TERMINAIS DE CONTÊINERES O que fazem pelo Brasil. Investimentos: US$ 615,4 milhões. Resultado: Eficiência, Competitividade e Confiabilidade
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1 TERMINAIS DE CONTÊINERES O que fazem pelo Brasil. Investimentos: US$ 615,4 milhões. Resultado: Eficiência, Competitividade e Confiabilidade O Cenário O contêiner passou a ser o principal meio de transporte internacional de produtos manufaturados e semimanufaturados, como café, autopeças, medicamentos, vestuários, calçados, carnes bovina e de franco, assumindo o posto de majestade da logística do comércio exterior. A balança comercial brasileira continua registrando superávits recordes em O saldo comercial do País acumulado nos últimos 12 meses alcançou o patamar histórico de US$ 40 bilhões. As exportações em 2005 estão estimadas entre US$ 115 bilhões e US$ 120 bilhões. Os manufaturados e semimanufaturados, produtos transportados para o exterior em contêineres, mantêm participação elevada no fluxo internacional de mercadorias em 2005, respondendo por cerca de 65% do valor das exportações. A movimentação de contêineres saltou do nível de 3,22 milhões de unidades em 2004, para 3,76 milhões em 2005, o que corresponde ao aumento de 16,8%. Os maiores movimentadores de contêineres são os portos de Santos, Rio Grande, Itajaí, Paranaguá e Rio de Janeiro. Santos é o porto líder na América do Sul. Como as cargas conteinerizadas têm preço médio superior às demais, o transporte de contêineres de manufaturados e semimanufaturados gera reservas adicionais para o Brasil. Cada contêiner gera US$ 26 mil de reservas, em média. Os 11 terminais filiados à Abratec, que respondem por 93% da movimentação de contêineres nos portos brasileiros, já investiram US$ 615,4 milhões na modernização e ampliação de suas instalações, garantindo os resultados positivos da balança comercial. A Abratec prevê que a movimentação de contêineres chegará a cerca de 6,6 milhões de unidades em Para atender o ritmo de expansão do comércio exterior brasileiro, os terminais de contêineres estão realizando investimentos adicionais em infra-estrutura, equipamentos e mão-de-obra. Multi-Rio Operações Portuárias S/A Contêiner, a majestade da logística
2 O contêiner é o instrumento principal da logística mundial e, no Brasil, ganha crescente importância para atender às demandas do comércio exterior, face à política econômica governamental, que tem permitido ao País performance exportadora sem precedentes. Criada para designar atividades de suprimento nas operações militares, a logística transformouse, nas últimas décadas, em atividade específica da economia, incorporando a infra-estrutura, o gerenciamento do transporte e a estocagem ao longo das cadeias produtivas. Trouxe profundas transformações no comércio durante as últimas três décadas. Até então, não havia preocupação integrada com a logística. O transporte era feito pelas próprias empresas produtoras ou por operadores monomodais. Considerando que as cargas eram específicas, o mais razoável era o desenvolvimento pela própria empresa produtora das suas embalagens de acondicionamento, seus veículos e, se possível, também dos seus modais para o respectivo transporte. Essa dinâmica foi questionada com os abalos decorrentes do choque do petróleo e subseqüentemente dos juros, elevando o custo dos estoques. A economia mundial já não suportava o transporte e armazenamento de cargas a qualquer custo. Surgiu a necessidade de reduzir os estoques, transportando lotes menores, com velocidade e confiabilidade. Para a concretização desses objetivos, o contêiner, a majestade da logística, passou a servir para padronizar o acondicionamento da carga geral. A vantagem do contêiner é a possibilidade de acondicionamento de uma infinidade de cargas, inclusive aquelas que necessitam de refrigeração. Exclusivamente para o transporte do contêiner, desenvolveram-se modais especializados. Carretas, vagões e navios foram adaptados ao novo sistema. Toda essa nova logística foi implementada por empresas privadas comprometidas com o empreendimento, a partir de 1995, quando os serviços portuários brasileiros foram privatizados, de acordo com a Lei nº 8.630/93 (Lei de Modernização dos Portos). Os terminais de contêineres tornaram-se ilhas de excelência nos portos brasileiros, oferecendo níveis de qualidade e eficiência comparáveis aos portos estrangeiros. Tecon Salvador S/A Conjuntura do comércio exterior Se 2004 foi o ano em que as exportações registraram recordes inusitados, atingindo a