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- Davi Vidal do Amaral
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1 RESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Fonte: LIVRO MERCADO FINANCEIRO - 17ª edição - EDUARDO FORTUNA Até 1964, o Sistema Financeiro Nacional - SFN carecia de uma reestruturação racional adequada às necessidades e carências da sociedade como um todo. A partir de então, foi editada uma série de leis que possibilitou esse reordenamento. 1 - INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS - O MNI O Manual de Normas e Instruções - MNI, preparado e editado pelo Banco Central, estabelece, entre outras, as normas operacionais de todas as instituições financeiras INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS MONETÁRIAS São as instituições que possuem depósitos à vista e, portanto, multiplicam a moeda Bancos Cooperativos Bco Através da Resolução 2.788, de 30/11/2000, o BC renovou as regras para a constituição dos bancos cooperativos, cuja atuação deve observar no cálculo do patrimônio líquido exigido os mesmo fatores e parâmetros estabelecidos pela regulamentação em vigor para os bancos comerciais e múltiplos Cooperativas de Crédito CC As exigências e os procedimentos que permitem às cooperativas de crédito e centrais de cooperativas de crédito se constituírem e funcionarem como instituições financeiras estão atualmente estabelecidos pela Resolução 3.442, de 28/02/2007, e seu regulamento anexo INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO-MONETÁRIAS São as instituições que captam recursos para empréstimo, através da emissão de títulos e, portanto, intermediam a moeda Sociedades de Crédito ao Microempreendedor SCM Foram criadas pela MP , de 06/01/2000, com o objetivo de prover um modelo de financiamento sem assistencialismo, que atenda com um mínimo de burocracia a grande parcela da população que não tem acesso ao sistema bancário tradicional e, posteriormente, regulamentadas pela Resolução 2.874, de 26/07/ Sociedades de Crédito Imobiliário SCI A Resolução 2.735, de 28/06/2000, do BC estabeleceu que as sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de financiamento imobiliário e constituídas sob a forma de sociedade anônima Bancos de Câmbio Bcam A Resolução 3.426, de 21/12/2006, dispôs sobre a constituição e o funcionamento de instituições financeiras especializadas na realização de operações de câmbio, tais como: compra e venda de moeda estrangeira; transferências de recursos de e para o exterior; financiamento de exportação e importação; Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 1
2 adiantamento sobre contratos de câmbio ACE; e outras operações, inclusive a prestação de serviços previstas na regulamentação do mercado de câmbio INSTITUIÇÕES AUXILIARES DO MERCADO FINANCEIRO Agências de Fomento ou Desenvolvimento AF A Resolução 2.828, de 30/03/2001, do BC estabeleceu as regras atuais que dispõem sobre a constituição e o funcionamento das agências de fomento. 2 - SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO - SFH A Resolução 1.980, de 30/04/93, aprovou o regulamento que disciplina o direcionamento dos recursos captados pelas entidades integrantes do SBPE e as operações de financiamento efetuadas no âmbito do SFH. Posteriormente, a Resolução 3.157, de 07/12/2003, definiu que as entidades do Sistema Financeiro Nacional SFN que integram o SFH na qualidade de agente financeiro são: os bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário; as caixas econômicas; as sociedades de crédito imobiliário; e as associações de poupança e empréstimo. 3 - REGULAMENTAÇÃO DO ARTIGO 192 DA CONSTITUIÇÃO Ao início de 2003, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta de emenda constitucional 53, que modificava o artigo 192 da Constituição Federal, permitindo a regulamentação fatiada do sistema financeiro. Esta regulamentação, que, em 01/01/05, ainda estava em discussão no Congresso, introduz algumas modificações na estrutura do Sistema Financeiro Nacional. Todos os projetos a ela relacionados terão de ser apreciados na Comissão de Assuntos Econômicos CAE do Senado, mas não há previsão para a inclusão deles em pauta. O principal projeto é o que trata da autonomia do Banco Central, estabelecendo mandatos escalonados para os nove diretores. Esse projeto determina que o presidente do BC e outros dois diretores terão mandatos de quatro anos; três outros diretores terão mandatos de três anos; e os três restantes ficarão no cargo somente dois anos. O objetivo do escalonamento é evitar a descontinuidade das políticas implementadas pelo BC. POLÍTICA MONETÁRIA Ela pode ser definida como o controle da oferta da moeda e das taxas de juros de curto prazo que garanta a liquidez ideal de cada momento econômico. 