade prestadora do atendimento, incidindo a cobrança daquelas, ao serviço prestado diretamente pelo Poder Público, e destas, ao serviço prestado por concessionária ou permissionária. Em corrente contrária, Regis Fernandes (2010, p. 118 e 161) assegura que a tarifa é o preço ou taxa tabelado, destacando que, diferentemente do tributo, o qual age valendo-se de seu poder constritivo sobre os particulares, o Estado poderá cobrar preços denominação genérica de tarifa, que serão pagos desde que alguém utilize um serviço ou atividade econômica do Estado, bem como nos casos de exploração dos bens públicos pela própria Administração Pública. Regis Fernandes (2010, p. 120) considera que as taxas são aplicáveis quando há serviços de interesse geral (específicos e divisíveis), com vantagem maior a alguns contribuintes e havendo tributação especial, enquanto incide os preços em caso de serviços comerciais e industriais, com a finalidade de lucro, em regime de livre concorrência. Além disso, para o autor, as taxas surgem à medida que nascem novas atividades, podendo ser criadas por cada unidade federativa, desde que o exercício do poder de polícia ou o serviço se incluam em sua competência (OLIVIERA, 2010, p. 160). Assemelhando-se à definição tributária, Luiz Celso de Barros (1991, p. 165) explica que é cobrada taxa prestação pecuniária compulsória, em serviço público especial, o qual deve ser específico, distinto, mensurável, divisível e recíproco. Em relação às tarifas, que não podem ser confundidas com os preços, o autor baseia-se no art. 75, da Constituição Federal para afirmar que elas constituem espécies de tributos. Segundo o autor, tarifa constitui uma medida de consumo, paga diferentemente pelos usuários, enquanto, de regra, as taxas identificam-se com valores fixos, arrecadados de todos aqueles que se situam na mesma hipótese de incidência (BARROS, 1991, p. 215). Opina Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior (1997, p. 383) que a natureza da taxa, receita tributária, é limitada pelas normas constitucionais do poder de tributar, enquanto a natureza contratual preço e tarifa oportuniza, ao Estado, maior liberdade em seu manejo. O autor entende que, apesar da doutrina e da jurisprudência empregar as expressões tarifas e preços públicos como sinônimas, o disposto no art. 175, parágrafo único, III, da Constituição Federal designa como tarifa apenas a receita cobrada do usuário concessionário ou permissionário do serviço público como contraprestação de uma vantagem que lhe proporciona (ROSA JÚNIOR, p. 384, 1997), de modo que as demais receitas contratuais, exceto às referentes à concessionária ou permissionária, são designadas de preço público. No campo do Direto Tributário, haja vista que seu objeto é somente o tributo, a taxa e a tarifa são diferenciadas adequadamente (OLIVEIRA, 2010, p. 111), destacando Eduardo Sabag (2011, p. 440) que elas não se confundem, ainda que ambas são prestações pecuniárias tendentes a suprir de recursos os cofres estaduais, em face de serviços públicos prestados. Neste sentido, completa Ricardo Alexandre (2010, p. 69): a taxa e a tarifa possuem caráter contraprestacional e remuneram uma atividade prestada pelo Estado, exigindo, em ambos os casos, a referibilidade, o que torna possível a identificação do beneficiário do serviço. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são entes competentes para instituir as taxas tributos retributivos ou contraprestacionais, as quais são cobradas quando do exercício do poder de polícia ou da prestação, ao contribuinte, de um serviço público específico e divisível (ALEXANDRE, 2010, p. 60). Sabag e Ricardo Alexandre, com idêntico entendimento, destacam que a tarifa só incide sobre o serviço de utilização efetiva.

