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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo PLANO DE CURSO Área Profissional: INDÚSTRIA Aprendizagem Industrial: Mecânico de Instalações Industriais SÃO PAULO janeiro 2007

Plano de Curso de Qualificação Profissional Aprendizagem Industrial Mecânico de Instalações Industriais SENAI-SP, 2007 Diretoria Técnica Coordenação Gerência de Educação Elaboração Gerência de Educação Colaboração Escola SENAI Hessel Horácio Cherkassky CFP 2.02 Companhia Siderúrgica Paulista - COSIPA 2

Sumário Página 4 I Justificativa e objetivo 4 a) Justificativa 4 b) Objetivo 5 II Requisitos de acesso 5 III Perfil profissional de conclusão 5 a) Perfil do Mecânico de Instalações Industriais 6 IV Organização curricular 7 a) Organização do Curso de Aprendizagem Industrial Mecânico de Instalações Industriais 8 b) Desenvolvimento metodológico do curso 10 c) Ementa de conteúdos 15 d) Organização das turmas 15 e) Prática Profissional em situação real de trabalho 16 V Critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores 16 VI Critérios de avaliação 17 VII Instalações e equipamentos 18 VIII Pessoal docente e técnico 19 IX Certificado e Carta de Ofício 20 Anexo Controle de Revisões 3

I Justificativa e objetivo a) Justificativa A COSIPA Companhia Siderúrgica Paulista começou a matricular aprendizes na Escola SENAI Santos, na década de 70, quando decidiu, também, que os egressos do curso de Aprendizagem Industrial constituiriam a base da carreira para diversos cargos da empresa. Para tanto, implantou sistemática de acompanhamento de seus aprendizes, tanto na fase escolar, como na fase de estágio. Hoje, encontramos na empresa centenas de egressos do curso de Aprendizagem Industrial, ocupando os mais diferentes cargos, tanto no setor de produção, como no setor de manutenção e, também, no administrativo. Segundo a COSIPA, o advento da Lei 10.097/2000 determinou um hiato na decisão inicial de considerar o aprendiz base de carreira. Hoje, embora a empresa continue matriculando aprendizes, tanto na Escola de Santos como na de Cubatão, a efetivação após o término do contrato fica comprometida, pois, não é mais possível propiciar o período de prática profissional, visando à complementação da formação do aprendiz. Por outro lado, o advento de novas tecnologias, utilizadas pela empresa nos seus sistemas produtivos, passou a exigir profissionais tecnicamente melhor preparados e com maior grau de escolaridade. À COSIPA interessa, portanto, a formação de profissionais com crescente capacitação técnica e tecnológica e educação geral. Ela solicitou que o SENAI lhe proporcionasse cursos, de meio período, destinados a menores de 16 a 18 anos matriculados na 2ª série do ensino médio, que permitissem a contratação de 32 alunos/ano como Aprendizes e que, após a fase escolar, proporcionassem estágio, de um ano, em atividades típicas de manutenção mecânica de plantas de processos. b) Objetivo O Curso de Aprendizagem Industrial Mecânico de Instalações Industriais tem por objetivo proporcionar aos aprendizes formação inicial, visando a uma qualificação que lhes possibilite atuar na manutenção mecânica de máquinas, equipamentos, instrumentos e sistemas produtivos industriais. 4