4 - COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA - COPOM O Copom foi instituído em 20/06/1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório da autoridade monetária, a exemplo do que já era adotado pelo Federal Open Market Committee (FOMC), do Federal Reserve, nos Estados Unidos, e pelo Central Bank Council, do Bundesbank, na Alemanha, procedimento também adotado, em 06/1998, pelo Bank of England na Inglaterra, com a criação do seu Monetary Policy Committee (MPC), assim como pelo Banco Central Europeu desde a criação da moeda única, em 01/ RESUMO DA CONSOLIDAÇÃO DA LEGISLAÇÃO EM VIGOR SOBRE TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA E RESPONSABILIDADE DO TESOURO NACIONAL Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 2
3 5.1 - A Relação Tesouro/BC O BC emitida títulos para a execução de sua política monetária tendo como lastro títulos do Tesouro custodiados em sua carteira. Tal decisão impedia que o financiamento dos déficits orçamentários se fizesse através de emissão primária de moeda, com suas conseqüentes nefastas pressões inflacionárias. A partir de 03/002, o BC deixou de emitir títulos e, de forma idêntica aos países do Primeiro Mundo, passou a fazer sua política monetária com títulos adquiridos para esse fim junto ao Tesouro Swap Cambial A partir do mês de abril de 2002, o BC, agindo em conjunto com o Tesouro, com o objetivo de reduzir o volume da DPMFi vinculada à taxa de câmbio, mas ao mesmo tempo manter o mercado abastecido de proteção cambial, começou a ofertar aos detentores de Letras Financeiras do Tesouro - LFT, títulos vinculados à taxa Selic, a troca da rentabilidade desses títulos pela rentabilidade da variação da taxa de câmbio de reais por dólar acrescido de uma taxa de juros - cupom cambial, operação que ficou conhecida como swap cambial. 6 - AS RESERVAS BANCÁRIAS A regulamentação atual da conta de Reservas Bancárias está determinada pela Circular 3.101, de 28/03/02, em que fica estabelecido que as disponibilidades mantidas no BC, em moeda nacional, pelos bancos comerciais, bancos de investimento, caixas econômicas e bancos múltiplos devem ser registradas na conta de Reservas Bancárias Controle Via Depósitos de Poupança Os recursos dos depósitos de poupança, sejam os captados por bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, bancos comerciais, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo - APE e caixas econômicas, sejam os depósitos de poupança rurais captados pelo BASA, Banco do Nordeste e Banco do Brasil, estão sujeitos a regras de encaixe obrigatório, de acordo com o estabelecido na Circular 3.093, de 24/06/ Controle Via Exigibilidade Adicional sobre Depósitos A Circular 3.144, de 14/08/02, e a Carta Circular 3.034, de 19/08/02, do BC instituíram uma exigibilidade adicional de recolhimento compulsório e encaixe obrigatório sobre os depósitos captados por bancos comerciais, múltiplos, bancos de desenvolvimento, bancos de investimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, caixas econômicas, sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo. Posteriormente, a Circular 3.157, de 11/10/02, do BC elevou em 5% todos os percentuais de exigibilidade adicional, a partir de 21/10/ Controle Via Empréstimo de Liquidez - Redesconto A História Até 07/96, se um determinado banco, ao final do dia, não conseguisse resolver seus problemas de caixa nem com a captação de recursos junto ao público (CBD), nem via mercado interbancário (CDI), seria inevitável o seu pedido de socorro ao BC via Redesconto de Liquidez. A Situação Atual A partir de 26/01/00, através da Resolução 2.685, posteriormente atualizada em 04/04/02 pela Resolução 2.949, o BC instituiu e disciplinou uma nova metodologia de concessão de Redesconto de Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 3
