ECONOMIA Micro e Macro

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1 Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos Apresentação elaborada por: Roberto Name Ribeiro Francisco Carlos B. dos Santos 1

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3 Capítulo 8: Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica Introdução Metas de Política Macroeconômica Estrutura da Análise Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica 3

4 Teoria e Política Macroeconômica: Introdução Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são: Renda Emprego Produto Nacional Desemprego Investimento Estoque de Moeda Poupança Taxa de Juros Consumo Balanço de Pagamentos Nível Geral de Preços Taxa de Câmbio Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre 4 estes.

5 Teoria e Política Macroeconômica: Introdução Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por exemplo: Desemprego e estabilização do nível geral de preços Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo prazo, como: Progresso tecnológico e política industrial 5

6 1. Crescimento econômico sustentável (PIB) - aumento do bem estar material - aumento do nível de emprego As políticas econômicas procuram estimular o crescimento da capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade de bens e serviços ofertados. Importante: Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica Crescimento Econômico Desenvolvimento Econômico Crescimento econômico: crescimento da renda nacional Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.) 6

7 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica 2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação) - inflação controlada não significa inflação zero; - inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as classes baixas e sobre as expectativas. Tipos de inflação: demanda custos inercial Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. 7

8 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica 3. Equilíbrio Externo Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar a uma moratória; Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco). 4. Distribuição Eqüitativa de Renda - política de longo prazo; - aumento do poder de compra das classes mais baixas; - desenvolvimento econômico. 8

9 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos) Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, podendo ser conflitantes. Crescimento Econômico e Distribuição de renda Renda Aumenta Em países subdesenvolvidos (conflitante) Aumenta a renda dos pobres, sem reduzir a dos ricos (abranda conflitos sociais). Aumenta-se a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional (Teoria do Bolo). 9

10 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos) Metas de Redução de Emprego e Estabilidade de Preços Com aumento de compras Reduz-se o desemprego. Aproximando do pleno emprego, os recursos tendem a escassear, provocando um aumento dos custos de produção. Podendo aumentar a inflação (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade). O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior. 10

11 Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise Macroeconômica Parte Real da Economia Parte Monetária da economia Mercados Mercado de Bens e Serviços Mercado de Trabalho Mercado Financeiro (monetário e títulos) Mercado de Divisas Var. Determinadas Produto Nacional Nível Geral de Preços Nível de Emprego Salários Nominais Taxa de Juros Estoque de Moeda Taxa de Câmbio O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa 11 de renda.

12 Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo; Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de juros e o crédito; Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio externo, saldo do BP equilibrado; Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários, desenvolvimento econômico. 12

13 Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal) Instrumentos disponíveis Antiinflacionárias Maior Crescimento Melhor Dist. de Renda Controle de suas despesas (política de gastos) Diminuição dos gastos Aumento dos gastos Gastos em setores/ regiões mais atrasados Arrecadação de tributos (política tributária) Aumento da carga tributária Diminuição da carga tributária Impostos progressivos RESULTADO Inibe Consumo e Investimento Estimula consumo e Investimento Benefício a grupos menos favorecidos 13

14 Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária) É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de estabilizar o nível geral de preços. Os instrumentos: Emissões de moeda Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos comerciais junto ao Banco Central) Open market (compra/venda de títulos públicos) Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais) Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. 14

15 Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária) Instrumentos disponíveis Estoque monetário Reservas compulsórias Open Market RESULTADO Antiinflacionárias Diminuir (Enxugar) Aumento da tx. Venda de títulos Inibe Consumo e Investimento Maior Crescimento Aumento do estoque Diminuição da tx. Compra de títulos Estimula consumo e Investimento Melhor Dist. de Renda Solução mais complexa 15

16 Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária) Como política econômica pode... Melhoria na distr. de renda Política Fiscal Combinação Mais eficiente (tributação e gastos) Política Monetária Combinação Mais difusa e genérica Efeitos imediatos Não tem. Depende de mudança na Legislação e Princípio da anterioridade. Depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias. 16

17 Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial) Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. Controle do Governo Política Cambial Política Comercial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.) Instrumentos de incentivo às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações, sejam fiscais, creditícios, seja estabelecimento de cotas etc. 17

18 Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política de Rendas) Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o que fariam, em resposta a influências normais do mercado. Normalmente, esses controles são utilizados como política de combate a inflação. Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel. 18

19 Capítulo 9: Contabilidade Social Introdução Principais Agregados Macroeconômicos Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital Economia a Dois Setores Com Formação de Capital Economia a Três Setores: O Setor Público Economia a Quatro Setores: O Setor Externo Valores Reais e Nominais Identidades Básicas da Contabilidade Nacional Aspectos Conceituais 19

20 Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais Contas Básicas: Produto Interno Bruto Renda Nacional Disponível Transações Correntes com o Resto do Mundo Capital Conta Complementar: Conta Corrente das Administrações Públicas 20

21 Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a mensuração e a agregação em uma única conta, onde a agregação é feita através dos preços. Característica: não considera os chamados bens e serviços intermediários (que são absorvidos na produção de outros produtos), ou seja, esse sistema considera apenas os bens e serviços finais. Pressupostos: 1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados bens produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço corrente); 2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período dimensão temporal). 3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de 21 medida e instrumento de trocas.

22 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda) Economia fechada, sem governo e sem formação de capital Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo. PN = p i q i Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes: consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços finais. DN = Despesas de Consumo (C) Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um período de tempo. RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l) 22

23 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda) Mercado de Bens e Serviços Despesas de Consumo de Bens e Serviços Fornecimento de Bens e Serviços Fluxo monetário Fluxo real PN = pi.qi Famílias RN = w + j + a + l DN = C Unid. Produtoras Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção Mercado de Fatores de Produção 23

24 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda) Economia fechada, sem governo e sem formação de capital Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende. PN = DN Como no agregado, são excluídas as compras de bens intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN). Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. V. Adicionado = V. Bruto de Produção Cons.de Prod. Intermed. (Receita de vendas) 24

25 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valor Adicionado) Valores (x Mil) TRIGO FARINHA PÃO a) Receita de Vendas (VBP) PN=DN= b) Compras Intermediárias Valor adicionado (a-b) = = RN Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo) Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha) Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão) 25

26 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Existem 04 formas diferentes de medir o resultado econômico de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico: Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN) Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN) Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN) Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN) Orgão Responsável no Brasil: IBGE 26

27 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Economia fechada, sem governo e com formação de capital Hipóteses: As Famílias além de consumir podem poupar; As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em bens de capital. POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim: S = RN C INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital). I = PN C onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento I = Ibk + E 27

28 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Observações sobre o investimento: 1. E = E t E t-1 (Variável fluxo, medida ao ano); 2. Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar com investimento no sentido econômico. Ex.: Investir em ações não representa aumento da capacidade produtiva, a não ser que se esteja investindo, por exemplo, em instalações. 3. O investimento em ativos de segunda mão (imóveis,...) não é contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma transferência de ativos, que se compensa: alguém desinvestiu. Esses bens já foram computados no passado. 4. Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não sejam consumidos no presente e gerem fluxo de serviços no futuro, não são considerados como investimento (há controvérsias). 28

29 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Economia fechada, sem governo e com formação de capital DEPRECIAÇÃO (d): é o consumo de estoque (desgaste) de capital físico, em dado período. Conseqüência: sucata ou obsolescência. Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL) IL = IB - d IL = Acumulação Líquida de Capital = Diferença entre novos inv. (IB) e depreciação PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL) PNL = PNB - d 29

30 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos A identidade S = I ex-post Como: e e S = RN C I = PN C PN = RN Logo: S = I 30

31 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN) as empresas remuneram as famílias (RN). Se as famílias decidem consumir apenas 80 (C = 80): S = RN C = 20 Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as famílias não gastaram tudo. Assim: I = E = 20 e S = I = 20 31

32 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Ex.: PN = 100. Sendo: Bens de Consumo = 70 Bens de capital = 30 (Investimento) RN = 100 (As famílias receberam 100) Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança) S = I = 30 32

33 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público) Receita Fiscal: IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: ICMS, IPI. IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Ex.: IR, IPTU. CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores. OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis,...) 33

34 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público) Gastos do Governo: Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas provêm de dotações orçamentárias. Gastos das empresas e sociedades de economia mista Provêm da venda de bens e serviços no mercado. Gastos com transferências e subsídios Se : Gastos > Receita Fiscal Gastos < Receita Fiscal Déficit Primário (Fiscal) Superávit Primário (Fiscal) 34

35 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público) PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO (PN pm ): é medido a partir dos valores pagos pelo consumidor. (PN cf ): é PRODUTO NACIONAL A CUSTO DE FATORES medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de produção, a remuneração dos fatores (w + j + a + l). Como é medido pela ótica dos rendimentos, é a própria RN cf. PN pm = RN cf + Ti - Sub Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RN cf e Produto Nacional à PN pm 35

36 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público) CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA Impostos Indiretos Impostos Diretos Índice de Carga Tributária Bruta = 100 PIB pm Imp. Ind. Imp. Dir. Transf. + Sub. Índice de Carga Tributária Líquida = 100 PIB pm 36

37 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (O Setor Externo) EXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços. São os gastos do setor externo com nossas empresas. IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada no país que vaza para fora. RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros. RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção de nossas empresas operando no exterior. RLEE = RE RR (No Brasil, RLEE > 0) 37

38 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (O Setor Externo) PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país. PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil. PIB = PNB + RLEE Se : RE > RR RLEE > 0 PIB > PNB RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB 38

39 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Despesa Nacional - DN) DN = C + I + G + X M As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X). A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são valores finais. No Brasil, utiliza-se mais o conceito de Despesa Interna que Nacional. Não é calculada a depreciação pois, são utilizados os conceitos agregados em termos brutos. DIB pm = C + I + G + X M 39

40 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais) PN Nominal (ou PN Monetário): PN a preços correntes do ano PN 2000 = p i q i produto de 2000, avaliado a preços de PN 2001 = p i q i produto de 2001, avaliado a preços de PN Real (ou PN deflacionado): PN a preços constantes de determinado ano (chamado ano-base). PN REAL 2000 = p i q i 2000 PN REAL2001 = p i q i 2001 PN REAL2002 = p i q i 2002 Preços permanecem constantes em Elimina-se a influência dos preços (Inflação). Com isso tem-se o crescimento real 40

41 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais) P/ deflacionar: PN REAL = PN Nominal x 100 Índice de Preços 41

42 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (Valores Reais e Nominais) PIB em dólares correntes: preços em dólares, à taxa de câmbio corrente. PIB Brasil = P US$ q Brasil (P US$ = preços em reais, convertidos em dólares pela taxa de câmbio corrente) PIB em dólares PPP (Purchasing Power Parity): produção do país, medida a preços das mercadorias nos USA (país base, ou de referência). PIB PPP Brasil = P US$USA q Brasil (preços em US$ nos USA) PIB PPP China = P US$USA q China PIB PPP USA = P US$USA q USA 42

