Caso necessitem de alguma assistência durante a teleconferência queiram, por favor, solicitar a ajuda de uma operadora digitando asterisco zero.

Transcrição

1 Operadora: Bom dia e bem-vindos à teleconferência da JSL para a discussão dos resultados referentes ao 2T17. Estão presentes hoje conosco os senhores: Fernando Simões Diretor Presidente e Denys Ferrez - Diretor Administrativo-Financeiro e de RI. Neste momento todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e mais tarde iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso necessitem de alguma assistência durante a teleconferência queiram, por favor, solicitar a ajuda de uma operadora digitando asterisco zero. Informamos que esta teleconferência está sendo gravada e traduzida simultaneamente. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da companhia, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da diretoria da JSL, bem como em informações atualmente disponíveis para a Companhia. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. As condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar os resultados futuros da empresa e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Fernando Simões. Por favor, Sr. Fernando Simões, pode prosseguir. Bom dia a todos. Estamos dando início à divulgação do resultado do 2T17 da JSL. Quero agradecer a participação de todos vocês. Vamos iniciar pela página dois, onde falamos dos principais destaques do 2T17 da JSL consolidada. Tivemos uma receita líquida consolidada de R$1,8 bilhão, o que mostra um crescimento de 10,5% comparado com o 2T16. Sendo uma receita líquida de serviço de R$1,2 bilhão, que é um crescimento de 6%, o que mostra a resiliência da sua receita de serviço, independente do cenário econômico. Uma receita líquida de venda de ativos de R$448 milhões, que é um crescimento de 27%, o que mostra que os nossos ativos têm liquidez e a nossa capacidade de venda dos nossos ativos, conforme sempre dizemos a todos os senhores. Tivemos um EBITDA de R$304 milhões, com uma margem de 22% do EBITDA do 2T17, um resultado líquido positivo de R$13,9 milhões no 2T17. Fizemos um CAPEX líquido de R$322 milhões, impulsionado principalmente pelas compras sazonais da Movida no 2T17. Quero reforçar que continuamos com o mesmo guidance já divulgado do nosso CAPEX líquido, tanto da Movida quanto da JSL, sendo 1

2 esse investimento do 2T sazonal e pontual, que será compensado com uma redução no 2S. Tivemos um fluxo de caixa livre para acima de R$413 milhões nos últimos 12 meses. Fizemos várias captações até julho de 2017, que somadas são mais de R$3,5 bilhões, feitas essas através de CRA, debêntures, dívida bancária e a primeira captação de bond da JSL. Com essas captações, os nossos prazos médios foram de dois anos e meio para quatro anos. Além dessa transformação de prazo, ampliamos a nossa fonte de financiamento, que passa a ser global com os novos investidores, movimento esse alinhado com o nosso planejamento estratégico, buscando novas fontes de financiamento e aumentando os nossos prazos. Passamos agora para a página três, aonde falamos da receita líquida das Companhias. No quadro acima, do lado esquerdo, temos a JSL Logística. Tivemos uma receita de serviço de R$964 milhões, que mostra um crescimento de 1% comparado com o 2T16. Uma receita líquida de venda de ativo de R$103 milhões, com crescimento de 46%, o que mostra que os nossos ativos, entre eles caminhões, máquinas e equipamentos, são ativos pesados, têm alta liquidez e temos gente e estrutura com capacidade de executar essa venda mesmo em mercados difíceis, como o que tem acontecido nos últimos tempos. Totalizamos assim a receita da JSL Logística com R$1,67 bilhão. Ainda aqui na página três, à direita, acima, falamos da Movida. Tivemos uma receita líquida do RAC de R$192 milhões, que significa um crescimento de 38%, o que mostra o potencial deste segmento e a capacidade de nossa equipe, através de serviços diferenciados e inovação, e atendendo cada vez melhor o cliente. Tivemos uma receita na gestão e terceirização de frota de R$48 milhões, que significa um crescimento de 8% e tivemos R$349 milhões em vendas de ativo, o que significa um crescimento de 24%, mostrando a capacidade do giro dos nossos ativos, fundamental atividade de locação de veículos. Totalizou assim uma receita de R$590 milhões no 2T17, um crescimento de 26,9%, o que mostra o desenvolvimento da Movida. Ainda aqui na página três, do lado esquerdo abaixo, falamos das concessionárias. Tivemos uma receita de R$197 milhões. Embora signifique uma queda de 9% na receita, passamos a ter margem lucrativa, o que vai ser mostrado nas lâminas à frente. Sempre com o nosso foco na disciplina de melhoria do resultado no ano de Falamos agora do consolidado da JSL. Tivemos uma receita líquida de serviço de R$1,2 bilhão, uma receita líquida de vendas de ativo de R$448 milhões, o que significa um crescimento de 27%, que mostra nossa capacidade de venda e de liquidez dos nossos ativos, sejam eles da Companhia Movida ou da Companhia JSL Logística. Totalizamos uma receita líquida de R$1,83 bilhão, que significa um crescimento de 10,6% em nossa receita no 2T17 comparado com o 2T16. Agora passo a palavra ao Denys, que vai falar sobre os principais números financeiros da Companhia. Por favor, Denys. 2