4 liquidez por parte do BC com a criação das modalidades de Redesconto e de compra, com compromisso de revenda, de títulos e valores mobiliários, de crédito e de direitos creditórios integrantes do ativo dos bancos comerciais, das caixas econômicas e dos bancos de investimento e múltiplos com conta de Reservas Bancárias. Tal decisão, dentro do contexto do novo SPB do BC, é facilitada pela criação das Cédulas de Crédito criadas pela Lei de 02/08/2004, que agilizam a cobrança de crédito pelos bancos e têm como objetivo reduzir o risco de perdas do BC em caso de quebra de uma instituição financeira, através de mecanismos que garantem a propriedade imediata pelo BC dos títulos dados em garantia das operações de Redesconto. A referida lei também resgatou e modernizou um instrumento financeiro datado de 1932, conhecido como tradição, que permite a transferência de propriedade de um título sem sua entrega final, no caso criando o termo de tradição eletrônica que dispensa o endosso em preto no título. Nota: Ementa da Lei , de 02/08/2004 Dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias, letra de crédito imobiliário, cédula de crédito imobiliário, cédula de crédito bancário, altera o Decreto-Lei 911, de 1 de outubro de 1969, as leis 4.591, de 16 de dezembro de 1964, 4.728, de 14 de julho de 1965, e , de 10 de janeiro de 2002, e da outras providências Controle Via Zeragem Automática Todas as instituições financeiras devem terminar o dia com as contas de débitos e créditos das reservas bancárias equilibradas ninguém pode dormir descoberto. As instituições financeiras procuram acertar essas posições entre elas, no mercado interbancário. Quando isso não é possível, podem recorrer ao BC, que todo dia faz a zeragem ao final da tarde, vendendo e comprando dinheiro por uma taxa punitiva em relação ao que foi praticado durante o dia no mercado monetário, ou seja, compra dinheiro mais barato e vende mais caro. Sem a zeragem automática, as instituições financeiras teriam de recorrer ao Redesconto de Liquidez que, teoricamente, tem taxas mais punitivas. No Plano Collor II, o Governo acabou com a zeragem automática e tornou mais punitivas as taxas do Redesconto de Liquidez. As instituições financeiras privadas acabaram se adequando, redobrando a cautela, para não estourar as posições nas reservas bancárias, e resolvendo o problema de quem estava descoberto dentro do próprio interbancário. Os bancos oficiais, por seu lado, com dificuldades de crédito, não encontravam com facilidade quem os socorresse no interbancário e foram assíduos clientes do Redesconto no início do Plano, que chegou a custar 20% a.a. acima do overnight. A experiência durou pouco, pois a pressão política dos estados e até de instituições federais causou a volta da zeragem automática. 7 - OPEN MARKET O open market é um mercado secundário, ou seja, onde se negociam títulos já emitidos anteriormente. As operações neste mercado foram, originalmente, regulamentadas pela Resolução do 01/86, do BC As Operações Compromissadas Elas incluem todos os tipos de operações e de compromissos que envolvem as operações com títulos de renda fixa, cujas regras foram consolidadas pela Resolução 3.339, e seu regulamento anexo, de 26/01/06. Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 4
5 7.2 - O Aluguel de Títulos de Renda Fixa As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC podem realizar, com pessoas físicas e jurídicas integrantes ou não do SFN, operações de troca e empréstimo de títulos de renda fixa integrantes de suas respectivas carteiras, desde que elas sejam liquidadas financeiramente em câmaras ou prestadores de serviço de compensação e liquidação autorizadas pelo BC. A autorização para esse tipo de operações foi dada pelo CMN através da Resolução 3.197, de 27/05/ Sistema Especial de Liquidação e Custódia de Títulos Públicos - Selic Foi criado em 1980, sob a responsabilidade do Banco Central e da Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos - Andima. O Selic, na verdade, é um grande sistema computadorizado on-line, ao qual têm acesso apenas as instituições credenciadas no mercado financeiro. Através da Circular 2.671, de 03/96, o BC comunicou ao mercado as mudanças feitas no regulamento do Selic, para incorporar ao Manual de Normas e Instruções do BC - MNI, as regras que balizam o acesso das instituições financeiras aos sistemas Oferta Pública Formal Eletrônica - OFPUB, e Leilão Informal Eletrônico de Moeda e de Títulos - LEINF Mercado Secundário Eletrônico de Títulos Públicos A partir de agosto de 2000, os títulos públicos passaram a ter uma alternativa ao tradicional mercado de balcão organizado, representado pelas negociações telefônicas das mesas de operações de open market Tesouro Direto A partir de 01/2002, tornou-se possível a compra e a venda de títulos públicos federais (LTN, LFT, NTN-B, NTN-B Principal, NTN-C e NTN-F) por pessoas físicas via Internet, intermediadas por uma instituição cadastrada no Tesouro, como Agente de Custódia. 