43 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos (IDH - Índice de Desenvolvimento Humano) O IDH Índice de Desenvolvimento Humano mede o grau de desenvolvimento sócio-econômico dos países. Constitui-se de uma média aritmética de 3 índices, variando de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o padrão de desenvolvimento humano): -Índice de Expectativa de Vida -Índice do PIB per capita (em dólares PPP) -Índice de Educação (média ponderada: 75% Índice de Alfabetização 25% Índice de Escolaridade de jovens entre 7 e 22 anos ) 43

44 Capítulo 10: O Mercado de Bens e Serviços Da Contabilidade Nacional para a Teoria Econômica Modelo Keynesiano Básico (Lado Real) 44

45 O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente realizado (ex-post). Teoria Macroeconômica: refere-se ao produto potencial, desejado, planejado. Análise dos agregados ex-ante. Estuda as alternativas para levá-lo ao pleno emprego. 45

46 O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real (Modelo Keynesiano Básico) Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta pela demanda de quatro agentes macroeconômicos: DA = C + I + G + (X M) onde: C = consumo (famílias e empresas) I = investimento (bens de capital) G = gastos do governo (saúde, investimento, etc) X = exportações (bens e serviços) M = importações (bens e serviços) Nível Geral de Preços Curva de Demanda Agregada (DA) Renda Nominal Y Renda Real = Nível de Preços P Y P Q = PN REAL = y = Y/P 46

47 O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA): quantidade de bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado. OA = Renda Nacional = Produto Nacional Real Nível Geral de Preços Curva de Oferta Agregada (OA) A: aumenta Q, com P constante, caso haja desemprego de recursos; C B: situação intermediária; A B YPLENOEMPREGO C: aumenta P, com Q constante, caso os recursos estiverem plenamente empregados. Q = PN REAL = y = Y/P 47

48 O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA) Nível Geral de Preços Curva de OA Simplificada A: trecho Keynesiano (desemprego) A C C: trecho Clássico (pleno emprego) Desemprego: quando a DA é insuficiente para absorver a produção agregada de pleno emprego. Y PLENOEMPREGO Y 48

49 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico Nível Geral de Preços Curva de OA Simplificada 1ª. Desemprego de Recursos. A DA situase abaixo da OA de pleno emprego. Preços constantes e as variáveis consideradas em valores reais (deflacionadas). (A) Y 0 A Y PLENOEMPREGO Y 2ª. Curto Prazo. A curto prazo, o estoque dos fatores de produção são considerados constantes. Embora, a força de trabalho e a capacidade produtiva instalada sejam fixas, seus níveis de utilização variem. 49

50 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico Nível Geral de Preços DA 0 DA 1 3ª. A curva de OA é fixada (decorrência da hipótese 2ª). OA = f(n,k,tec). Como esses fatores de produção são constantes a curto prazo, a OA permanece fixa (não há deslocamentos, apenas movimentos ao longo da curva. Y 0 Y PLENOEMPREGO Y 4ª. A curto prazo, apenas a demanda agregada provoca variações no nível de equilíbrio da renda nacional. (Corolário das anteriores) Para tirar a economia de uma situação de desemprego, a curto prazo, deve-se procurar elevar a DA. DA é mais sensível a curto prazo que a OA. 50

51 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico Nível Geral de Preços DA 0 DA 1 Y 0 Y PLENOEMPREGO Y PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA A DA determina a produção (Keynes). Inverte um dos principais postulados da Teoria Clássica, a chamada Lei de Say, pela qual a OA é que determina a procura. 51

52 Função consumo (C): o consumo agregado é função crescente do nível de renda nacional (Y). O modelo mais simples supõe o consumo como uma função linear. onde: O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) C f Y C a by a = consumo autônomo (independe da renda) b = propensão marginal a consumir (declividade da reta), onde 0 < b < 1 C b a Y A propensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo de consumo, dado a um acréscimo 52 na renda nacional.

53 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) Função poupança (S): é a parcela da renda nacional não consumida, em dado período de tempo. S = y C sabemos que C = a + by e portanto: S = -a + (1 - b)y onde (1 b) = propensão marginal a poupar S S a 1 b y 1 b a y 53

54 Função investimento (I): bens e serviços que visam a aumentar a produção futura. É também conhecido como Formação Bruta de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido em: Hipóteses: O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) 1. Investimento visto como elemento da demanda agregada: é a fase que gasta apenas com instalações, equipamentos, etc, antes do investimento maturar e resultar em acréscimos de produção; 2. Investimento visto como elemento da oferta agregada: ocorre quando aumenta a capacidade produtiva, após a maturação do investimento. I. A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada; II. O investimento é autônomo ou independente da renda nacional. 54

55 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) Função gastos do governo (G): os gastos do governo são autônomos em relação à renda nacional: G = constante ou G f(y) Função impostos ou tributação (T): no modelo simplificado a tributação é autônoma, ou seja, não é induzida pela renda nacional: T = constante ou T f(y) Neste caso a nova função consumo será: C = a + b (y T) = a by d onde y d = renda disponível Função exportação (X) e importação (M): são variáveis autônomas em relação a renda nacional (modelo simplificado): X = constante ou X f(y*) M = constante ou M f(y) 55

56 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) Determinação do equilíbrio: observações importantes 1. A renda de equilíbrio ocorre quando OA = DA e não necessariamente é a renda de pleno emprego; 2. Decorre do exposto em (1) que o equilíbrio não indica necessariamente algo desejável, pois pode estar existindo um grande volume de recursos não empregados; 3. É um equilíbrio macroeconômico esperado, planejado (ex ante), e não o equilíbrio efetivo (ex post). 56

57 Determinação do equilíbrio: o equilíbrio é determinado pela DA (curto prazo). Onde: O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) DA y* = renda de equilíbrio (DA=OA) y* = renda de pleno emprego DA OA DA C I G X M y * y pe y OA 57

58 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções: 1. Vazamentos: todo recurso que é retirado do fluxo básico, ou seja, toda renda recebida pelas famílias, que não é dirigida às empresas nacionais na compra de bens de consumo: poupança, impostos e importações; Vaz = S + T + M 2. Injeções: todo recurso que é injetado no fluxo básico e que não é originado da venda de bens de consumo às famílias: novos investimentos, gastos públicos e exportações. Inj = I + G + X 58

59 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro) Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções: Vaz < Inj crescimento da renda nacional Vaz > Inj queda da renda nacional Vaz = Inj equilíbrio estacionário Vaz Inj S T M I G X y * y pe y OA 59

60 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos) Hipóteses do multiplicador: 1. O processo é iniciado por uma variação autônoma da DA, ou seja, um deslocamento da DA devido à variação autônoma de algum de seus elementos (C, I, G, X, M) ou devido a alguma injeção ou vazamento do fluxo de renda; 2. O funcionamento do multiplicador supõe uma economia em desemprego; 3. O lado monetário é invariável; 4. O multiplicador tem um efeito perverso: assim como a renda aumenta em um múltiplo, para aumentos da DA, o contrário também é válido. 60

61 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos) Fórmula do multiplicador: k 1 1 b 1 t m i 1 Y C I G X 1 b 1 t m i onde k = multiplicador de gastos Assim, qualquer mudança nos gastos autônomos (C, I, G, X, M) implicará em uma mudança no nível de renda (Y) dado pelo multiplicador. 61

62 Teorema do Orçamento Equilibrado ou Teorema de Haavelmo Não dá para avaliar política fiscal olhando apenas o déficit ou superávit do governo. Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos, a renda em vez de permanecer constante, aumentará em um montante igual ao aumento de G e T. Assim: O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos) k G 1 y e k b y T 1 b G 1 b T a) Se k G > k T a renda aumentará quando G = T b) k G + k T = 1 62

63 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Hiatos) Hiatos Inflacionário e Deflacionário e Política Fiscal Pura: a análise dos hiatos permite estudar formas não monetárias de combater a inflação e o desemprego, ou seja, como a política fiscal pode estabilizar preços, emprego e nível de atividade. Hiato Deflacionário: refere-se à insuficiência da DA, em relação a OA de pleno emprego (y pe ) Hiato Inflacionário: é dado pelo excesso de DA, em relação a OA de pleno emprego (y pe ) DA DA OA DA DA OA Hiato Deflacionário DA C I G X M Hiato Inflacionário DA C I G X M y* y pe y OA y pe y* 63 y OA

64 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Teorias da Função Investimento) a) O investimento depende da taxa de juros I = f (taxa de retorno esperada, taxa de juros), I/ Y < 0 Eficiência Marginal do Capital (EMC): é a taxa de retorno esperada sobre o investimento. É a taxa que iguala o valor presente dos retornos líquidos esperados que se pode obter com o investimento, ao preço de aquisição do equipamento. EMC > 1 é vantagem a firma investir (compra de bens de capital) EMC < 1 não é vantagem a firma investir b) Princípio do acelerador: o investimento é influenciado, basicamente, pela taxa de crescimento do produto, não pelo nível de produto. K It v Yt Yt 1 vy onde v y onde v = relação capital-produto capital-produto 64

65 O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo Keynesiano Básico (Função Demanda por Investimentos) Fatores determinantes da decisão de investir Preço de Aquisição do Ben de Capital Demanda de Investimentos (I) Eficiência Marginal do Capital (EMC) Taxa de Juros de Mercado (i) Valor Presente dos Retornos Líquidos Esperados Faturamento Esperado Custos de Operação e Manutenção do Equipamento 65

66 Capítulo 11: O Lado Monetário Moeda: Conceito e Funções Meios de Pagamento: Conceito e Composição Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais) Demanda por Moeda 66

67 O Lado Monetário: Moeda Conceito e Funções Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bense serviços. Aceitação garantida por lei. Instrumento ou Meio de Troca Promove e facilita o intercâmbio de bens e serviços. Evita a chamada economia de trocas ou escambo. Medida de Valor Unidade de Conta. Permite apurar o valor Monetário. Reserva de Valor Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação. 67

68 O Lado Monetário: Moeda Conceito e Funções Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país é sua produção global e não o montante de moeda existente (Falácia da composição). Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a aceitação geral pelos agentes econômicos. 68

69 O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição) Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico. M = PMPP + DV Onde: M = meios de pagamento PMPP = papel moeda em poder do público (ativo de maior liquidez) DV = depósito a vista (moeda escritural ou moeda bancária), é o valor que o correntista tem, não é o cheque. 69

70 O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição) M1 = Moeda em poder do Público (+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais M2 = Conceito M1 (+) Depósitos Especiais Remunerados (+) Depósitos de Poupança (+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias M3 = Conceito M2 (+) Fundos de Renda Fixa (+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de Liquidação e Custódia) M4 = Conceito M3 (+) Títulos Públicos de alta liquidez 70

