Modal indicado para distribuição de grandes cargas, com transferências de longas distâncias a baixo custo O TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL de longo curso Há 30 anos a velocidade de cruzeiro era de 10 nós; a capacidade atual é até 12 vezes mais carga e a velocidade supera os 25 nós. Com a conteinerização praticamente deixou de existir o transporte de carga solta. Implantados sistemas multimodais cruzando continentes, as empresas passaram de oferecer o porto a porto para o porta a porta. Os navios de longo alcance atraca apenas nos portos principais, a distribuição é feita por transbordo via cabotagem. Cinco nações juntas controlam mais de 50% do total da frota mundial. Os serviços regulares são responsáveis por 75% dos fretes internacionais. Modal indicado para distribuição de grandes cargas, com transferências de longas distâncias a baixo custo Movimentação geral de cargas nos portos brasileiros Em 1996 foram movimentadas 1,8 milhões de TEU s. Só o Porto de Santos representou 43% desta movimentação. Rio de Janeiro e Rio Grande corresponderam juntos a 19% desta movimentação. Custo de movimentação de contêineres no Brasil: -Santos: U$ 280 -Salvador: U$ 90 - Manaus: U$ 300 43% As quantidade embarcadas na exportação, apesar de maiores, referem-se na maioria a produtos básicos de baixo valor agregado. A carga geral é de apenas 10% A navegação de interior fluvial e lacustre é insignificante. Os terminais privados são responsáveis por mais de 70% da movimentação Descrição Natureza da carga Granéis sólidos Granéis líquidos Carga geral Navegação Longo curso Cabotagem Interior Movimento Caís público Terminal privado Comércio Exportação % 57,2 32,2 10,6 71,3 25,9 2,8 28,7 71,3 62,1 Importação 37,9 Fonte: Anuário estatístico portuário - CNT Participação da frota brasileira nos fretes de longo curso: Fretes Participação da frota brasileira nos fretes de longo curso: percentual
Histórico do contêiner Criado na 2 a guerra mundial como hospital de campanha possível de ser utilizado entre os diversos modais de transporte. 1950 - O exército americano desenvolveu o seu recipiente chamado Conex, ou Container Express Service, nas medidas 6x6x8 pés. 1955 - Malcom McLean, americano, fundou a Sea Land Service, mediante a aquisição de 37 navios adaptados para o transporte de containers e estabeleceu as seguintes dimensões para sua "embalagem": 35x8x8 ½ pés, ou container, como ficou sendo conhecida. 1958 - O mundo começou a sentir a necessidade de padronização das medidas desses containers. Somente então que na América a ASA e na a ISO formaram seus respectivos comitês para estudar, normalizar e padronizar a fabricação desses receptáculos. Porém, como as dimensões propostas por uma divergiam da outra, o mundo esperou mais 10 anos por essa famosa unificação. 1968 - Finalmente, apesar de muitas ressalvas e controvérsias, parece que atualmente o mundo todo está adotando, como padrão, as especificações e dimensões propostas pela ISO, embora em alguns países as dimensões ASA ainda sejam aceitas. O Brasil, por ter adotado as especificações da ISO, fundamentou todas suas instruções técnicas, tanto para o uso como para a fabricação de containers em nosso território, baseadas naquelas normas. Fonte: PODRIGUES, Paulo: Sistemas de transporte no Brasil Histórico do contêiner A utilização do contêiner foi rapidamente consolidada no transporte mundial em todos os tipos de modais Austrália Rota comercial Costa leste americana Costa oeste americana Austrália Costa leste americana Costa oeste americana Costa oeste americana Mediterrâneo África do sul África do sul Implantação Abril/1966 Set/1967 Mar/1969 Set/1970 Abr/1971 Mai/1971 Nov/1971 Out/1972 Jul/1977 Dez/1981 Fonte: PODRIGUES, Paulo: Sistemas de transporte no Brasil Contêiner: Proteção e segurança Contêiner Insulado Objetivos da Conteinerização: Redução do custo total de Transporte Redução do custo de embalagem ou sua eliminação Menor valor de Seguro da carga Promover o serviço Porta à Porta Maior Produtividade Mobilidade entre os Modais Contêiner Integrado Reefer - Refrigerado. Esse container possui um gerador que mantém a mercadoria constantemente em baixa temperatura. Normalmente esse gerador funciona tanto a combustível (óleo diesel) como eletricidade. Durante o transporte, no navio, ele funciona à eletricidade, sendo ligado à força do navio, através de tomadas; quando em operação de embarque ou desembarque, funciona com seu motor a combustível. Contêiner carga seca Normalmente, as Conferências consideram as seguintes capacidades cúbicas dos contêineres: 20 pés - 31,20 m³ 40 pés - 62,00 m³
Contêiner para granéis Contêiner: Ventilado Ventilated - Container ventilado, próprio para o transporte de mercadorias que necessitam ventilação. Contêiner Open Top Open Top - É um container aberto em cima, ou fechado apenas com uma lona removível por ocasião do enchimento ou desenchimento do mesmo. Esses containers são construídos especialmente para atender ao transporte de mercadorias que só podem ser acomodadas (ovadas) pela parte de cima; normalmente, essas mercadorias são içadas através de pontes-rolantes. Contêiner: Flat rack Collapsible - Contêineres desmontáveis. Construídos para facilitar o seu transporte quando vazios. Uma vez desmontados, cinco unidades modulares desses contêineres perfazem ou ocupam o espaço de uma. Contêiner: Plataforma Contêiner: Tanque Tank - Container-tanque, construído para o transporte de granel, especialmente líquido. Embora a capacidade do tanque construído dentro do container possa variar de volume, sua armação (frame) obedece às dimensões ISO.