8 - TAXAS DE JUROS - FUNÇÃO E FORMAÇÃO DE PRECO Taxa Básica Financeira - TBF A Lei , de 14/02/01, sucessora da MP 2.074, instituiu de forma definitiva em seu artigo 5º, a TBF para ser utilizada exclusivamente como base de remuneração de operações realizadas no mercado financeiro, de prazo de duração igual ou superior a sessenta dias. O objetivo da sua criação à época, foi o de alongar o perfil das aplicações em títulos, pela criação de uma taxa de juros de remuneração superior à Taxa Referencial - TR. Sua metodologia de cálculo atual foi consolidada pelas: Resolução e pela Circular 3.318, ambas de 31/03/06. Ela está baseada na amostra das 30 maiores instituições, entre bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento e caixas econômicas, em termos do somatório dos valores de captação de depósitos a prazo em CDB/RDB prefixados, de 30 a 35 dias corridos de prazo Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP A TJLP foi instituída pela MP 684, de 31/10/04, com as alterações posteriores das MP 1.790, de 29/12/98 e 1.921, de 30/09/99, posteriormente convertida na Lei , de 12/02/01. Em novembro de 1994, o BC, por delegação do CMN, definiu as formas de cálculo e apuração da TJLP, cuja finalidade foi a de estimular os investimentos nos setores de infra-estrutura e consumo e, ao mesmo tempo, ajudar a inverter a curva de rendimento que até 1994 sempre privilegiou os investimentos de curto prazo com juros maiores. Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 5
6 9 - MERCADO BANCÁRIO Os Correspondentes Bancários As Resoluções 3.110, de 31/07/03 e 3.156, de 17/12/03, consolidaram as normas para a contratação sob total responsabilidade das instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo BC, de empresas integrantes ou não do SFN, para desempenhar a função não principal e não exclusiva de correspondente no País Depósito à Vista - Conta Corrente A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica e distintiva dos bancos comerciais, o que os configura como instituições financeiras monetárias. Sua base legal está definida na Resolução 2.025, de 24/11/93, do CMN, com as modificações introduzidas pelas Resoluções 2.747, de 28/06/00 e 2.953, de 25/04/02. É a chamada captação zero. Assim o depósito à vista, para o banco, é um dinheiro gratuito As Contas Especiais de Depósito Para facilitar a vida dos bancos que pretendem aplicar diretamente em microcrédito e ao mesmo tempo, para abrir o sistema financeiro a pessoas que hoje não têm acesso a ele, a Resolução 3.211, de 30/06/04, estabeleceu as regras atuais pelas quais os bancos múltiplos com carteira comercial ou de crédito imobiliário, os bancos comerciais e a Caixa Econômica Federal podem abrir contas especiais de depósitos à vista e de poupança individuais para as pessoas físicas de baixo poder aquisitivo e que não têm condições financeiras para ter uma conta de depósitos à vista tradicional movimentável por talão de cheques. As contas são movimentadas só por cartão, ou eventualmente cheque avulso As Contas Eletrônicas de Depósito Os brasileiros que se encontram temporariamente no exterior podem abrir por meios eletrônicos (Internet, terminais de auto-atendimento, telefone etc.), manter e movimentar nos bancos nacionais, contas de depósitos à vista e de poupança individuais, sem o fornecimento de folhas de cheque ou de cartão magnético, nos moldes estabelecidos na Resolução 3.203, de 17/06/04. Entretanto, essas contas não se confundem com as contas de depósito em moeda nacional, no País, de pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas ou com sede no exterior, regulamentadas pelo BC. Para evitar problemas relacionados à lavagem de dinheiro - Lei 9.613/98, o somatório dos depósitos realizados nessas contas de depósitos em cada mês, provenientes de remessas do exterior, não poderá ser superior a R$ ,00. Se isso ocorrer, o banco será obrigado a rejeitar a diferença devolvendo-a ao exterior Conta Salário Para aumentar a competição no sistema bancário, tendo como possível conseqüência a redução do spread bancário, ao mesmo tempo em que concede aos assalariados um maior poder de definir em que instituição financeira deseja receber os seus salários, foram divulgadas regras pelo BC, em 06/09/06, através da Resolução 3.402, posteriormente alterada pela Resolução 3.424, de 21/12/06, ambas operacionalizadas pela Circular 3.336, de 14/12/06 e 3.338, de 21/12/ ISS sobre os Serviços Bancários Em 31/07/03, foi promulgada a Lei Complementar 116, dispondo sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, de competência dos municípios e do Distrito Federal, e estabelecendo que a cobrança do imposto tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa à lei, ainda Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 6