71 O Lado Monetário: Meios de Pagamento (Conceito e Composição) OS ATIVOS ADICIONADOS AO CONCEITO M1 SÃO CHAMADOS QUASE-MOEDA OU NÃO MONETÁRIOS. VOLUME M4 BAIXO DENOTA RESTRIÇÕES ÀS FUNÇÕES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DO SISTEMA BANCÁRIO. ESTE CONCEITO É EXPRESSO NORMALMENTE COMO UM PERCENTUAL DO PIB. O AUMENTO DA RELAÇÃO M4/M1, QUE SE OBSERVA NOS PROCESSOS INFLACIONÁRIOS, CHAMA-SE DESMONETIZAÇÃO. A REDUÇÃO DE M4/M1, CHAMA-SE MONETIZAÇÃO. 71

72 O Lado Monetário: Meios de Pagamento ( Criação e Destruição de Moeda) Quando se altera o saldo de M1 (PMPP + DV) Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de moeda disponível. Ex.: Criação (C), Destruição (D) e (N) p/ qdo não houve (C nem D). Exportadores trocam dólares por reais no BC... BC vende dólares aos importadores, recebendo reais em troca.. Empréstimo dos bancos comerciais ao setor privado... Resgate de um empréstimo bancário... Saque por meio de cheque... Depósito a longo prazo... Empresa paga Funcionários sacando contra seus depósitos a vista C D C D N D N 72

73 O Lado Monetário: Meios de Pagamento ( Criação e Destruição de Moeda) Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar uma quantia superior a suas reservas monetárias (podem emprestar parte de suas obrigações, que são os depósitos a vista). Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDS, Banco de Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem dinheiro dos emprestadores para os tomadores. 73

74 BASE MONETÁRIA (B): total de moeda física injetada pelo Banco Central na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central ou ainda High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de Moeda, corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária. B = PMPP + Reservas dos Bancos Comerciais As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente (R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos comerciais junto ao Banco Central. Assim: O Lado Monetário: Meios de Pagamento ( Criação e Destruição de Moeda) R = R1 + R2 + R3 PME = PMPP + R1 B = PMPP + R1+R2+R3 onde: PME = papel moeda emitido 74

75 O Lado Monetário: Meios de Pagamento ( Criação e Destruição de Moeda) Fatores que afetam a Base Monetária: o aumento ou diminuição da base monetária se dá por variações do Ativo do Banco Central não compensadas por variações do Passivo Não Monetário. Exemplos: Operações com Câmbio: quando o BC compra (vende) USD do mercado para as reservas internacionais há uma expansão (contração) da base monetária; Operações com Títulos Públicos: quando o BC compra (vende) títulos públicos ao mercado há expansão (contração) da base monetária; Operações do Tesouro Nacional: pagamentos ao (recebimentos do) Nacional contraem (expandem) a base monetária; Tesouro Operações com o Sistema Financeiro: a concessão de redesconto bancário expande B e o recolhimento de compulsório sobre Depósitos a Prazo contrai 75 B.

76 O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos Comerciais (O Multiplicador Monetário) Mostra o grau de expansão da base monetária (B), (moeda primária emitida), através dos empréstimos dos bancos comerciais, e conseqüente criação de meios de pagamentos (M1). Ou seja, os meios de pagamento são um múltiplo da base monetária: M1 mb 1 m onde: c d ( R 1 R 2) m = multiplicador da base monetária c = taxa de retenção do público = PMPP / M d = taxa de depósitos à vista = DV / M R1 = taxa de encaixe dos bancos comerciais = R1 / DV R2 = taxa de reservas dos bancos comerciais = R2 / DV 76

77 O Lado Monetário: Oferta de Moeda pelos Bancos Comerciais (O Multiplicador Monetário) Fatores que afetam o multiplicador: Taxa de reservas bancárias (% reservas dos bancos comerciais sobre os depósitos à vista); Taxa de retenção de moeda pelo público (% de moeda em poder do público sobre os meios de pagamento). Um aumento dessas taxas diminui o valor do multiplicador). Por exemplo, dados de dezembro de 2001, em R$ milhões: PMPP = DV = (R) = M1 PMPP DV m 1, 4 B PMPP R Portanto, um aumento de, por exemplo, R$ 1 bilhão da base monetária, leva a um aumento de R$ 1,4 bilhões no saldo dos meios de pagamentos. 77

78 O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e Instrumentos de Política Monetária) Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento da demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim preções no nível geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de alguns instrumentos: 1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.; Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos para empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda. 2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos do BC aos bancos comerciais em situações de falta temporária de liquidez (geralmente esta linha é punitiva); Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a oferta de moeda 78

79 O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e Instrumentos de Política Monetária) 3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema bancário. É o instrumento de maior eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez do mercado monetário. Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta reais, elevando a liquidez da economia devido ao aumento da oferta de moeda. Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira reais, diminuindo a liquidez da economia devido à redução da oferta de moeda 4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar posições no mercado de títulos, de câmbio ou futuros de acordo com: Regulação do crédito; Persuasão moral; Supervisão e Fiscalização bancária 79

80 O Lado Monetário: BANCO CENTRAL Banco Central do Brasil: BACEN / BC Órgão executivo central do SFN Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez; Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção; Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário / Instrumentos de Política Monetária; Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN); Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos); Administração da dívida pública interna e externa do país; Representante junto as IFs internacionais; É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente na economia. 80

81 O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda) Modelo Keynesiando de Demanda por Moeda Porque reter moeda, se existem alternativas de aplicação em ativos que produzem rendimentos? Segundo Keynes os motivos são : Transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos. Descompasso entre recebimentos e pagamentos (relação direta com a renda); Precaução: devido as incertezas quanto à datas de recebimentos e de pagamentos (relação direta com a renda); Especulação ou Portfólio: para aproveitar oportunidades de investimento (títulos, imóveis, etc.) Relação inversa com a taxa de juros. A moeda é um ativo que não rende juros, mas possui valor estável. Os títulos pagam rendimento, mas seu valor oscila em função de mudanças da taxa de juros. Quando os juros sobem o preço dos títulos cai. Quando os juros estão baixos e um investidor espera (especula) que subirão logo, ele vende títulos e demanda moeda, visando preservar o valor de seu patrimônio. 81

82 O Lado Monetário: Política Monetária (Demanda de Moeda) Assim, a demanda por moeda é função direta da renda e inversa da taxa de juros. A taxa de juros pode ser vista como o custo de oportunidade de reter moeda. L f Y, i Demanda por Moeda M d = k.y - h.i onde: k = sensibilidade da demanda monetária em relação à uma variação na renda h = sensibilidade da demanda por moeda em relação à uma variação na taxa de juros i L Y 0 L 82

83 O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Modelo Clássico A equação de trocas estabelece uma relação entre o lado monetário e o lado real da economia. Mostra como a política monetária afeta o nível de produto e a taxa de inflação. MV Py Meios de Pagamento (Estoque de Moeda M1) Velocidade X Renda da Moeda Nível Geral (número de vezes que = de Preços X a moeda passa de mãos em mãos, gerando renda (v)) Renda Nacional Real (PIB) PIB Monetário Nominal (Y) 83

84 O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Modelo Clássico Para chegar-se a essa relação, parte-se do conceito de velocidade de circulação da moeda. É número de transações liquidadas com a mesma unidade monetária em um dado período. Ou seja, é o número de giros que a moeda dá, passando de mãos em mãos, criando renda nacional (PIB). Normalmente supõe-se a velocidade de circulação constante a curto prazo, pois depende de fatores como hábitos da coletividade (por exemplo, o uso de cartões de crédito), do grau de verticalização entre empresas,etc., que costumam mudar mais a longo prazo. Assim, supondo a velocidade de circulação constante a curto prazo, elevações na quantidade de moeda (M1), podem levar a aumentos dos nível do produto, ou de preços, ou de ambos, dependendo de que a economia esteja no seu produto potencial de pleno emprego, ou em desemprego economia a pleno-emprego: eleva P economia em desemprego: eleva y 84

85 O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Oferta de moeda: Demanda de moeda: Equilíbrio: M M s d M 0 kpy 0 s d 0 M M M e M kpy Renda Nominal Y Py M s s M0 1 d M kpy Supondo desemprego Y PY ou Supondo pleno emprego Y Y PY PY V 1 k M 1. Pleno emprego: M P; (Y 1 = P 1 Y 0 ) 2. Desemprego: M Y sem necessariamente P; (Y 1 = P 0 Y 1 ) 85

86 Modelo Keynesiano Oferta de moeda: Demanda de moeda: Equilíbrio: O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) i s 0 M M d M f Y, i 0 s d 0 M M M e M f Y, i com pleno emprego: P, y M s i I DA com desemprego: P, y s M0 s M1 i i 0 i 0 i 1 d M Y 0 M0 M1 I0 I1 M i 1 I G X 86 I G X

87 Conclusões: O Lado Monetário: Política Monetária (Equilíbrio Monetário) A Demanda de moeda de uma economia se eleva a medida que se produz mais renda, ou seja, quando a atividade produtiva agrega mais riqueza. A Procura decresce quando os juros sobem, gerando maiores expectativas de lucros aos investidores. A Procura diminui quando recrudesce o processo inflacionário, que destrói o poder de compra da moeda. A oferta monetária é fixa em M s, dada a base monetária (B) fixada pelo BC e os parâmetros comportamentais e regulatórios (D, R1, R2, R3). No lado da demanda monetária, os parâmetros k, h e o nível de renda a curto prazo (Y) são dados. Portanto, a interação entre oferta e demanda no mercado monetário determinará a taxa de juros de equilíbrio (i 0 ). 87

88 O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros) Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo, para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de emissão de moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros. Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências: i. Sobe o custo para os tomadores de fundos; ii. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a atratividade de aplicar no mercado financeiro; iii. Incentiva o ingresso de recursos de outros países; iv. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento, estimulando a especulação no mercado financeiro; v. Aumenta o custo da dívida pública interna. 88

89 O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros) Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real: Paridade de Fisher O equilíbrio do mercado monetário ilustrado nos gráficos anteriores refere-se à taxa de juros nominal, resultando entre uma demanda e uma oferta nominal de moeda. Entretanto, em diversas situações é preciso estabelecer a taxa real de juros. Esta é obtida descontandose da taxa nominal a inflação do período. Assim, a equação de Fisher apresenta uma relação entre a taxa nominal de juros (i), a taxa de juros real (r) e a inflação esperada ( e ): 1 r 1 i 1 Essa relação permite esclarecer o mecanismo de transmissão da política monetária: Juros nominais dadas as expectativas de inflação Juros reais efeitos sobre consumo e investimento efeitos sobre demanda agregada Preços 89

90 Apêndice Estrutura do Sistema Financeiro Nacional Órgãos de Regulamentação e Fiscalização do Mercado 90

91 ESTRUTURA DO SFN DIVISÃO NORMATIVA SUBSISTEMA NORMATIVO Responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN) BANCO CENTRAL (BACEN) (CVM) COMISSÃO VALORES MOBILIÁRIOS INSTITUIÇÕES ESPECIAIS Comissões Consultivas B.B. BNDES CEF 91

