CADERNO REIVINDICATIVO DO PARA 2009
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- Thais de Abreu Beretta
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1 CADERNO REIVINDICATIVO DO sintap/açores PARA 2009 INTRODUÇÃO O sintap/açores, ao elaborar o seu Caderno Reivindicativo, faz sempre questão de frisar a matriz caracterizadora da sua acção sindical, a saber, a de adoptar, na permanente procura do diálogo e concertação social com os órgãos do Governo Próprio da Região Autónoma dos Açores e com as Direcções das Uniões das IPSS e Misericórdias, uma postura reivindicativa marcada pela defesa dos mais elementares e legítimos direitos e interesses dos trabalhadores da Administração Pública e das IPSS/Misericórdias que representa. Neste contexto, e como é nosso hábito, fazemos desde logo os votos de sucesso desta nossa forma de estar e agir que tão bons resultados tem dado no passado, permitindo nos afirmar no panorama sindical regional como o maior sindicato nos Açores, com mais de associados inscritos. A Reforma da Administração Pública desencadeada pelo Governo da República, os seus previsíveis impactos negativos junto dos trabalhadores do sector, a situação de crise económica e financeira que começa a afectar a sociedade portuguesa em geral e o seu mundo laboral, em particular, com inevitáveis repercussões ao nível regional, e a necessidade de procurar respostas e soluções
2 que acautelam a segurança e a qualidade do emprego na Região, levam nos, sintap/açores, a adoptar uma política reivindicativa sindical responsável, mais dialogante, com aquelas entidades, na procura de concertos e consensos de regime que atenuem ou mesmo salvaguardem os trabalhadores das consequências mais negativas resultantes daquelas realidades exógenas à Região. É pois dentro deste contexto que o sintap/açores apresenta o seu Caderno Reivindicativo para 2009, reafirmando o seu propósito de procurar um diálogo e concertação permanentes de posições com aquelas entidades na salvaguarda dos legítimos direitos dos trabalhadores açorianos. Assim, o sintap/açores reivindica para 2009 o seguinte: 1. UMA MAIOR ACTIVIDADE A NÍVEL INTERVENTIVO E PARTICIPATIVO DO CONSELHO CONSULTIVO REGIONAL; com o objectivo de serem discutidos todos os assuntos e matérias relevantes relacionadas com a Administração Pública Regional e com a aplicação dos diplomas legais que constituem a chamada Reforma da Administração Pública à Região. 2. DIREITO À NEGOCIAÇÃO E À PARTICIPAÇÃO DOS SINDICATOS; porque o diálogo e a concertação social não se esgotam só no Conselho de Concertação Estratégica e no Conselho Consultivo da Administração Pública, o sintap/açores reivindica um maior respeito pelos direitos à negociação e à participação sindical previstos na lei, esperando da parte do X Governo Regional, neste mandato, um empenhamento particular nesta área. 3. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO; sobre este assunto já muita coisa foi feita, mas ainda existem algumas áreas vulneráveis neste âmbito, nomeadamente na área do pessoal auxiliar e operário, verificando se ainda a falta de equipamentos de protecção individual e colectivo, que garantam a diminuição da sinistralidade laboral.
3 4. REMUNERAÇÃO COMPLEMENTAR (SUBSÍDIO DE INSULARIDADE); reivindica se a adaptação do Artigo 11º. n.º 2, alíneas a) a e) do Decreto Legislativo Regional nº. 22/2007/A, de 23 de Outubro, à tabela Remuneratória Única para a Administração Pública, a qual passará a vigorar a partir do dia 1 de Janeiro do ano de 2009, assim como a sua actualização em termos percentuais em valores consentâneos com os registos inflacionistas verificados e previsíveis, na ordem dos 3,5%. 5. TÉCNICOS SUPERIORES CONTRATADOS PELAS IPSS/MISERICÓRDIAS TRABALHANDO SOB ORIENTAÇÃO DO INSTITUTO DE ACÇÃO SOCIAL (IAS); tem se verificado a existência aqui de Técnicos Superiores contratados pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social, que prestam na prática serviço ao IAS, para satisfazer necessidades permanentes de trabalho técnico deste instituto, auferindo contudo aqueles profissionais vencimentos de acordo com as tabelas das IPSS/Misericórdias; o sintap/açores reivindica a aplicação, a estes trabalhadores, do sistema remuneratório da Administração Pública e/ou a sua integração nos Quadros de Ilha, na medida em que se venha a concluir que a sua prestação efectiva de serviço se faz de forma permanente para o IAS e não para a IPSS/Misericórdias onde se encontram contratados. 6. TRABALHADORES DAS CASAS DO POVO DA REGIÃO; face à Reforma da Administração Pública, e à sua aplicabilidade à Região, o sintap/açores pretende saber do futuro que espera estes trabalhadores nesta matéria, nomeadamente no que toca à sua progressão, vencimentos, remunerações complementares, etc. 7. SIADAPRA SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA REGIONAL DOS AÇORES; o Decreto Legislativo Regional nº. 41/2008/A, de 27 de Agosto, que aplica à Região a Lei nº. 66 B/2007, de 28 de Dezembro, prevê a fixação de