7 que tais serviços não se constituam como atividade preponderante do prestador. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, e a sua alíquota é de 5% Letras de Crédito Imobiliário As LCI foram oficialmente criadas pela Lei , de 02/08/04, como um novo instrumento financeiro para captação de recursos para os financiamentos imobiliários Depósito a Prazo de Reaplicação Automática - DPRA Os bancos comerciais, as caixas econômicas e os bancos múltiplos com carteira comercial foram autorizados pela Resolução 2.172, de 30/06/95, a captar recursos através dos DPRA. Em 30/05/07, a Resolução proibiu a captação de recursos através desse instrumento PRODUTOS DE EMPRÉSTIMOS Microcrédito Para atender ao esforço do governo em aumentar, no geral, a disponibilidade de crédito na economia e, no particular, direciona-lo às pessoas físicas e jurídicas que mas dela necessitam, e de acordo com o estabelecido na Lei , de 11/09/03, com as alterações introduzidas pela Lei , de 25/04/05, que instituiu o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado - PNMPO, o CMN estabeleceu, através da Resolução 3.422, de 30/11/06, as regras em vigor que dispõem sobre a realização das operações de microfinanças destinadas à população de baixa renda e aos microempreendedores, nela caracterizados Empréstimos em Consignação O empréstimo em consignação, com desconto das prestações diretamente na folha de pagamento, foi regulamentado por meio da Lei , de 17/12/03. O empréstimo consignado tem a grande vantagem de oferecer taxas de juros baixas. O juro menor é resultado do baixo risco de inadimplência assumido pelos bancos, já que o pagamento é feito diretamente pela empresa Assunção de Dívida É uma operação de empréstimo para empresas que dispõem de caixa para quitação de uma dívida e, portanto, não necessitam de crédito. O banco adianta os reais equivalentes para quitação de uma dívida futura de prazo curto, garantindo um ganho financeiro superior às alternativas da empresa no mercado, para o valor a ser quitado, reduzindo, portanto, para a empresa, o custo direto da dívida anteriormente assumida. Existem vantagens adicionais do ponto de vista contábil e fiscal, notadamente no que concerne ao risco de crédito da empresa. O importante é a não caracterização da operação de assunção da dívida como uma aplicação de renda fixa sujeita à incidência de imposto de renda na fonte Cessão de Crédito Com o intuito de melhorar a qualidade dos ativos dos bancos e/ou seu enquadramento no Acordo de Basiléia, a Resolução 2.686, de 26/01/00, estabeleceu as condições para a cessão de crédito pelas instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil às sociedades anônimas que se caracterizem, exclusivamente, como companhias securitizadoras de créditos financeiros e às sociedades de propósito específico. Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 7
8 Regras do Banco Central e da Secretaria da Receita Federal para Provisão contra Devedores Duvidosos Pelas regras vigentes em 1996, a provisão desses créditos deveria ser feita com base na média das perdas registradas pelos bancos nos últimos três anos. A partir de 01/03/00, através da Resolução 2.682, o BC determinou um novo critério a ser adotado pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a operar pelo BC, incluindo as Sociedades de Arrendamento Mercantil, para classificação dos créditos de acordo com o risco das operações Imposto sobre as Operações de Crédito - IOF O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF, tem como base de sua regulamentação o Decreto 4.494, de 03/12/02, com as alterações introduzidas pelo Decreto 5.172, de 06/08/04, e a Instrução Normativa 46, de 02/05/01, ambos da Secretaria da Receita Federal FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO Pelo que foi anteriormente exposto, o grande financiador remanescente do segmento imobiliário para as pessoas físicas ainda é a Caixa Econômica Federal, através da utilização de recursos específicos, tais como: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; o Orçamento Geral da União - OGU; o Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT; e os recursos captados por ela própria, seja através dos Depósitos de Poupança (Caderneta de Poupança), seja através das Letras Hipotecárias. No entanto, cada vez mais cresce a participação das instituições privadas Com Recursos do OGU e no Modelo do SFH A legislação federal é dada pelo Decreto 5.247, de 19/10/04; pela Lei , de 15/12/04; e pela Portaria Interministerial 611, de 