92 ESTRUTURA DO SFN DIVISÃO NORMATIVA CMN: Conselho Monetário Nacional Composição: Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidente do Banco Central. Controlar o volume dos meios de pagamentos; Controle do valor interno da moeda: inflação Regular o valor externo da moeda e o BP; Orientar a aplicação de recursos Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras (IFs); Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública (interna e externa); Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros; Determinar as taxas de compulsório; redesconto de liquidez; Estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas operações com títulos públicos; Regulamentação, fiscalização e funcionamento de todas as IFs que operam no país. 92

93 ESTRUTURA DO SFN DIVISÃO NORMATIVA Banco Central do Brasil: BACEN / BC Órgão executivo central do SFN Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez; Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção; Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento Monetário / Instrumentos de Política Monetária; Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN); Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos); Administração da dívida pública interna e externa do país; Representante junto as IFs internacionais; É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no SFN e indiretamente na economia. 93

94 ESTRUTURA DO SFN DIVISÃO NORMATIVA CVM: Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6404/76) Normatização e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações, debêntures e, mais recentemente, fundos de investimento); Fiscalizar a emissão, registro, distribuição e negociação de títulos das S.A. de capital aberto; Disciplinar o funcionamento das bolsas de valores. Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) Subordinada ao Ministério da Fazenda, fiscaliza as companhias de seguros privados (seguradoras) e as entidades abertas de previdência; Assumirá as funções de regulação do mercado de resseguros (MP em questionamento), permitindo a privatização do IRB. Superintendência de Previdência Complementar (PREVIC, antiga SPC) Ligada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, fiscaliza as entidades fechadas de previdência complementar, tenham elas patrocinadores públicos ou privados. 94

95 ESTRUTURA DO SFN SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA BB: BANCO DO BRASIL Adiministrar a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis; Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União; A aquisição e o financiamento dos estoques de produção exportável; Agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do país; Operação de Fundos de Investimento Setorial; Crédito rural; Política de preços mínimos para produtos agropastoris; Execução do serviço da dívida pública consolidada; Compra e venda de moeda estrangeira por ordem própria ou do BC; Arrecadação de tributos federais e estaduais. 95

96 ESTRUTURA DO SFN SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país; Fortalecer o setor empresarial do país; Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção; Promover o crescimento e a diversificação das exportações; FINAME, FINEM e FINAC CEF: Caixa Econômica Federal Políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico Banco de apoio ao trabalhador de baixa renda; Prestação de serviços de natureza social delegada pelo Governo Federal; FGTS, PIS, loterias, Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS) 96

97 ESTRUTURA DO SFN SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Instituições Financeiras Bancárias Bolsas SUBSISTEMA OPERATIVO Corretoras Distribuidoras Composto pelas instituições bancárias e não bancárias que atuam em operações de intermediação financeira. Clearings 97

98 Composta por 18 agentes no total: Bancos Comerciais Caixas Econômicas Bancos de Desenvolvimento Cooperativas de Crédito Bancos de Investimento Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento Financeiras Sociedades Corretoras Sociedades Distribuidoras Sociedades de Arrendamento Mercantil (leasing) Associações de Poupança e Empréstimo Sociedades de Crédito Imobiliário Fundos Mútuos de Investimento Entidades Fechadas de Previdência Privada Seguradoras Companhias Hipotecárias Agências de Fomento Bancos Múltiplos Bancos Cooperativos 98

99 CARACTERIZAÇÃO DOS AGENTES OPERATIVOS SEGUNDO SUA ATUAÇÃO Crédito de Curto Prazo Bancos Comerciais Caixas Econômicas Bancos Cooperativos / Cooperativas de Crédito Bancos Múltiplos com Carteira Comercial Crédito de Médio e LP Crédito para Financiamento de Bens de Consumo Duráveis Sistema Financeiro de Habitação Intermediação no Mercado de Capitais Seguros e Capitalização Arrendamento mercantil (leasing) Bancos de Desenvolvimento Bancos de Investimento Caixas Econômicas Bancos Múltiplos com Carteira Comercial de Invest. e Desenv. Sociedades de Crédito, Financeimento e Investimento - Financeiras Caixas Econômicas Bancos Múltiplos com Carteria de Aceite Caixas Econômicas Associações de Poupança e Empréstimo Sociedades de Crédito Imobiliário Cias Hipotecárias Bancos múltiplos com carteira hipotecária Sociedades Corretoras Sociedades Distribuidoras Bancos de Investimento Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento Agentes autônomos de investimento Seguradoras Corretoras de Seguro Entidades Abertas de Previdência Privada Entidades Fechadas de Previdência Privada Sociedades de Capitalização Sociedades de Arrendamento Mercantil Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento Mercantil 99

100 Capítulo 12: Interligação entre o lado real e o lado monetário - Análise IS-LM Introdução Análise IS-LM: Visão geral Equilíbrio do lado real: Curva IS Equilíbrio do lado monetário: Curva LM Interligação entre o lado real e o lado monetário Eficácia da Política Monetária e Política Fiscal Eficácia das Políticas Econômicas e Formas da Oferta Agregada 100

101 Modelo IS LM É um modelo de determinação simultânea de equilíbrio. Mercado Monetário i Mercado de Bens & Serviços Nível de Produto (Y) Política Monetária Política Fiscal Este modelo procura explicar de que forma as taxas de juros e o produto total (produto agregado ou renda agregada) são determinados, dado um nível de preços fixos. O Modelo IS-LM é também chamado Análise Hicks-Hansen, (devido aos Prêmios Nobel Sir J.R. Hicks e Alvin Hansen), a partir da teoria keynesiana. 101

102 Modelo IS LM: Hipóteses do Modelo a) Economia com desemprego de recursos (ou seja, com capacidade ociosa e mão-de-obra desempregada); b) Preços constantes; c) (decorre de a) e b): políticas de crescimento levam a aumento da produção, e não de preços; d) Princípio da Demanda Efetiva: é a Demanda Agregada que determina a renda de equilíbrio (a Oferta Agregada é passiva ); e) (decorre de b): todas as variáveis expressas em termos reais ( deflacionadas ); f) (decorre de e): taxa nominal de juros (i) = taxa real de juros (r) 102

103 Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS) Componentes da Demanda Agregada: Consumo (função da Renda Disponível) Investimento (função da taxa de juros) Gastos Públicos: definido institucionalmente Impostos, Exportações e Importações: por simplificação, supõe-se no modelo IS-LM que sejam exógenas A Curva IS (Investment-Saving) representa os possíveis níveis de renda e de taxa de juros que equilibram o mercado de bens e serviços. Ou seja, pontos onde a Oferta Agregada é Igual à Demanda Agregada de bens e serviços. Queda na taxa de juros aumenta o investimento e, portanto, a renda Aumento na taxa de juros reduz o investimento e, portanto, a renda. 103

104 0 2 2 Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS) DA C I r G OA DA r 2 r 1 r r 1 2 r r 1 r 2 C I r G 0 1 Y (OA) Y1 Y 2 I 1 2 A curva IS reflete a condição de equilíbrio no Mercado de Bens, dado pelos pares ordenados (y,r). Assim, na curva IS tem-se que: r I Y r I Y Os fatores que afetam a IS são: i. Elasticidade demanda por Investimento em relação à taxa de juros (declividade da função investimento); ii. Multiplicador de gastos do governo. r r 1 r 2 EDB Y 1 I EOB Y 2 I f r I IS Y 104

105 Modelo IS LM: Mercado de Bens & Serviços (Curva IS) Fatores que desclocam a curva IS: são as variáveis exógenas (C, I, G, T, X, M) que não induzidos por uma variação na renda. Consumo autônomo (variação da riqueza, mudanças nas expectativas, etc) Política fiscal (Gastos G e Tributos T) Exportações (X) e Importações (M) Mudanças na taxa de juros e no nível de renda são movimentos ao longo das curvas IS e LM (r e Y são variáveis endógenas) r r 1 r 2 IS 1 Y 1 Y 2 IS 0 Y 105

106 Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM) A Curva LM (Liquidity Money), representa os possíveis pares de taxa de juros e nível de renda que equilibram o mercado monetário. Assim, dada a curva de oferta e demanda de moeda: M/P dado o nível de renda, cai a taxa de juros Y demanda de moeda para transação, dada a oferta aumenta a taxa de juros. Oferta de moeda: M s M 0 i M P Demanda de moeda: d M f Y, i EOM Equilíbrio: 0 s d 0 M M M e M f Y, i EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair i 0 EDM d M Y0 M EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar M 0 106

107 Modelo IS LM: Mercado Monetário (Curva LM) LM: pares (i, Y) que equilibram o mercado monetário, dado os saldos monetários reais (M/P). Os fatores que afetam a inclinação da LM são as respostas à mudanças na taxa de juros: quanto maior a variação na demanda de moeda em função de uma variação na renda, mais inclinada é a LM; quanto menor a sensibilidade da demanda de moeda em relação a uma variação na taxa de juros, mais inclinada é a LM. Obs: a curva LM é traçada para um dado estoque de moeda. i EOM LM EOM: excesso de oferta de moeda : i tende a cair EDM EDM: excesso de demanda de moeda: i tende a se elevar M 107

108 Modelo IS LM: Equilíbrio O modelo IS LM parte do modelo keynesiano e incorpora o mercado monetário. Desta forma as regras de ajustamento do modelo são: 1. Desequilíbrios no mercado de bens (IS) são ajustados via quantidades, alterando o nível de produto (renda); 2. Desequilíbrios no mercado monetário (LM) são corrigidos com variações nas taxas de juros. i I LM IS Pontos acima da IS: EOB Y Pontos abaixo da IS: EDB Y i E II III Y E IV IS Y LM Pontos acima da LM: EOM i Pontos abaixo da LM: EDB i 108

109 Modelo IS LM: Política Monetária Expansionista/Contracionista i LM 1 Um aumento da oferta de moeda torna o dinheiro mais abundante no mercado, o que reduz a taxa de juros, provocando três efeitos paralelos: i 1 E 1 LM 2 sobre a IS: com a queda em i, o investimento agregado se eleva, a DA e a renda Y se elevam (movimento ao longo da IS); i 2 E 2 IS o aumento da renda real Y aumenta a demanda de moeda por transações; Y Y 1 2 Y aumenta a demanda de moeda por motivo especulação devido a queda na taxa de juros. Oferta de Moeda Taxa de Juros (i ) Investimento Renda (Y) Aumento (expansão) Redução Aumento Aumento Redução (esterilização) Aumento Redução Redução 109

110 Modelo IS LM: Política Fiscal Expansionista/Contracionista i LM Um aumento dos gastos do Governo desloca a IS para à direita, sendo que o financiamento destes gastos pode ser feito de três formas: pela emissão de títulos públicos, o que provoca um aumento na taxa de juros; i 1 i 2 G IS 2 IS 1 aumento de impostos (que desloca a IS para trás, devido à queda da Renda Disponível e do Consumo: o resultado final sobre a curva IS e sobre a renda dependerá dos multiplicadores de G (positivo) e de T (negativo); Y1 Y2 Y3 Y emissão de moeda, que desloca a curva LM para a direita ( combinação de políticas ). Política Fiscal Renda (Y) Taxa de Juros (i ) Investimento Expansionista Aumento Aumento Redução Contracionista Redução Redução Aumento 110

111 i i 1 Keynesiano (fiscalista) Modelo IS LM: Eficácia das Políticas Monetária e Fiscal LM Clássico (monetarista) Intermediário IS 1. Eficácia da Política Monetária: Três trechos importantantes da curva LM: Trecho clássico: LM não é sensível á taxa de juros e portanto, a demanda especulativa por moeda é nula. (política monetária eficaz e fiscal nula); Trecho keynesiano: armadilha de liquidez, a elasticidade demanda por moeda em relação á taxa de juros é infinita. (política monetária ineficaz e a fiscal possui máxima eficiência; Trecho intermediário: combinação de políticas monetária e fiscal. Y Diminui, quando a elasticidade demanda por moeda em relação à taxa de juros aumenta; Aumenta, quanto maior é a sensibilidade do investimento em relação a taxa de juros; Aumenta, na medida em que aumenta a velocidade-renda da moeda; 2. Eficácia da Política Fiscal: Diminui, quanto maior a elasticidade a elasticidade demanda por investimentos em relação à taxa de juros (crowding out); 111 Aumenta, quando aumenta a propensão marginal a consumir sobe (efeito muliplicador).