2 A Súmula nº 545, do STF, diferencia taxa de tarifa, no entanto, Ricardo Alexandre (2010, p. 70) entende que a parte final da normativa está prejudicada, uma vez que o princípio da anulabilidade não é mais aplicado em matéria tributária, devendo ser desconsiderada a exigência de prévia autorização orçamentária para a cobrança de taxas. Na mesma linha de raciocínio, Eduardo Sabag e Geraldo Ataliba elucidam que o traço diferenciador entre a taxa e a tarifa não é a compulsoriedade ou facultatividade, e sim, a inerência ou não da atividade à função do Estado. Ou seja, faz-se necessário identificar a atividade exercida, de modo que, se for econômica, haverá preço, e se for própria do Estado, incidirá a cobrança de taxa. Contrário a este posicionamento, Ricardo Lobo Torres (2010, p ) entende que a lei não proíbe a cobrança de taxa pelos serviços relacionados aos direitos econômicos, entretanto, veda a cobrança de tarifa pela tutela dos direitos fundamentais, inerentes ao fim estatal. Geraldo Ataliba enfatiza que o preço e o serviço público são inconciliáveis, especialmente porque este é desempenhado por força da lei, e o pagamento da taxa é mera consequência, não sendo essencial à relação de prestação-uso do serviço. Insta salientar que a taxa, resulta de uma atuação estatal desenvolvida de um regime de Direito Público, relacionando-se, direta ou indiretamente, com o contribuinte. No entanto, se o serviço não é público, os contratantes fixam o preço, o qual é cobrado do particular, sendo esta a figura típica da relação de Direito Privado (ATALIBA, 2010, p. 166 e 168). Simploriamente, Sabag (2011, p. 440) assegura que a tarifa é espécie de preço público, e equivale-se ao preço de venda do bem, exigido por empresas prestacionistas de serviços públicos (concessionárias ou permissionárias), como se comuns vendedoras fossem. Na visão do autor, os serviços públicos podem ser cobrados por tarifas ou taxas, exceto os essenciais, que terão obrigatoriamente o regime destas, ainda que a lei adote outro (SABAG, 2011, p ), haja vista que, neste caso, não há possibilidade de troca em sentido econômico, relevando que o Estado tem finalidade pública, e, não visa a obtenção de lucro (ATALIBA, 2010, p. 169). De outra banda, quando a execução do serviço público puder ser delegada, o legislador poderá optar entre o regime de taxa ou o de tarifa, esclarecendo Geraldo Ataliba (2010, p. 165) que ele não possui a liberdade de converter uma na outra e vice-versa, visto que são coisas reciprocamente replentes e excludentes. A fim de ser melhor analisada a incidência da taxa ou da tarifa, Eduardo Sabag e Ricardo Alexandre classificam os serviços públicos em: propriamente estatais exclusivos do Estado, indelegáveis e remunerados por meio de taxa; essenciais ao interesse público remunerados por meio de taxa, desde que a lei os considere de utilização obrigatória; e não essenciais via de regra, delegáveis, remunerados por meio de tarifa. Estes serão cobrados através de taxa, quando assim dispuser a lei (TORRES, 2010, p. 191). Além de ser imprescindível verificar se o serviço executado é público, também são considerados outros requisitos para distinguir taxa e tarifa. Aquela é tributo, nasce por meio de lei, possui obrigação legal (ex lege), sujeita-se aos princípios tributários, não tem autonomia de vontade, é prestação pecuniária compulsória que remunera serviços públicos obrigatórios (e essenciais), prevalecem as normas de Direito Público, é aplicada quando o Estado presta serviços públicos, é exigida por pessoas jurídicas de direito público, possui receita derivada de direito público (a qual é originada do patrimônio particular), a cobrança não é proporcional ao uso, e a rescisão não é permitida. A tarifa, por sua vez, não é tributo, decorre de contrato administrativo (e não de lei), possui obrigação contratual (ex voluntate), não sujeita-se aos princípios tributários, tem autonomia de vontade, é prestação pecuniária voluntária (ou facultativa), remunera serviços públicos facultativos (essenciais ou não essenciais, dependendo do caso), apresenta regime jurídico de Direito Privado, é aplicada quando o Estado desempenha atividades econômicas com o fito de lucro, é exigida por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, possui receita originária de direito privado (a qual é originada do próprio patrimônio do Estado), a cobrança é proporcional ao uso e a rescisão é permitida. Ademais, é importante destacar que na relação jurídica-tributária, figuram no polo ativo apenas as pessoas jurídicas de direito público, mas se o objeto da ação for a tarifa, além deste sujeito, também podem figurar as pessoas jurídicas de direito privado, em caso de serviços delegados (ALEXANDRE, 2010, p. 72). Finalmente, diante da delicadeza na diferenciação da taxa e da tarifa, e da riqueza de detalhes para se apreciar a aplicação de cada uma, percebe-se a confusão na cobrança desses institutos. Assim, vale transcrever alguns julgados que corroboram com tal afirmação: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIÇO PÚBLICO DE ÁGUA E ESGOTO. NATUREZA JURÍDICA DE TARIFA OU PREÇO PÚBLICO. PRAZO PRESCRICIONAL. CÓDIGO CIVIL. PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. A controvérsia em exame foi analisada recentemente pela Primeira Seção deste Tribunal, na ocasião do julgamento dos EREsp /RS, de relatoria da eminente Ministra Eliana Calmon, DJ , que, acompanhando o entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmou posicionamento no sentido de que a natureza jurídica das contraprestações cobradas por concessionárias de serviços público de água e esgoto não é de taxa, mas, sim, de tarifa ou preço público, razão por que deve ser aplicada a prescrição vintenária nos termos da legislação de Direito Civil. 2. Recurso especial provido (STJ; REsp /RS; Relator Ministro Mauro Campbell Marques; T2-Segunda Turma; Julgado em ).PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. TAXA DE ESGOTO. TARIFA COBRADA INDEVIDAMENTE. INEXISTÊNCIA DE REDE COLETORA. DEVOLUÇÃO EM DOBRO. ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CDC. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. APELAÇÃO. SEGUIMENTO NEGADO. AGRAVO INTERNO. APLICAÇÃO DA MULTA DO ART. 557, 2º, DO CPC. SUPOSTA VIOLAÇÃO DO ART. 557, 2º. AFASTAMENTO DA MULTA (STJ; AgRg no AgRg no Ag /RJ; Relator Ministro Herman Benjamin; T2-Segunda Turma; Julgado em ).TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. SERVIÇO PÚBLICO DE ÁGUA E ESGOTO. NATUREZA JURÍDICA DE TARIFA OU PREÇO PÚBLICO. PRAZO PRESCRICIONAL. CÓDIGO CIVIL. PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. A controvérsia em exame foi analisada recentemente pela Primeira Seção deste Tribunal, na ocasião do julgamento dos EREsp /RS, de relatoria da eminente Ministra Eliana Calmon, DJ , que, acompanhando o entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmou posicionamento no sentido de que a natureza jurídica das contraprestações cobradas por concessionárias de serviços público de água e esgoto não é de taxa, mas, sim, de tarifa ou preço público, razão por que deve ser aplicada a prescrição vintenária nos termos da legislação de Direito Civil. 2. Os argumentos apresentados no agravo interno são insuficientes para infirmar o entendimento externado na decisão agravada, que deve ser mantida por seus próprios fundamentos. 3. Agravo regimental não provido (STJ; AgRg no REsp /SP; Relator Ministro Benedito Gonçalves; T1-Primeira Turma; Julgado em ). CONCLUSÃO O Direito Financeiro estuda as normas e princípios financeiros, estabelecendo as regras da atividade financeira. Em contrapartida, o Direito Tributário cuida da receita pública, de modo a regular a instituição e cobrança de tributos. Apesar do entendimento divergente de Luiz Celso de Barros, a corrente doutrinária predominante depreende que o Direito Tributário é autônomo, haja vista que possui objeto próprio o tributo. No aspecto financeiro, há grande divergência entre os pesquisadores ao conceituar taxa e tarifa. É importante destacar que a opinião mais díspar é de Geraldo Ataliba, pois além de utilizar tarifas e preços como sinônimos, ainda assegura que as taxas se confundem com aqueles. Todavia, a maioria dos autores entende que o preço público não se confunde com a tarifa, e, por outro lado, a taxa, assim como no Direito Tributário, decorre do exercício do poder de polícia e da efetiva utilização do serviço público. Nesta seara, pode-se afirmar que a diferença básica entre a taxa e a tarifa é a entidade prestadora do atendimento, sendo o Poder Público, para aquela, e concessionária ou permissionária, para esta. O Direito Financeiro, entretanto, não define com precisão o conceito de tarifa, ante a discrepância dos entendimentos doutrinários. Insta destacar que, Regis Fernandes de Oliveira a considera como o preço ou a taxa tabelado, enquanto Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior, prevê a cobrança, desta receita, ao usuário concessionário ou permissionário do serviço público como contraprestação de uma vantagem que lhe proporciona. A fim de elucidar o instituto da taxa e da tarifa no Direito Tributário, primeiramente vale realçar que ambas são prestações pecuniárias, tendentes a suprir de recursos os cofres públicos, em face dos serviços (públicos) prestados. As taxas são tributos retributivos ou contraprestacionais, decorrentes, conforme anteriormente previu o Direito Financeiro, do exercício do poder de polícia e da efetiva utilização do serviço público. As tarifas, por sua vez, no entendimento de Ricardo Alexandre e Eduardo Sabag, incidem sobre o serviço de utilização efetiva.