II Requisitos de acesso Os candidatos ao curso devem: ter concluído o Ensino Fundamental; ter, no mínimo, 14 anos e, no máximo, idade que lhe permita concluir o curso antes de completar 24 anos; e ser aprovados no processo de seleção. III Perfil profissional de conclusão a) Perfil do Mecânico de Instalações Industriais Planeja e controla, em nível operacional, a manutenção de máquinas, equipamentos, instrumentos e sistemas utilizados em processos de produção, detectando e reparando defeitos, usinando peças de reposição, calibrando instrumentos e equipamentos, aplicando normas técnicas, de segurança e de preservação ambiental. Elabora o plano de manutenção, estabelecendo cronograma, selecionando técnicas e mobilizando insumos, materiais e ferramentas. Elabora relatórios de realização da manutenção de acordo com o plano de manutenção. Realiza a manutenção preditiva, preventiva e corretiva e monitora o funcionamento dos sistemas, equipamentos e instrumentos. Usina peças para reposição, torneando, fresando, retificando e ajustando, dando-lhes forma, dimensão e acabamento conforme especificações do projeto. Interpreta e elabora desenhos de peças de reposição e dispositivos. Realiza instalações técnicas, sob supervisão e de acordo com o projeto. Realiza controle dimensional e visual em peças e componentes, podendo participar de ensaios mecânicos destrutivos e não destrutivos, além de ensaios especiais, tais como fractolográficos e macros metalagráficos. Monta e desmonta máquinas e equipamentos, garantindo o cumprimento dos procedimentos, das especificações técnicas e das normas de segurança. 5

IV Organização curricular O Curso de Aprendizagem Industrial Mecânico de Instalações Industriais tem seus componentes curriculares definidos e estruturados a partir de conhecimentos, habilidades e atitudes identificadas nas competências expressas no perfil profissional de conclusão. Assim os conteúdos programáticos, teóricos e práticos, específicos de cada componente curricular, são decorrentes do perfil e estão organizados de maneira a possibilitar uma formação inicial orientada para a qualificação profissional e para continuidade de estudos. 6

a) Organização do Curso de Aprendizagem Industrial Mecânico de Instalações Industriais Legislação Componentes Curriculares Carga Horária Total Lei Federal n o 9394/96 Decreto Federal n o 5154/04 Técnicas de Redação em Língua Portuguesa 80 Desenho Técnico (1) 160 Informática Básica 40 Tecnologia Mecânica 120 Metrologia Básica 40 Operações de Mecânica (2) 200 Fundamentos da Eletricidade 80 Fundamentos de Manutenção (3) 80 Pneumática e Hidráulica 120 Processos de Manutenção (4) 600 Gestão de Recursos (5) 80 Prática Profissional 560 Total 2160 Observações: (1) Inclui prática de desenho assistido por computador. (2) Inclui conteúdos de segurança. (3) Inclui conteúdos de planejamento da manutenção. (4) Inclui conteúdos de prática de manutenção, ensaios e testes e, processos de soldagem. (5) Inclui conteúdos de recursos técnicos, materiais, ambientais e gestão da qualidade. 7

b) Desenvolvimento metodológico do curso É fundamental que a ação docente se desenvolva tendo em vista, constantemente, o perfil profissional de conclusão do curso. Para isso, deve centrar suas ações e estratégias na proposição de atividades que representem as funções que o Mecânico de Instalações Industriais deve estar apto a desempenhar. Além disso, é importante que o docente reconheça a pertinência do componente curricular que irá ministrar no curso, principalmente em relação ao seu objetivo e ao perfil profissional de conclusão, contidos neste plano de curso. O docente deve planejar as estratégias de ensino estabelecendo as relações entre os conhecimentos, as habilidades e as atitudes, contemplados na ementa de conteúdos do seu componente curricular, fruto da análise do perfil profissional estabelecido. Diante das formas contemporâneas de ensino e aprendizagem espera-se do docente o emprego de métodos, técnicas e estratégias de ensino que levem o aluno a mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes no desenvolvimento de atividades relativas do dia-adia do Mecânico de Instalações Industriais, privilegiando a busca de alternativas para a resolução de problemas apresentados. Além da transmissão de conhecimentos técnicos referentes à manutenção mecânica de máquinas, equipamentos e instrumentos, o curso visa levar os alunos a proporem soluções para os problemas em sistemas utilizados em processos de produção industrial. Desta forma, uma base tecnológica sólida, aliada ao desenvolvimento de situações práticas, acrescidos do uso de linguagem técnica, como base para a comunicação entre colegas e demais profissionais da área, da capacidade de pesquisar, do cuidado com os equipamentos e ferramentas, de trabalho em equipe e respeito à higiene e segurança no trabalho são os parâmetros que norteiam as propostas de solução de problemas. Os conteúdos desenvolvidos nos Componentes Curriculares: Técnicas de Redação em Língua Portuguesa, Desenho Técnico, Informática Básica, Tecnologia Mecânica, Fundamentos da Manutenção e Gestão de Recursos serão ministrados de forma coletiva, por meio de estratégias diversificadas que facilitem sua apreensão, possibilitando, ao aluno, 8