3 Denys Ferrez: Obrigado, Fernando. Bom dia a todos. Falando então no slide quatro sobre EBITDA e lucro líquido em bases consolidadas, tivemos no 2T17 cerca de R$305 milhões, o que é 3,1% maior do que o 2T16. Com relação à margem, essa ficou em 22,2%, uma leve queda em relação ao 2T16. O EBITDA é formado pela contribuição da Logística e da Movida, basicamente. A Logística tem apresentado uma enorme resiliência na sua geração de caixa e contribuiu com R$228 milhões de EBITDA, com uma margem de 23,7% que é uma manutenção versus o 2T16, falando da Logística, que mostra a solidez do negócio, que é amparado por contratos de longo prazo, uma base diversificada de clientes, de serviços e setores da economia. Já a Movida contribuiu com cerca de R$72 milhões no 2T17. E conforme amplamente discutido no call da Movida, ainda tem um grande potencial a ser entregue em virtude de um período que ela passa agora em 2017 de ajuste de processos e maturidade das suas lojas de Seminovos. A Logística também tem mais a entregar, dado que em função do macro acreditamos que com a melhoria do país nós possamos ter uma expansão da margem em termos de geração de caixa, medida pelo EBITDA. Falando agora do resultado líquido, no 2T tivemos R$13,9 milhões de lucro, o que reverteu o prejuízo verificado no 2T16, de R$17 milhões. Esse lucro é decorrente dessa resiliência apresentada no negócio de Logística, com início do processo de maturidade ou de aproveitamento das bases instaladas no negócio de Movida, no ano de 2016, mas também pela tendência declinante das taxas de juros no país, dado que grande parte do nosso endividamento está ligado às taxas flutuantes do país. Tudo isso então contribuiu para que tivéssemos um lucro no período e a perspectiva de um Brasil melhor, gradualmente, separando o econômico do político, também nos faz ter uma visão construtiva e assim melhor da nossa performance para o futuro. Passando então para o próximo slide, número cinco, falando dos investimentos da JSL em bases consolidadas. O investimento bruto no 2T foi de R$782 milhões, composto por R$440 milhões de renovação, onde a maior parte disso está ligada à Movida, e composto também por R$342 milhões para expansão, onde também a maior parte está ligada à Movida. Vale frisar que os investimentos em Movida agora tendem a se desacelerar, onde a fase mais importante passou. Nós sempre olhamos esses investimentos na base líquida, então por isso nós temos aqui na coluna do meio a receita com venda de ativos, que foi no total da JSL consolidada, de R$459 milhões, resultando em um investimento líquido de R$323 milhões. Para o 2S, a nossa visão é de que isso irá se desacelerar. Gostaria então de passar para o próximo slide, falar um pouco do endividamento da JSL consolidada. Aqui, como os senhores podem ver, nesse slide temos a liquidez disponível para a Companhia no final do trimestre de cerca de R$2 bilhões. E o cronograma da dívida, com base em 30 de junho, resulta em uma idade média de 2,5 anos. 3

4 Decorre de que nós temos feito a gestão do passivo no 1S, até 30 de junho foi feito cerca de R$2 bilhões entre alongamentos e novas linhas. E em julho nós fizemos novas captações que incluem uma debênture isso no nível da Movida, que toca a vida dela com as próprias pernas e um bond inaugural da JSL no mercado internacional de capitais, em volume de US$325 milhões, que conforme orientação do Conselho de Administração, deverá ser plenamente protegido contra variação cambial; e vencimento em sete anos bullet. Isso contribui muito para o prazo médio da dívida, que se desloca então dos dois anos e meio para cerca de quatro anos. Tem também o benefício de ampliar ainda mais a base de capital para a Companhia. Ao longo desses anos a Companhia tem entrado em novos mercados, inicialmente era só o mercado bancário, passou ao mercado de debêntures. Do mercado de debêntures começou a participar, pela sua atuação na cadeia logística, dos certificados agrícolas. Agora, então, ela inaugura um mercado que é muito mais profundo e de mais longo prazo, que é o mercado internacional, com a emissão desse bond. A Companhia tem amadurecido, evoluído positivamente, e dentro da nossa gestão de passivos, feito o seu dever de casa adequadamente. Com isso, olhando em uma base pro-forma, o perfil das captações fica então com cerca de 47% no mercado de capitais. Quando olhamos os índices de alavancagem, o índice dívida líquida sobre EBITDA, aí já ajustado por alguns impairments, fica em 4,57x e o índice dívida líquida sobre EBITDA adicionado fica em 1,93x. Já o EBITDA adicionado sobre juros líquidos fica em 4,22x. Todos esses índices devidamente enquadrados de acordo com os covenants existentes dentro dos instrumentos financeiros. Com isso, antes de retornar a palavra ao Fernando, eu gostaria de enfatizar que tudo isso que a Companhia fez foi dentro de um ambiente econômico ainda fraco, e o ambiente político ainda mais confuso, o que mostra a confiança dos agentes no nosso modelo de negócio e na execução das nossas estratégias. Agora eu gostaria de retornar a palavra para o Fernando. Fernando, por favor. Obrigado, Denys. Agora então na página sete, na parte superior, temos o 2T17. A Logística teve uma receita líquida de R$1,67 bilhão, um EBITDA de R$228 milhões, sendo uma margem de 23,7%, o que mostra a melhoria do seu resultado e a resiliência na sua receita. Tivemos na Logística uma receita líquida de R$590 milhões, sendo um EBITDA de R$71 milhões, com uma margem de 29,7%. As concessionárias, embora não sendo o foco da nossa Companhia, mas importantes pelas suas sinergias, tiveram uma receita de R$197 milhões, com a melhoria das margens conforme eu disse anteriormente a vocês, sendo um EBITDA de R$4,3 milhões, uma margem de 2,2%. A Leasing, uma empresa ainda em desenvolvimento, também tem melhorado os seus resultados a cada trimestre. Sendo assim, tivemos uma receita líquida no 2T17 de 4