3 Diferentemente do preceito normativo da Súmula nº 545, do STF, o traço diferenciador entre a taxa e a tarifa não é mais a compulsoriedade ou facultatividade, e sim, a inerência ou não da atividade à função do Estado, sendo que o serviço deve ser identificado, de modo que, se for econômico, haverá preço, e se for próprio do Estado, incidirá a cobrança de taxa. Neste sentido, Ricardo Lobo Torres destaca que a lei veda a cobrança da tarifa pela tutela dos direitos fundamentais (inerentes ao fim estatal). Sob a ótica tributária, a corrente majoritária é no sentido de estabelecer equivalência à tarifa e ao preço público. Em relação aos serviços públicos, estes podem ser propriamente estatais exclusivos do Estado, indelegáveis e remunerados por meio de taxa; essenciais ao interesse público remunerados por meio de taxa, desde que a lei os considere de utilização obrigatória; e não essenciais via de regra, delegáveis, remunerados por meio de tarifa. Estes serão cobrados através de taxa, quando assim dispuser a lei. Assim, os serviços públicos, exceto os essenciais, podem ser cobrados por tarifas ou taxas, dependendo do caso. Ademais, a taxa e a tarifa são inconciliáveis. Aquela é tributo, decorre de lei, apresenta regime jurídico de Direito Público, configura prestação pecuniária compulsória que remunera serviços públicos obrigatórios (e essenciais), e é exigida por pessoas jurídicas de direito público. De outra banda, a tarifa não é tributo, decorre de contrato administrativo, apresenta regime jurídico de Direito Privado, configura prestação pecuniária voluntária (ou facultativa), e é exigida por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado. Finalmente, é importante salientar que se faz necessária uma profunda avaliação do serviço público, bem como da relação jurídica instaurada entre o contribuinte e o ente público, a fim de evitar equivocada cobrança de tarifa ou de taxa, conforme acontece corriqueiramente nos órgãos públicos e privados com finalidade pública. Referências bibliográficas: ALEXANDRE, Ricardo. Noções Introdutórias. In:. Direito Tributário esquematizado. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, p ATALIBA, Geraldo. Classificação Jurídica dos Tributos. In:. Hipótese de Incidência Tributária. 6. ed. São Paulo: Malheiros, p BARROS, Luiz Celso de. Introdução. In:. Ciência das Finanças: Direito Financeiro. 4. ed. São Paulo: Edipro, p BARROS, Luiz Celso de. Receita Pública. In:. Ciência das Finanças: Direito Financeiro. 4. ed. São Paulo: Edipro, p OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Ciência das Finanças e Direito Financeiro. In:.