perceber a aplicabilidade dos conceitos em situações reais, contextualizando e aplicando os conhecimentos apreendidos quando das aulas práticas nas oficinas e laboratórios. Os conteúdos práticos, aqui organizados nos Componentes Curriculares Operações de Mecânica, Fundamentos da Eletricidade, Pneumática e Hidráulica, Metrologia Básica e Processos de Manutenção serão desenvolvidos por meio de estratégias que possibilitem a realização individual de operações de usinagem e dos processos de manutenção. A fim de desenvolver a visão sistêmica e a capacidade de resolver problemas e de trabalhar em equipes, a metodologia a ser adotada deve prever a proposição de situações-problema típicas da rotina diária da empresa, cuja solução envolva os conhecimentos, habilidades e atitudes já desenvolvidos, centrando a ação no sujeito que aprende, admitindo ao docente o papel de orientação, monitoramento e assessoramento do trabalho discente, de tal forma a possibiltar a mobilização de conhecimentos, habilidades e atitudes, favorecendo a construção constante de novas competências pessoais e profissionais. Portanto, essas metodologias adotadas para o curso visam atender às necessidades do mercado de trabalho com sua constante evolução tecnológica, mudanças rápidas e requerendo profissionais com capacidade de aprender a aprender. O componente curricular Prática Profissional, com 560 h, foi incluído na organização curricular por solicitação da COSIPA. Caracteriza-se pela prática de atividades referentes aos processos e procedimentos desenvolvidos pela empresa, orientada por profissionais que ali atuam, e deverá ocorrer em postos de trabalhos compatíveis com a formação. Tal prática está relacionada às situações reais de trabalho, realizadas em período integral, com acompanhamento de um supervisor, conforme estabelecido em norma interna de segurança NTS 310087. Assim sendo, é importante destacar que o desenvolvimento dos conteúdos e das atividades, propostos na ementa desse Plano de Curso, será feito segundo os procedimentos e normas da empresa, por meio de seus profissionais, ocorrerá integralmente nos ambientes da COSIPA e deverá ser acompanhado e supervisionado pela escola SENAI Hessel Horácio Cherkassky, Cubatão. O controle de freqüência e a avaliação dos alunos igualmente serão realizados segundo planejamento e critérios da COSIPA. Os registros dos resultados dessas avaliações, bem como da freqüência, serão feitos pelo SENAI, a partir das informações fornecidas pela empresa. 9

c) Ementa de conteúdos 1 TÉCNICAS DE REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA Comunicação: processo, níveis de fala e funções da linguagem; Parágrafo: estrutura interna, unidade interna, tipos; Técnicas de intelecção de texto: análise textual, análise temática; Descrição de objeto, de processo, de ambiente; Dissertação; Relatório Técnico: estrutura, tipos; Estruturas-padrão de redação técnica: ordem de serviço, requisição de materiais, orçamento; Técnicas de resumo de textos; Normas Técnicas e Operacionais. DESENHO TÉCNICO Figuras e sólidos geométricos; Perspectiva isométrica; Projeção ortográfica; Cotagem; Supressão de vistas; Corte total e meio corte; Escala; Rugosidade superficial; Corte; Casos especiais de projeção ortográfica; Tolerância dimensional; Tolerância geométrica; Desenho definitivo de conjunto e de detalhes; Simbologia convencional de tubulações; Estruturas metálicas: perfis, junções; Simbologia de soldagem; Componentes padronizados de máquinas e equipamentos; Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. Área gráfica; Interface com o software; Controle de imagem; Elementos de geometria; Captura Instantânea de Pontos (Object snap); Edição; Propriedades de objetos; Hachuras; Dimensionamento; Textos; Impressão; Prática de operações básicas; Criar elementos de geometria; Utilizar a captura instantânea de pontos (Object Snap); Utilizar os comandos de edição; Trabalhar propriedades de objeto; Inserir hachura no desenho (hatch), Configurar e inserir dimensões no desenho, Configurar e inserir textos no desenho. INFORMÁTICA BÁSICA Terminologia básica; Componentes do sistema de microcomputador; Periféricos; Sistemas operacionais; Vírus de computador; Editor de textos; Internet; Planilha eletrônica; Banco de dados; Programa de apresentação gráfica; Conseqüências provocadas pela utilização do computador. 1 Encontra-se em cada Unidade Escolar o documento Elementos Curriculares, contendo objetivos e conteúdos programáticos de cada componente curricular, bem como diretrizes metodológicas que orientam o trabalho docente, com vistas a garantir a intercomplementaridade dos diversos componentes. 10

