AULA 01 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA: SUGESTÕES DENTRO DA LINHA DE LIVROS ESQUEMATIZADOS : LIVROS DO PROFESSOR:
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- Sérgio Lameira Cabral
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1 Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Tributário / Aula 01 Professor: Mauro Luís Rocha Lopes Monitora: Mariana Simas de Oliveira do professor, para dúvidas, sugestões, etc.: mauluis@gmail.com. AULA 01 CONTEÚDO DA AULA: Bibliografia. Introdução. O Estado e a necessidade de obtenção de receita. Receita Pública. Poder de Tributar. Direito Tributário. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA: Curso de Direito Tributário Hugo de Brito Machado Editora Malheiros. Comentários do professor: É um autor muito didático. Atualmente, ele tem algumas posições desencontradas da jurisprudência. Curso de Direito Financeiro e Tributário Ricardo Lobo Torres Editora Renovar. Comentários do professor: O livro traz aspectos de Direito Financeiro; é indicado para concursos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro (Procuradorias do Estado e do Município). No entanto, não é um livro muito completo. Direito Tributário Brasileiro Luciano Amaro Editora Saraiva. Comentários do professor: É um livro que te faz raciocinar o tempo inteiro, pois o autor é bastante crítico. Manual de Direito Tributário Luiz Emygdio F. da Rosa Jr. Editora Renovar. Comentários do professor: É um livro analítico e se aproxima dos livros mais clássicos. SUGESTÕES DENTRO DA LINHA DE LIVROS ESQUEMATIZADOS : Direito Tributário Esquematizado Ricardo Alexandre Editora Método. Manual de Direito Tributário Eduardo Sabbag Editora Saraiva. LIVROS DO PROFESSOR: Direito Tributário Luís Mauro Rocha Lopes Editora Impetrus. O livro conta com impostos em espécie no final.
2 Processo Judicial Tributário Luís Mauro Rocha Lopes Editora Impetrus. Matéria do segundo semestre. Turma Flex B. O ESTADO E A NECESSIDADE DE OBTENÇÃO DE RECEITA Estado é um povo, situado em um território e submetido a um governo dotado de soberania. Alguns autores elencam no conceito de Estado um quarto elemento: a finalidade de anteder o interesse do povo (José Afonso da Silva). Não há controvérsia com relação à existência da finalidade, mas sim quanto ao fato dela ser um elemento autônomo do Estado. No entanto, é majoritária a ideia de que finalidade está dentro de governo, uma vez que este só existe para atender às finalidades da sociedade. Para que o governo atinja essa finalidade (interesse do povo) é necessária a realização de várias atividades como obras, serviços, entregas de bens, etc. Para desenvolver tal atividade o Estado precisa de recursos financeiros. Quando o Estado desenvolve a atividade como protagonista, ele aufere lucro. Quando ele exerce papel de mero agente regulador, mediador, a busca pelos recursos é feita diretamente no patrimônio do indivíduo. No Brasil, como se observa do art.170 da CRFB\88, impera o princípio da livre iniciativa no plano econômico, atuando o Estado não como protagonista, mas sim, em regra, como agente normativo e regulador da atividade econômica (art.174, CRFB\88) incentiva, fiscaliza e planeja. Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. *** Art Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Apenas em caráter excepcional, o Estado pode explorar diretamente a atividade econômica, que é admitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, como se observa do art.173 da CRFB\88: Art Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
3 Quando o Estado explora diretamente a atividade econômica ele se submete ao princípio da livre concorrência. O parágrafo 2º do referido artigo (173) dispõe que as estatais não podem ter benesses fiscais não extensivas às empresas do setor privado. Por exemplo: o governo não pode instituir um beneficio fiscal à Caixa Econômica Federal sem fazê-lo ao setor privado. Art º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. A tributação é o instrumento de que se vale o Estado brasileiro para auferir recursos financeiros, assim podendo custear suas atividades em prol da coletividade, já que, em regra, não explora diretamente atividade econômica. Alguns autores afirmam que a tributação é o preço que se paga pela liberdade. Isso porque, nas economias estatizadas, como é o caso da China, o Estado não tem a tributação como principal fonte de receita e, em contrapartida, limita a liberdade, a propriedade privada, etc. RECEITA PÚBLICA Conceito Receita pública é toda a quantia recolhida aos cofres públicos não sujeita à restituição, ou seja, que integre o patrimônio público em caráter definitivo. Note-se que nem toda receita pública é tributária, apesar do tributo ser a principal. No Direito Financeiro há a chamada entrada ou ingresso, que seria toda a quantia recolhida aos cofres públicos. Exemplo: A caução é mero ingresso, mas não é receita, pois não há presunção de definitividade. Classificação Receita Originária Deriva do patrimônio. Patrimonial -preço ou preço quase privado Pública Há autonomia da vontade. Empresarial - preço público ou tarifa. Derivada Deriva de atividade impositiva do Estado. Não há autonomia da vontade.