112 Modelo IS LM: Importância da Taxa de Juros A taxa de juros é a variável que faz a ligação entre os dois mercados: Uma alteração exógena no mercado monetário determina uma nova taxa de juros, que afetará o Investimento Agregado (I=f(r)), e portanto alterando o equilíbrio do mercado de bens e serviços; Por outro lado, uma alteração exógena no mercado de bens e serviços, como por exemplo, aumento dos gastos públicos, deslocará a Curva IS, elevando a taxa de juros, e afetará a demanda de moeda, e consequentemente o equilíbrio do lado monetário. 112

113 Capítulo 13: Inflação Conceito Distorções Provocadas Causas O Imposto Inflacionário A curva de Phillips 113

114 Inflação: Conceito Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Custos gerados pela inflação: a distribuição de renda (concetração de renda); o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo); as expectativas (perda das expectativas); o mercado de capitais (desestímulo a aplicação); ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões equivocadas. 114

115 Inflação: Distorções Distribuição de Renda Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm aplicação financeira, pois tudo que ganham, gastam na subsistência). Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros. O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas. Balanço de Pagamentos Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às exportações, diminuindo o saldo da balança comercial. 115

116 Inflação: Distorções Formação de Expectativas O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante sensíveis com relação aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros. Mercado de Capitais Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis). E desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação). 116

117 Inflação: Tipos de inflação I. Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não, necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços. Nível Geral de Preços P 1 P 0 DA 0 DA 1 Y 0 Y 1 OA Y s M C DA OAcp P A curto prazo, a demanda agregada é mais sensível à alterações de política econômica que a oferta agregada (longo prazo). Assim, a política preconizada para combatela seria a que provocasse redução desta procura por bens e serviços. 117

118 Inflação: Tipos de inflação II. Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção. P Custos de produção P insumos final Nível Geral de Preços P 1 P 0 DA Y 1 OA 1 Y 0 OA 0 Y Também pode se causada por aumentos autônomos nos preços de matériasprimas básicas, os chamados choques de matérias-primas (crise do petróleo, choques agrícolas). Política adotada: Controle direto de preços (via política salarial rígida, fiscalização sobre os lucros dos oligopólios, controle de preços dos produtos). 118

119 Inflação: Tipos de inflação III. Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes. IV. Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro. V. Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são: Crise orçamentária; Governo não consegue se financiar via emissão de títulos; Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas. Como acabar com uma hiperinflação? Fazer ajuste fiscal; Regras que acabem com a monetização do déficit; Reforma monetária; Âncora cambial Independência do BC (fim da monetização do déficit). 119

120 Inflação: Política Monetária e Inflação Sistema de Metas de Inflação ( Inflation Target ) Bandas fixadas para a inflação futura, controladas pela política monetária, principalmente a partir da taxa de juros (SELIC); IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da política monetária: transparência e também, consistente com visão moderna das limitações da política monetária (demanda por moeda é instável, assim como a relação entre moeda e inflação); Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e impõe a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto prazo Núcleo da Inflação ( Core Inflation ) Índice de preços que expurga variações associadas aos choques de oferta, que não representem pressões persistentes sobre os preços 120

121 Inflação: Imposto Inflacionário e Senhoriagem Receita para o Governo, devido ao monopólio que possui sobre as emissões de moeda (paga seus compromissos com a emissão de moeda a custo zero). Recai com maior intensidade sobre as classes sociais mais baixas (imposto regressivo). Por não terem aplicações financeiras, não conseguem se defender sobre a taxação implícita. Sem Inflação (sem Imposto Inflacionário) Elevação do consumo das classes sociais mais baixas. Senhoriagem: arrecadação implícita que o governo (Banco Central) obtém por ter o monopólio da emissão de moeda a custo praticamente zero. Com taxas de inflação crescentes, governo perde receita por desvalorização da arrecadação Aumento do déficit público (Efeito Oliveira-Tanzi) Aumento das necessidades de arrecadação Aumento da emissão Aumento da inflação. 121

122 Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) Trade-off entre inflação e desemprego; O nível de produto está diretamente relacionado ao nível de emprego; onde: = taxa de inflação N = sensibilidade da inflação em relação à taxa de desemprego (quanto maior o beta, mais sensível a inflação em relação ao desemprego, e portanto, menor é a taxa de sacrificio) N = taxa natural de desemprego (taxa de desemprego compatível com o pleno emprego) 122

123 Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) Versão aceleracionista: os agentes se antecipam à inflação, remarcando seus preços sem alterar a produção. Isto implica em taxas de inflação crescentes, e neste caso: 1. < N e > (inflação) e N 2. = N e = (inflação inercial) 3. > N e < (queda da inflação) Conclusão: o nível de inflação está relacionado a um dado. 123

124 Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) OBS: nem todo crescimento econômico afeta a taxa de desemprego, por exemplo: crescimento populacional; aumento da produtividade. Istes fatores são chamados de taxa normal de crescimento ( N ). Sendo assim, a queda na taxa de desemprego deve ser feita através de outros fatores que superem a taxa normal de desemprego. N Taxa de desemprego e e

125 Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) Abaixo de Y Pleno Emprego No Y Pleno Emprego Preços Rígidos (e aumento da Produção e Emprego) Teoria Keynesiana As Variáveis reais (Produção e Emprego) não se alteram Nível Geral de Preços Oferta Agregada OBS: Na realidade, esse trade-off entre variações ou no preço ou na quantidade, não se mostra assim, tão claro. Y 0 Y PLENOEMPREGO Y 125

126 Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) Modelo de Expectativas Adaptadas ou Adaptativas: a inflação esperada para o próximo período é uma média ponderada da inflação observada nos últimos períodos. e N onde: = taxa de inflação e = inflação esperada (expectativa de inflação) = choques aleatórios (choques de oferta) Curva de Phillips de longo prazo N Taxa de desemprego 126

127 Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips) Modelo de Expectativas Racionais: considera que os agentes não olham somente o passado, mas também as informações disponíveis no presente. Assim, espera-se que os agentes maximizem o uso das informações, ou seja, não existem erros sistemáticos correlacionados. Taxa de desemprego Curva de Phillips para variações não antecipadas da oferta monetária Taxa de desemprego Curva de Phillips para variações antecipadas da oferta monetária 127

128 Inflação: Inflação no Brasil e as Correntes Econômicas Corrente Causas Principais Políticas Antiinflacionárias Liberais Desequilíbrio do setor público (o déficit e a dívida pública provocam descontrole monetário, causando inflação de demanda) Ajuste fiscal (para reduzir déficit e dívida pública, via reformas fiscal, previdenciária, privatização); Controle monetário (juros e moeda); Liberalização do comércio exterior (abertura comercial e valorização cambial) Inercialistas Indexação generalizada (formal e informal) Desindexação (para apagar a "memória ou inércia inflacionária", via congelamento de preços, salários e tarifas: Planos Cruzado, Bresser - ou troca de moeda: Plano Real) Estruturalistas Conflitos distributivos (pressões de margens de lucro, pressões salariais, pressões de tarifas e preços públicos provocam inflação de custos) Controle de preços de oligopólios Controle cambial Reformas estruturais 128

129 Capítulo 14: O Setor Externo Fundamentos do Comércio Internacional A Taxa de Câmbio Variáveis que afetam as Exportações e as Importações Agregadas Políticas Externas O Balanço de Pagamentos A Internacionalização da Economia 129

130 O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional O que leva os países a comercializarem entre si? Teoria das Vantagens Comparativas: formulada por David Ricardo em 1817; sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Desvantagens: é uma teoria estática, não leva em consideração a evolução das estruturas de oferta e demanda, nem as relações de preços entre os produtos negociados. Teoria Moderna do Comércio Internacional (Modelo de Hecksher Ohlin): postula que as vantagens comparativas e, logo, a direção do comércio, estarão dadas pela escassez ou abundância relativa dos fatores de produção. 130

131 O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.: Brasil: U$ 1,00 = R$ 3,10 Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,32 Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é diferente ; um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização... Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10 U$ 1,00 = R$ 3,50 Desvalorização Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos; Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros, etc.). 131

132 O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira (valorização cambial) OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira (desvalorização cambial) 132

133 O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio: Maior previsibilidade aos agentes do mercado. Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil para controle da inflação. Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de divisas (oferta e de demanda): Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis; Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites fixados pelo Banco Central. 133

134 O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais Câmbio Fixo Câmbio Flutuante (Flexível) Características BC fixa a taxa de câmbio; O mercado determina a taxa de câmbio; BC é obrigado a disponibilizar BC nãoé obrigado a disponibilizar reservas reservas cambiais. cambiais. Vantagens Maior controle da inflação (custo das importações). Política monetária mais independente do câmbio. Reservas cambiais mais protegidas de ataques especulativos. Desvantagens Reservas cambiais vulneráveis a ataques especulativos; Ataxa de câmbio fica muito dependente da volatilidade do mercado financeiro nacional e internacional; A política monetária (taxa de Maior dificuldade de controle das pressões juros) fica dependente do volume de inflacionárias, devido às desvalorizações reservas cambiais. cambiais. 134

135 O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação) Valorização (apreciação) Taxa de câmbio cai (moeda nacional mais forte) Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial). Pressão pela queda dos preços internos (Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição) + Política de Abertura Comercial (liberação de Importação) Custos: Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto). Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. 135