4 Curso de Direito Financeiro. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, p OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Entrada e Receita. In:. Curso de Direito Financeiro. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, p OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Normas Gerais de Direito Financeiro. In:. Curso de Direito Financeiro. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, p OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Receitas Públicas Tributárias. In:. Curso de Direito Financeiro. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, p OLIVEIRA, Regis Fernandes de. Regime Constitucional do Direito Financeiro. In:. Curso de Direito Financeiro. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, p ROSA JÚNIOR, Luiz Emygdio F. da. O tributo e suas espécies. In:.

5 Manual de Direito Financeiro e Direito Tributário. 11. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Renovar, p SABAG, Eduardo. Taxa. In:. Manual de Direito Tributário. 3. ed. São Paulo: Saraiva, p TORRES, Ricardo Lobo. A receita e a despesa. In:.

6 Curso de Direito Financeiro e Tributário. 17. ed. atual. Rio de Janeiro: Renovar, p TORRES, Ricardo Lobo. Direito Financeiro. In:. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 17. ed. atual. Rio de Janeiro: Renovar, p TORRES, Ricardo Lobo. Os Tributos. In:. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 17. ed. atual. Rio de Janeiro: Renovar, p

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O tributo e a sua classificação Patrícia Persike O Código Tributário Nacional fornece a definição legal de tributo, em seu art. 3º, como sendo "toda prestação pecuniária compulsória,

Leia mais

AULA 01 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA: SUGESTÕES DENTRO DA LINHA DE LIVROS ESQUEMATIZADOS : LIVROS DO PROFESSOR:

AULA 01 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA: SUGESTÕES DENTRO DA LINHA DE LIVROS ESQUEMATIZADOS : LIVROS DO PROFESSOR: Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Tributário / Aula 01 Professor: Mauro Luís Rocha Lopes Monitora: Mariana Simas de Oliveira E-mail do professor, para dúvidas, sugestões, etc.: mauluis@gmail.com.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.267.980 - SC (2011/0173063-1) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE : JARAGUÁ FABRIL S/A E OUTROS ADVOGADO : GILMAR KRUTZSCH E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL

Leia mais

A INCIDÊNCIA DO CDC NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

A INCIDÊNCIA DO CDC NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS A INCIDÊNCIA DO CDC NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS Leonardo de Almeida Bitencourt Procurador Federal da AGU O CDC faz inúmeras referências à prestação de serviços públicos, notadamente no seu art.

Leia mais

TAXAS e PREÇOS PÚBLICOS

TAXAS e PREÇOS PÚBLICOS TAXAS e PREÇOS PÚBLICOS RUBENS K INDLMANN Conceito Taxa é o tributo que remunera a contraprestação de serviços públicos, específicos e divisíveis, ou que decorram de Poder de Polícia, que sejam prestados

Leia mais

O REGIME JURÍDICO DAS TAXAS BLOCO III. Paulo Honório de Castro Júnior D I R E I T O T R I B U T Á R I O. Especialista em Direito Tributário

O REGIME JURÍDICO DAS TAXAS BLOCO III. Paulo Honório de Castro Júnior D I R E I T O T R I B U T Á R I O. Especialista em Direito Tributário O REGIME JURÍDICO DAS TAXAS D I R E I T O T R I B U T Á R I O BLOCO III Paulo Honório de Castro Júnior Especialista em Direito Tributário CURRÍCULO RESUMIDO Graduado em Direito pela Universidade Federal

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 90.001 - SP (2011/0207167-7) RELATORA : MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROCURADOR : ROGÉRIO STEFFEN E OUTRO(S) AGRAVADO : BEARINGPOINT

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.286.253 - SP (2011/0211865-3) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO AGRAVANTE : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP INTERES. : ANTONIO GONÇALVES

Leia mais

TRIBUTO Conceito legal

TRIBUTO Conceito legal Conceito legal Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE AGRAVADO EMENTA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. ADUANEIRO. PENA DE PERDIMENTO DE VEÍCULO OBJETO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.585.707 - SC (2016/0042710-5) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO ADVOGADOS : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES : FAZENDA NACIONAL : TESC - TERMINAL SANTA CATARINA S/A : MARCOS JUNIOR

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.396.488 - SC (2013/0252134-1) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS EMBARGANTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMBARGADO : MARCELO BIGOLIN

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 236.545 - MG (2012/0204628-8) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE : DAYSE MARIA ANDRADE ALENCAR E OUTRO(S) AGRAVADO :

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : SOENERGY - SISTEMAS INTERNACIONAIS DE ENERGIA S/A EMENTA TRIBUTÁRIO. ICMS. IMPORTAÇÃO. INCIDÊNCIA. 1. O ICMS incide sobre a importação de bens por pessoas

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte IV Prof. Francisco Saint Clair Neto INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO ESSENCIAL Contituição Federal Lei 8.078/1990 Lei 8.987/1995 Lei 9.427/1996 Lei 11.445/2007 De início, o primeiro

Leia mais

CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. Agosto/2017. Daniel Machado da Rocha

CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. Agosto/2017. Daniel Machado da Rocha CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Agosto/2017 Professor: Daniel Machado da Rocha REGIMES DE PREVIDÊNCIA NO BRASIL Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.462.859 - SC (2014/0151841-5) RELATOR AGRAVANTE PROCURADOR AGRAVADO ADVOGADOS : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES : ESTADO DE SANTA CATARINA : CARLOS ALBERTO PRESTES E OUTRO(S)