TECNOLOGIA MECÂNICA Ferro gusa; Ferro fundido; Aço; Metais não-ferrosos; Uniões desmontáveis; Princípios de tecnologia do corte de metais; Processos de fabricação; Eixos e árvores; chavetas; Acoplamentos; Mancais; Esforços mecânicos; Elementos de elevação; Transmissões flexíveis; Engrenagens; Molas helicoidais; Torneamento; Fresagem; Usinagem por abrasão; Conseqüências nos processos de usinagem; Processos de Soldagem; Tratamentos Térmicos: físicos e químicos; Normas brasileiras. OPERAÇÕES DE MECÂNICA Tecnologia Instrumentos de medição e controle; Aços-liga; Ligas de metais não-ferrosos; Furadeira; Esmerilhadoras; Mesa de traçagem e controle; Morsa de bancada; Limas; Serra manual; Brocas; Fresas de escarear; Escareadores; Ferramentas de corte; Machos e cossinetes para roscar; Alargadores; Roscas; Peças metálicas de união; Elementos de fixação; Retificadora plana; Torno mecânico horizontal; Recartilhadoras; Fresadora; Sistemas de lubrificação; Serra mecânica; Tolerância; Higiene e segurança. Prática Tornear superfície; Facear e fazer furo de centro; Facear rebaixo; Sangrar e cortar no torno; Furar usando cabeçote móvel; Roscar; Rebaixar furo; Limar superfície; Traçar; Puncionar; Furar e escarear; Esmerilhar superfície plana em ângulo; Serrar; Calibrar furo com alargador; Balancear e dressar rebolos; Retificar superfícies; Fresar; Recartilhar; Abrir rosca; Perfilar com ferramenta de forma. 11

FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE Tecnologia Fontes geradoras de eletricidade; Circuito elétrico; Instrumentos de medição; Componentes elétricos; Dispositivos de manobra e proteção; Normas técnicas, leitura e interpretação de diagramas elétricos de instalações; Circuito magnético; Corrente alternada; Dispositivos de proteção, Acionamento e segurança; Motores elétricos de indução; Lâmpadas; Prevenção em energia elétrica. Ensaios Medir corrente elétrica; Medir tensão e resistência elétrica; Comprovar a lei de Ohm; Testar componentes elétricos; Ensaiar circuitos elétricos prediais básicos; Ligar motores de indução monofásico e trifásico, ajustando o relé térmico para corrente nominal; Testar isolação de motores de indução. FUNDAMENTOS DA MANUTENÇÃO Sistema funcional da manutenção; Tipos e métodos de manutenção: pró-ativa, terotecnologia, corretiva, preventiva, preditiva, produtiva total TPM, novas tendências; Classificação de prioridades; Organização da documentação; Organização da oficina; Análise de falhas; Fichas de controle; Sistema de Gestão Integrada: modelos administrativos, políticas de manutenção, terceirização, evolução do enfoque da qualidade normas, qualidade de produtos, qualidade de processos, controle de processo: parâmetros de processos, tipos, características, desvios, métodos e técnicas de correção de desvios, indicadores de desempenho de processos, ferramentas de controle da qualidade; Inspeção: variáveis de processos, itens de controle; Controle estatístico; Custos da Qualidade; Planejamento e arranjo físico para manutenção. PNEUMÁTICA E HIDRÁULICA Tecnologia Ar comprimido; Fontes geradoras de energia pneumática; Redes de distribuição de ar comprimido; Preparação do ar comprimido; Elementos pneumáticos de trabalho; Simbologia 12