136 O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação) Desvalorização(depreciação) Taxa de câmbio sobe (moeda nacional mais fraca) Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações (leva um certo tempo p/ essa resposta) Pressão sobre os custos de produção (Aumento no custo das Importações, incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. ) Custos: Aumento do nível geral de preços inflação de custos (pass-through) 136

137 O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de câmbio real. Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país pela moeda de outro país; Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta brasileira. A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um país exporta e importa. Tx de Câmbio Nominal*Preço Externo Tx de Câmbio Real R Preço Interno 137 ep P *

138 O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal Exemplo: Preço de um automóvel produzido no Brasil = R$ ,00 Preço de um automóvel produzido nos EUA = US$ ,00 e = taxa de câmbio nominal = R$ 1,00/US$ 1,00 R = taxa de câmbio real = (1,00 X ) / = 0,8 Conclusão: o automóvel norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro. Supondo agora e = R$ 1,25/US$ 1,00 R = 1,0 Desvalorização real da moeda brasileira: o automóvel norte-americano passou a ter o mesmo preço que o brasileiro. O mesmo resultado poderia ser obtido com uma elevação do preço em US$ nos eua e/ou com uma redução do preço em R$ no Brasil. % R = % e + % P* - % P 138

139 O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade de Poder de Compra PPP) A teoria da paridade do poder de compra é a teoria mais simples e mais aceita para explicar as variações da taxa de câmbio. é baseada no princípio chamado de lei do preço único; de acordo com a lei do preço único, um bem precisa ter o mesmo preço em todos os países, quando medido na mesma moeda. se o poder de compra de uma moeda é imutável no país e no resto do mundo, então a taxa de câmbio real não pode mudar. A taxa de câmbio nominal entre as moedas de dois países deve refletir os diferentes níveis de preços destes países. 139

140 O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros) Seja: i = taxa de juros doméstica no período de aplicação Para cada unidade de moeda doméstica investida no ativo financeiro doméstico ganha-se (1 + i) unidades de moeda doméstica ao final do período de aplicação i*= taxa de juros estrangeira no período de aplicação e = taxa nominal de câmbio Para comprar o ativo financeiro estrangeiro, deve-se primeiro comprar moeda estrangeira Para cada unidade de moeda doméstica obtém-se (1/e) unidades de moeda estrangeira Ao final do período de aplicação, obtém-se (1/e)(1 + i*) unidades de moeda estrangeira Ao final do período de aplicação, deve-se converter novamente o montante anterior 140 em unidades da moeda estrangeira para unidades da moeda doméstica

141 O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros) Caso espere-se que a taxa de câmbio nominal será e e ao final do período de aplicação, o rendimento esperado em unidades de moeda doméstica da aplicação no ativo financeiro estrangeiro é: (1/e) (1 + i* ) e e Ao avaliar,os as vantagens do ativo financeiro estrangeiro, não devemos levar em conta apenas as taxas de juros doméstica e estrangeira, mas também a evolução esperada da taxa de câmbio durante o período de aplicação Supondo que os investidores financeiros desejam adquirir apenas o ativo financeiro que apresenta a taxa de retorno mais elevada, eles serão indiferentes quanto a adquirir um ativo financeiro doméstico ou um estrangeiro apenas quando estes gerarem a mesma taxa esperada de retorno: (1 + i ) = (1/ e)(1 + i*) e e i i* + e e e e (e e e)/e = taxa esperada de desvalorização cambial 141

142 Conclusão: A taxa de juros doméstica deve ser aproximadamente igual à taxa de juros estrangeira mais a taxa de desvalorização esperada para a moeda doméstica. Entretanto, deve-se levar em conta não apenas o retorno esperado, mas também os custos e riscos envolvidos Exemplo: O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros) i = 5,8%, i* =3,9% 5,8 3,9 + e e e e 1,9% e > e e deve-se comprar o ativo estrangeiro Embora a compra do ativo financeiro estrangeiro gere uma quantidade menor de moeda estrangeira ao final do período de aplicação, a moeda estrangeira valerá proporcionalmente mais em termos da moeda local. e < e e deve-se comprar o ativo doméstico 142

143 O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal (Paridade da Taxa de Juros) Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa Tendência de aumento do fluxo de capitais financeiros internacionais para o país Aumentando a oferta de divisas (dólar) Promovendo uma queda na taxa de Câmbio (valorização da moeda nacional) Paralelamente, os nacionais ficam atraídos a investir no mercado interno de capitais, diminuindo a saída de divisas do país e, assim, a demanda de divisas. 143

144 Exportações: O Setor Externo: Variáveis que afetam as Importações e Exportações Agregadas i X f P *, P, e, Yw, Sub onde: Importações: onde: i M f P *, P, e, Y, T m P * = preços externos (de nossos produtos) em dólares P i = preços internos (domésticos) em reais e = taxa de câmbio (reais por dólar) Y w = Renda Mundial Sub = Subsídios e incentivos às exportações P * = preços externos (de nossos produtos) em dólares P i = preços internos (domésticos) em reais e = taxa de câmbio (reais por dólar) Y w = Renda Nacional T m = Tarifas e barreiras às importações ( Tm ) 144

145 O Setor Externo: Políticas Externas Política Cambial Regime de taxas fixas de câmbio Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating) Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar) Política Comercial Alterações das Tarifas sobre Importações: Substituição de Importações: imposto sobre importações maiores; Abertura comercial ou liberalização das importações: imposto sobre importações menores); Regulamentação do Comércio Exterior Entraves burocráticos Barreiras qualitativas 145

146 O Setor Externo: Balanço de Pagamentos Definição: registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais físicos e financeiros. Créditos: Exportações de Bens e Serviços Recebimento de Doações e Indenização de Estrangeiros Recebimento de Empréstimos de Estrangeiros Recebimento de Reembolso de Capital do Estrangeiro Venda de Ativos para Estrangeiros Recebimento de Fretes, etc Débitos: Importações de Bens e Serviços Pagamentos de Doações e Indenizações a Estrangeiros Pagamentos de Capital Emprestado por Estrangeiros Reembolsos de Capital a Estrangeiros Compras de Ativos de Estrangeiros Pagamentos de fretes, etc 146

147 O Setor Externo: Balanço de Pagamentos O BP apresenta dois tipos de transações: Autônomas (espontâneas): motivadas pelos interesses dos agentes (empresas, consumidores, governo); Compensatórias (induzidas): destinadas a financiar o saldo final das transações autônomas ( zerar as contas do BP) 147

148 O Setor Externo: Balanço de Pagamentos A Balança de Transações Correntes (BTC ou Saldo em Conta Corrente do BP = A1 + A2 + A3) A1 Balança Comercial A1.1 Exportações (FOB): débito A1.2 Importações (FOB): crédito A2 Balança de Serviços e Rendas A2.1 Transportes (fretes, etc) e Seguros A2.2 Viagens Internacionais e Turismo A2.3 Rendas de Capital (lucros, juros, dividendos, lucro reinvestido pelas multinacionais) A2.4 Royalties e licenças A2.5 Diversos (serviços governamentais embaixadas, consuladodos, representações no exterior, etc) A3 Transferências Unilaterais Correntes (donativos) B Conta Capital e Financeira (Balança (movimento) de Capitais) B1 Investimentos direto líquido (instalação e participação do capital de multinacionais no país) B2 Reinvestimentos (reinvestimentos de multinaiconais já instaladas no país) B3 Empréstimos e Financiamentos a Longo e Médio Prazo (Banco Mundial, etc) B4 Empréstimos a Curto Prazo B5 Amortizações de Empréstimos e Financiamentos B6 Empréstimos de Regularização do FMI (problemas de liquidez) B7 Capitais a Curto Prazo (aplicações no mercado financeiro) C Erros e Omissões Saldo do Balanço de Pagamentos (A + B + C) D Transações Compensatórias (Financiamento Oficial Compensatório) D1 Variação de Reservas = - SBP 148

149 O Setor Externo: Balanço de Pagamentos do Brasil (US$ bilhões) A1. BALANÇA COMERCIAL 10,5 (3,5) (5,6) (6,8) (6,6) (1,2) (0,7) 2,7 13,1 24,8 33,7 44,8 Exportações FOB 43,5 46,5 47,7 53,0 51,1 48,0 55,1 58,2 60,4 73,1 96,5 118,3 Importações FOB (33,1) (50,0) (53,3) (59,7) (57,7) (49,2) (55,8) (55,6) (47,2) (48,3) (62,8) (73,6) A2. SERVIÇOS E RENDAS (14,7) (18,5) (20,4) (25,5) (28,3) (25,8) (25,0) (27,5) (23,1) (23,5) (25,3) (34,1) Juros (6,4) (8,2) (9,8) (10,6) (12,1) (15,2) (15,9) (14,9) (13,1) (13,0) (13,4) (13,5) Lucros e Dividendos (2,5) (2,6) (2,4) (5,6) (6,9) (4,1) (3,6) (5,0) (5,2) (5,6) (7,3) (12,7) Viagens Internacionais (1,2) (2,4) (3,6) (4,4) (4,3) (1,4) (2,1) (1,5) (0,4) 0,2 0,4 (0,9) Outros (fretes, royalties, etc) (4,6) (5,3) (4,6) (4,9) (5,0) (5,1) (3,4) (6,1) (4,4) (5,0) (4,9) (7,0) A3. TRANSF. UNILAT. CORR 2,4 3,6 2,4 1,8 1,5 1,7 1,5 1,6 2,4 2,9 3,3 3,6 BAL.TRANS.COR =A1+A2+A3 (1,8) (18,4) (23,5) (30,5) (33,4) (25,3) (24,2) (23,2) (7,6) 4,2 11,7 14,2 B. CAPITAL E FINANCEIRA ,1 34,0 25,8 29,7 17,3 19,3 27,1 8 4,4 (7,3) (8,8) Investimentos Diretos 8,1 4,7 9,4 17,1 26,1 30,1 29,8 24,9 16,6 10,1 18,2 12,7 Emprést/Financ. (líquido) 11,0 24,4 24,6 8,7 3,6 (12,8) (10,5) 2,2 (8,6) (5,7) (25,5) (21,5) C=ERROS E OMISSÕES 0,3 2,2 (1,8) (3,3) (4,3) 0,2 2,6 (0,5) (0,07) (0,1) (2,1) (1,1) SPB = A+B+C 17,6 12,9 8,7 (7,9) (8,0) (7,8) (2,3) (0,5) 0,3 8,5 2,2 4,3 D=- SBP =VAR. RESERVAS (17,6) (12,9) (8,7) 7,9 8,0 7,8 2,3 0,5 (0,3) (8,5) (2,2) (4,3) FONTE: Banco Central 149