Leia mais

ENERGIA E SERVICOS S A MUNICIPIO DE PETROPOLIS

ENERGIA E SERVICOS S A MUNICIPIO DE PETROPOLIS Tribunal de Justiça 12ª Câmara Cível Apelação Cível nº 0045893-97.2011.8.19.0042 Apelantes: AMPLA ENERGIA E SERVICOS S A MUNICIPIO DE PETROPOLIS Apelado: IZABEL DE AZEVEDO SILVA Relator: Desembargador

Leia mais

PARCELAMENTO - REPETIÇÃO DE INDÉBITO BETINA TREIGER GRUPENMACHER PROFESSORA ASSOCIADA - UFPR

PARCELAMENTO - REPETIÇÃO DE INDÉBITO BETINA TREIGER GRUPENMACHER PROFESSORA ASSOCIADA - UFPR PARCELAMENTO - REPETIÇÃO DE INDÉBITO BETINA TREIGER GRUPENMACHER PROFESSORA ASSOCIADA - UFPR PAGAMENTO POR MEIO DE PARCELAMENTO -REPETIÇÃO DE INDÉBITO 1) É POSSÍVEL? EM QUE HIPÓTESES? COM QUE FUNDAMENTOS?

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.532.592 - PR (2015/0099551-3) RELATORA AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO : MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES : GRAPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA : LENIR DA ROCHA E OUTRO(S) : FAZENDA

Leia mais

Departamento de Direito I IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA II EMENTA

Departamento de Direito I IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA II EMENTA Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Jurídicas Departamento de Direito I IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Nome Curso DIREITO TRIBUTARIO I DIREITO - NOTURNO Código DIR - 5533 Número horas-aula

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Execução Fiscal e Processo Tributário. Embargos à Execução. Prof. Ms. Gabriel Quintanilha

DIREITO TRIBUTÁRIO. Execução Fiscal e Processo Tributário. Embargos à Execução. Prof. Ms. Gabriel Quintanilha DIREITO TRIBUTÁRIO Execução Fiscal e Processo Tributário Embargos à Execução Prof. Ms. Gabriel Quintanilha Tem a mesma natureza da Ação Anulatória, ou seja, de anular ou desconstituir o crédito tributário

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Obrigação Tributária Previsão legal CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido E dos

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlman 12/03/2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlman 12/03/2018 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 05 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlman 12/03/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 05 Espécies Tributárias. As espécies de tributos são as que

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO TRIBUTOS EM ESPÉCIE TAXAS Art. 77 As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.347.326 - MG (2012/0207915-8) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO RECORRENTE : MARIA CRISTINA GOMES E OUTROS ADVOGADO : MARIA DE FÁTIMA CHALUB MALTA E OUTRO(S) RECORRIDO

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO INTRODUÇÃO

DIREITO TRIBUTÁRIO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Para fazer frente às despesas públicas, o Estado precisa angariar recursos. A fim de que não haja arbitrariedades, a Constituição estabelece limites ao poder tributário, que são os princípios:

Leia mais

Conflito de competência entre Municípios. Gabriel Collaço Vieira Advogado Ex-Conselheiro do TAT-Florianópolis Mestre - UFSC

Conflito de competência entre Municípios. Gabriel Collaço Vieira Advogado Ex-Conselheiro do TAT-Florianópolis Mestre - UFSC Conflito de competência entre Municípios Gabriel Collaço Vieira Advogado Ex-Conselheiro do TAT-Florianópolis Mestre - UFSC Conflito de competência Complexidade da operação Interpretação da lei Art. 146.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. COFINS E PIS. OPERAÇÕES COM DERIVADOS DE PETRÓLEO. IMUNIDADE. LEI N. 9.718/98. CONCEITO DE FATURAMENTO. MATÉRIAS DE

Leia mais

ISS NO STJ. Robinson Barreirinhas Agosto/2012

ISS NO STJ. Robinson Barreirinhas Agosto/2012 ISS NO STJ Robinson Barreirinhas robinson.barreirinhas@gmail.com Agosto/2012 ISS local da prestação DL 406/1968, art. 12. Considera-se local da prestação do serviço: a) o do estabelecimento prestador ou,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 370.012 - SC (2013/0228913-8) RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES EMENTA PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SERVENTIAS

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 927.723 - SP (2007/0167963-7) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : CARLOS ALBERTO GONÇALVES ADVOGADO : JULIANA NOGUEIRA BRAZ E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA

Leia mais

EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. P á g i n a 128 EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Rodrigo Toaldo Cappellari 59 O presente ensaio tem por escopo a análise de um tema afeto

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.474.402 - RS (2014/0202810-1) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL AGRAVADO : RICARDO SCHOLTEN AGRAVADO : NELTO LIRIO SCHOLTEN EMENTA PROCESSUAL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI PROCURADOR : CESAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(S) EMENTA TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. MASSA FALIDA. JUROS MORATÓRIOS. ATIVO SUFICIENTE PARA PAGAMENTO DO PRINCIPAL.