Movimentação de contêineres Região Sul TEU (Twenty Foot Equivalent Unit) - Significando Unidades Equivalentes a 20 Pés, a sigla representa uma medida de quantidade. Assim, um contêiner de 20 pés corresponde a 1 TEU; um contêiner de 40 pés equivale a 2 TEU. Nos navios especializados no transporte de contêineres, a quantidade em TEU é uma medida de capacidade de carga. Movimentação de contêineres - Brasil TEU (Twenty Foot Equivalent Unit) - Significando Unidades Equivalentes a 20 Pés, a sigla representa uma medida de quantidade. Assim, um contêiner de 20 pés corresponde a 1 TEU; um contêiner de 40 pés equivale a 2 TEU. Nos navios especializados no transporte de contêineres, a quantidade em TEU é uma medida de capacidade de carga. Movimentação de Containers (Imp+Exp) 2000-2002 Movimentação de Containers (Imp+Exp) 2000-2002 250000 900000 800000 200000 700000 600000 Teus 150000 100000 2000 2001 2002 500000 Teus 400000 1999 2000 2001 2002 300000 50000 200000 100000 0 Rio Grande Itajaí S.Francisco Paranaguá Portos 0 Rio de Janeiro Santos Sepetiba Tubarao Vitoria Portos Porto de Itajaí Porto de Paranaguá Consistem em um cais acostável de 740m, com cinco berços e profundidade de 8m. Dispõem de três armazéns para carga geral, totalizando 15.800m 2, um armazém frigorífico com 1.180m 2 e um pátio de contêineres, a céu aberto, com área total de 37.900m 2. Composto por um cais comercial de 2.616m de comprimento e um cais de inflamáveis com dois pieres sendo um com 143m e outro com 184m. Existem dois terminais de uso privativo: o da Dow Química, com 30m de cais, um berço, um pátio descoberto de 85.000m 2 e dois tanques para soda cáustica com capacidade de 12.000t; e o da Shell, com um cais de 160m contendo um berço, um pátio descoberto com 28.000m 2 e sete tanques de combustíveis, totalizando 28.675m 3, e 28 tanques para GLP com capacidade total de 3.112m 3. O cais comercial com profundidades variando entre 8m, 10m, 12m e 13m, possui instalações para armazenamento de granéis sólidos com capacidade total de 1.045.500t entre silos verticais e armazéns horizontais; para carga geral existem 24 armazéns de diversos tamanhos totalizando 65.560m 2 ou 376.144m 2, dos quais 3 são arrendados ao entreposto do Paraguai totalizando 5.280m 2. Existem também 10 pátios que somam 91.250m2, podendo se destacar um pátio para veículos com 27.000m 2, 5 pátios para contêineres totalizando 26.750m 2, um pátio para ro-ro, entre outros. Porto de Paranaguá O cais de inflamáveis é atendido por 32 tanques e 3 esferas com capacidade total de 177.411m 3 no terminal da Petrobrás. Para movimentação de outros granéis líquidos existem os terminais da Cattalini que opera com 4 dolfins, sendo 2 de atracação e 2 de amarração atendidos por 36 tanques e 65.266m 3. O terminal da Dibal que movimenta óleo vegetal possui 7 tanques e 17.000m 3. O terminal da Becker para ácidos possui 2 tanques e 10.000m 3. Porto de São Francisco do Sul O cais acostável é composto de quatro trechos, com quatro berços, numa extensão contínua de 675m e profundidades variando de 7m a 10m.