150 O Setor Externo: Organismos Financeiros Internacionais Mudanças na economia após a Segunda Guerra Mundial levaram ao surgimento de órgãos de fomento ao desenvolvimento econômico e financeiro. I. Acordo de Bretton Woods Estabeleceu o padrão dólar-ouro, consagrando o dólar como moeda internacional, baseando sua conversibilidade nas reservas de ouro; 1971 rompimento do acordo pelos EUA e adoção de taxas de câmbio flutuantes. II. Fundo Monetário Internacional Tem como objetivo promover a cooperação monetária entre as nações; Ajuda a problemas conjunturais no BP e estimula o comércio internacional. III. Banco Mundial (Banco Mundial de Reconstrução e Desenvolvimento Bird) Captador e fornecedor de crédito para investimentos produtivos em países subdesenvolvidos. IV. Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt) Regras e instituições que regulem o comércio internacional. 150

151 O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira Fluxos Comerciais e Financeiros internacionais crescem a taxas maiores que o próprio crescimento da economia mundial. O Grau de Abertura aumenta que quase todos os países. Grau de Abertura = Exportações + Importações PIB Países ALEMANHA 28,7 30,8 25,7 ARGENTINA 8,0 7,5 11,7 AUSTRÁLIA 17,4 17,1 20,7 BRASIL 10,0 6,8 8,9 CANADÁ 27,4 25,4 40,6 CHILE 21,0 32,7 27,7 CHINA n.d. 15,7 20,1 COLÔMBIA 13,6 17,7 17,1 CORÉIA DO SUL 37,6 30,1 42,2 ESTADOS UNIDOS 10,4 10,4 12,1 FRANÇA 22,1 22,5 24,7 ÍNDIA 8,3 8,4 11,9 Fonte: Banco Mundial 151

152 O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira Globalização Produtiva: produção e distribuição de valores dentro de redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre grandes grupos multinacionais. Contribui para a melhoria do padrão de vida em escala mundial. Conseqüências Perversas: Aumento do desemprego estrutural em muitos países A tendência de desnacionalização do setor produtivo Concentração da produção e comércio em grandes empresas. Necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação) 152

153 O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e monetárias. Principais características: perda da importância do crédito bancário e crescimento dos mercados de títulos; crescimento dos chamados investidores institucionais (fundos de pensão, seguradoras, fundos mútuos etc.) processo de liberalização financeira; crescimento da participação dos países emergentes nos mercados internacional de títulos (beneficiado pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos); inovações financeiras: derivativos, modelos de risco etc.; progressos na tecnologia de comunicação. 153

154 Vantagens: O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira Eleva a liquidez internacional: maiores possibilidades de financiamento de déficits em transações correntes; No Brasil, a entrada de capitais de curto prazo teve uma vantagem adicional: ao possibilitar a valorização da taxa de câmbio, contribuiu para o sucesso do Plano Real (âncora cambial). Desvantagens: Eleva a vulnerabilidade externa do país frente a crises financeiras internacionais. Exemplo: vulnerabilidade da economia brasileira nos anos 90; Taxas de câmbio e juros mais instáveis; Efeito contágio Conspira contra a globalização produtiva 154

155 Apêndice O modelo Mundell-Fleming ou IS LM BP 155

156 O Setor Externo: modelo IS LM BP O modelo mais completo, chamado de Mundell-Fleming, inclui a chamada curva BP, que, analogamente às curvas IS e LM, representa as combinações da taxa de juros e nível de renda que equilibram o setor externo (conta-corrente e o saldo da conta de capitais do balanço de pagamentos (BP)). Incluem-se então no modelo as variáveis taxa de câmbio, renda mundial, e taxas de juros internacionais, bem como variações de preços externos e domésticos. 156

157 O Setor Externo: modelo IS LM BP Setor externo na curva IS X M Y * = renda internacional Y = renda interna DA Y C I G X M f e, Y f e, Y * Preço fixo: taxa de câmbio nominal (e) = taxa de câmbio real (R) i = r (economia pequena: não há influência na taxa de juros internacional) Setor externo na curva LM: a curva LM não é influenciada pelo setor externo. Assim a dedução da curva BP será dada por: SBP TC MK A, *, A SBP TC e Y Y MK r 157

158 O Setor Externo: modelo IS LM BP No equilíbrio: onde: SBP TC Y MK r 0 A SBP = Saldo do Balanço de Pagamentos TC = Saldo do Balanço de Transações Correntes MK A = Conta Movimento de Capitais Assim, o que define a convergência para o equilíbrio é o grau de mobilidade do capital. Neste caso, pode-se supor dois tipos de curva BP: 1. BP sem mobilidade de capital Com câmbio fixo e flexível 2. BP com perfeita mobilidade de capital Com câmbio fixo e flexível 158

159 O Setor Externo: modelo IS LM BP 1. BP Sem Mobilidade de Capital onde: M my m = coeficiente de importação (0 < m < 1) No equilíbrio: * X f e, Y X 0 i Superávit TC Deficit TC STC X M X my BP Y BP X M 0 0 i M Y Portanto, só existe um Y BP=0 que equilibra o BP. X 159 Y

160 O Setor Externo: modelo IS LM BP BP Sem Mobilidade de Capital e com Câmbio Fixo e Flexível i BP LM 2 LM 1 i BP 1 BP 2 LM 1 i 2 i 2 IS 2 i 1 IS 2 i 1 Política Fiscal Expansionista com Câmbio Fixo Conseqüências: Déficit gêmeos (interno e externo); Tendência a desvalorização do câmbio IS 1 Y Política Fiscal Expansionista com Câmbio Flutuante Conseqüências: Déficit Desvalorização cambial X, M IS 1 Y 160

161 O Setor Externo: modelo IS LM BP 2. BP Com Perfeira Mobilidade de Capital e com Câmbio Fixo e Flexível i i 1 i * Superávit TC Deficit TC Y f e, Y f e, Y * DA Y C Y I i G X M X M M L Y, i * P i i * D Neste caso, a taxa de juros interna (i) é igual a taxa de juros internacional (i*). 161

162 O Setor Externo: modelo IS LM BP BP Com Perfeita Mobilidade de Capital e com Câmbio Fixo i i LM 1 LM 1 LM 2 LM 2 i i* BP i i* BP IS 2 Política Fiscal Expansionista com Câmbio Fixo Conseqüências: Y1 Y2 Desloca IS para cima pressionando a taxa de juros entrada de recursos expansão monetária LM para baixo IS 1 Y Y 1 Política Monetária Expansionista com Câmbio Fixo Conseqüências: Desloca LM para baixo pressionando i saída de recursos contração monetária LM volta à posição original IS 1 Y 162

163 O Setor Externo: modelo IS LM BP BP Com Perfeita Mobilidade de Capital e com Câmbio Flexível (Flutuante) i LM 1 i LM 1 LM 2 i i* BP i i* BP IS 2 IS 2 Política Fiscal Expansionista com Câmbio Flutuante Conseqüências: Desloca IS para a direita pressiona i entrada de recursos e saldo externo (IS volta à posição original) IS 1 Y Y1 Y1 Y2 Política Monetária Expansionista com Câmbio Flutuante Conseqüências: Desloca LM para baixo pressionando i saída de recursos contração monetária LM volta à posição original IS 1 Y 163

164 Conclusões O Setor Externo: modelo IS LM BP Regime Cambial Perfeita Mobilidade de Capital Sem Mobilidade de Capital Câmbio Fixo Câmbio Flutuante Política fiscal eficaz Política monetária ineficaz Política fiscal ineficaz Política monetária eficaz Política fiscal ineficaz Política monetária eficaz Política fiscal eficaz Política monetária ineficaz 164

165 Capítulo 15: Política Fiscal e Déficit Público O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica As Funções Econômicas do Setor Público Estrutura Tributária Conceito de Déficit Público e Formas de Financiamento 165

166 Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica Crescimento da renda per capita - gera um aumento da demanda de bens e serviços públicos (lazer, educação superior, medicina, etc.); Mudanças Tecnológicas: maior demanda por rodovias e infraestrutura; Mudanças Populacionais Com seu aumento, faz com que o Estado aumente sua despesa com educação, saúde, etc; Efeitos de Guerra: a participação do Estado aumenta; Mudanças da Previdência Social 166

167 Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica A evolução das economias mundiais no século XX levou ao desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio internacional,tornando mais complexas as relações econômicas adicionando incertezas e especulação. Portanto, a economia (sistema de mercado) não tinha mais condições de regular-se automaticamente, ou seja, sem a atuação econômica do Setor Público. Ex.: O crack da Bolsa de Nova York, em Função Alocativa Função Distributiva Função Estabilizadora 167

168 Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Econômicas do Setor Público Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado (chamados bens públicos). Bens Públicos: são bens de uso coletivo Característica: impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à disposição do público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e serviços de despoluição. 168

169 Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Econômicas do Setor Público Função Distributiva: depende da distribuição de renda que dependerá da produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores de produção e também da influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo como agente redistribuidor se dá através: Tributação Progressiva Subsídios para consumidores de baixa renda Gastos públicos para áreas mais pobres Função Estabilizadora: relacionada com a intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, já que o pleno emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de maneira automática na economia. 169

170 Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária Princípios de Tributação Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado. Princípio da Eqüidade: distribuição de maneira justa do ônus entre os indivíduos. Pode ser dividida em dois tipos: Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe. Problemas: Identificação do benefício que cada um atribui a diferentes quantidades do bem ou serviço público; As pessoas não teriam motivo para revelarem suas preferências (poderia aumentar sua contribuição), já que o bem é público. Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia) 170

171 Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária Princípios de Tributação Princípio da Eqüidade (continuação ) Princípio da Capacidade de Pagamento: os agentes devem contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento. Exemplo: Imposto de Renda. Medidas utilizadas: Renda, consumo e patrimônio. Renda: normalmente são impostos progressivos; Consumo: abrangência global, logo, são normalmente regressivos; Patrimônio: tem o problema de serem formados por fluxos de renda passados que já foram anteriormente tributados. 171

172 Política Fiscal e Déficit Público: Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos negativos sobre a eficiência econômica. Sendo adequados, os impostos podem ser utilizados na correção de ineficiências do setor privado. Os impostos podem ser divididos em: Diretos: incidem diretamente sobre a renda das pessoas; Indiretos: incidem sobre o preços das mercadorias. Específicos: valor fixo, independente do valor do bem; Ad Valorem: alíquota fixa sobre o valor do bem. Estrutura Tributária: Progressiva: alíquota aumenta com o aumento da renda. Ex: I.R - Progressivo, logo, mais justo do ponto de vista fiscal); Regressiva: quanto maior a renda, menor a tributação, em proporção à renda. Ex.: Impostos indiretos (vendas); Proporcional (Neutra): todos pagam a mesma alíquota. 172

173 Política Fiscal e Déficit Público: Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica Curva de Lafer: relação entre o total de arrecadação tributária e a taxa (alíquota) de impostos. Alíquota de Impostos Relação Direta Relação Inversa Ex. Sonegação Al ma x Valor Arrecadação Tributária 173