Leia mais

A INEXIGIBILIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AO SISTEMA S, POR PARTE DAS SOCIEDADES CIVIS PRESTADORAS DE SERVIÇOS

A INEXIGIBILIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AO SISTEMA S, POR PARTE DAS SOCIEDADES CIVIS PRESTADORAS DE SERVIÇOS A INEXIGIBILIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AO SISTEMA S, POR PARTE DAS SOCIEDADES CIVIS PRESTADORAS DE SERVIÇOS Marcelo Rosa Com o intuito primordial de aprimorar o padrão social dos empregados do

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO : Conselho Regional de Medicina do Estado de Sao Paulo CREMESP D.E. Publicado em 13/01/2012 EMENTA CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AOS CONSELHOS PROFISSIONAIS

Leia mais

O REGIME JURÍDICO DAS TAXAS

O REGIME JURÍDICO DAS TAXAS O REGIME JURÍDICO DAS TAXAS D I R E I T O T R I B U T Á R I O Paulo Honório de Castro Júnior Especialista em Direito Tributário CURRÍCULO RESUMIDO Graduado em Direito pela Universidade Federal de Minas

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.548.171 - RS (2015/0193700-5) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : COOPERATIVA VITIVINÍCOLA FORQUETA LTDA AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL EMENTA AGRAVO REGIMENTAL

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Barbara Rosa Direito Constitucional Recurso Especial e Extraordinário RECURSO ESPECIAL: Competência do STJ. Art. 104, III da CF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: Competência do STF. Art. 102, III da CF. RECURSO

Leia mais

Jurisprudência em Teses - N. 82 PODER DE POLÍCIA

Jurisprudência em Teses - N. 82 PODER DE POLÍCIA Edição N. 82 Brasília, 31 de maio de 2017. As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

Aula 07 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS. O art. 4.º do CTN define um critério para a identificação das espécies tributárias.

Aula 07 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS. O art. 4.º do CTN define um critério para a identificação das espécies tributárias. Página1 Curso/Disciplina: Direito Tributário Aula: Espécies Tributárias 07 Professor (a): Mauro Lopes Monitor (a): Luis Renato Ribeiro Pereira de Almeida Aula 07 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS O nome que a lei dá

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.158.805 - SC (2009/0032560-5) RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA EMENTA PROCESSUAL CIVIL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 908.806 - SP (2009/0068733-7) RELATOR : MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI EMENTA TRIBUTÁRIO. ICMS. PEDIDO DE CREDITAMENTO. CAUSA DE PEDIR: PAGAMENTO INDEVIDO. APLICABILIDADE

Leia mais

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann gh.dpc@hotmail.com // @guilhermekhartmann www.masterjuris.com.br PRESCRIÇÃO DE AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Art. 1º As dívidas passivas da União,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.630.011 - RJ (2016/0260200-2) RELATORA AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO PROCURADO R : MINISTRA REGINA HELENA COSTA : CONCELINA HENRIQUE DE SOUZA : JOÃO ALBERTO ROMEIRO - RJ084487

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.546.152 - RS (2015/0187071-9) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : UNIÃO AGRAVADO : ANAYDE DOS SANTOS PAIXÃO ADVOGADOS : CAMILA DARIENZO QUINTEIRO SILVEIRA E OUTRO(S)

Leia mais

II - AÇÃO RESCISÓRIA

II - AÇÃO RESCISÓRIA RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO BARATA AUTOR : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL REU : GAIA SILVA ROLIM E ASSOCIADOS S/C ADVOCACIA E CONSULTORIA TRIBUTARIA E SOCIETARIA ADVOGADO : SEM ADVOGADO ORIGEM

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N 592030 - DF (2014/0238133-4) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO PROCURADOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO : WS PROMOÇÕES S/C LTDA : JULIANO RICARDO DE VASCONCELLOS

Leia mais

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 46-7 DISTRITO FEDERAL

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 46-7 DISTRITO FEDERAL JURISPRUDÊNCIA A seguir são apresentados quatro julgados do Supremo Tribunal Federal STF os quais representam importantes conquistas jurídicas para a ECT. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Receita Pública Parte 1 Prof. Sergio Barata Art. 2, 4º, Portaria Int. STN/SOF nº 163/2001 - Válido para União a partir de 2016 - Válido para Estados, DF e Municípios

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AgRg no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.512.956 - DF (2015/0018274-8) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO AGRAVANTE : BRASFORT ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA AGRAVANTE : BRASFORT EMPRESA

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o EMENTA: Direito Tributário. Tributos. Conceitos e limitações ao poder de tributar. Competência e Legislação Tributária. Interpretação e integração da norma tributária. I NOÇÕES INTRODUTÓRIAS CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.199.851 - RJ (2010/0118676-1) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS PROCURADOR : DEBORAH SIMONETTI E OUTRO(S) AGRAVADO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.064.528 - RN (2008/0123592-4) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : NATAL COMBUSTÍVEIS LTDA ADVOGADO : RODRIGO DANTAS DO NASCIMENTO AGRAVADO : ESTADO DO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA : MINISTRA DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO) AGRAVANTE : INDUSVAL S/A CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ADVOGADOS : MARUAN ABULASAN JUNIOR E OUTRO(S) WALDIR LUIZ BRAGA

Leia mais

PARECER Nº / FG

PARECER Nº / FG (e-stj Fl.1295) PARECER Nº 19.548/2018 - FG EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO RECURSO ESPECIAL Nº 1163020/RS STJ - PRIMEIRA SEÇÃO EMBTE: RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES EMBDO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.459.072 - SP (2014/0130356-4) RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES AGRAVANTE : USINA GOIANESIA S/A AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Leia mais

Tópico 3. Classificação econômica da Receita. Conceitos e estágios da receita.