marca histórica dos US$ 100 bilhões, em 2005 elas se arrefeceram, porém sem perder o ritmo de expansão. A balança comercial continuou batendo recordes mensais, elevando o superávir a US$ 40 bilhões, valor que deverá manter-se relativamente constante até o final do ano. A receita de exportações deve ficar entre US$ 115 bilhões e US$ 120 bilhões até o final de 2005, segundo estimativas feitas ao fim do terceiro trimestre, enquanto as importações atingirão cerca de US$ 75 bilhões. Neste contexto, os preços dos produtos exportados têm dado contribuição importante para o desempenho das exportações, particularmente nos últimos três anos, quando o montante exportado quase dobrou - tendo passado de cerca de US$ 55 bilhões nos 12 meses
3 até julho de 2002, para quase US$ 109 bilhões nos 12 meses até julho de A contribuição positiva dos preços para os superávits da balança comercial vem sendo cada vez maior, registrando um saldo de 36,7% do crescimento total em Somente no período janeiro-julho de 2005, a contribuição dos preços alcançou 46,2%. Trajetória semelhante é observada em todas as classes de produtos, sendo que nos básicos e nos semimanufaturados os preços foram responsáveis por, respectivamente, 1/2 e 2/3 de todo o crescimento em valor verificado tanto em 2004 quanto nos primeiros sete meses de Até mesmo nos manufaturados a contribuição dos preços vem ganhando vulto, superando 40% nos primeiros sete meses de Libra Terminais S/A Aumenta a participação do contêiner A manutenção da política econômica do governo federal de contenção da demanda interna objetivando o controle da inflação transformou o setor exportador em pilar do crescimento econômico. Essa realidade gerou impactos expressivos nos principais terminais de contêineres do País, que estão utilizando sua capacidade instalada para atender as metas de exportação. A participação dos contêineres no fluxo do comércio exterior cresceu consideravelmente no período de , não somente em decorrência do aumento de preços e volume das exportações, mas devido ao crescimento dos manufaturados e semimanufaturados no perfil das exportações. Estatísticas de instituições especializadas, como a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior
4 (Funcex), mostram que os manufaturados e semimanufaturados respondem hoje por cerca de dois terços das exportações, ficando 35% por conta das exportações de produtos primários.(quadro I) Como os manufaturados e semimanufaturados são transportados, em sua grande maioria, por contêineres, a participação dos terminais portuários no fluxo do comércio exterior aumentou consideravelmente nos últimos anos. E esta tendência se manteve em Santos-Brasil S/A Movimentação cresce 16,8% em Os contêineres transportam produtos de maior valor agregado na geração de reservas para o País. Como as cargas conteinerizadas têm um preço médio superior às demais, o transporte de contêineres de manufaturados e semimanufaturados gera para o Brasil reservas adicionais expressivas para a receita de exportações. Cada contêiner gera US$ 26 mil de reservas, em média. (Quadro II.) Uma tonelada de calçados transportados por contêiner ao exterior gera uma receita de aproximadamente US$ No caso de medicamentos, a geração de reservas chega a US$ por tonelada demandada do exterior. Para cada tonelada de roupas de cama e mesa, café solúvel e autopeças, geram- se receitas de, respectivamente, US$ 5.450, US$ e US$ A movimentação de contêineres vem registrando aumentos significativos de 19,4% em 2002, 22,8% em 2003, 14,2% em 2004 e 16,8% em O movimento total de contêineres atinge a 3,76 milhões de unidades em 2005, novo recorde absoluto na história do comércio exterior brasileiro. (Quadros III e IV) Os terminais de contêineres do porto de Santos devem movimentar 1,55 milhão de unidades em 2005, seguidos pelos de Rio Grande, com cerca de 395 mil unidades, e de Itajaí, com 374 mil contêineres. Paranaguá, no Paraná, e Rio de Janeiro movimentaram, respectivamente, por volta de 252 mil e de 227 mil unidades, além de Vitória (cerca de 177 mil), São Francisco do Sul (152 mil), Salvador (143 mil) e Suape (120 mil). Cerca de 44% da movimentação de contêineres em 2005 se destinou ao mercado internacional, enquanto 43,9% foi para importação e 12,1% refere-se à cabotagem. (Quadro V) A crescente demanda de transporte de produtos em contêineres destinados ao mercado internacional foi inteiramente atendida pelas empresas associadas da Abratec. Em 2005 todos os terminais de contêineres utilizaram sua capacidade produtiva.