5 R$1,83 bilhão consolidado. Sendo um EBITDA de R$304 milhões, uma margem de 22%, e um EBITDA adicionado que é somado à venda dos ativos de R$741 milhões, que mostra nossa capacidade de geração de caixa. Ainda na página sete, na parte inferior, falamos do 2T e a visão dos últimos 12 meses. Temos a Logística, a Movida, Concessionária e a Leasing. Tivemos uma receita líquida consolidada destas companhias de R$6,96 bilhões. Sendo que o EBIT foi de R$520 milhões, que significa uma margem de 9,8%. O seu EBITDA foi R$1,85 bilhão, significa uma margem EBITDA de 20,4%. Tivemos um resultado líquido negativo de R$170 milhões, resultado esse já explicado a vocês no final do ano de 2016, por várias ações não recorrentes e por vários ajustes operacionais e comerciais, que ainda contaminam estes números. Podemos ver acima, no 2T17, uma tendência clara que os nossos ajustes, tanto os operacionais, como comerciais, como financeiros, iniciam os seus resultados, o que fica evidenciado na melhoria do 2T17, mostrando assim outro momento econômico empresarial da JSL, tanto a Logística como as suas controladas. Quero agradecer mais uma vez a participação de todos vocês e abrir para perguntas e respostas, para que possamos esclarecer qualquer dúvida que tenha ficado. Mais uma vez, muito obrigado. Victor Mizusaki, Bradesco: Bom dia. Eu tenho duas perguntas. Ontem saiu na mídia uma notícia falando sobre uma potencial fusão entre Movida e Unidas, e que essas negociações estariam bem avançadas. A primeira pergunta é se vocês poderiam comentar sobre esse cenário, e a segunda pergunta, olhando a parte de Logística, se tem ativo fixo ocioso na operação que de repente poderia, nesse cenário de recuperação de economia, poderia ser alocado em cliente e teria um impacto positivo, mas sem necessidade de CAPEX. O que nós poderíamos esperar de CAPEX líquido para 2017 e 2018? Obrigado. Bom dia, agradeço a participação de todos vocês. Vamos por partes. Sobre o segmento da Movida, ela divulgou seus resultados antes de ontem. Só para deixar claro, nós acreditamos muito no segmento de locação, nós achamos que o Brasil tem muito a se desenvolver, e o foco da nossa Companhia é no crescimento orgânico. Quanto aos rumores, aos boatos que existem, este é um segmento de pouca competição, que agora que o mercado começa uma transformação e acho que a Movida tem contribuído para os movimentos que os executivos vêm fazendo, da maneira como eles vão liderando a Empresa, contribuindo para fomentar ainda mais a locação de veículos no Brasil, que tem como um todo contribuído com a mobilidade urbana. Há várias notícias na imprensa de vários sentidos, e nós temos como princípio não comentar rumor de mercado em nenhum sentido, e muito menos da imprensa que é muito especulativa. 5

6 Quando nós falamos do ativo da JSL, nós temos sim alguns ativos ociosos, que podem ser utilizados e vêm sendo utilizados um pouco em uma retomada. Mas a JSL vem até mudando o perfil do seu operacional na Logística, com atividade que você tem menos CAPEX e mais inteligência de serviço. E com isso nós temos nos desenvolvido dessa forma, mas sem dúvida alguma, com tudo que aconteceu nos últimos dois anos de mercado, nós temos alguns ativos que têm voltado devagar para operação, o que contribui com a receita sem novo CAPEX. Quando nós falamos de CAPEX, nós temos, como já divulgado quando falamos do ano de 2017, não me lembro se fui eu ou o Denys, que está aqui. Nós temos como foco e vamos fazer, se não for, deve ser o menor CAPEX líquido desde quando nós abrimos o capital da Companhia. Esse é o nosso foco. O número que você viu no 1S da JSL mostra isso, da Logística, e quando você olha no consolidado, devido às outras empresas que estão ligadas fortemente pela Movida, você tem a sazonalidade de ter feito um CAPEX maior no 1S por falta de renovar a frota antes, se preparando para julho, comprando ativos que já são modelo de Isso que foi sazonalidade, ponto alto do 1S que foi visto, mais um ano ficará com menor CAPEX ou muito parecido, do menor CAPEX líquido desde que a Empresa abriu capital. Não sei se são esses três pontos, estou à disposição para qualquer coisa que eu não tenha contemplado na resposta. Victor Mizusaki: Só dois follow-ups, o primeiro com relação ao ativo fixo, o ativo mobilizado. Dá para ter alguma ideia do que é receita potencial com relação a esses ativos? E para 2018 o CAPEX líquido deve ficar flat olhando versus 2017? Vamos falar em têm ativos que a IPCM, o segmento que a Companhia crescer, você pode ter uma receita quando se fala de logística, tranquilamente, com mais 5%, 8% dos ativos que nós temos em casa, relativos àqueles ativos. Mas o que é mais interessante é que o posicionamento da Logística, quando você vê uma Movida fora, nós temos ajustado dentro do nosso planejamento estratégico aquele movimento que você pode ver ainda mais a Logística. Ela é uma companhia com um perfil que tem uma possibilidade de fazer crescimento. Eu não estou criando nenhuma estimativa do futuro para cima, mas nós termos plataformas para fazer crescimento de 10%, 20%, 30%, sem ter CAPEX. O que é isso? É carga geral de Logística que você subcontrata carreteiro e terceiriza com o agregado, com empresas menores. Só lembrando, nós temos hoje por volta de 35% da nossa receita que já vem de atividades sem ter R$1 em CAPEX. Essa atividade pode crescer muito. Ela pode crescer, sem dúvida nenhuma, no consolidado como um todo, 20%, 30% da Companhia para frente. 6