28/11/06. Por sua vez a Resolução 3.243, de 28/10/04, estabelece as condições para que os agentes financeiros da habitação, com exceção dos agentes integrantes do SBPE e das Companhias Hipotecárias, possam participar do programa. Complementa a sua legislação o regulamento anexo à Resolução 1.980, de 30/04/93, com a redação dada pela Resolução 3.157, de 17/12/ Sistema Financeiro Imobiliário - SFI e os Novos Títulos O SFI foi criado pelo Governo Federal em 20/11/97, através da Lei A Alienação Fiduciária em Garantia x Hipoteca A alienação fiduciária nos financiamentos imobiliários está prevista em lei desde 11/97 e foi aperfeiçoada com a Lei , de 02/08/04. Ela garante ao credor a propriedade do imóvel até a quitação do financiamento, permitindo ao devedor apenas a posse direta do bem. A hipoteca, instrumento que dá a posse do imóvel ao devedor, transforma o bem em garantia do crédito concedido Programa de Arrendamento Residencial - PAR Foi criado pela Lei , de 12/02/01, e aperfeiçoado pela Lei , de 15/05/07. É uma operação para a população de baixa renda realizada pela Caixa, e que se destina à aquisição de empreendimentos imobiliários, principalmente urbanos, para construção, em construção ou para recuperação ou reforma. Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 8
9 O Patrimônio de Afetação A Lei , de 02/08/04, alterou a Lei 4.591, de 16/12/64, e instituiu o patrimônio de afetação nas incorporações imobiliárias, com o objetivo de ampliar as condições de segurança dos compradores e credores de um imóvel em construção CRÉDITO RURAL É o suprimento de recursos financeiros para aplicação exclusiva nas atividades agropecuárias, desenvolvida por produtores rurais O Contrato de Opção de Compra Através da Resolução 3.214, de 30/06/04, foram criados os contratos de opção de compra de produtos agrícolas como um instrumento alternativo ou complementar à oferta de venda dos estoques públicos Cédula de Produto Rural - CPR Com a criação da Cédula de Produto Rural - CPR pela Lei 8.929, de 22/08/94, posteriormente alterada pela Lei , de 14/02/01, muitas das dificuldades até então existentes foram superadas. Basicamente, a CPR é uma venda a termo, ou seja, o produtor emite um título para comercializar seus produtos, recebendo o valor negociado de forma antecipada. O banco avalia a operação podendo, posteriormente, comercializar o título com um investidor, tais como os fundos de investimentos Mercado Secundário de CPR via Bolsa Brasileira de Mercadorias - BBM A BBM foi criada em 10/02 com a fusão entre a BM&F e as bolsas de mercadorias do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Minas Gerais (Belo Horizonte), de Uberlândia, de Goiás, e do Mato Grosso do Sul. Com a efetivação do mercado secundário, um grande número de investidores passa a ser atraído para as operações, o que beneficia diretamente o produtor rural, pois o maior número de interessados nas CPR provoca o aumento da concorrência e, consequentemente, a tendência ao aumento nos preços desses títulos e uma diminuição no custo de captação de recursos por parte do agricultor Captação de Recursos Externos (63 Caipira) Pela Resolução 2.148, consolidada pela Resolução 2.770, de 30/08/00, foi permitida às instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural - SCR, a captação de recursos no mercado externo, para repasse no País, destinados ao financiamento de produtores rurais e suas cooperativas, para custeio, investimento e comercialização de produção agropecuária, e às empresas, agroindústrias e exportadores, para a aquisição de produtos agropecuários diretamente de produtores rurais, suas associações ou cooperativas, e/ou para a aquisição de CPR registrada na Cetip Programa de Geração de Emprego e Renda - Proger Rural É um programa de financiamento ao produtor rural que lhe permite obter crédito fixo ou rotativo, tanto para o crédito de custeio como para o crédito de investimento fixo ou semifixo. As suas regras atuais foram essencialmente estabelecidas pela Resolução 3.207, de 24/06/04, e suas alterações posteriores, e pela Resolução 3.475, de 04/07/ Programa de Geração de Emprego e Renda Familiar - Proger Rural Familiar É um programa de financiamento ao produtor rural, com juros controlados, que lhe permite obter crédito fixo ou rotativo, tanto para o crédito de custeio com para o crédito de investimento fixo ou Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 9
