INTELIGÊNCIA COLETIVA INTELIGENTE APLICADA A SISTEMAS DE APRENDIZAGEM
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- Luiz Henrique Botelho Flores
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1 INTELIGÊNCIA COLETIVA INTELIGENTE APLICADA A SISTEMAS DE APRENDIZAGEM Liliane Vilar de CARVALHO 1 ; Isabel Dillmann NUNES 2 1 Graduação Sistemas de Informação, Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas-FACISA, Campina Grande-PB. Estudante de Graduação. lilianevilarcarvalho@gmail.com 2 Departamento de Computação, Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, Campus I, Campina Grande- PB. Doutoranda em Ciência da Computação. beldillnunes@gmail.com RESUMO A Inteligência Coletiva permite a cooperação entre usuários de um sistema, porém, muitas vezes, essa cooperação pode ser prejudicada se pessoas que não possuem o mesmo interesse são inseridas no contexto. O objetivo deste trabalho é identificar informações tanto quantitativas como qualitativas que permitem o compartilhamento e a cooperação entre os indivíduos realmente interessados, criando-se assim uma Inteligência Coletiva Inteligente. PALAVRAS CHAVE: Educação, Inteligência Coletiva, Sistemas de Aprendizagem,Learning Analitcs 1 INTRODUÇÃO O advento das Redes Sociais e de sites para construção de conhecimento colaborativo torna as informações cada vez mais acessíveis e em grande quantidade formando uma Inteligência Coletiva (LÉVY, 1998). O problema nesse contexto é identificar quais as informações e as pessoas que participam da construção desse conhecimento que são relevantes para um interesse específico. O objetivo deste trabalho é acoplar Inteligência Coletiva aos sistemas de aprendizagem, tal como o Moodle (MOODLE, 2011), que permite o armazenamento de materiais, como também a comunicação entre alunos e professores através de chats e fóruns de discussão e com o foco no apoio ao ensino presencial. O intuito é fomentar a curiosidade dos alunos e dos professores a procurarem materiais de outras s, ou até mesmo alunos e professores de semestres anteriores a fim de comentarem assuntos de interesse de ambos.
2 Desta forma é proposto o conceito de Inteligência Coletiva Inteligente, permitindo o acesso às informações e às pessoas envolvidas no processo de construção do conhecimento de forma inteligente, através da recomendação de materiais e pessoas que colaborem para o enriquecimento individual. 2 INTELIGÊNCIA COLETIVA INTELIGENTE O termo Inteligência Coletiva Inteligente surgiu a partir do momento em que foi observado que o grande desafio na mediação de grupos de aprendizagem em educação está na sobrecarga de trabalho do instrutor no acompanhamento do grande número de mensagens trocadas nesses ambientes, acumulando-se com as competências tradicionais desse profissional (OLIVEIRA et al., 2012). Como também ao verificar que alguns agrupamentos mostram-se organizados com foco em processos educativos, o qual as pessoas não estão apenas reunidas em torno de um tema. Há uma proposta a cumprir, situações didáticas e alguém do grupo que provoca e estimula a participação dos demais. Outro ponto forte que motivou essa pesquisa foi que os alunos estão desmotivados, pois no ambiente escolar só encontram aulas tradicionais em frente a um quadro branco onde o professor é sempre o emissor e o aluno o receptor das informações diante desta situação é necessário pensar em maneiras que esses alunos aprofundem seus conhecimentos fora do ambiente da sala de aula (BRITO et al., 2010). A proposta da Inteligência Coletiva Inteligente é usar a técnica de Sistemas de Recomendação para integração entre alunos, professores e coordenadores de cursos em sistemas de aprendizagem que possuem chats ou fóruns de discussão. A fim de obter as informações relevantes e proporcionar uma Inteligência Coletiva Inteligente, especificou-se a informações que encontram-se nas Tabelas 1 e 2.
3 As Tabelas e 1 e 2 são formadas pelas seguintes colunas: Stakeholder é a pessoa a quem interessa a informação solicitada. Informação é a que vai ser criada por meio da técnica de Inteligência Coletiva Inteligente. Frequência é o período com que as informações serão atualizadas no sistema. Justificativa é a importância de se criar tais informações. Tabela 1- Análise de requisitos 1 INFORMAÇÕES COM RESPOSTAS EM NÚMEROS Stakeholder Informação Frequência Justificativa Professor Número total de mensagens por Final de cada estágio Se o número for baixo, encontrar novas maneiras de incentivar a participação dos alunos como também verificar com os alunos o motivo deste acontecimento. Coordenador Número total de mensagens do professor da Final de cada estágio Se o número for baixo, verificar o motivo e encontrar novas maneiras de incentivar a participação dos professores Professor Número total de mensagens dos alunos da Final de cada estágio Se o número for baixo, encontrar novas maneiras de incentivar a participação dos alunos Professor Número de mensagens por aluno da Final de cada estágio Se o número for baixo, encontrar novas maneiras de incentivar a participação dos alunos. Como também verificar o motivo do aluno não enviar mensagens para a.