7 Por que isso? O que pode acontecer? Porque os clientes, nós temos visto isso, e está cada vez acontecendo mais, estavam preocupados com alguns assuntos. Por exemplo, você tem a questão é parte tributária que tem indústria respondendo pelo passivo de que ela contratou e não cumpriu direito as suas obrigações legais. Segundo ponto, a dificuldade de crédito tem feito as empresas médias terem problemas financeiros e deixado clientes na mão, e nós fomos acionados por isso. Por exemplo, nós crescemos no segmento automobilístico na Logística. Mas não é o Automobilístico que está voltando, é porque o Automobilístico teve dificuldade com outras empresas que ele tinha cobrado muitas vezes só preço. A questão de comprar só preço, as grandes indústrias muitas vezes pregam da sua questão social, de sustentabilidade, mas subcontratam empresas que não cumprem nem as suas obrigações legais e muito menos sociais. O caminhão que não tem segurança, o motorista que não está treinado, e isso está se transformando em uma busca por empresa que ofereça custo benefício, mas ofereça sustentabilidade e governança para essas companhias. Isso faz com que a JSL possa ter um crescimento diferenciado, com muito menos e com quase zero CAPEX. O CAPEX para 2017, nós asseguramos que é isso com muita tranquilidade, e confesso para você que para 2018 não temos isso fechado, nem no nosso planejamento. Temos como foco cada vez mais a Logística ter menos CAPEX e mais atividade com inteligência, busca de desenvolvimento e um CAPEX ficando claro nas companhias, como por exemplo, o caso da Movida. É esse o foco e faz parte do nosso planejamento. Temos grandes oportunidades de conquistas grandes serviços, e serviços logísticos com inteligência e com menos CAPEX. Victor Mizusaki: Está ótimo, obrigado. Sami Karlik, Banco Votorantim: Senhores, bom dia. Eu queria fazer uma pergunta em relação aos vencimentos de curto prazo. Está claro para mim que o balanço do 2T ainda não captura os benefícios das duas emissões, e que você tem um caixa mais do que suficiente para conseguir liquidar essas dívidas de curto prazo, mas eu queria entender um pouco mais de qual vai ser a estratégia de vocês. Olhando no final do 2T é R$1,31 bilhão a dívida de curto prazo, e uma liquidez de R$1,9 bilhão, sem considerar as novas emissões. Qual vai ser a estratégia de vocês? Vocês vão rollar com os bancos, vão fazer nossas emissões? Como vocês vão atacar esse curto prazo nos próximos trimestres? Obrigado. Denys Ferrez: A estratégia é pegarmos aquelas que são mais curtas e tentar antecipar a liquidação dessas dívidas, e naquilo que vai em direção a dezembro de 2018, que é o nosso foco 7

8 de ir tirando da frente, nós fazermos uma combinação de fazer o pagamento e dentro da possibilidade, fazer junto com isso já um alongamento de linhas que também entrem não só em 2018, mas também em Temos algumas conversas adiantadas nesse sentido, mas esse seria o nosso foco. Sami Karlik: Obrigado. Pedro Bruno, Santander: Bom dia a todos. Eu teria duas perguntas. A primeira é um follow-up na pergunta do Victor. Desculpe a insistência, mas com relação ao CAPEX líquido, falando só da Logística, olhando para frente. Eu queria saber se vocês podem dar uma ideia não só 2017 e 2018, como já foi comentado, mas para frente, imaginando um cenário médio de vocês, padrão de economia com algum crescimento já a partir de 2018, o que faria sentido imaginarmos em milhões ou pelo menos algum tipo de aproximação que vocês possam dar para o CAPEX líquido da logística, pensando cinco anos para frente. A ideia aqui é tentarmos entender o que seria esse CAPEX recorrente, já incluindo alguma expansão também com a economia voltando para frente. Se puder dar um pouco mais de cor nesse sentido, eu agradeço. Em seguida eu tenho mais uma pergunta. Obrigado. Primeiro, estamos falando da Logística. A Logística, você pode ver em 2018, quem sabe, um pouco mais de 2017, mas pouco mesmo, estamos falando alguma coisa a mais, já incluindo um pouco da renovação. O que você pode ver é que algum movimento dentro da nossa Companhia, separando companhias que tenham outro foco como atividade, e nós passarmos a divulgar isso aberto, como por exemplo, o que é locação de máquinas, caminhões e equipamentos pesados. Isso dependendo da oportunidade que você tiver disso. Você não tem hoje um Finame que acontece, e você tem grandes companhias buscando terceirizar a frota de caminhões pesados. Parece que não, mas você tem supermercado no Brasil que tem mais de caminhões. Você tem uma empresa de alimentos que tem mais caminhões, e isso tudo nós vemos como grandes oportunidades. Quando você fala da Logística, se subir é muito pouco, pensando em renovação, e cada vez menos o que eu volto a dizer a nossa base hoje, que é Logística, você a está vendo cada vez mais pura como Logística, como nós sempre dizemos que é pouco CAPEX e muita atividade com inteligência. Pedro Bruno: Obrigado, já ajuda. A minha próxima pergunta é com relação à despesa financeira, talvez para o Denys. O custo médio da dívida líquida que vocês mostraram no release, ele ficou estável, perto de 13% no 2T versus o 1T, apesar de termos visto um CDI médio bem mais baixo no período. Se pudesse dar uma cor nesse sentido também de qual é a dinâmica que vem afetando essa linha, eu agradeço. Obrigado. 8

