ABORDAGEM DO USUÁRIO NO TRATAMENTO DE SPAs. Gustavo Lopes Jaques Consultor em Dependência Química Assistente Social
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- Benedito Deluca Aveiro
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1 ABORDAGEM DO USUÁRIO NO TRATAMENTO DE SPAs Gustavo Lopes Jaques Consultor em Dependência Química Assistente Social 1
2 ABORDAGEM (construído vínculos) Centro de Tratamento as Adições Gustavo Lopes Jaques Consultor em Dependência Química Assistente Social 2
3 ABORDAGEM Baseia-se no princípio de que uma pessoa esta sofrendo, deseja alívio, e espera poder contar com a outra pessoa para ajudá-lo 3
4 ABORDAGEM Ato ou efeito de abordar; Qualquer tipo de aproximação; Modo de tratar ou encarar algo; Visão de um assunto; Ponto de vista sobre uma questão; Maneira ou método de enfocar ou interpretar algo; Modo de lidar com algo. Dicionário Houaiss
5 Dificilmente um indivíduo procura tratamento por estar convencido de que está usando droga ou álcool demasiadamente Série Diálogo 3-SENAD 5
6 Uso de SPAs é um problema de grande complexidade, que exige uma ABORDAGEM compreensiva, interdisciplinar, de caráter psicopedagógico e terapêutico. A dependência é uma relação disfuncional entre um indivíduo e seu modo de consumir uma determinada substância psicotrópica. A avaliação inicial começa pela identificação dos sinais e sintomas que caracterizam tal situação. 6
7 A abordagem é o primeiro passo a ser dado para que se possa fazer um diagnóstico na área de dependência química, porém não se esgota mesmo depois deste ser estabelecido. Baseia-se no princípio de que uma pessoa está sofrendo, deseja alívio, e espera poder contar com a outra pessoa para ajudá-lo. 7
8 ABORDAGEM Sempre que duas pessoas se encontram, na verdade, há seis presentes. Há o indivíduo visto por si próprio, o indivíduo como as outras pessoas o vêem e o indivíduo como realmente é. William James
9 O profissional e a aceitação do adicto O que sei sobre álcool e outras drogas? Qual é o meu sentimento em relação do uso e abuso de substancia química? Quais os conceitos e preconceitos estabelecidos por mim na minha vida cotidiana? 9
10 Me sinto seguro no realizar uma abordagem? Entendo e reconheço a dependência química como doença? Percebo e me coloco na condição do outro? 10
11 Preconceito São conceitos pré formados; Impressão unilateral de uma realidade; Olhar carregado de vícios; Observação exageradamente critica; Dificuldade de enxergar a realidade do outro; Percepção egocêntrica de realidade; 11
12 APRESENTANDO-SE: Ex: Olá sr...,meu nome é...,sou consultor.. sou membro da equipe...que estará avaliando o sr. aqui no...gostaria de reservar algum tempo para conhecê-lo melhor e saber... 12
13 RESPEITO Vista-se de modo profissional; Apresente-se e explique o seu papel; Dirija-se ao paciente pelo título (Sr. Sra. etc.) Estabeleça privacidade na medida do possível; Cuide do conforto do paciente; Informe ao paciente o que você pretende fazer; Seja atencioso e acrítico, sem julgamentos 13
14 ABORDAGEM Uma boa abordagem é essencial para o tratamento. Não apenas pode ser decisiva para o engajamento do residente, como pode desencadear o processo de mudança. É um prazer conhecê-lo. Que problemas lhe trazem aqui? Por onde começamos? Por onde você prefere começar? 14
15 Primeiro contato entre um serviço e o residente. Começa aí a construção, juntamente com o residente, de um retrato detalhado e atual de envolvimento com o consumo, seu meio ambiente e os resultados deste uso. A abordagem é o primeiro passo a ser dado para que se possa fazer um diagnóstico na área de dependência química, porém não se esgota mesmo depois deste ser estabelecido. Começa com um diálogo de natureza motivacional e se destina a expressar empatia e estabelecer rapport Rapport é a capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum. 15
16 Importância do olhar Olhar pode ser, muito mais que olhar! Ver além da aparência; Ver alem do conceitos já estabelecidos ou padronizados; Desejo de ver e não de julgar; Aceitação incondicional do outro; Aceitação incondicional da historia vivida pelo outro 16
17 Não julgar o outro pelos seu preceitos sociais ou morais; Ver a estrutura saudável que aquele individuo ainda tem dentro dele; Aprender aceitar as varias quedas e tropeços que o tratamento da dependência química pode apresentar; 17
18 Abordar Pode ser olhar; Pode ser escutar; Pode ser sentar ao lado; Pode ser compartilhar; Pode ser aceitar; Pode ser proteger; Pode ser limitar; Pode ser respeitar; 18
19 ABORDAGEM Acima de tudo ouvir sem julgar; Primeiro ouvir, antes de dar um parecer; Aceitação incondicional da historia relatada; Compartilhar sentimentos sem julgamentos; É proteger; É oferecer o limite; Respeitar a dificuldade para realizar o tratamento e o controle do uso de substancias químicas; 19
20 Valorizar a historia relatada; Desenvolver um olhar critico; Aproximar-se do outro; É conseguir realizar um paralelo entre o caminho ideal e o possível; É oferecer feedback; Permitir a reflexão e provocar auto-critica; 20
