POLÍTICA REIVINDICATIVA DA ASPP/PSP PARA 2010
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- Júlio César Barroso Coelho
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1 POLÍTICA REIVINDICATIVA DA ASPP/PSP PARA 2010 Enquadramento Geral A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia ASPP/PSP, depois do ciclo eleitoral que decorreu durante o ano de 2009, considera que poderão estar reunidas as condições para que seja recuperado o tempo perdido na anterior legislatura, em matéria de reconhecimento profissional em relação aos Profissionais da Polícia. Depois de muitas promessas feitas, o ano de 2009 ficou marcado pela apresentação e aprovação de um novo Estatuto Profissional da PSP, que ficou muito aquém das expectativas dos Polícias. A ASPP/PSP alertou sempre para a insatisfação reinante no seio da Instituição, que foi sendo atenuada com promessas e declarações de intenções por parte da tutela, criando enormes expectativas junto dos destinatários do diploma, que acabou por não corresponder ao que havia sido prometido ao longo dos meses anteriores. Neste contexto e face à continuada perda de direitos e poder de compra dos profissionais da Polícia, que foi agravada com a entrada em vigor do novo Estatuto, a ASPP/PSP, reivindica, para o ano de 2010, um aumento de vencimento que não poderá ser inferior a 4,5%, no sentido de reequilibrar o poder de compra dos Profissionais da PSP. O próprio CESP - Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia, reitera, que há direitos fundamentais que os Profissionais da Polícia devem ter para que possam desempenhar a missão que lhes é atribuída em toda a sua plenitude, conforme plasmado na Carta Europeia do Polícia. Entre eles destacam-se: - Uma remuneração justa, que tenha em conta os factores específicos da actividade policial, e que garanta a segurança económica e de emprego necessários, como forma de melhor garantir a sua integridade para evitar que sejam alvo de corrupção. - Beneficiem de um horário, de um regime e condições de trabalho que possibilitem manter as boas condições físicas e psicológicas, necessárias para o exercício da sua missão. SEDE NACIONAL: Avenida Santa Joana Princesa, N.º LISBOA, /5, , P. Colectiva N.º CENTRO: Rua Corpo de Deus, N.ºs 57-59, COIMBRA, , NORTE: Rua do Monte dos Burgos N.º 347, PORTO, ,
2 - Não sofram, por força da sua condição de Profissionais de Polícia, qualquer restrição ou limitação dos direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição da República, como pessoas e/ou cidadãos. Outro facto que nos causa profunda preocupação é a necessidade de rever as leis penais para fazer face ao aumento do número de agressões a Profissionais da PSP, bem como a gravidade das mesmas. Ainda em Outubro de 2009 o Conselho Europeu dos Sindicatos da Polícia CESP, reunido no Comité Executivo subordinado ao tema Quando alguém ataca um Profissional da Polícia, está a atacar a Democracia!, alertava para a necessidade de se encontrar forma de acabar com o sentimento de impunidade reinante em relação a quem comete tais crimes. CADERNO REIVINDICATIVO I Actualização Salarial As linhas gerais de orientação política do Governo, ao longo dos últimos anos, mantiveram uma toada de constante ataque aos Funcionários Públicos, onde estão englobados os Profissionais da Polícia de Segurança Pública. Uma diabolização que serviu de bode expiatório para o desejo de nivelar por baixo tudo o que sejam direitos adquiridos, desde a área da saúde, onde a contribuição (1,5%) para o SAD/PSP, o aumento da percentagem a pagar pelos medicamentos nas farmácias, para além de outros direitos na área da saúde que foram retirados, como a exclusão dos cônjuges do mesmo serviço, agravou ainda mais a acentuada perda de poder de compra dos Profissionais da Polícia, ao longo dos últimos dez anos. O congelamento dos aumentos salariais propostos pelo Governo para a Função Pública para 2010, a ser aplicado aos Profissionais da PSP é mais uma prova da desvalorização destes profissionais com responsabilidades acrescidas. Pelo exposto, a ASPP/PSP, embora reconhecendo a situação económica e financeira do País, não pode abdicar da exigência de um aumento salarial não inferior a 4,5%, para 2010, a bem dos profissionais da PSP, da Instituição e da defesa da qualidade da segurança Pública. II - Estatuto do Pessoal da PSP A alteração ao regime de pré-aposentação dos seus Profissionais, para os 36 anos de serviço para efeitos de aposentação ou 55 anos idade; SEDE NACIONAL: Avenida Santa Joana Princesa, N.º LISBOA, /5, , P. Colectiva N.º CENTRO: Rua Corpo de Deus, N.ºs 57-59, COIMBRA, , NORTE: Rua do Monte dos Burgos N.º 347, PORTO, ,