10 semifixo. As suas regras atuais foram estabelecidas pela Resolução 3.151, de 28/11/03 e suas alterações posteriores, e pela Resolução 3.475, de 04/07/ Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf As normas aplicáveis aos financiamentos rurais ao amparo do Pronaf foram consolidadas pela Resolução 2.629, de 10/08/99, e suas inúmeras alterações posteriores, e pela Resolução 3.475, de 04/07/ Banco da Terra Sua base legal está definida pela Lei Complementar 93, de 04/02/98 e pelo Decreto 4.892, de 25/11/03 que regulamentou esta Lei. A Lei Complementar criou o Fundo de Terras e da Reforma Agrária - Banco da Terra, com a finalidade de financiar os programas de reordenação fundiária e de assentamento rural, beneficiando os trabalhadores rurais não-proprietários, preferencialmente os assalariados, parceiros, posseiros e arrendatários, que comprovem, no mínimo, cinco anos de experiência na atividade rural, e os agricultores proprietários de imóveis cuja área não alcance a dimensão da propriedade familiar, assim definida no inciso II do artigo 4º da Lei 4.504, de 30 de novembro de 1964, e seja, comprovadamente insuficiente para gerar renda capaz de lhe propiciar o próprio sustento e o de sua família Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro A Lei , de 19/12/03, autorizou o Poder Executivo a conceder subvenção econômica em percentual ou valor do prêmio do seguro rural contratado junto às sociedades autorizadas a operar em seguro pela Susep. Em 29/06/04, o Decreto regulamentou a lei e instituiu o Programa de Subvenção do Prêmio do Seguro Rural com o objetivo de promover a universalização do acesso ao seguro rural, garantindo-o como um instrumento para a estabilidade da renda agropecuária e indutor do uso de tecnologia e gestão adequadas FINANCIAMENTO PARA INVESTIMENTO A permanente preocupação com a inflação faz com que as instituições financeiras privadas limitem sua concessão de financiamentos preferencialmente aos prazos mais curtos, até porque, à exceção dos recursos externos é impossível conseguir internamente quem esteja disposto a aplicar recursos a prazos mais longos e, portanto, dar funding para as operações de longo prazo. Assim, para financiamentos com tais características, as fontes são, por via de conseqüência, as entidades e instituições financeiras governamentais. Dentre elas, é o BNDES que se sobressai como o grande financiador das empresas no longo prazo Políticas Operacionais do BNDES Em 02/2006 foi aprovada uma nova política operacional com o objetivo de tornar mais claras as prioridades do BNDES e reduzir o custo financeiro de seus empréstimos Resolução 63 (Resolução 2.770) As contratações de empréstimos externos diretamente pelos BC/BI/BD/BNDES/BM com carteira comercial ou de investimento, desde que autorizados a operar em câmbio para repasse às empresas no País, eram reguladas pela Resolução 63, de 21/08/67, do CMN. O prazo médio mínimo para os bancos era de 90 dias até 03/01/00. Pelas regras da Resolução 63, até 29/07/99 podiam ser captados recursos externos com as finalidades especificas, a saber: Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 10
11 Resolução 2.170/95 - para repasses a pessoas físicas ou jurídicas destinados a financiar a construção ou aquisição de imóveis novos com prazo mínimo externo e interno de 360 dias. Resolução 2.312/96 - para repasses no País a empresas exportadoras com prazo mínimo interno de 180 dias. Resolução 2.483/98 - para repasses a atividades rurais e agroindustriais com prazo mínimo interno e externo de 90 dias. A partir de 29/07/99, a Resolução liberou, apenas para as instituições financeiras, este direcionamento específico e, portanto, permitindo a livre aplicação para os recursos com compromisso de prazo de permanência superior a cinco anos, sem cláusulas de call ou put neste prazo, desde que oriundos de emissão pública no exterior. A partir de 03/01/00, por determinação da Resolução 2.683, qualquer operação de captação externa, tanto pelas instituições financeiras como pelas sociedades de arrendamento mercantil, em qualquer prazo, desde que autorizadas previamente, credenciadas e registradas pelo BC, na forma da regulamentação em vigor, podiam ser repassadas internamente conforme os critérios do mercado, sem interferências do BC. Finalmente, a partir de 30/08/00, pela Resolução 2.770, posteriormente complementada pela Circular e seu regulamento anexo de 22/02/01, foram consolidadas todas as regras que disciplinavam as operações de empréstimo entre residentes e domiciliados no País e residentes ou domiciliados no exterior, à exceção das operações que envolvam o setor público. Material de Apoio - 01 Professor Johnny Página 11
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