9 Antes de passar para o Denys, só para confirmar e concluir, todos esses movimentos que nós temos falado, tanto a Logística, quanto do crescimento, o aproveitamento conforme o Victor perguntou dos ativos atuais, é menos CAPEX e mais foco em serviços estratégicos com menos CAPEX, e essa é a separação das companhias, é com foco como um todo sempre para o mesmo objetivo, que é melhorar a rentabilidade de todos os negócios separados, apresentar cada tipo de negócio da sua rentabilidade e diminuição do endividamento, que faz parte do nosso foco e da nossa estratégia. Passando aqui agora para o Denys, que pode lhe responder melhor os outros tópicos. Denys Ferrez: Esse percentual de custo médio da dívida líquida leva em consideração todos os itens que entram nas despesas financeiras. Quando nós separamos aquilo que está mais ligado essencialmente à dívida em si, você vê que, tirando os itens extraordinários, ele cai de 10% a 15%. Como que nós vemos isso seguindo para frente? Quando nós olhamos o perfil da dívida como um todo, da dívida bruta, nós temos entendido como a parte fixa, Finame, leasing e o próprio risco sacado, grande parte desse, na verdade é originário da operação da Movida e discutido no call dela, que tem uma característica pré e um custo mais alto. Viemos de uma realidade de um Finame diferente. Nós tínhamos artificialmente taxas mais baixas, então essa parcela da carteira se eleva no custo e isso nós fizemos em 200 b.p. no 2T16 para esse, e quando você olha contra o 1T, ele não teve tanta alteração, embora tenha tido um discreto aumento. Mas a variação da despesa financeira líquida ligada a aplicações para financiamentos cai em linha com a nossa exposição flutuante, que é em torno de 50%, quando descontamos daí o Finame do leasing e o risco sacado, talvez quase 60%. E obviamente, tem também o timing da queda dos juros dentro do trimestre. Para frente, eu diria que 50% das quedas que vemos, deveremos capturar em termos de despesa financeira líquida. Pedro Bruno: Bem claro. Obrigado. Renato Hallgren, Banco do Brasil: Bom dia a todos. Obrigado por receberem minha pergunta. Na verdade, eu tenho duas perguntas. A primeira é com relação à mudança da TJLP para TLP. Eu gostaria de saber como vocês estão pensando a longo prazo o impacto disso no cronograma de investimentos, e como vocês enxergam, se essa mudança pode ser benéfica ou prejudicial para vocês anteciparem investimentos para poder contratar uma taxa de TJLP, e não com a nova metodologia. 9

10 E a segunda pergunta, queria entender um pouco mais da dinâmica de migração dos contratos para o seu modelo asset light. Observamos sempre um crescimento exponencial da despesa de agregados e terceiros, e observamos também um impacto de redução de pessoal e combustíveis. Eu gostaria de entender se a linha de manutenção também deveria seguir a redução, porque neste trimestre observamos uma alta de 9,3% no custo de manutenção. Gostaria que me explicassem um pouco melhor essa dinâmica do agregado, que aumenta, mas vocês ganham em outras linhas, também. Minhas perguntas seriam essas. Obrigado. Denys Ferrez: Obrigado pela pergunta. Eu endereçarei a primeira, em relação a TJLP versus TLP. Isso é extremamente favorável para os nossos negócios, sejam negócios com serviços, sejam negócios em que o cliente nos demanda o ativo, a locação do ativo, aqueles ativos em que temos uma escala diferenciada e uma capacidade de gestão também diferenciada. Por quê? Porque os estímulos às empresas carregarem ativos que não são o core do negócio delas fica de lado agora. Antes, as pessoas podiam fazer o cálculo completo do capital alocado, que costuma ser muito maior que o nosso em função da nossa escala, versus também o fluxo de saída, dado que temos uma condição diferenciada pela base de lojas preparadas para vender esse tipo de ativos caminhão, máquina, equipamento. Então, a pessoa olhava a taxa de juros e falava essa taxa de juros parece barata, subsidiada. Vou comprar esse ativo. Sem isso, que é o que a TLP representa, ou seja, colocando essa taxa a uma taxa de mercado, teremos as coisas agora menos distorcidas, mais equilibradas, e cada um no seu quadrado. Acho que é um grande estímulo tanto para a prestação de serviço logístico, quanto para o aluguel de equipamento, caminhão etc., que não é o core business das indústrias, das empresas em geral. Então, acho que é um aspecto extremamente positivo, não só para nós, mas com certeza para as contas do governo. Acreditamos que isso, inclusive, é algo estrutural. Estamos trazendo ao Brasil o que os Estados Unidos já vivem de forma muito mais corriqueira, que é essa demanda para se fazer uso em bases operacionais de ativos que não são o seu foco. Então, acho que esse é um mercado enorme que temos pela frente. Esse é o ponto. Quanto a comprar antecipadamente, como o Fernando bem tentou esclarecer a visão de 2018, nosso foco permanece nessa redução da alavancagem, mesmo para 2018, e isso fará com que façamos tudo muito pensado e casado com os contratos que temos. Deixo aqui para o Fernando também validar ou não, mas não nos vemos antecipando volumes de forma que já não tenhamos contratado. Seguiremos isso. E lembrando que, com o tamanho da Companhia, se eventualmente tivermos, por questões contratuais já assinadas, a oportunidade de fazer isso, não deve ter um impacto material, e nosso processo de precificação já considera sempre a nova realidade de taxa de juros. Por isso estamos tranquilos. É um modelo de negócios que a Companhia montou há muitas décadas e que vem funcionando bem, com todos esses 61 anos dela em um país com extrema volatilidade de juros. 10