3 A integração dos cônjuges dos Profissionais da PSP no SAD/PSP; A aprovação do subsídio de risco para todos os profissionais da PSP; A integração dos Profissionais da PSP na nova carreira remuneratória, tendo em conta os anos de serviço na categoria profissional; A diferenciação dos Agentes Principais com o curso de Guarda Principal, criando uma nova categoria na carreira. Esta diferenciação é de crucial importância, pois faria justiça aos detentores do curso de guarda principal e ao mesmo tempo serviria de estímulo para os actuais agentes principais e agentes, pois aumentaria significativamente os índices de motivação; A extinção, do posto de Subcomissário, a médio prazo, ou garantindo minimamente a sua progressão vertical e horizontal, de forma honrosa, de modo a aproveitar a experiência adquirida ao longo da carreira, conforme proposta da ASPP/PSP, durante a discussão do Estatuto Profissional. Esta questão é de elementar justiça, pois a mesma foi criada indevidamente pela PSP e tem minado a motivação dos Profissionais envolvidos. Um horário de 35 horas semanais; A exclusão da PSP da Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. III - Um novo regulamento orgânico para os SSPSP onde esteja contemplado: Igualdade de tratamento a situações de união de facto; Absorção do Cofre de Previdência da PSP e do Montepio da PSP de Lisboa, o que permitirá garantir o necessário músculo financeiro para sanar um dos maiores problemas da PSP: O alojamento digno em Lisboa para os recém-formados na Escola Prática de Polícia; A Implementação do princípio da participação activa dos Sindicatos da PSP nos desígnios dos SSPSP; A consagração, por parte dos SSPSP, de uma comparticipação financeira ou em espécie a famílias de agentes mortos ou feridos em serviço; SEDE NACIONAL: Avenida Santa Joana Princesa, N.º LISBOA, /5, , P. Colectiva N.º CENTRO: Rua Corpo de Deus, N.ºs 57-59, COIMBRA, , NORTE: Rua do Monte dos Burgos N.º 347, PORTO, ,
4 A aprovação de uma portaria que defina o regime de celebração de novos contratos e protocolos no âmbito do SAD/PSP; IV Remunerados A criação de uma tabela única para remunerados, bem como o aumento posterior de 25% e o fim da diferenciação nos valores da mesma entre Agente e Agente Principal; A definição e criação de um modelo de pagamento dos serviços remunerados, na PSP, que resolva os constantes atrasos aos Profissionais que prestam este tipo de serviços. Para tal, propõe-se a criação de uma rubrica própria, para que os pagamentos não estejam dependentes do pagamento da entidade requisitante. Os constantes pagamentos em atraso não são compreensíveis, dado que o serviço é gerido e nomeado pela PSP; O reforço da assistência do sistema de saúde SAD/PSP, nas ilhas, bem como a melhoria do seu funcionamento a nível Nacional; V - Outras questões A criação de Unidades de apoio para as Subunidades da UEP para um melhor funcionamento operacional da sua missão específica; A aprovação de um novo Regulamento Disciplinar; A alteração ao actual Regulamento de Esquadras e Postos; A abolição do Regulamento da PSP; A construção de novas Esquadras e reparação de outras; A atribuição do subsídio de insularidade aos profissionais da PSP em serviço nas Regiões autónomas; A dotação da PSP com novas viaturas; A aquisição de meios materiais necessários ao bom e seguro desempenho da missão da PSP, nomeadamente, armas, coletes balísticos, bem como outro equipamento de protecção específico para cada serviço, a título de exemplo, equipamento de protecção para motociclistas. As reivindicações deste Sindicato, bem como as alterações de funcionamento que a ASPP/PSP propõe têm como finalidade: SEDE NACIONAL: Avenida Santa Joana Princesa, N.º LISBOA, /5, , P. Colectiva N.º CENTRO: Rua Corpo de Deus, N.ºs 57-59, COIMBRA, , NORTE: Rua do Monte dos Burgos N.º 347, PORTO, ,
5 Aumentar o grau de qualidade técnica e jurídica do Serviço Policial, dentro das diversas condições de perigosidade, dos custos sociais e de vida urbana, da disponibilidade permanente para o serviço, da variabilidade dos turnos e escalas, dos serviços nocturnos ou em domingos e feriados, das deslocações a tribunais (por vezes em hora de folga ou dia de descanso), das condições climáticas adversas, das pressões das situações de conflito e de violência, que levam a um envelhecimento precoce por via do desgaste que tais situações acarretam (menos 11 anos de esperança média de vida, que os demais cidadãos), ou mesmo a alterações do comportamento, por vezes, irreparáveis. Criar condições para que a função Policial, assente no princípio da legalidade, seja exercida com imparcialidade, isenção e objectividade, fruto da harmonia, motivação e estímulo para exercer as missões de Polícia com eficiência e prestígio crescente. Tudo isto constitui uma vantagem indubitável para a autoridade do Estado Português, aumentando a qualidade do funcionamento da vida Social e Económica, numa sociedade que se quer cada vez mais integrada, participativa, de pleno direito, numa União Europeia democrática e coesa, económica e socialmente. Lisboa, 02 de Fevereiro de 2010 A DIRECÇÃO NACIONAL DA ASPP/PSP SEDE NACIONAL: Avenida Santa Joana Princesa, N.º LISBOA, /5, , P. Colectiva N.º CENTRO: Rua Corpo de Deus, N.ºs 57-59, COIMBRA, , NORTE: Rua do Monte dos Burgos N.º 347, PORTO, ,
Associação Sindical Autónoma de Polícia ASAPOL
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