Tópico 3. Classificação econômica da Receita. Conceitos e estágios da receita. Tópico 3. Classificação econômica da Receita. Conceitos e estágios da receita. 1. (CGU/2008/Área geral) Sobre os conceitos e classificações relacionados com Receita Pública, assinale a opção correta. a)

Leia mais

TAXAS RUBENS K INDLMANN

TAXAS RUBENS K INDLMANN TAXAS RUBENS K INDLMANN Conceito Taxa é o tributo que remunera a contraprestação de serviços públicos, específicos e divisíveis, ou que decorram de Poder de Polícia, que sejam prestados de forma efetiva

Leia mais

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º RICARF Art. 62-A Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos

Leia mais

ARTIGO: Uma abordagem sobre a natureza jurídica das

ARTIGO: Uma abordagem sobre a natureza jurídica das ARTIGO: Uma abordagem sobre a natureza jurídica das contribuições especiais Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: este artigo aborda a natureza e o regime jurídico da chamada contribuição especial,

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem Prof. Marcello Leal 1 Termo inicial da prescrição Tributos lançados por homologação STJ, Súmula 436 - A entrega

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.185.052 - RS (2010/0043129-9) RELATOR RECORRENTE RECORRIDO : MINISTRO FELIX FISCHER : UNIÃO : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR DECISÃO Trata-se de recurso especial interposto pela UNIÃO,

Leia mais

XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO RELATOR : DESEMBARGADORA FEDERAL VICE PRESIDENTE RECORRENTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RECORRIDO : EDSON ANTONIO DE OLIVEIRA ADVOGADO : NASCIMENTO ALVES PAULINO E OUTRO ORIGEM : PRIMEIRA VARA FEDERAL

Leia mais

São Paulo, 13 de fevereiro de Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de...

São Paulo, 13 de fevereiro de Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de... São Paulo, 13 de fevereiro de 2012 Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de... Ref. ELEITORAL. PROGRAMA CIDADE DIGITAL. ACESSO GRATUITO À INTERNET. INEXISTÊNCIA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA ANTERIOR.

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Agentes públicos e Lei 8.112 de 1990 Acumulação de cargos e funções Prof. Thamiris Felizardo -Acumulação de cargos públicos Acumulação de cargos e funções - é vedada a acumulação

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Nº 1981/2014 - PGGB RECURDO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Nº 743052/DF AGRTE : PÉ DE FERRO CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO LTDA. AGRDO : UNIÃO ADVOGADO:

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.158.897 - PE (2009/0182269-4) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : ESTADO DE PERNAMBUCO PROCURADOR : WALTER MARON DE CERQUEIRA Y COSTA E OUTRO(S) AGRAVADO

Leia mais

TRIBUTÁRIO TEORIA E PRÁTICA

TRIBUTÁRIO TEORIA E PRÁTICA JOSIANE MINARDI TRIBUTÁRIO TEORIA E PRÁTICA 11 edição revista, ampliada e atualizada 1ª e 2ª FASES 2018 PARTE 1 TEORIA Direito Material CAPÍTULO 1 Tributo 1.1 CONCEITO E ESPÉCIES O tributo é uma prestação

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

IUS RESUMOS. Tributos e Competência Tributária. Organizado por: Samille Lima Alves

IUS RESUMOS. Tributos e Competência Tributária. Organizado por: Samille Lima Alves Tributos e Tributária Organizado por: Samille Lima Alves SUMÁRIO I. TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA... 3 1. Caracterizando o tributo... 3 1.1 Conceito... 3 1.2 Classificação dos tributos... 4 2 tributária...

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 832.883 - RJ (2006/0236418-6) RELATOR : MINISTRO JOSÉ DELGADO AGRAVANTE : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROCURADOR : ANA MARIA DA SILVA BRITO E OUTRO(S) AGRAVADO : DISTRITO

Leia mais

: MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES : FLÁVIO CÉSAR INNOCENTI E OUTRO(A/S)

: MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES : FLÁVIO CÉSAR INNOCENTI E OUTRO(A/S) RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 896.087 RIO GRANDE DO SUL RELATOR RECTE.(S) : MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES ADV.(A/S) :CLÁUDIO ROBERTO NUNES GOLGO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :BRADESCO

Leia mais

A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS TEMPLOS RELIGIOSOS. Palavras-chave: Imunidade. Entidades Religiosas. Constituição Federal.

A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS TEMPLOS RELIGIOSOS. Palavras-chave: Imunidade. Entidades Religiosas. Constituição Federal. A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS TEMPLOS RELIGIOSOS. Caio Matheus Santos de PADUA 1 Rui Everton Santos de ANDRADE 2 RESUMO: O presente trabalho buscou demostrar, através de uma pequena abordagem teórica que

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO Registro: 2016.0000306305 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2120447-61.2015.8.26.0000, da Comarca de Ibiúna, em que é agravante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.513.218 - RJ (2014/0336151-3) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE ADVOGADOS : CARLOS ALBERTO SUSSEKIND ROCHA FABRÍCIO VIANNA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 980.103 - SP (2007/0197015-1) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO HERMAN BENJAMIN EMENTA TRIBUTÁRIO. ICMS. ISENÇÃO. INTERPRETAÇÃO LITERAL. ART. 111 DO CTN. 1. Hipótese em