5 Tecon Rio Grande S/A
6 Libra Terminais Rio S/A
7 TCP - Terminal de Contêineres de Paranaguá S/A Investimentos atingem US$ 615 mi Objetivando manter o desempenho, as empresas operadoras dos terminais aumentaram seus investimentos para expandir a capacidade produtiva, modernizar as instalações e especializar a mão-de-obra. Os investimentos dos 11 terminais associados à Abratec, que respondem por 93% da movimentação de contêineres do País, foram de cerca de US$ 150 milhões em 2005, elevando o acumulado investido, desde 1995 quando se iniciou a privatização, a US$ 615,4 milhões. Esses investimentos contemplaram a aquisição de modernos equipamentos (portêineres de US$ 7 milhões cada), tecnologia de informação, obras físicas (construção de berços de atracação e pátios) e especialização de mãode-obra.
8 Terminal de Vila Velha S/A Produtividade e emprego Um dos principais indicadores de desempenho dos terminais de contêineres é a produtividade, medida pela movimentação por hora. O atual índice é de 45 contêineres por hora, comparável aos terminais estrangeiros. Até a privatização dos portos, a produtividade atingia, em média, 8 contêineres. Isso significa um aumento de produtividade de 463% em 10 anos. Os terminais de contêineres da Abratec geram atualmente cerca de empregos diretos, complementados anualmente por 550 mil engajamentos de trabalhadores avulsos (nãocontratados).
9 Teconvi - Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí S/A Reporto incentiva a modernização Para prosseguir a modernização dos terminais portuários, foi instituído o Reporto (Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária), através da Lei n , de 22/12/2004, que concede suspensão e isenção de impostos na aquisição de máquinas e equipamentos. O Regime, que serve de instrumento de incentivo a investimentos adicionais nos portos, suspende a
10 cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto de Importação, nas vendas de máquinas, equipamentos e outros bens destinados à movimentação de mercadorias. A desoneração foi também concedida aos equipamentos produzidos no País. O Reporto vigorará até 31 de dezembro de As estimativas da Abratec indicam que a movimentação de contêineres chegará a cerca de 6,6 milhões de unidades até O total movimentado de contêineres no Brasil salta de 3,76 milhões de unidades já em 2005, para 4,7 milhões em 2007 e cerca de 5,9 milhões em O porto de Santos praticamente dobrará a movimentação de contêineres até (Quadros VI e VII) Tecon Suape S/A Fatos relevantes em 2005 Instalação de scanners para vistoria não intrusiva de contêineres através da visualização das cargas transportadas, em atendimento ao CSI - Container Security Initiative. Aquisição de novos equipamentos para a movimentação de contêineres, totalizando US$ 100 milhões. Construção de novos berços de atracação de navios, elevando a extensão para sete quilômetros. A área total dos terminais filiados à Abratec é de três milhões de metros quadrados.
11 Início da operação em terminais brasileiros de navios de grande porte com capacidade para contêineres. A Abratec intensificou a sua participação em eventos, fóruns e seminários realizados por entidades e empresas públicas e privadas, para debate de temas relevantes ao setor portuário. Tecondi - Terminal de Contêineres da Margem Direita S/A
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