dos componentes pneumáticos; Válvulas pneumáticas; distribuidoras, de bloqueio, reguladoras de fluxo; Conversores de sinais; Princípios físicos de automação hidráulica; Bombas hidráulicas; Atuadores hidráulicos; Diagramas e símbolos normalizados; Válvulas hidráulicas; direcionais, controladoras de pressão, reguladoras de fluxo; Fluidos hidráulicos; Acessórios; Cálculos Técnicos; dimensionamento, subdimensionamento conseqüências; Hidráulica Proporcional; Técnicas de comando; Condições marginais; ciclo único, ciclo contínuo, segurança. Ensaios Montar e reparar circuitos eletropneumáticos; comandos, circuitos, cilindros; Montar e reparar circuitos eletro-hidráulicos; comandos, avanços. PROCESSOS DE MANUTENÇÃO Transmissão e transformação de movimentos; Elementos padronizados de máquinas; Roscas; Sistemas de vedação; definição, tipos, características, análise de falhas, prática de remoção e instalação; Lubrificação industrial; conceitos, tipos de lubrificantes, noções de atrito, viscosidade, aditivos; Acoplamentos; tipos, montagem e desmontagem, métodos de alinhamento, tolerância, instrumentos de medição e nivelamento, prática de montagem e alinhamento; Mancais deslizantes e de rolamento, Compressores, Bombas Industriais, Turbinas, Válvulas, Redutores: conceitos, princípios de funcionamento, tipos, classificação, montagem e desmontagem, análise dos componentes, prática de instalação e montagem, testes; Análise de Vibração e Balanceamento; conceito de vibração, características, técnicas de medição, análise das vibrações, tipos de balanceamento, finalidades, causas, prática de balanceamento; Ensaios Destrutivos: tração, compressão, cisalhamento, flexão, dureza; Ensaios Não-destrutivos: raio X, ultrassom, partículas magnéticas, líquidos penetrantes; Testes de estanqueidade, hidrostático e pneumático; Noções de Topografia; Processos de soldagem: oxiacetilênico, eletrodo revestido, MIG, TIG, MAG, arco submerso, aço inoxidável, ferro fundido e metais ferrosos e não ferrosos. GESTÃO DE RECURSOS Normas Ambientais; Legislação Ambiental; Parâmetros Ambientais; Riscos Ambientais: classificação, caracterização; Fontes de Emissão de Poluentes: tipos, desvios, ações preventivas e corretivas, métodos de monitoramento; Recursos Naturais: identificação, 13

características, consumo; Resíduos: tipos, características, classificação, controle de geração e destinação, armazenagem; Sistemas de Gestão Ambiental; Evolução do Enfoque da Qualidade; Sistema da Qualidade: norma ISO 9000; Qualidade de Produtos; Qualidade de processos; Controle de Processo: parâmetros de processos, tipos, características, desvios, métodos e técnicas de correção de desvios; Inspeção: variáveis de processos, itens de controle; Indicadores de Desempenho de Processos; Ferramentas de Controle da Qualidade; Estatística Aplicada; Custos da Qualidade; Gráficos de Controle. Insumos e materiais; Matéria-prima; Estoque: custo, níveis e administração; Técnicas de Otimização de Recursos; Trabalho em equipe; Diferenças Individuais; Percepção; Liderança; Análise de Problemas e Tomada de Decisão; Motivação. METROLOGIA BÁSICA Laboratório de Metrologia; Erros de medição; Sistema de tolerância e ajuste ISO; Calibradores; Goniômetro; Relógios apalpadores e comparadores; Paquímetros; Micrômetros; Instrumentos de nivelamento; Tolerância de forma e posição. PRÁTICA PROFISSIONAL Identificar defeitos e causas em conjuntos mecânicos, hidráulicos, pneumáticos e de lubrificação, por meio da análise do funcionamento dos planos de montagem, especificações e manuais; Realizar atividades de rotina e de manutenção, visando eliminar as interferências e aumentar a produtividade; Realizar reparos, medições, traçagem, montagem e desmontagem de componentes mecânicos; Realizar o recolhimento e dar destino às sobras do material (gestão ambiental); Limpar engrenagens, mancais, rolamentos, eixos, entre outros, a fim de efetuar nova lubrificação; Selecionar ferramental e material apropriados para atividades de manutenção mecânica, de acordo com especificações e normas técnicas; Elaborar croquis para confecção e inspeção; Efetuar pequenos serviços de ajustagem e de usinagem tendo em vista subsidiar a manutenção; 14