11 E quando falamos na questão da migração da atividade para mais asset, esse é um negócio que sempre dizemos que é recorrente na nossa Companhia. Em que sentido? Muitas vezes começamos com um ativo próprio, instalamos, colocamos inteligência, asseguramos a continuidade do serviço, e depois vamos trocando por equipamento de terceiros, onde ficamos mais leves, não só de ativos, quando de gestão etc., e focando mais na integração do cliente. Esse movimento está sendo mais percebido agora porque a Empresa está com menos crescimento. Se nós temos uma empresa com menos crescimento, continuamos fazendo esse movimento. Além de que, quando se tem menos crescimento, vamos crescendo dentro da Companhia a gestão, se aperfeiçoando, melhorando, limpando os ativos. Então, vamos entrando com menos ativos e com novas atividades, onde temos menos ativos. Faz parte da nossa estratégia, e você está percebendo isso até devido ao menor crescimento e a essa transformação que estamos fazendo. Quando você fala da manutenção, ela é de ciclos. Depende de uma entressafra, em que podemos ter menos atividade nova, então podemos ter mais atividade com frota com prazo médio de utilização maior. Gastamos um pouco mais de manutenção e temos mais utilização desses ativos. É nessa combinação que você viu aumentar um pouco o custo de manutenção. Você viu, em compensação, cair o custo de gente; você viu aumentar o custo de terceiros, mas o ativo vem sendo vendido na Companhia. Isso faz parte natural desses ajustes, que fizemos há seis ou oito meses. Vimos dizendo nas divulgações dos outros trimestres que temos entrado na Companhia e revisto tudo. Esse é um grande diferencial nosso, e a agilidade para fazer os ajustes necessários, para que o resultado apareça independentemente do cenário econômico em que vivamos. Renato Hallgren: Perfeito, senhores. Ficou bem claro. Leandro Fontanesi, Bradesco BBI: Bom dia. Eu tenho duas perguntas, a primeira sobre o ROIC. Vocês vinham rodando a um nível de ROIC com juros bem mais altos. Agora, com essa queda dos juros, haveria essa expansão natural do spread. Principalmente falando de logística, vocês veem isso como uma oportunidade para serem um pouco mais agressivos em crescimento, ou não, vocês pretendem expandir ROIC e, ao mesmo tempo, ter o benefício dos juros menores? Essa é a primeira pergunta. A segunda, começamos a ver produção de caminhões reagindo nos últimos meses. Se vocês observaram alguma diferença em termos de preço de caminhão, tanto no mercado para novos quanto no mercado de usados. Obrigado. 11

12 Denys Marc Ferrez: Leandro, é bem isso. Falando do ROIC, não pretendemos agir de maneira mais agressiva por conta de queda de taxa de juros. Sei que o ROIC é um retorno antes da despesa financeira, remuneração e capital de terceiros, mas como temos focado nessa desalavancagem, o termo agressivo dá a sensação de que iríamos reverter esse curso. Então, a resposta é não. Entendo que iremos usufruir de uma melhora desse cenário macroeconômico do Brasil, que também melhora os retornos, focar em tirar mais dos negócios que já temos. A Movida está em seu curto normal, ajustando seus processos e amadurecendo sua rede de varejo. E isso tudo, de forma conjunta, contribuirá com a nossa desalavancagem. Deixarei o Fernando comentar sobre caminhões. Leandro, sobre a produção de caminhões, todo mundo está muito assustado com a baixa produção de caminhões. Acho que temos que estar assustados com a baixa, mas temos que estar muito mais assustados com a alta que aconteceu lá atrás, quando vimos , caminhões vendidos, baseada em subsídios de Finame, de uma série de coisas que aconteceu. O que acho que está acontecendo hoje é uma normalização. Houve um pico, está havendo um vale, e isso, em minha opinião, só volta ao normal lá por 2019, O importante é que hoje existe uma realidade. Temos um mercado de caminhão novo, que está nesse novo devido ao pico que aconteceu, mas não há taxa subsidiada, não há crédito fácil. Isso é muito bom no nosso segmento, porque dá responsabilidade para quem é o tomador de crédito, porque ele faz mais conta. E temos o caminhão usado hoje começando a ir para uma realidade, porque quando a pessoa compara com o novo, não tendo subsídio na taxa do novo, passa a haver um mercado real. É isso que está se iniciando, um novo ciclo do mercado real de caminhão seminovo no Brasil que não acontecia há muito tempo, e dos novos ainda em baixa, mas, no meu modo de ver, com contínua melhoria para frente, estabilizando à frente. Não sei dizer como, não me atrevo, mas se houve , caminhões, caiu para , no ano passado, talvez o volume médio disso seja de caminhões. E ainda acho que em 2017 ainda vem um pouco menos que no ano passado. Depois começa a melhorar , , passando de , quem sabe tendo o volume médio que seria a capacidade do Brasil. Isso é como estamos enxergando, e vendo, dentro do que o Denys falou, mais uma oportunidade, porque pouca gente quererá fazer ativo sem ter taxa diferenciada, com isso tendo a oportunidade de desenvolvimento nesse segmento também. Leandro Fontanesi: Está ótimo. Muito obrigado, e bom dia. 12