174 Política Fiscal e Déficit Público: Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento Déficit Nominal (ou déficit total) Correção monetária Juros reais Déficit primário Juros nominais (serviço da dívida) Déficit operacional (não é mais calculado oficialmente no Brasil) 174 Fonte: Prof. Paulo Nogueira Batista Jr (REP-1989)

175 Política Fiscal e Déficit Público: Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento Déficit Primário = Gastos Públicos Correntes (G) Receita Fiscal Corrente (T) É medido excluindo, do Déficit Total, a correção monetária e os juros reais da dívida contraída anteriormente (É considerado o melhor método de avaliação da política fiscal, um a vez que elimina do déficit presente os efeitos dos déficits anteriores. Déficit Operacional = (G T) + juros reais da dívida É medido pelo déficit primário acrescido dos juros reais da dívida passada. Ou seja, é o déficit total ou nominal, excluindo a correção monetária e a cambial (É considerada a medida mais adequada para refletir as necessidades reais de financiamento do setor público). Déficit Nominal = (G T) + juros reais + correção monetária e cambial da dívida = juros nominais da dívida pública Essa medida indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um ano pelo setor público não financeiro em suas várias esferas: União, governos estaduais e municipais, empresas estatais e Previdência Social. 175

176 Política Fiscal e Déficit Público: Medindo a dívida pública Ativos (só ativos líquidos) Passivos Dívida Bruta do Setor Público Créditos do governo geral -21% do PIB 72% do PIB Patrimônio Líquido Dívida Líquida do Setor Público -51% do PIB Dados referentes a junho/

177 100% 90% 80% Política Fiscal e Déficit Público: Evolução da composição da dívida mobiliária Outros Câmbio Inflação 70% 60% 50% Over/Selic 40% 30% 20% 10% Prefixado 0%

178 Política Fiscal e Déficit Público: Financiamento do Déficit G T < 0 Déficit Primário Financiado por: 1. Emissão de Moeda Inflação de Demanda O Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao BC. Forma Inflacionária (Imposto Inflacionário), mas não aumenta o endividamento público no setor privado. Também chamado de Monetização da dívida, ou seja, o BC cria moeda (base monetária) para financiar o Tesouro. 2. Aumento dos Impostos (T) e/ou Queda de (G) Informalismo / Queda no nível de produto 3. Emissão de Títulos Públicos Aumento da Dívida Pública Venda de Títulos da dívida pública ao setor privado (interno e externo). O governo troca títulos (ativo financeiro não monetário) por moeda, o que não gera inflação. No entanto, provoca elevação da dívida pública. E ainda, sim, precisa oferecer juros mais atraentes, elevando ainda mais o endividamento 178

179 Política Fiscal e Déficit Público: Déficit Público e Inflação Por que países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais elevado que o Brasil, como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Coréia, têm taxas de inflação quase nulas? A resposta não está no montante ou valor do déficit, mas em seu horizonte de financiamento. Países de moeda forte, as dívidas são distribuídas de forma uniforme ao longo de 20 ou 30 anos (investidores internacionais compram títulos de longo prazo, o que não ocorre no Brasil), pois, preferem investir em países que ofereçam menores riscos para suas aplicações. Assim, para os países em desenvolvimento, além de prazos relativamente curtos, são obrigados a oferecer as maiores taxas de juros do mundo, para atrair capitais e externos. 179

180 Capítulo 16: Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico Crescimento e Desenvolvimento Fontes de Crescimento Financiamento do Desenvolvimento Econômico Estratégias de Desenvolvimento Modelo de Solow Definição do modelo Variáveis do modelo Exemplo numérico Convergência 180

181 Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico Crescimento Econômico: é o crescimento contínuo da renda per capita ao longo do tempo. Procura dar ênfase a questões de curto prazo ou conjunturais, relacionadas com as chamadas políticas de estabilização (Nível de atividade, o emprego e preços) Desenvolvimento Econômico: é um conceito qualitativo. Melhora dos indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia). Estratégias de longo prazo para crescimento econômico equilibrado e auto-sustentado. Dados internacionais indicam amplas diferenças de desempenho econômico. Por que? Quais são as fontes de crescimento? 181

182 Suposição: ECONOMIA Micro e Macro Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico Teoria do Crescimento e do Desenvolvimento Recursos estejam plenamente empregados (Análise do produto potencial, ou de pleno emprego) Fontes de Crescimento: elementos que constituem a Função de Produção Agregada (Capital e Mão de Obra): Aumento da força de trabalho (crescimento demográfico/imigração); Aumento do estoque de capital (ou capacidade produtiva); Melhoria na qualidade da mão-de-obra (via educação/treinamento); Melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do capital; Eficiência organizacional (interação eficiente dos insumos). 182

183 Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico Problema p/ países em desenvolvimento: É extremamente difícil acumular fatores de produção, capital humano ou físico, com baixos níveis de renda. O crescimento está limitado ao tempo que os fatores de produção levam para se acumularem. Poupança Interna (Doméstica) Poupança Externa 183

184 Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico: Estratégias de Desenvolvimento 1. Industrialização 2. Estratégia de Substituição de importações (?) Década de 50/60 3. Abertura Comercial, poupança extremamente elevada, investimento em educação e políticas fiscais bem cuidadosas, com o orçamento do governo permanecendo relativamente pequeno em relação ao PIB. (Ex.: Tigres Asiáticos Coréia, Taiwan, Hong Kong e Cingapura) 4. Restrição do elevado crescimento populacional ( renda per capita ) 184

185 Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico: Modelo de crescimento econômico - modelo de Solow 1 Procura explicar como a poupança, o crescimento demográfico e o progresso tecnológico afetam o aumento do produto com o correr do tempo, além de identificar algumas razões da grande diversidade de padrões de vida encontrada entre países. 1. Este modelo foi desenvolvido pelo economista Robert Solow nas décadas de 50 e 60. Em 1987, Solow ganhou o Prêmio Nobel de Economia. O modelo originalmente foi publicado como A contribution to the Theory of Economic Growth, Quarterly Journal of Economics (February, 1956):

186 Em que condições o produto cresce de maneira sustentável ao longo do tempo? De que maneira a política econômica influencia o nível e o crescimento dos padrões de vida? Que parcela do produto deveria ser consumida hoje e que parcela deveria ser poupada para o futuro? A poupança nacional é direta e indiretamente influenciada pelas políticas governamentais? Quais os custos e benefícios para a sociedade associados a taxas alternativas de poupança? 186

187 Variáveis econômicas que afetam o modelo As três principais variáveis que se combinam no modelo são: Trabalho: é a mão de obra utilizada; Capital: é o nível de investimento que eleva a capacidade produtiva da economia; Tecnologia: é o conjunto dos métodos de produção que combinam trabalho e capital em uma determinada proporção, gerando como resultado determinado produto nacional. 187

188 Hipóteses básicas do modelo I. A oferta de bens fundamenta-se em uma função de produção, sendo que existe perfeita substituição de fatores entre K e L; Y F K, L II. A função de produção apresenta retornos constantes de escala; zy III. A PMgK (produtividade marginal do capital) e PMgL (produtividade marginal do trabalho) é positiva e decrescente, ou seja, a taxa cresce, mas em quantidades cada vez menores. F zk, zl 1 PMgK f k f k 188

189 Hipóteses básicas do modelo y f k PMgK 1 k A função de produção revela como a quantidade de capital por trabalhador k determina a quantidade de produto por trabalhador y=f(k). A declividade da curva é a produtividade marginal do capital: se k aumenta de uma unidade, y aumenta de PMgK unidades. A função de produção se aplana a medida que k aumenta, indicando uma produtividade marginal decrescente. 189

190 Hipóteses básicas do modelo A taxa de lucro (r) em condições de equilíbrio será dada por: ' r PMgK f k w PMgL f k kf ' k rk wl y onde: w = salário 190

191 Hipóteses básicas do modelo IV. A taxa de crescimento do trabalho é igual ao crescimento natural (n); L L n V. A poupança é uma fração da renda, ou seja, é o total da renda menos o consumo; S sy VI. A variação do estoque de capital é dada por: K sy dk d depreciação do estoque de capital K taxa de variação do estoque de capital 191

192 Solução do modelo Equilíbrio de Steady State: é aquele em que as variáveis do modelo (L, K, Y) crescem na mesma proporção, ou seja, na mesma taxa constante ao longo do tempo. onde: k sy n d k k sy (equação do crescimento de Solow) variação estoque de capital per-capita investimento per-capta n d k investimento mínimo para manter a relação K L ou k ' Se k aumenta é porque K cresce mais depressa que L e portanto a PMgK está aumentando. 192

193 y * y Solução do modelo c n d k y f k sy (função poupança da economia) sy i min onde i investimento * k k Tanto y=f(k) e sy têm o mesmo formato, pois reflete a PMgK decrescente. No ponto k * o crescimento da economia se estabiliza. Cabe destacar que o estado estacionário é um caso particular de Steady State onde a taxa de crescimento é zero, ou seja, k 0 (a taxa de crescimento não varia). 193

194 Solução do modelo: exemplo Seja uma função de produção do tipo Cobb-Douglas Y=K L 1- definida como Y=K 0.5 L 0.5 Neste caso a equação de crescimento de Solow para uma função Cobb-Douglas será: k sk n d k supondo 1 1 * s k sk n d k k 0 (estado estacionário) tem-se: n d 194

195 Solução do modelo: exemplo Supondo: s = 0,2 n = 0,5 d = 0,05 = ,5 * s * 0, 2 k k 4 n d 0,5 0, 05 Neste caso, no steady state, faz-se necessário 4 máquinas por trabalhador. Assim o produto per-capita de equilíbrio será: y k y k y 4 2 Ou seja, no estado estacionário, esta economia utiliza-se de 4 máquinas por trabalhador para produzir 2 unidades de produto. Logo, o consumo per-capita (c) e o investimento per-capita (i) será: c 0,8*(2) 1,6 i 0,4 195

196 y * y 2 Solução do modelo: exemplo c 1,6 0,5 y f k k 0,5 0, 05 n d k k sk 0, 2k 0,5 0,5 sy i min 0, 2* 2 0,4 * k 4 k Portanto, neste modelo todas as três taxa crescem à mesma proporção e não são explicados por fatores econômicos. Todos crescem a taxa n (taxa natural) que é uma variável exógena e não econômica. Em um novo equilíbrio, o nível das variáveis per-capita é maior, somente a taxa de crescimento que é nula. 196

197 Convergência do Modelo Neste modelo sempre ocorrerá uma convergência para a situação de equilíbrio, sendo que esta convergência pode ser de dois tipos: 1. Absoluta: economias que possuem as mesmas características convergem para uma mesma renda de equilíbrio, porém as mais atrasadas crescem mais rapidamente, até encontrar as mais adiantadas e a partir deste momento caminham juntas; 2. Condicional: a convergência não ocorre para a mesma renda per-capita de equilíbrio, ou seja, cada país converge para o seu ponto de equilíbrio, pois suas estruturas econômicas são diferentes. 197

198 198

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