Efetuar serviços de montagem e manutenção em tubulações e seus componentes; Realizar as atividades, observando planos de lubrificação, padrões de execução, plano de reparo; Realizar testes de funcionamento nos equipamentos reparados, efetuando os ajustes necessários; Realizar pequenos serviços de caldeiraria; Realizar reparos e ajustes em mancais de deslizamento e rolamento; Realizar reparos em máquinas rotativas (bombas e compressores); Desmontar e montar, total ou parcialmente, conjunto do equipamento; Substituir conjuntos (compressores, motores, válvulas etc.); Auxiliar no planejamento de custos e controle da manutenção; Ajustar e alinhar motores, acoplamentos, redutores; Realizar inspeção de conjuntos dos equipamentos mecânicos; Coletar informações referentes à situação de máquinas e equipamentos; Registrar, em impresso próprio ou inserir nos terminais de computador, as informações do seu processo produtivo e outras ocorrências durante o horário de trabalho. d) Organização das turmas As turmas matriculadas iniciam o curso com um número mínimo de 28 e máximo de 32 alunos. e) Prática Profissional em situação real de trabalho O período de prática profissional do menor aprendiz em situação real de trabalho, na ocupação cursada ou noutra afim, poderá, a critério da empresa empregadora, ser concomitante à formação escolar desde que realizado em período não coincidente com o seu horário de aulas e que não exceda o número de horas diárias previsto no Contrato de Aprendizagem, nos termos da Lei n.º 10.097, de 19 de dezembro de 2000. O aluno que comprovar a realização desse período de prática profissional fará jus à Carta de Ofício. 15

V Critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores Em conformidade com o artigo 11 da Resolução CNE/CEB nº 4/99, a Unidade Escolar: poderá aproveitar conhecimentos e experiências anteriores, desde que diretamente relacionados com o perfil profissional de conclusão da respectiva qualificação ou habilitação profissional, adquiridos: I II III IV V no ensino médio; em qualificações profissionais e etapas ou módulos de nível técnico concluídos em outros cursos; em cursos de educação profissional de nível básico, mediante avaliação do aluno; no trabalho ou por outros meios informais, mediante avaliação do aluno; e reconhecidos em processos formais de certificação profissional. A avaliação será feita por uma comissão de docentes do curso e especialistas em educação, especialmente designada pela direção, atendidas as diretrizes e procedimentos constantes na proposta pedagógica da Unidade Escolar. VI Critérios de avaliação Os critérios de avaliação, promoção, recuperação e retenção de alunos são os definidos pelo Regimento Comum das Unidades Escolares SENAI, aprovado pelo Parecer CEE nº 528/98, e complementados na Proposta Pedagógica desta Unidade Escolar. 16