21 Construção de Vinculo Necessidade de confiar na equipe; Necessidade de conhecer os profissionais; Necessidade de sentir-se aceito ali; Necessidade sentir-se respeitado e aprender a respeitar o espaço de tratamento; Possibilitar a construção e regramento da vida dos indivíduos; 21
22 ESTABELECENDO E MANTENDO O VÍNCULO O que é o vínculo? Relação de confiança mútua; Cada profissional e cada paciente traz um estilo único para a entrevista, porém, certos tipos de conduta encorajam o desenvolvimento do vínculo; Faz parte da conduta do profissional agir de maneira respeitosa, ser sincero e empático; 22
23 EMPATIA Preste atenção nos sentimentos do residente; Preste atenção no comportamento do residente; EMPATIA significa compreender a situação, sentimentos e motivos da outra pessoa e deixá-la saber que você está ciente do que ela está vivenciando; 23
24 Na abordagem a entrevista é sempre uma experiência vital muito importante para o entrevistado; significa, com muita frequência, a única possibilidade que tem de falar o mais sinceramente de si mesmo com alguém que não o julgue, mas que o compreenda. Você deve agir de modo a mostrar ao residente que você está ouvindo, está interessado e quer saber mais a seu respeito. Disparar perguntas leva o residente a calar-se e a não colaborar. 24
25 SINCERIDADE Seja você mesmo; Seja caloroso, mas não falso; Seja honesto; Sua capacidade de ouvir e relacionar-se de modo calmo e sem julgamento encoraja o paciente a falar de si mesmo. 25
26 TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO NA ABORDAGEM. Facilitadores Não-Verbais: Contato ocular; Sorriso ocasional; Acenar com a cabeça; Inclinar-se na direção do paciente; Silêncio interessado. 26
27 Fazer perguntas que desarmem Sempre pergunto a todos os residentes como é seu uso de SPAs. É importante agente sentir que pode falar a vontade sobre o uso de SPAs Você alguma vez já se preocupou com seu uso? Alguém já te criticou por causa de seu uso? 27
28 Facilitadores Verbais Está bem. Por favor,continue... ; E então,... ; Ah...ahn... ; Repetir as últimas palavras do residente; Afirmações resumidas confirmando e esclarecendo o que o residente disse. (Estas afirmações demonstram sua compreensão do que o paciente disse, e permitem que o paciente corrija ou confirme suas palavras). 28
29 Dificuldades para acolher: Preconceitos pessoais; Medo de perder o controle; Falta de conhecimento técnico; Excesso de regras; Dificuldade de aceitar a recaída como parte do processo; Quando esperamos demais e não sabemos lidar com a frustração; 29
30 ABORDAGENS MOTIVACIONAIS EFICAZES Oferecer ORIENTAÇÕES Remover BARREIRAS Proporcionar ESCOLHAS Praticar EMPATIA Proporcionar FEEDBACK Esclarecer OBJETIVOS AJUDAR ativamente 30
31 AMBIVALÊNCIA Desafio é descobrir como ajudar a pessoa a experimentar uma mudança. A dependência de substâncias químicas afeta uma região do cérebro chamada córtex órbitofrontal, responsável pela tomada de decisões. Essas pessoas perdem o livre-arbítrio para dizer não. 31
32 RESISTÊNCIA Quando o paciente demonstra sinais de resistência, é bom recuar. A resistência é sinal de que qualquer coisa que você esteja tentando fazer, não está dando certo, seria melhor tentar outra. Evite a tentação de considerar essa atitude como um desafio a sua autoridade ou reagir com frustração ou aborrecimento. 32
33 Se você tratar um indivíduo como ele é, ele permanecerá assim, mas se você tratá-lo como se ele fosse o que deveria e poderia ser, ele se tornará o que deveria e poderia ser. (Johann Wolfgang Von Goethe) 33
34 Referências CARTER SOBELL, Linda; B. SOBELL, Mark. Terapia de grupo para transtornos por abuso de substancias. Abordagem cognitivo-comportamental motivacional. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10; Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas; trad. Dorgival Caetano. - Porto Alegre: Artmed, 1993 FIGLIE, Neliana; BORDIN, Selma; LARANJEIRA, Ronaldo Aconselhamento em Dependência Química. São Paulo: Editora Rocca. 2ª edição MILLER WILLIAM. R. Entrevista Motivacional preparando as pessoas para a mudança de comportamentos adictivos William R. Miller e Stephen Rollnick; trad. Andrea Caleffi e Cláudia Dornelles. Porto Alegre; Artemed Editora, 2001 SCIVOLETTO, S.. Abuso e dependência de drogas. In: Maria Ignez Saito; Luiz Eduardo Vargas da Silva. (Org.). Adolescência prevenção e risco. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu, Usuários de Substâncias Psicoativas Abordagem, Diagnóstico e Tratamento / Coordenação de Ronaldo Laranjeira et al. 2. ed. São Paulo CREMESP /AMB WASHTON, Arnold e ZWEBEN, Joan Prática Psicoterápica Eficaz dos Problemas com Álcool e Drogas. Porto Alegre: Artes Médicas, WOITOWITZ, Arnaldo Broll Aula Curso de Consultor em Dep. Química CEFI POA WOITOWITZ, Arnaldo Broll. A Abordagem do Alcoolista in PAULA RAMOS, Sérgio; BERTOLOTE,José Manoel. Alcoolismo Hoje. Porto Alegre: Editora Artes Médicas.1996.
35 Obrigado! Gustavo Lopes Jaques Consultor em Dependência Química Assistente Social - (51)
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