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.435.489 - DF (2014/0032955-0) RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA RECORRENTE : ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA REPR. POR : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL RECORRIDO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.269.069 - CE (2011/0308063-4) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN EMBARGANTE : PEDRO PAULO CIRINO NUNES ADVOGADO : DANIELA SABOYA PERINA EMBARGADO : FAZENDA NACIONAL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE : RAIMUNDO CLEBER BEZERRA E OUTROS ADVOGADO : JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E OUTRO(S) AGRAVADO : ESTADO DE PERNAMBUCO PROCURADOR : FELIPE LEMOS DE OLIVEIRA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.548.382 - SP (2015/0195619-9) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : TEXTILNOVA FIACAO LTDA ADVOGADO : GIL HENRIQUE ALVES TORRES E OUTRO(S) RECORRIDO : MUNICÍPIO DE PIRASSUNUNGA

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO. A Receita Pública. Ingressos Tributários. Prof. Thamiris Felizardo

DIREITO FINANCEIRO. A Receita Pública. Ingressos Tributários. Prof. Thamiris Felizardo DIREITO FINANCEIRO A Receita Pública Ingressos Tributários Prof. Thamiris Felizardo Estado Democrático e Social de Direito: vive precipuamente dos ingressos tributários, reduzindo, pela privatização de

Leia mais

Consultas de Jurisprudência

Consultas de Jurisprudência Identificar se Bem vindo > Consultas de Jurisprudência Consultas de Jurisprudência Agravo Interno Em Mandado de Segurança Com Liminar n 2016.006073 7/0001.00 Origem: Tribunal de Justiça Agravante: Estado

Leia mais

PROFESSOR ASSOCIADO PAULO AYRES BARRETO Disciplina: TRIBUTOS ESTADUAIS, MUNICIPAIS E PROCESSO TRIBUTÁRIO (DEF0516) IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS)

PROFESSOR ASSOCIADO PAULO AYRES BARRETO Disciplina: TRIBUTOS ESTADUAIS, MUNICIPAIS E PROCESSO TRIBUTÁRIO (DEF0516) IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) PROFESSOR ASSOCIADO PAULO AYRES BARRETO Disciplina: TRIBUTOS ESTADUAIS, MUNICIPAIS E PROCESSO TRIBUTÁRIO (DEF0516) IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) 12/08/2015 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS INFORMADORES DO ISS

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.122.804 - MS (2009/0123199-8) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES EMENTA TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO

Leia mais

AULA 03. Conteúdo da aula: Tributo; Classificação Qualitativa; Impostos; Conceito.

AULA 03. Conteúdo da aula: Tributo; Classificação Qualitativa; Impostos; Conceito. Turma e Ano: Master A (2015) Matéria / Aula: Direito Tributário / Aula 03 Professor: Vanessa Siqueira Monitora: Evellyn Nobre AULA 03 Conteúdo da aula: Tributo; Classificação Qualitativa; Impostos; Conceito.

Leia mais

Receitas Públicas. Entes tributantes, pessoas jurídicas de direito público interno, a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal.

Receitas Públicas. Entes tributantes, pessoas jurídicas de direito público interno, a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal. Eduardo Sabbag Resumos gráficos de direito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Conceito Direito Tributário é o conjunto de normas do Direito Público que regulamenta o comportamento dos particulares na condução

Leia mais

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA. TAXA DE DISPARO ACIDENTAL DE ALARME BANCÁRIO. É possível a cobrança do tributo em questão previsto na Lei Estadual

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA EMENTA INTERCORRENTE. ARQUIVAMENTO. INTIMAÇÃO. DESNECESSIDADE. 1. É despicienda a intimação da Fazenda Pública acerca da suspensão por ela mesma requerida, bem como do arquivamento,

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 2 Registro: 2016.0000141482 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 9000260-33.2009.8.26.0090, da Comarca de, em que é apelante PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, é apelado

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 647.681 - SP (2004/0030706-4) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : BANCO NOSSA CAIXA S/A ADVOGADO : REYNALDO CUNHA E OUTRO(S) RECORRIDO : MUNICÍPIO DE SANTOS PROCURADOR

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.409.209 - CE (2013/0338180-5) RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON EMENTA PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO - RECURSO ESPECIAL - EXECUÇÃO - ÓBITO DA PARTE AUTORA - PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO

Leia mais

30/08/2014 DIREITO TRIBUTÁRIO RECEITAS: DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FINANCEIRO

30/08/2014 DIREITO TRIBUTÁRIO RECEITAS: DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FINANCEIRO E DIREITO FINANCEIRO Paula Freire Ribeirão Preto 2014 Atividade financeira do Estado. Compreende: receitas públicas, despesas públicas, créditos públicos e orçamento. O direito tributário está contido

Leia mais

1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.

1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. Questionário Especial Turma Magistratura Federal/2012 Prof. Mauro Luís Rocha Lopes 1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. STJ, Súmula 498. Não incide imposto de renda sobre a

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.586.576 - SE (2016/0045415-1) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES : FAZENDA NACIONAL : INTERGRIFFE'S NORDESTE INDUSTRIA DE CONFECÇÕES LTDA :

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR S : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA. CONTEÚDO ECONÔMICO DA DEMANDA. REVISÃO PARCIAL DO CONTRATO.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.425.580 - SP (2013/0408756-9) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO PROCURADOR : ORLANDO DINCAO GAIA FILHO E OUTRO(S)

Leia mais

: MIN. CÁRMEN LÚCIA DECISÃO

: MIN. CÁRMEN LÚCIA DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 931.249 SÃO PAULO RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :CONDOMINIO EDIFICIO ALCOBACA :JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO :SABESP COMPANHIA

Leia mais