13 Pedro Furtado, Prada: Bom dia. Eu gostaria de fazer uma primeira pergunta de follow-up na questão do mercado de pesados. Só para entender como está sua visão em relação à venda de caminhões usados. Durante a crise, ouvimos de vocês que o usado, por outro lado, passava a ser um pouco mais atrativo por conta de o novo não ter mais o subsídio na taxa de juros, mas como isso evoluiu nos últimos meses, com a atividade querendo retomar lentamente? Pedro, deu uma falhada na ligação, mas eu entendo que você fez uma pergunta sobre venda de caminhões seminovos nossos, da JSL. É isso? Pedro Furtado: Isso. Queria entender como está isso neste ano, como tem evoluído, tendo em vista a retomada lenta da atividade e a questão de financiamento. Nós sempre dissemos, Pedro, e eu gostaria de reforçar novamente, que nossos ativos, e um diferencial nosso, modéstia à parte, é saber comprar e vender. Então, temos uma estratégia, um posicionamento de lojas nossas de seminovos, as nossas concessionárias de caminhões vêm se desenvolvendo, e têm muito a se desenvolver na questão de trabalhar os seminovos. E nós temos ativos de qualidade e de grande liquidez. A prova disso é que, mesmo com esse cenário como está, você pode ver que só a Logística aumentou 46% as vendas dos seus ativos comparando o 2T17 com o 2T16, o que mostra que vem se desenvolvendo, e mostra, mais uma vez, que passa a ter mais uma realidade de caminhões seminovos no Brasil quando não há o subsídio do novo. E é importante lembrar também que sempre dizemos no mercado que a nossa Companhia vende, por exemplo, o ativo pesado deste ano que é o tamanho da nossa Companhia de três anos atrás. Então, temos um ciclo de disponibilização de muito mais ativo a ser vendido do que já vendemos no passado. E os números mostram que temos o ativo para vender e temos potencial de venda no mercado. E, no Brasil, voltando a lembrar que a idade média dos caminhões é de 17 anos, enquanto em países de primeiro mundo é de oito anos, o que mostra a oportunidade de mercado naquilo que temos de seminovos. Eu diria que é a mesma coisa que vender comida para quem tem fome: é só questão de ter condições de comprar. Pedro Furtado: Está claro. Mas o ponto é que ao longo do tempo deu para ver um aumento do turnover dessa frota, começando a rodar um pouco mais. Se pudessem comentar, isso é uma coisa que vocês acham que aconteceu porque as montadoras precisavam fazer um ajuste de estoque, de forma semelhante ao que aconteceu com os leves? Ou esse turnover mais alto é algo que deve permanecer para frente? 13

14 Quando você fala em turnover, você está falando da velocidade do giro dos nossos ativos pesados, Pedro? Pedro Furtado: Exato. Nós sempre dissemos que nós fazíamos o giro do nosso ativo porque havia conveniência naquele momento, por ter menos manutenção, por termos o mercado para comprar, e por termos o mercado favorável para podermos comprar. E lembrando que vínhamos de um mercado em que as taxas estavam caindo. Então, muitas vezes, quando comprávamos um Finame novo, tínhamos uma taxa mais barata que aquele que estávamos carregando. Isso fazia parte da nossa estratégia. Mas o mais importante, Pedro, o que sempre dissemos no mercado é o seguinte: nós temos a prerrogativa, pela qualidade da nossa frota nova, de fazer o absurdo de se trocar caminhão com dois anos, no máximo dois anos e meio. Por que eu digo absurdo? Um caminhão, pelo que trabalhamos, vai com muita tranquilidade até cinco anos, com melhor custo/benefício. Mas só existiu um custo/benefício de trocar com 24 a 30 meses porque além da compra, de ganhar, além de ter uma venda, ainda tínhamos a diminuição da taxa. Agora é o contrário. Nós continuamos tendo o ganho na compra, pelo contrário, precisa vender, e quanto mais volume comprarmos, mais barato pagaremos. Existe o mercado da venda, mas não existe a taxa de juros menor. A taxa de juros é maior. Então, não existe CAPEX que compense se fazer trocando a taxa de juros, porque não temos necessidade pela manutenção. Então, está extremamente sob controle, dentro do nosso planejamento. Podemos assegurar o CAPEX com muita tranquilidade, e, como o Denys disse, fazer CAPEX novo para serviço novo, com preço novo, e aí temos uma taxa de juros nova. É isso que estamos fazendo, nos desenvolvendo dessa forma. E pela qualidade dos nossos ativos e nossa capacidade de fazer gestão e manutenção, temos muita tranquilidade. Não há nada que piore a produtividade, nem o custo de manutenção. Pedro Furtado: Está claro. Só uma segunda pergunta: no caso da Movida, quando houve a entrada desses aplicativos, como Uber etc., isso foi visto como uma oportunidade positiva para as locadoras, e agora tem aparecido muitos fundos investindo em empresas novas com aplicativos semelhantes, mas para fazer logística, para fazer frete com veículos pesados. Eu gostaria de entender se vocês já veem algum impacto disso no seu negócio, e se isso acaba sendo uma ameaça ou uma oportunidade, de forma análoga ao que aconteceu no negócio de veículos leves. 14