4 Receita pública originária Receitas públicas originárias são aquelas que derivam do patrimônio do Estado e são chamadas de: (i) patrimoniais (também denominadas de preços ou de preços quase privados); (ii) empresariais (preço público ou tarifas). As receitas patrimoniais, como o nome diz, decorrem da exploração do patrimônio estatal, enquanto a receita empresarial deriva do exercício de atividade econômica pelo Estado. Seja patrimonial ou empresarial, a característica marcante da receita originária é a sua contratualidade. Isso é, há autonomia de vontade na formação da receita pública originária. Ninguém pode ser obrigado a pagar tarifa, preço público, preço ou preço quase privado. Trata-se de uma obrigação ex voluntate. Receita Pública derivada A receita pública derivada é fundada na atividade impositiva ou coercitiva do Estado, decorrendo do poder de império estatal. O seu exercício independe da vontade do particular. O Estado invade o patrimônio do particular e tira dali parte dele para compor a receita pública derivada. Esse tipo de receita é comumente representada pelos tributos e pelas multas (qualquer que seja a sua natureza). Há, também, reparações de guerra, etc. No caso da receita pública originária, a obrigação que antecede a sua formação decorre de acordo de vontade entre as partes (obrigação ex voluntate), enquanto nas hipóteses de receita pública derivada a obrigação antecedente decorre da lei (obrigação ex lege). Diferença entre preço público e taxa O STF utilizou essa distinção para diferenciar preço público de taxa (que é espécie de tributo), dispondo na súmula 545 o seguinte: S Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada a prévia autorização orçamentária, em relação a lei que as instituiu. Exemplo: serviço de fornecimento de energia elétrica é preço público, pois há possibilidade de se viver sem energia elétrica, sendo uma opção do individuo aderir ou não ao serviço prestado.
5 PODER DE TRIBUTAR O poder de tributar, que é exercido através de lei, consiste na faculdade que tem o Estado de impor tributos para custear as suas necessidades, no exercício de sua soberania. Num estado federal como o nosso, o poder de tributar necessariamente tem que ser repartido, descentralizado, para que todas as entidades que compõem a nossa federação gozem de capacidade tributária. A partir daí, surge o instituto da competência tributária fração do poder de tributar deferida a cada entidade da federação. Considerando que somente a receita tributária do ente federativo não é suficiente desempenhar as suas atividades, por isso, a par da competência tributária, a CRFB\88 também prevê a repartição de receitas tributárias. DIREITO TRIBUTÁRIO É o ramo do direito público que abriga as normas reguladoras das relações entre o Estado, como ente impositor de tributos, penalidades tributárias e deveres instrumentais, e as pessoas que se sujeitam a tais imposições. O Direito Tributário tem uma autonomia recente. O Direito Financeiro tem como objeto o estudo de quatro títulos: (i) receita; (ii) despesa; (iii) orçamento; (iv) crédito. O Direito Tributário estaria inserido em receita, pois o tributo é uma espécie de receita. Após ganhar autonomia relativa, através da CRFB\88 e de vários autores que começaram a escrever sobre o tema, por exemplo, o Direito Tributário ganhou autonomia em relação ao Direito Financeiro.
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