Porto de São Francisco do Sul Conta com quatro armazéns, sendo três para carga geral e um frigorífico, totalizando 20.610m2 e armazéns graneleiros, somando 13.800m2 para 55.000t e 60.000t, utilizados pela Companhia Catarinense de Armazenamento (Cocar). O porto possui, também, dois galpões para madeira, num total de 10.810m2, vários pátios descobertos para carga geral e um pátio para contêineres com 50.000m2 totalmente pavimentado e iluminado, possui uma área exclusiva para contêineres frigorificados, com 4.000m2 e 530 tomadas de energia elétrica (380/440 volts) e 5 tanques para óleos vegetais, com capacidade para 9.000t. Navio Full Container - Cap San Nicolas (3.800 TEUS) Navio Full Contêiner Full-container-ship - ou navio porta contêineres: é a embarcação especializada construída ou adaptada para o transporte exclusivamente de contêineres. Atualmente, vêm sendo empregados no Brasil navios com capacidade média para 600 contêineres de 20 pés, e no próximo ano deverão começar a operar outros com capacidade para cerca de 1.200 unidades, mas já são construídos navios no Brasil capazes de receber até mais de 1.750 unidades de 20 pés - como o recém-entregue Ace Concorde, construído no Rio de Janeiro pela Ishibrás - e no Exterior há navios para até 10.000 TEUs Terminais especializados Tecon Rio Grande Superporto, dispondo de 1.552m de cais, com profundidade variando entre 5m e 14,5m. Nesse trecho estão instalados os principais terminais especializados: Terminal de Contêineres (Tecon), com 300m de cais e profundidade de 14m. Com um pátio de 28.000m2, está capacitado a movimentar 100.000 TEU/ano. Terminais especializados Santos Para contêineres são utilizados quatro pátios: um no Saboó para 1.000TEU, outro junto ao Armazém XXXVI para 800TEU, um terceiro, ao lado do Moinho Pacífico, comportando 450TEU, e o do Terminal de Contêineres (Tecon), com suporte para 6.700TEU. Cinco Gerações navios Full contêiner First Generation (1956-1970) Length Draft 135 m Converted Cargo Vessel Converted Tanker Foi em 1981. Há 15 anos o Brasil já fazia parte do circuito mundial de transporte de cargas marítimas em cofres-de-carga, os containers (em português, contêineres), desde a chegada da primeira unidade ao porto de Santos. E foi esse complexo portuário o escolhido para abrigar o primeiro terminal portuário do País especializado na movimentação de contêineres, o que já se justificava em função da grande movimentação registrada de cargas conteinerizadas. TEU 500 <9m 800 200 m Second Generation (1970-1980) Cellular Containership 215 m 10 m 1,000 2,500 Third Generation (1980-1988) 3,000 250 m 11-12 m Panamax Class 4,000 290 m Fourth Generation (1988-2000) Post Panamax 275 305 m 4,000 11-13 m 5,000 335 m 13-14 m Fifth Generation (2000-?) Post Panamax Plus 5,000 8,000 5
Panorama do setor Dutoviário Os produtos economicamente viáveis para serem movimentados por dutovia são o petróleo cru e seus derivados O TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL Panorama do setor Dutoviário A malha Dutoviária brasileira é composta por: Oleodutos 6.861 km Gasodutos 4.633 km Minerodutos 567 km As redes de oleodutos são de propriedade da Petrobrás, transportam petróleo e seu derivados entre terminais portuários, refinarias e bases de distribuição. A rede de minerodutos é composta de três empreendimentos privados: Ilha de Matarantidiba (BA) Vera Cruz (BA): da DOW Química, com 51 km para o transporte de sal gema. Mariana (MG) Ponta do Embú (ES): da Samarco, com 396 km para o transporte de minério de ferro Tapira (MG) Uberaba (MG): da Fosfértil, com 120 km para o transporte de concentrado fosfático Panorama do setor Dutoviário O gasoduto Brasil Bolívia em fase de construção terá 3.150 km e é um empreendimento da petrobrás Fonte: Petrobrás