VII Instalações e equipamentos 2 Salas de Aula Convencionais Laboratórios/Oficinas de: Laboratório Informática Microcomputadores com pacote integrado de softwares; Software para simulações; Impressoras; Rede local de comunicação de dados; Televisor; Mobiliário para Informática. Laboratório de Desenho Técnico Auxiliado por Computador Softwares específicos para desenho auxiliado por computador; Computador com multimídia; Impressora jato de tinta; Ploter; Mobiliário para Informática: Mesa para docente; 8 mesas p/ alunos; Mesa impressora; Cadeiras Giratórias; Projetor de Multimídia. Laboratório Eletroeletricidade Multímetro; Osciloscópio; Gerador de funções; Fonte de alimentação; Protoboard; Amperímetro alicate; Kit didático para técnicas digitais; Componentes eletrônicos digitais e analógicos; Conjunto de motores trifásicos; Conjunto de componentes para ensaios de comandos elétricos; Bancadas para ensaios gerais de eletroeletrônica; Ferramentas manuais diversas; Estruturas metálicas de instalações elétricas prediais. Laboratório de Hidráulica e Pneumática Hidráulica Acionadores; Atuadores; Válvulas direcionais, pré-operadas, de retenção, de fluxo e reguladoras; painel para montagens; Dutos e conexões; Elementos de sinal elétrico; Válvulas eletromagnéticas (solenóides); Painel para montagens de circuito elétrico. Pneumática Compressor de ar; Unidade de conservação; Válvulas direcionais, de bloqueio, de fluxo e de pressão; Painel para montagens; Dutos e conexões; Elementos de sinal elétrico, Válvulas eletromagnéticas (solenóides); Painel para montagens de circuito elétricos. 2 As plantas-padrão encontram-se disponíveis na Intranet área de Ensino. 17

Oficina de Usinagem Mecânica Estrutura para Operações Mecânicas de: Tornearia; Ajustagem; Soldagem; Fresagem; Retificação. Oficina para Processos de Manutenção Bancada de testes multibombas; Esteiras Transportadoras; Prensa Manual de 15 Toneladas; Armários de Ferramentas Balcão; Curvadora de tubos Hidráulica; Bombas de Graxa Pneumática; Kit para desmontagem de rolamento, alinhador óptico de polias; Alinhador de eixos óptico; Motovariador mecânico; Kit para análise de óleos; Durômetro Eletrônico digital portátil; Aparelho portátil de Ultrasom; Conjunto ventilador Industrial; Analisador de vibração. AMBIENTES E INSTALAÇÕES DA COSIPA Oficinas e Laboratórios A Unidade Escolar é dotada de Biblioteca com acervo bibliográfico adequado para o desenvolvimento do curso. VIII Pessoal docente e técnico O quadro de docentes para o Curso de Aprendizagem Mecânico de Instalações Industriais é composto, preferencialmente, por profissionais técnicos, com formação e experiência profissional condizentes com os componentes curriculares que compõem a organização curricular do curso. 18

IX Certificado e Carta de Ofício O aluno que concluir a fase escolar receberá um certificado de conclusão do Curso de Qualificação Profissional Aprendizagem Industrial Mecânico de Instalações Industriais. Realizando na empresa um período de prática profissional, fará jus à Carta de Ofício, nos termos da legislação específica. 19

ANEXO Controle de Revisões REV. DATA NATUREZA DA ALTERAÇÃO 01 01/08/2005 02 14/11/2006 03 03/01/2007 Alterado limite de idade do item II Requisito de Acesso. Conforme Memo Circular GED 006/05. Organização Curricular: inclusão de Componente Curricular Prática Profissional, com 560 h. pág. 7 Desenvolvimento metodológico: inclusão de texto referente à pratica profissional nos ambientes da COSIPA. Pág. 9 Ementa de conteúdos: inclusão das atividades a ser desenvolvida na empresa. Págs. 14 e 15. Conforme carta-solicitação da COSIPA, de 13/11/06 (protocolado nº 03043/06). Em, Organização Curricular, alterado: - Desenho Técnico de 120, para 160; - Operações de Mecânica de 400, para 200; - De Fund. Eletroeletrônica 120, para Fund. Eletricidade 80; - Fund. Manutenção de 120, para 80; De Eletropneumática e Eletro-hidráulica, para Pneumática e Hidráulica; - Proc. Manutenção de 400, para 600. Incluído: - Metrologia Básica 40. pág. 7 Em Desenvolvimento metodológico, alterado texto em função das alterações e inclusões de componentes curriculares. Pás. 8 e 9. Em, Ementa de conteúdos, alterações, inclusões e exclusões de conteúdos em função das mudanças nos componentes. Págs. 10 a 14. Conforme documento intitulado anteprojeto especial encaminhado pelo CFP 2.02, em 29/11/06. 20