4 Tabela 2 - Análise de requisitos 2 INFORMAÇÕES COM RESPOSTAS EM LISTA Stakeholder Informação Frequência Justificativa Professor, Aluno Os alunos que mais participaram com mensagens para a Final de cada estágio Busca-se verificar quais alunos estão atingindo o alvo do ensino que é criar o perfil humano ideal: pró-ativo, capacitado, maduro, questionador e, sobretudo, criativo. (Duarte, 2011) Aluno, Professor Recomendação de materiais de outras s que tenham relação com a atual (pela grade curricular pré-requisitos de s). Início de semestre Não deve-se apenas pensar nos conteúdos programáticos que são ministrados pelos professores nas s. Tem-se que aguçar a mente e ter interesse de pesquisar e se aprofundar nos assuntos das s. As pessoas devem se tornar seres epistemologicamente curiosas para aprender (Freire, 2009). Aluno Recomendação de alunos matriculados nos semestres anteriores da Início de semestre Segundo Duarte (2011) é a visão sistêmica que produz resultados diferenciados. Ao recomendar alunos de semestres anteriores pretende-se criar um ambiente de aprendizagem o qual o aluno apartir de sua motivação busque atingir uma visão sistêmica dos assuntos abordados em sala de aula. Aluno, Professor, Coordenador Recomendação de professores do semestre anterior da Início de semestre Para o aluno e o professor será importante para saber a que professores recorrer em caso de dúvidas ou questionamentos. Já para o coordenador será importante quando for necessário substituir algum professor. Forçando com isso também a conscientização, que possibilite aos alunos perceberem que só o esforço próprio poderá, sem garantias prévias de sucesso, possibilitar sua inserção no mercado de trabalho, seja ele globalizado ou não, inserido no modelo do mercado ou particular a um determinado grupo social. (Duarte, 2011)
5 METODOLOGIA O primeiro passo foi à realização de uma revisão bibliográfica, abordando os conceitos e técnicas de Inteligência Coletiva, Learning Analytics e Sistemas de Recomendação. Após esse estudo é proposto a Inteligência Coletiva Inteligente. Os instrumentos de coleta de dados adotados para essa pesquisa foi a análise quantitativa dos dados da Tabela 1. Por ser um experimento inicial, ainda não se obteve as informações qualitativas da Tabela 2, o que está sendo realizado atualmente. EXPERIMENTO A pesquisa foi realizada no Ambiente Virtual de Apendizagem Moodle de uma instituição de ensino superior em Campina Grande-PB no período de 06 de agosto de 2012 até 20 de outubro de Foram selecionadas 06 s dos diversos cursos oferecidos pela Instituição. A referida instituição oferece somente cursos presencias apoiados pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle. Nas tabelas 3, 4, 5, 6, 7, 8 são visualizados os dados obtidos por meio dos arquivos de logs do Moodle. Tabela 3. Análise A DISCIPLINA A Número de alunos que enviaram mensagens para a 0 Número de mensagens do professor da 1 Número de mensagens dos alunos da 0 Numero total de mensagens da 1
6 Tabela 4. Análise B DISCIPLINA B Número de alunos que enviaram mensagens para a 3 Número de mensagens do professor da 20 Número de mensagens dos alunos da 7 Numero total de mensagens da 27 Tabela 5. Análise C DISCIPLINA C Número de alunos que enviaram mensagens para a 4 Número de mensagens do professor da 0 Número de mensagens dos alunos da 4 Numero total de mensagens da 4 Tabela 6. Análise D DISCIPLINA D Número de alunos que enviaram mensagens para a 0 Número de mensagens do professor da Número de mensagens dos alunos da 0 0 Numero total de mensagens da 0 Tabela 7. Análise E DISCIPLINA E Número de alunos que enviaram mensagens para a 1 Número de mensagens do professor da 0 Número de mensagens dos alunos da 2 Numero total de mensagens da 2
7 Tabela 8. Análise F DISCIPLINA F Número de alunos que enviaram mensagens para a 9 Número de mensagens do professor da 7 Número de mensagens dos alunos da 9 Numero total de mensagens da 16 RESULTADOS Ao observar os números obtidos da análise de logs do Moodle da instituição pesquisada, pode-se verificar que: As s B e F tiveram o maior número de interações entre alunos e professores, mostrando que os professores incentivam a participação dos alunos em um ambiente virtual, mesmo tendo o contato presencial; A A mostra somente uma mensagem do professor, sem a participação dos alunos. Neste caso, nota-se que o professor realizou uma tentativa em interagir, porém não obteve retorno dos alunos. Esse pode ser o motivo para o término das mensagens após a primeira tentativa; As s C e E mostram a interação somente de alunos. Isso pode ser devido ao atual conhecimento tecnológico que os estudantes chegam na universidade e talvez a resistência dos professores em aprender e utilizar novas tecnologias educacionais. Este caso mostra a necessidade de treinamento entre os professores e o incentivo ao uso de sistemas virtuais de aprendizagem; Por fim, a D não teve qualquer interação. Esse é o pior caso, pois nem os alunos e nem o professor tiveram interesse em aprender e utilizar a ferramenta aproveitando os recursos oferecidos.