15 Primeiro, Pedro, sem nenhuma euforia, todos os movimentos nós vemos como oportunidades, pela flexibilidade e pela nossa origem. A Empresa vem de um mercado extremamente competitivo. Faz parte dos nossos valores entender para atender, e isso mostra bem o que fizemos no mercado, que para nós é um novo mercado, como é o da Movida, o que a nossa equipe tem feito lá. Quando você fala do que aconteceu no Uber, a Movida foi a primeira empresa a se aliar ao Uber, passar a ter uma aliança alugando os carros para eles, porque nós acreditamos nisso desde o começo. Quando você fala da logística, eu sempre digo, e reforçarei mais uma vez: a nossa grande satisfação é que o nosso segmento não é um que a tecnologia fará com que não exista. A tecnologia pode fazer com que ele melhore, porque o ponto A para o ponto B, levar, plantar, trazer a matéria-prima, fabricou, entregar o produto acabado, isso continuará existindo sempre. Nas nossas operações, temos buscado muitos aplicativos que têm melhorado a nossa produtividade, e há muito mais para melhorar, Pedro. Esse é um negócio que temos feito bastantes atividades para melhorar. Em compensação, que substitua o que estamos fazendo, acreditamos que não, porque as nossas operações, em sua grande maioria, são distribuições. É diferente de um negócio de encomendas, de pacotes etc., que tem outro tipo de operação. Mas temos estado atentos a isso, para sempre buscar a inovação e os projetos que façam a melhoria do nosso negócio. Temos focado nisso. Pedro Furtado: OK. Obrigado. Operadora: Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra ao Sr. Fernando Simões para suas considerações finais. Por favor, Sr. Fernando, pode prosseguir. Antes de finalizar, eu gostaria de aproveitar para reforçar alguns pontos. Primeiro, mais uma vez, mostrar que a diversificação de nossos serviços e setores da economia fazem a resiliência da nossa receita. Que a mudança de mix de nossas atividades, como exemplo da Logística, com menos ativo, e, além dessa mudança de mix, tivemos um crescimento, e isso é tão importante como o florestal, como o automobilístico e como alimento, de forma orgânica, mudando o mix da nossa operação. Isso tem resultado na melhoria dos números da JSL, e isso mostra a capacidade de implantar ações que aconteceram desde a área operacional, comercial, administrativa e financeira. 15

16 São movimentos importantes de mudança de mix, aumento de participação em alguns setores e a diversificação dos nossos negócios. Isso é fundamental para o contínuo desenvolvimento da nossa Companhia. E lembrar também que as captações financeiras que ocorreram nesse 1S17 mostram a reestruturação do perfil de nossa dívida na questão do seu prazo médio, e a criação de novas fontes de captação de recurso, o que é fundamental para o nosso negócio e para a atividade que temos no Brasil. Esses pontos, gostaria de aproveitar mais uma vez e salientar, que deixam a Companhia posicionada tanto a Logística como suas coligadas por seu contínuo desenvolvimento. É fundamental dividir com vocês esse momento, que eu não diria de transformação, mas de uma reestruturação geral na Companhia. Das atividades que deixamos no ano passado, outras que iniciamos, e a sua estrutura de capital de forma geral. E, para finalizar, essas são ações que só são possíveis baseadas no perfil e na cultura da nossa equipe, porque isso nos proporciona a detectar necessidades, mas, mais importante que detectar, implantá-las com agilidade. E acho que essa melhoria dos números, sem criar nenhuma expectativa, mostra nossa capacidade de iniciar um novo ciclo, buscando a entrega cada vez melhor de resultados nesse novo ciclo. Isso é um conjunto da nossa equipe, do mercado, do posicionamento. E, com isso, acreditamos, se Deus quiser, que a melhoria dos números será contínua daqui para frente. Mais uma vez, que agradecer a vocês pela oportunidade e, em nome de toda a equipe da JSL, agradecer a participação. Estamos com mais de 130 participantes, o que, para nós, é um orgulho muito grande. Muito obrigado a todos. Fiquem com Deus, e um bom final de semana para vocês. Obrigado. Operadora: A teleconferência da JSL está encerrada. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 16