4 quotas para atribuição das classificações mais altas do SIADAPRA, quotas essas a serem definidas por Resolução do Governo Regional; atendendo que o Governo Regional admitiu já publicamente a possibilidade de não haver lugar à fixação de quotas para o pessoal docente dos estabelecimentos de ensino da Região, atitude que saudamos, o sintap/açores reivindica a extensão de igual tratamento a todos os demais trabalhadores da Administração Pública Regional, ou seja, a não existência de quotas para a avaliação do desempenho deste pessoal; trata se de uma condicionante administrativa à avaliação e desempenho, relativamente à qual o sintap/açores foi sempre contrário, desde logo a nível nacional aquando das respectivas negociações; 8. ENCARREGADO DE PESSOAL DE APOIO EDUCATIVO; atendendo que o Decreto Legislativo Regional nº. 11/2006/A, de 21 de Março, que estabelece o Estatuto do Pessoal não Docente do Sistema Educativo Regional, foi revogado pelo Decreto Lei nº. 121/2008, de 11 de Julho, diploma que estabelecia a categoria de Encarregado do Pessoal de Apoio Educativo (designado pelo órgão executivo da escola por um período de 3 anos), procedendo se assim à extinção daquela categoria, o sintap/açores pretende saber o que pensa e pretende fazer a Secretaria Regional da Educação sobre esta matéria, e outras constantes daquele diploma regional, nomeadamente, que medidas prevê tomar no sentido de acautelar os direitos daqueles Encarregados. 9. DIGNIFICAÇÃO E REVALORIZAÇÃO REMUNERATÓRIA DOS TRABALHADORES DAS IPSS/MISERICÓRDIAS; o sintap/açores mantem a sua política reivindicativa em prol da revalorização remuneratória das carreiras dos trabalhadores das IPSS/Misericórdias em sede da negociação colectiva anual de modo a que os seus aumentos salariais tenham sempre em
5 conta o princípio de igualdade de tratamento com os seus colegas da função pública. 10.FORMAÇÃO PROFISSIONAL; o sintap/açores considera que o Governo Regional tem de reforçar os planos de formação profissional dos trabalhadores da Administração Pública face à actual panóplia de diplomas que constituem a Reforma da Administração Pública, nomeadamente nas áreas do SIADAPRA, Vínculos, Carreiras e Remunerações, Regime de CTFP e Estatuto Disciplinar, dotando o CEFAPA (Centro de Formação de Administração Pública) dos adequados meios de intervenção nesta área que lhe permita fazer face às acrescidas, complexas e urgentes necessidades formativas que se farão sentir junto dos profissionais da função pública. 11.FUTURO DO PESSOAL DAS DELEGAÇÕES DA CONTABILIDADE PÚBLICA REGIONAL; face aos sucessivos anúncios de reestruturação e ou extinção daqueles serviços, o sintap/açores reivindica uma clarificação da posição do Governo nesta matéria e uma consequente definição sobre o destino profissional a dar aos trabalhadores das delegações da contabilidade pública regional, de modo a salvaguardar os seus direitos em termos de segurança e estabilidade do respectivo emprego. 12.BAIXA MÉDICA NAS SITUAÇÕES DE RISCO CLÍNICO PARA AS TRABALHADORAS DAS IPSS/MISERICÓRDIAS; atendendo que às trabalhadoras grávidas nas IPSS/Misericórdias, em situação de baixa médica por risco clínico para a trabalhadora ou para o nascituro (nº. 3 do art. 35.º do CCT), é deduzido esse tempo para efeitos remuneratórios do Subsídio de Natal pela entidade empregadora, assim como o pagamento da parte retributiva que não é suportado pela segurança social, o sintap/açores alerta para a necessidade de se
6 procurar uma resolução para esta situação por parte do Governo Regional. Eis as principais questões que por ora se nos apresentam em termos reivindicativos, sem que, contudo, se pretenda com isto esgotar toas as demais questões que possam surgir de forma casuística ao longo do tempo e para as quais seja solicitada a nossa actuação reivindicativa e consequente intervenção de quem de direito. Açores, 12 de Dezembro de 2008 O SECRETARIADO COORDENADOR REGIOANL
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