8 Diante das observações acima e ressaltando que o ambiente Moodle está sendo utilizado há pouco tempo na instituição pesquisada, propõem-se as seguintes atividades: Treinamento para os professores e alunos sobre o uso do ambiente Moodle, como também um incentivo ao seu uso mostrando as vantagens que uma interação fora da sala de aula pode proporcionar; O desenvolvimento de uma aplicação integrada ao Moodle (o qual se chamada plugin para o Moodle) que fornecerá apoio tanto para os professores e alunos, como também para os coordenadores de curso. O propósito do plugin será aprimorar o ensino e fornecer subsídios para que os alunos e os professores se aprofundem nos estudos e assim busquem interagir com outras pessoas do curso proporcionando assim um crescimento profissional e pessoal através do enriquecimento de conhecimentos adquiridos. Tal plugin tem o objetivo maior de proporcionar acesso aos dados da Tabela 2 que não foram abordados neste artigo. CONCLUSÃO Com a pesquisa deseja-se evidenciar a importância de se utilizar Inteligência Coletiva Inteligente como forma de aprimorar o ensino nas instituições acadêmicas, tanto presenciais quanto a distância. Como forma de melhorar o andamento dos alunos no curso e fornecer meios para facilitar e fazer fluir a interação entre os alunos e os professores é sugerido recomendação tanto de materiais como de alunos que já cursaram a. Como trabalho futuro é sugerido uma Analise de Redes Sociais (ARS) no Moodle a fim de saber a relação social entre os usuários para entender o comportamento dos usuários nessas redes e assim averiguar sua relação com o comportamento no dia-a-dia no ambiente institucional. Uma outra sugestão de
9 trabalho futuro seria analisar a usabilidade do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle buscando compreender se os usuários sentem dificuldade no manuseio da ferramenta. Seria interessante também que fosse realizada uma mineração de texto nas mensagens enviadas tanto pelos professores quanto pelos alunos para verificar se o ambiente está sendo utilizado somente para fins acadêmicos ou se os alunos e professores estão interagindo a fim de resolver ou tirar dúvidas sobre assuntos correlatos e que não possuem nenhuma contribuição para o aprimoramento dos estudos. Para realizar este trabalho de mineração de texto devem ser estudadas as técnicas e os algoritmos existentes para constatar o que melhor se aplica na situação proposta e se for o caso seja criado um novo algoritmo. REFERÊNCIAS BRITO, A. V.; DUARTE, A. N.; ARAÚJO, J; TORRES, A.L;CUNHA, J.J.M. Estudo da Utilização de Redes Sociais como Ferramenta de Avaliação de Participação. III Workshop de Avaliação..XXI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE), 2010, João Pessoa. DUARTE, D. R. Um guia essencial para empreendedores que vivem na Selva Fiscal Digital : manual de sobrevivência no mundo pós SPED.Belo Horizonte: Ideas@work FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 39 ed. São Paulo: Paz e Terra LÉVY, P. A inteligência coletiva por uma antropologia do ciberespaço. Edições Loyola, São Paulo. 214 p MOODLE. Moodle. Disponível em: Última atualização: Acessado em: setembro de 2011.
10 OLIVEIRA, R. F.; ARAUJO,J; MEDEIROS,F.P.A.; BRITO,A.V..Monitoriamento das Interações dos Aprendizes na Rede Social Twitter como Apoio ao Processo de Mediação Docente. In: Brazilian Workshop on Social NETWORK Analysis and Mining (BraSNAM), 2012, Curitiba. Anais do Congresso Brasileiro de Computação CSBC. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, V. 1. P
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